Amada minha!
Toda vez que me sinto triste, recorro aos meus amigos alegres
E eles, por suas vezes, nunca me compreendem
Por quê?
Nunca estão tristes
A tristeza não existe para ninguém que não seja eu
Eu mesmo fui um jovem desgraçado e triste
Mas ao invés de voltar para a vida
Continuava triste e acabrunhado
Meus irmãos não sabem o que mais desejo
Desejei a morte, mas ela não veio
Desejei a paixão, mas ela não veio
Desejei a amizade sincera e doce, mas ela não veio
Desejei o amor e orei a Deus
Ele veio!
Sorriu para mim e eu sorri para ele
Meus amigos apareceram
Meus inimigos desapareceram
Meus incansáveis e insolentes invejosos desapareceram
Eu renasci e da água me benzi
E da sombra me refresquei
E da paixão, me deliciei
Oh amada, minha!
Nunca mais estarei só, mas junto a ti só ficarei
Que mundo belo!
Que mundo redondo
Qual a luz que nunca para e volta
Sentir que fui sempre o mesmo que sempre fui
E agora?
Para onde vou?
Só quero rever-te um pouquinho
Minha amada de agora e minha vida eterna.
Lisbone
Poesia psicografada por Raul Franzolin Neto em 07/07/2021