É imprescritível o direito de exame e de crítica e o Espiritismo não alimenta a pretensão de subtrair-se ao exame e à crítica como não tem a de satisfazer a todo o mundo. Pois, cada um é livre de aprovar ou rejeitar; mas, para isso, necessário se faz discuti-lo com conhecimento de causa. Ora, a crítica tem claramente provado que ignora os seus princípios mais elementares, fazendo-o dizer precisamente o contrário do que ele diz, atribuindo-lhe o que ele desaprova, confundindo-o com as imitações grosseiras e grotescas do charlatanismo, enfim, apresentando, como regra de todos, as excentricidades de alguns indivíduos. Também por demais a malignidade tem querido torná-lo responsável por atos repreensíveis ou ridículos, nos quais o seu nome foi envolvido incidentemente, e disso se aproveita como arma contra ele.
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Se é certo que todas as grandes ideias contam apóstolos fervorosos e dedicados, não menos certo é que mesmo as melhores dentre elas têm seus desertores. O Espiritismo não podia escapar aos efeitos da fraqueza humana. Ele também teve os seus e a esse respeito não serão inúteis algumas observações.
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A vida futura já deixou de ser um problema. É um fato apurado pela razão e pela demonstração para a quase totalidade dos homens, porquanto os que a negam formam ínfima minoria, sem embargo do ruído que tentam fazer. Não é, pois, a sua realidade o que nos propomos demonstrar aqui. Fora repetir-nos sem acrescentarmos coisa alguma à convicção geral. Admitido que está o princípio, como primícias, o a que nos propomos é examinar-lhe a influência sobre a ordem social e a moralização, segundo a maneira por que é encarada.
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A questão da pluralidade das existências, desde longa data preocupou os filósofos, e muitos deles viram na anterioridade da alma a única solução possível dos mais importantes problemas de psicologia. Sem este princípio, viram-se detidos a cada passo e barrados por uma dificuldade de que não podiam sair senão com o auxílio da hipótese da pluralidade das existências.
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Está bem reconhecido que a maioria das misérias humanas tem a sua fonte no egoísmo dos homens. Então, desde que cada um pensa em si, antes de pensar nos outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente, se proporcionar essa satisfação, a qualquer preço, e sacrifica, sem escrúpulo, os interesses de outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral como na ordem material; daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu vizinho.
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