A afirmação é de Amália Domingo Soler, constante do capítulo 19 - “Duas almas vestidas de luz”, que está no livro “Palavras do Alvorecer” (edição IDE-Araras-SP). Ela diz, após um único e belíssimo parágrafo introdutório: “(...) não me canso de procurar almas boas (...)” e a partir daí desenvolve todo seu raciocínio referindo-se a duas mulheres anônimas e modestas do povo que, no entanto, revestem-se de luz pelo caráter, pela bondade, pelo amor ao próximo.
A essência do capítulo é a compaixão que, diz a autora, aprendeu a sentir com o comportamento dos dois exemplos que lhe inspiraram o capítulo.
A sublime virtude, vivida e sentida por tantos nomes nobres da vivência humana, convida o olhar para as misérias humanas – em todos os sentidos –, capaz de sensibilizar-se e agir no atenuar das circunstâncias dolorosas que atingem vidas e famílias.
Como ainda estamos distantes dessa visão abrangente! Começamos a treinar, é verdade, mas ainda é pouco. Ainda guardamos omissão e indiferença, ainda somos egoístas. O Natal renova o convite, mas há muito a vencer. Está além do socorro material, também importante, e estende-se ao conforto que se possa oferecer à sofrida alma humana, necessitados que somos da solidariedade que socorre em nome do Amor... Procura-se, pois, almas boas...