Para prevenir os efeitos sempre lamentáveis das precipitações e ansiedades desnecessárias de tudo querer explicar, de fechar questão com temas ainda geradores de dúvidas e que, naturalmente, necessitam ainda de mais aprofundamento e até do amadurecimento da consciência humana, separo o valioso trecho do item 7 – capítulo 24 – de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
“O Espiritismo vem atualmente lançar a sua luz sobre uma porção de pontos obscuros, mas não o faz inconsideravelmente. Os Espíritos procedem, nas suas instruções, com admirável prudência. É sucessiva e gradualmente que eles têm abordado as diversas partes já conhecidas da doutrina, e é assim que as demais partes serão reveladas no futuro, à medida que chegue o momento de fazê-las sair da obscuridade. Se a houvessem apresentado completa desde o início, ela não teria sido acessível senão a um pequeno número e teria mesmo assustado aqueles que não se achavam preparados, o que seria prejudicial à sua propagação. Se os Espíritos, portanto, ainda não dizem tudo ostensivamente, não é porque a doutrina possua mistérios reservados aos privilegiados, nem que eles ponham a candeia debaixo do alqueire, mas por que cada coisa deve vir no tempo oportuno. Eles dão a cada ideia o tempo de amadurecer e se propagar, antes de apresentarem outra, e aos acontecimentos, o tempo de lhes preparar a aceitação.”
A não observância de tão clara orientação tem sido causa de muitas polêmicas dispensáveis que só o que fazem é desviar do objetivo principal. Então, calma! Cada coisa vem mesmo a seu tempo. Isso não significa, dizer, em absoluto, que devemos cruzar os braços. Não! A pesquisa, o estudo, continuam!