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Primeiro grupo espírita da internet

O que podemos fazer para a casa espírita? e para a sociedade? sugestões e reflexões

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Muito se tem falado sobre o que os grupos espíritas devem fazer, deveriam fazer. Muito temos especulado sobre os acertos e erros das casas espíritas que, em seu conjunto, são parte importante e indispensável ao movimento e ideal espírita. Não somos aqueles que se preocupam com exemplos alheios, mas gostaríamos de podermos ser um bom exemplo.

Não apontamos rumos ao movimento espírita e às casas espíritas porque rumos já temos e nos foi dado por Jesus e os bons espíritos na admirável obra da codificação e milhares de obras mediúnicas e não mediúnicas. Faremos apenas algumas reflexões sobre o que nós e não os outros, poderemos fazer por nossa casa espírita, por nosso ideal.

Se queremos que as casas espíritas ofereçam o que tem de melhor, comecemos a estudar o Espiritismo, sozinhos ou em grupos. O Espiritismo oferece informações valiosas e verdadeiras para a nossa transformação moral, mas se não o estudamos e refletimos, estaremos apenas repetindo à nós mesmos e nada contribuindo para uma melhor compreensão da realidade espiritual que somos. O que a casa espírita tem de melhor é o próprio Espiritismo ensinado e vivido.

A medicina conserta corpos, a economia favorece o desenvolvimento material, a instrução escolar orienta a inteligência, mas somente o Espiritismo bem entendido e, sobretudo, sentido tem o poder pleno de atender as indagações e os reais interesses do espírito imortal em uma sociedade materialista.

Se queremos a expansão do ensino espírita na sociedade brasileira e nas demais nações, mantenhamos a calma quando todos se desesperam, ofereçamos uma solução onde apenas se ouvem críticas destrutivas. Orientemos com o ensino espírita a respeito da importância da vida aos que desejam ou tentaram o suicídio, falemos que toda dor bem suportada e entendida é uma oportunidade que abrimos à nossa felicidade.

Expliquemos ao nosso amigo que o dinheiro bem empregado é importante, mas não traz a felicidade dourada que muitos supõe ou vale que percamos o sono e nos distanciemos de nossos filhos e amigos para ganhar mais dinheiro. É o mais pobre dos homens aquele que só tem dinheiro ou só vive para o dinheiro. E, quando nos perguntarem de onde vem nossa calma, nosso bom entendimento da vida, de onde retiramos o bom humor, falemos apenas- nada tenho de especial, mas o Espiritismo ensinou-me a ser desta forma. Não há maior propaganda espírita que esta, não há meio mais eficaz de divulgar o Espiritismo que a nossa própria vida que, afinal, está exposta o tempo todo.

Na casa espírita, se desejamos solidariedade e acolhimento, ofereçamos o nosso serviço pessoal na recepção das pessoas que chegam à casa espírita. Não podemos nem mesmo sugerir o que não estamos dispostos a colaborar. É uma questão de obrigação moral diante da consciência. Sejamos o que traz a concórdia, não a discussão, não tenhamos a crítica ácida e fácil que costuma acompanhar as mãos vazias de realizações e o cérebro cheio de boas ideias.

Se somos palestrantes, assistamos as palestras que outros fazem a fim de não parecer que somos os professores de Espiritismo e os que nos ouvem, simples alunos. Não há especialistas em Allan Kardec ou em doutrina espírita, o máximo que conseguimos é ser alunos e, algumas vezes, precários e distraídos alunos.

Se desejamos que as casas espíritas sejam sempre boas e cada vez melhores, que saibamos sair da condição de mendigos espirituais ou doutores da lei. A casa espírita não è uma abstração, ela é feita de tijolos, tem um custo, exige reparos e cuidados constantes e apenas espera a nossa boa vontade.


Texto de João Senna publicado no Grupo Espírita Amélie Boudet, Facebook
Porto Seguro 26 de setembro, 2019

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