VIVA A POESIA!
Viva o 1º Recital de Poesia Espírita Rosa dos Ventos!
A Poesia é algo de muito belo. A poesia de Deus, é a poesia
da Vida, é a poesia do Amor e da Fraternidade. Para podermos atingir
o cerne da extraordinária poesia de Jesus Cristo, aproximemo-nos
agora um pouco mais dele, tanto quanto nos é possível e não
é afinal difícil, dos seus ensinamentos e da sua eterna humanidade...
Eis o convite que faço aos Espíritas.
Convite para a aventura apaixonante de ler a poesia do "Espírito da
Verdade", como se penetrando num continente surpreendente e maravilhoso.
Convite para a navegação na codificação espírita,
na imortalidade da alma, na natureza dos Espíritos e suas relações
com os homens, nas leis morais, na vida presente, na vida futura e o porvir
da Humanidade. Convite para que cada um de vós, leitores, encontre
a sua resposta pessoal para aquelas interrogações:
- Quem sou eu? Que é Deus? - De onde vim?
Para onde vou? O porquê da morte? E depois da morte?
O Núcleo Espírita Rosa dos Ventos, está a combater
o obscurantismo, a ignorância e a descrença, através de
uma forte campanha de difusão da literatura espírita. Quem
vai à nossa casa espírita, encontra uma biblioteca com algumas
dezenas de livros espíritas, promoções através
do livro da semana ou do mês. Só não lê quem não
quer, a cedência dos livros é gratuita. Infelizmente, poucos
são os espíritas que lêem, vivemos num país,
onde não existe uma verdadeira cultura do livro, da leitura edificante.
O testemunho desta ignorância passa ingenuamente de pais para filhos,
de geração para geração.
O livro é um dos melhores meios de difusão
da cultura espírita. Graças à genialidade de Gutemberg,
hoje, a instrução está simplificada, acessível
a qualquer pessoa. O livro é o nosso melhor amigo. Ensina-nos e está
sempre à nossa disposição. Ler não constitui
simples distracção para as nossas horas vagas. Ler é
dever de todo o indivíduo consciente, e portanto de todo o espírita
que deseja enriquecer a sua passagem por esta vida. Ler é sinónimo
de evoluir.
O 1º Recital de Poesia Espírita foi
pensado e elaborado por todos os colaboradores desta casa espírita,
como forma de união e fraternidade cultural no movimento espírita
português. A direcção do N.E.R.V., quis ao mesmo tempo
homenagear muito singelamente Florbela Espanca uma ilustre poetisa portuguesa
que viveu no século XX, bem como outros poetas já desencarnados,
que passam para este lado da vida seus poemas através da psicografia,
retratando lições vivas da vida continuada.
Estava um dia de sol que enchia de luz e
alegria aquela verdadeira casa espírita. Os convidados pouco a pouco
iam chegando, os colaboradores enchiam-se de coragem para prosseguirem as
suas tarefas que era a declamação de poesia. Muito obrigado
pela vossa presença! Assim, tinha início o 1º recital
de poesia espírita Rosa dos Ventos, pela voz de José António
Luz. Ao seu lado, na composição da mesa do evento, estavam
duas mulheres maravilhosas, que irradiaram luz e felicidade através
de seus poemas.
Sofia Lago, leu algumas poesias de sua autoria, do
seu primeiro livro editado, "murmúrios do além". Foram
poesias muito belas e profundas. Obrigado Sofia Lago, pelo encantamento das
suas poesias, das poesias dos espíritos de Luz.
Maria Aurora uma mulher que eu tanto admiro, trouxe-nos
mais uma vez as suas experiências de vida, a sua alegria nas palavras
e uma viagem pela poesia portuguesa. Declamou poemas como: "As meninas",
de Cecília Meireles; "A balada da neve" , de Augusto Gil; "Morena",de
Guerra Junqueira; "O sono do João", de António Nobre; "O velho,
o rapaz e o burro", de Curvo Semedo. Obrigado Maria Aurora, pela sua presença,
pela magnitude e doçura de suas palavras. Para mim, é sempre
um prazer estar ao seu lado a saborear o que tem de melhor para nos ensinar.
A casa não estava cheia mas os poucos presentes
estavam ansiosos por uma tarde de cultura, a cultura espírita. E
isso, veio a acontecer. O primeiro colaborador a apresentar-se para declamar
as poesias, fui eu. Ah! Como eu adoro poesia! Não foi difícil
para mim declamar as poesias de Florbela Espanca e dos vencedores do 1º
concurso de Poesia Espírita Rosa dos Ventos, o que foi difícil
foi declamar as minhas próprias poesias (" Sinto Falta" e "Menino").
Florbela Espanca, afirmou um dia, "não saber fazer mais nada a não
ser versos; pensar em verso e sentir em verso". Pois eu não tenho
essas capacidades poéticas de realizar o meu dia-a-dia em verso e
em poesia. Ah! Mas como eu adoro poesia!
Logo a seguir, a jovem Cátia , colaboradora desta
casa, declamou muito bem poesias psicografadas por Carlos Baccelli, do livro
"Jardim de Estrelas". Como é salutar, ver jovens colaborando na casa
espírita, dando mais vida à própria vida. Obrigado
Cátia, foste maravilhosa!
Depois irrompeu a emoção, na voz
da nossa colaboradora de longa data, a nossa querida Teresa ao ler os poemas
psicografados por Carlos Baccelli do livro "irmãos do caminho".
Obrigado Teresa, pela emotividade e fervor que emprega nas palavras.
A seguir, Susana doou-nos através de sua voz
, das suas palavras, a mensagem de amor pelas psicografias de Chico Xavier
do livro "Mãe". Obrigado Susana, pela serenidade e seriedade de sua
postura nesta casa espírita. A festa da poesia continuava, e os convidados
estavam radiantes, seus olhos procuravam incessantemente a glorificação
de um querer mais que bem querer. A admiração era geral, talvez
porque se fez poesia numa casa espírita.
E foi com muito amor que a nossa colaboradora Aurora
Carvalhal preencheu os nossos corações com poesias magnificas
psicografadas por Chico Xavier do livro "Mãos Marcadas". Obrigado
Aurora, pelo azul celeste de quem a vê e pela sua enorme generosidade.
A mesma predisposição para o Amor a Deus
e a mesma ânsia de sublimação da doutrina espírita,
fez com que a nossa colaboradora e amiga Laura, declamasse poesias lindíssimas,
psicografadas por Carlos Baccelli do livro "irmãos do caminho". Obrigado
Laura, pela sua coragem e participação incondicional neste
sonho, que é a poesia da vida.
Por fim o nosso amigo José António Luz,
expressou a imortalidade da alma através dos poemas do médium
português, Fernando de Lacerda.
Na prece de encerramento, Maria Aurora voltou a declamar
desta vez o edificante "Poema de Gratidão", psicografia de Divaldo
Pereira Franco. Foi um momento de autodescobrimento, de oração
de reflexão. Minha alma vivenciou amor e paz. Obrigado Isabel pelas
bonitas palavras amigas e pela admiração mútua da poesia
Florbeliana. Obrigado João, pelo seu trabalho de gravar este humilde
evento para mais tarde recordar. Obrigado a todos, pelo testemunho vivo
de como o amor existe, a fraternidade é um caminho acessível
e a caridade é o dia-a-dia. Obrigado Senhor Jesus, nós te
agradecemos sempre pelos momentos de estudo que temos tido a oportunidade
de termos aqui neste ambiente fraterno. Te pedimos, Senhor, que nos abençoe
os propósitos de crescimento como espíritos imperfeitos e
imortais que somos. E que nos ajude a desenvolver os nossos pensamentos,
direccionando-os para o bem e para a solidariedade. Que os bons espíritos
nos auxiliem, hoje e sempre... E que em nome de Deus, de Jesus e da espiritualidade
amiga que dirige estes nossos momentos de estudo e aprendizagem, possamos
dar por encerrado este 1º Recital de Poesia Espírita
Rosa dos Ventos. Que assim seja!
Leça da Palmeira, 4 de Outubro de 2003
Nelson Marques