Convido o leitor pensar comigo. O título acima é um trecho pequeno de extraordinário capítulo que fala da felicidade dos espíritos puros, dos quais a única referência que temos é Jesus. O capítulo é o terceiro – com o título O Céu – composto de 19 itens, no livro O Céu e o Inferno, publicado em 1865.
No citado capítulo o Codificador apresenta maravilhosa síntese da evolução na conquista da felicidade completa que traz aos espíritos que já a alcançaram “(...) novas faculdades, novas percepções, e, por conseguinte, novos gozos desconhecidos aos espíritos inferiores; eles veem, ouvem, sentem e compreendem o que os espíritos atrasados não podem nem ver, nem ouvir, nem sentir, nem compreender. (...)”.
Será que conseguimos imaginar a felicidade completa? Será que conseguimos imaginar o que sentem aqueles que compreendem e vivem o Reino dos Céus dentro de si? Que se encantam com a grandeza da vida e seus propósitos, que já compreendem Deus em sua soberania, grandeza e bondade? Não... Não somos capazes de imaginar. Faltam-nos referenciais ainda não vividos. Ainda patinamos na mediocridade, na fase necessária do aprendizado que nos situamos.
Todavia, voltemos ao título da abordagem. Por grandeza e bondade do Criador, todos guardamos aptidões infinitas para todas as aquisições do intelecto, da moralidade, da emotividade, para os progressos sem fim que a imortalidade proporciona a todos. Não há privilégios, não há preferências. Todos somos capazes. Basta acionar a vontade!
Não é empolgante pensar nisso? Que somos capazes!!?? A lei do progresso impulsiona-nos sem cessar, as oportunidades de aprendizado e retificação do comportamento nos convidam a novas posturas, para sairmos do comodismo e da indiferença. O esforço próprio e continuado nos levará à condição de espíritos puros, onde reina a felicidade completa, ainda que não consigamos mensurar o tempo para isso... Mas é inevitável, é lei, todos alcançaremos. Só vai variar o tempo dessa conquista, a depender do esforço ou da acomodação....
É um processo, um longo estágio de aprendizados. Mas o destaque fica mesmo para que agora, hoje, no estágio que estamos, temos todos, aptidões variadas e infinitas para todas as aquisições que gradativamente nos capacitam para essa maravilhosa e incomparável conquista.
A propósito, até para acalmar os ânimos diante de tantas perplexidades do momento atual, busque o citado capítulo, o terceiro, de O Céu e o Inferno, para empolgar-se com tanta clareza e tanta visão global do complexo processo da evolução espiritual, saturado o capítulo todo dessa bondade que envolve o ser humano, desse esforço da vida em nos proporcionar alegria e confiança, fé e gratidão. Pelo simples fato e prazer de viver!