====================================================================== _|_|_| _|_|_| _|_|_| _|_|_| GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS _| _| _| _| _| Fundado em 15 outubro de 1992 _| _| _|_| _|_|_| _|_| _| _| _| _| _| _| Boletim semanal _|_|_| _|_|_| _| _| _|_|_| de distribuição eletrônica ---------------------------------------------------------------------- Ano 06 - Número 311 - 1998 22 de setembro de 1998 ====================================================================== |============================| ÍNDICE |=============================| TEXTO Notícias Bibliográficas, Os Evangelhos explicados pelo Sr. Roustaing Allan Kardec, Revista Espírita, Junho de 1866 COMENTARIOS Ainda "Casais sem Filhos", Luciano Diniz, Portugal Roustaing, Alexandre Costa, Brasil Roustaing, Carlos Iglesia, Brasil Testemunhar sim por que não ?, Edgardo Gerck, Brasil Sobre o Perispírito, Edgardo Gerck, Brasil Candomblé e Macumba, Edgardo Gerck, Brasil PERGUNTAS Vinculação a mais de um Grupo Espírita ?, Antonio Sobrinho, Brasil Carlos Mirabeli ?, Flávio Sgarbi, Brasil PAINEL O Espiritismo na Noruega, Cristina e Claudio, Noruega Aniversário do GEAE, Conselho Editorial, GEAE |====================================================================| ______________________________________________________________________ TEXTO ----- Notícias Bibliográficas, Os Evangelhos explicados pelo Sr. Roustaing Allan Kardec, Revista Espírita, Junho de 1866 ______________________________________________________________________ (Coleção das obras completas de Allan Kardec, editora EDICEL, vol. XIV, tradução de Julio de Abreu Filho) Esta obra compreende a explicação e a interpretação dos Evangelhos, artigo por artigo, com a ajuda de comunicações ditadas pelos Espíritos. É um trabalho considerável e que tem, para os Espíritas, o mérito de não estar, em nenhum ponto, em contradição com a doutrina ensinada pelo Livro dos Espíritos e o dos Médiuns. As partes correspondentes às que tratamos no _Evangelho Segundo o Espiritismo_ o são em sentido análogo. Aliás, como nos limitamos às máximas morais que, com raras exceções, são claras, estas não poderiam ser interpretadas de diversas maneiras; assim, jamais foram assunto para controvérsias religiosas. Por esta razão é que por aí começamos, a fim de ser aceito sem contestação, esperando, quanto ao resto, que a opinião geral estivesse mais familiarizada com a idéia espírita. O autor desta nova obra julgou dever seguir um outro caminho. Em vez de proceder por gradação, quis atingir o fim de um salto. Assim, tratou certas questões que não tinhamos julgado oportuno abordar ainda e das quais, por conseqüência, lhe deixamos a responsabilidade, como aos Espíritos que as comentaram. Conseqüente com o nosso princípio, que consiste em regular a nossa marcha pelo desenvolvimento da opinião, até nova ordem não daremos as suas teorias nem aprovação nem desaprovação, deixando ao tempo o trabalho de as sancionar ou as contraditar. Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais dos Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas e que, em todo o caso, necessitam da sanção do contrôle universal, e, até mais ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes integrantes da doutrina espírita. Quando tratarmos destas questões fá-lo-emos decididamente. Mas é que então teremos recolhido documentos bastante numerosos nos ensaios dados _de todos os lados_ pelos Espíritos, a fim de poder falar afirmativamente e ter a certeza de estar _de acordo com a maioria_. É assim que temos feito, tôdas as vezes que se trata de formular um princípio capital. Dissemo-lo cem vêzes, para nós a opinião de um Espírito, seja qual fôr o nome que traga, tem apenas o valor de uma opinião individual. Nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma rigorosa lógica, para as coisas que não podemos controlar com os próprios olhos. De que nos serviria dar prematuramente uma doutrina como uma verdade absoluta se, mais tarde, devesse ser combatida pela generalidade dos Espíritas ? Dissemos que o livro do Sr. Roustaing não se afasta dos princípios do Livro dos Espíritos e do dos Médiuns. Nossas observações são feitas sôbre a aplicação dêsses mesmos princípios à interpretação de certos fatos. É assim, por exemplo, que dá ao Cristo, em vez de um corpo carnal, um corpo fluídico concretizado, com tôdas as aparências da materialidade e de fato um _agênere_. Aos olhos dos homens que não tivessem então podido compreender sua natureza espirtual, deve ter passado _em aparência_, expressão incessantemente repetida no curso de tôda a obra, por tôdas as vicissitudes da humanidade. Assim seria explicado o mistério de seu nascimento: Maria teria tido todas as aparências da gravidez. Pôsto como premissa e pedra angular, êste ponto é a base em que se apoia para a explicação de todos os fatos extraordinários ou miraculosos da vida de Jesus. Nisso nada há de materialmente impossível para quem quer que conheça as propriedades do envoltório perispiritual. Sem nos pronunciarmos pró ou contra essa teoria, diremos que ela é, pelo menos, hipotética, e que se um dia fôsse reconhecida errada, em falta de base todo o edifício desabaria. Esperamos, pois, os numerosos comentários que ela não deixará de provocar da parte dos Espíritos, e que contribuirão para elucidar a questão. Sem a prejulgar, diremos que já foram feitas objeções sérias a essa teoria e que, em nossa opinião, os fatos podem perfeitamente ser explicados sem sair das condições da humanidade corporal. Estas observações, subordinadas à sanção do futuro, em nada diminuem a importância da obra que, ao lado de coisas duvidosas, em nosso ponto de vista, encerra outras incontestàvelmente boas e verdadeiras, e será consultada com fruto pelos Espíritas sérios. Se o fundo de um livro é o principal, a forma não é para desdenhar e contribui com algo para o sucesso. Achamos que certas partes são desenvolvidas muito extensamente, sem proveito para a clareza. A nosso ver, se, limitando-se ao estritamente necessário a obra poderia ter sido reduzida a dois, ou mesmo a um só volume e teria ganho em popularidade. ______________________________________________________________________ COMENTARIO ---------- Ainda "Casais sem Filhos", Luciano Diniz, Portugal ______________________________________________________________________ (Sobre a questão da Ana Maria, Casais sem Filhos, Boletim 309) Caríssima Ana Maria, nada teria que acrescentar sobre a resposta correta do Carlos Iglesias, mas ao se referir à música do Gilberto Gil "Se eu quizer falar com Deus...", lembrei-me que na altura, eu gostava muito desta música e parei para medita-la, entretanto, quase 20 anos passados, e desde que a ouvi pela primeira vez, nunca entendi assim, de forma literal, como só se pode conversar com Deus depois de ter comido o pão que o Diabo amassou. Desculpe, mas é uma alegoria. A expressão "comer o pão que o Diabo amassou", simboliza toda uma gama de dificuldades que enfrentamos na vida, que não é decorrente de uma condição irrevogável, imposta pelas potestades divinas, para só então poder conversar com Deus. Diria até que Deus não tem nada a haver com estas lutas que surgem em nossas vidas, porque quando Ele concedeu-nos a liberdade de ação, confiou tambem em em nossa capacidade de solução dos desacertos que viriámos a cometer na vida. Quando nossos filhos não estudam depois que, nós os pais, responsaveis que somos, lhes proporcionamos os devidos cuidados com a escolha da escola, a matrícula, todo o material didático, o transporte, a alimentação e depois ajuda-los nos deveres de casa e mais ainda, damo-lhes vestuario adeguado, saúde, carinho e perdemos noites a fio nas vigilias de preocupações e no final do ano letivo, temos a tristeza de saber que eles não passaram de ano, vamos à escola e deparamos com triste realidade: Nossos filhos não foram as aulas como pensavamos, quando iam, não prestavam atenção, eram mal-criados com os professores, enfim, não eram "santinhos" e responsaveis como imaginávamos! Que fazer? Somos nós os culpados? Onde falhamos? Pense calmamente. E aí eles tem que repetir as mesmas lições, só que talvés, não com as mesmas condições tão favoraveis como dantes, seria mesmo necessário vigia-los mais e não proporcionar-lhes aquelas facilidades, para que eles aprendam a valorizarem possibilidades recebidas e os sacrificios dos que os amam. Eles poderão alegar que somos nós que queremos que agora eles frequentam uma escola mais rígida? E ao olharem aqueles outros filhos que aproveitaram e estão aproveitando as primeiras oportunidades concedidas e que tambem eles tiveram, dizerem que somos maus e sem senso de justiça, exigindo deles que comam o pão que o Diabo amassou, para poder terem tudo que querem outra vez? Ou será se nós os pais responsaveis, com pieguices, iremos a escola por eles? Fazer os deveres deles? Fazer tudo por eles? Assim, nós aprenderemos mais e eles continuarão piores que eram! Quando corrigimos um filho para que ele se ajuste à vida, à família e a sociedade em que está inserido, estamos sendo por isto crueis? Quando levamos nosso filho doente ao médico e lhe é receitado uma injeção curadora, porém inconveniente para ele, mas pensando na recuperação de sua saúde, não estamos fazendo tal coisa por puro e elevado AMOR? (E aquela vacina que a criança chora tanto ao toma-la e nós, embora penalizados com a sena, sorrimos pensando na doença as vezes fatal que será evitada? Tambem Deus usa de profilaxia para pouparnos de problemas vários e nós, rebeldemente choramos e lamentamos sem razão). Mas tambem revoltados, os arremeteremos para uma condenação sem remissão? (Inferno) Ou na condição de pais amorosos que somos, vamos acompanha-los mais de perto e dedicar-lhes mais carinho e impor-lhes mais responsabilidades? Claro que sim, fazer com que errem menos e acertem mais, ainda que para tanto, tenhamos que "negar-lhes" algumas regalias e para determinadas coisas, tenhamos que dizer NÃO. Não porque não mereçam, mas porque no grau de dificuldades em que se encontram, não saberão fazer bom uso, mas nós, que somos adultos e temos mais experiências, sabemos O QUE É MELHOR PARA ELES. Ana Maria, somos todos crianças espirituais e alunos nesta vasta escola do Mundo, nas classes da Vida. Cada reencarnação, é uma oportunidade de recapitulação de "materias dadas", repetindo lições que ainda não aprendemos ou esquecemos, embora já nos ensinaram os Mestres. E isto não é castigo, repetimos, é oportunidade. E a quem culparmos senão a nós mesmos, pela incuria e incapacidade de aprendizagem? Por que covardemente temos que buscar um bode expiatório? A nossa dificuldade de aceitação ou mesmo compreensão, está na razão direta de nosso egoismo em pensar que não erramos no passado e a revolta que sentimos, é decorrente de nossa arrogância, não do presente, mas da atávica herança de nós mesmos, recalcadas em nosso subconsciente espiritual. Dificultando nossa visão no presente, diante DE NOSSA PRÓPRIA realidade interior, hoje, exposta as novas conquistas, exigindo mudanças. Pedindo alterações na forma de ver a Vida; de comportamento; de agir. Quem amassou assim este pão, fomos nós mesmos. O Diabo de nossas ações infelizes, do uso abusivo de nossa liberdade de escolha, de nossos "prazeirosos" erros, de nossos pontos de vistas exclusivistas que compactuaram com nossos vícios e desvios, foi quem amassou o pão da Vida ou que a Vida nos concedeu e quem ha de come-lo SENÃO NÓS MESMOS? E se assim não fosse, a exemplo da comparação com nossos filhos, como aprenderiamos a lição? Na invariavel condição de alunos, o que nós temos hoje, são as consequencias naturais de nossas escolhas. As reações de nossas ações. Não é castigo de Deus e nem, repetimos, imposição do Criador que para irmos ter com Ele, temos que sofrer. O que temos é que auto-promovermos a condição de bons alunos, galgando posições cimeiras na escala evolutiva, que só alcançaremos, sob o peso do esforço pessoal, individual e como o Criador é bom, da-nos sempre novas oportunidades, renovando nossas esperanças, a cada reencarnação. Somos alunos repetentes, mas estamos a caminho da recuperação plena com o Divino Professor que é Jesus. Abraços Fraternos Luciano Diniz ______________________________________________________________________ COMENTARIO ---------- Roustaing, Alexandre Costa, Brasil ______________________________________________________________________ Muito oportuna a colocação do confrade Ademir L. Xavier Jr, sobre o comentário "Routaing", no boletim 310. Criar um "index" seria realmente voltar a um retrocesso tão conhecido da Inquisição católica. E o período final do texto é mais perfeito ainda, quando é dito que "o ponto de vista do espírita, pode, assim, ser o daquele que aproveita a "melhor parte", o que vê em tudo um lado bom onde se aprende alguma coisa". Não fora assim, Bezerra de Menezes não teria dito em 1897: "Roustaing confirma o que ensina Allan Kardec, porém adianta mais que este, pela razão que já foi exposta acima. É, pois, um livro precioso e sagrado o de Roustaing." E como Bezerra de Menezes, há vários outros (Antônio Luiz Sayão, Dias da Cruz, Manoel P. de Miranda, Petitinga, Vianna de Carvalho, Divaldo P. Franco, Leopoldo Machado, Amaral Ornellas, Amali Domiingo Soler, para citarmos apenas estes) com posição semelhante a de Bezerra de Menezes quanto a esta obra. Abraços, Alexandre Costa ______________________________________________________________________ COMENTARIO ---------- Roustaing, Carlos Iglesia, Brasil ______________________________________________________________________ Caros Amigos, Na realidade não gostaria de comentar diretamente a obra de Roustaing, pois não me julgo capacitado a faze-lo. Ainda estou adiando a leitura dos volumosos tomos da obra para época mais tranquila, em que eu tenha condições de analisa-la com maior ponderação. O que gostaria de comentar é a posição de Kardec, apresentada no artigo acima da Revista Espírita, que me parece impressionantemente atual. Não me parece possível ainda dar um veredito final sobre essa obra, embora aos olhos de um observador alheio as disputas em torno dela, ela pareça bem pouco difundida e quase que restrita a um grupo pequeno de admiradores fiéis e adversários mais fiéis ainda. Diria que a época da disputa entre "Roustaingistas" e "não Roustangistas" foi o final do século passado, onde a intervenção oportuna do Dr. Bezerra de Menezes impediu o esfacelamento do nascente movimento espírita brasileiro. Reparemos nas conclusões finais do artigo, sabemos que Kardec tinha argumentos fortes contra a tese do corpo fluídico de Jesus - sua posição está bastante clara no livro A GÊNESE* - mas se absteve de condenar a obra e principalmente de _condenar sua publicação ou leitura_. O Mestre Lionês deixou-nos uma lição inolvidavel, os Espíritas devem discutir idéias, debate-las baseando-se na razão e nas evidências, procurando o consenso, nunca _proibi-las_ ou _persegui-las_. A livre expressão das idéias, conseqüencia direta da liberdade de consciência, é um dos pilares de nossa fé. O dia em que instituirmos "indices de livros proibidos" ou "tribunais de inquisição" não seremos mais Espíritas, qualquer que seja o adjetivo que acrescentemos a palavra. Atenciosamente, Carlos Iglesia * vide Desaparecimento do corpo de Jesus, cap. XV - Os Milagres do Evangelho, A Gênese, Allan Kardec ______________________________________________________________________ COMENTARIO ---------- Testemunhar sim por que não ?, Edgardo Gerck, Brasil ______________________________________________________________________ (Comentário ao artigo de Rogério Coelho, publicado no Boletim 309) Rogério: O verdadeiro Espirita Kardecista deve se sentir igualmente bem em qualquer casa ou templo em que se pratique a Fé, a Esperança e a Caridade -- pois Kardec foi o primeiro a negar a importancia dos simbolos exteriores! A circuncisão já não é mais exigida dos cristãos -- a pedido de Paulo, mas os "verdadeiros" apóstolos de Jesus queriam que ela permanecesse como exigência de ingresso no "Caminho de Jesus", como nos é dito na Biblia e no livro "Paulo e Estevão" na psicografia de Chico Xavier. Assim, por que será que alguns Espíritas Kardecistas estão ainda clamando por uma "fidelidade doutrinaria" que teria a tarefa de impedir o atendimento da Caridade em nome da Caridade -- como se tal fosse possivel -- se o próprio Kardec nada proibiu? Jesus desejou e permitiu o seu batismo? Jesus ia à sinagoga e procedia como qualquer judeu dentro dela? Por que entao um filho Kardecista não poderia ir à missa com sua mãe, ou acompanhar a sua família ao templo Budista? Com recolhimento e participação? Pergunto ainda, quem deve dar o maior e melhor exemplo de tolerancia religiosa e cristã: o mais evoluído ou o menos? Por essa métrica e se o seu texto acima fosse verdadeiro, o mais evoluído deve ser então o católico nao- reencarnacionista que acompanha o Kardecista ao Centro Espírita e depois vai à sua missa, não é? A Fé não pede violencias .. e a verdadeira paciência não é aquela que você pede de seus familiares no texto -- mas sim, a que você der a eles em entrega cristã! O Bem não pede, oferece. O Amor não exige, colabora. A Caridade não se deixa chamar, vai. Que a Fé nos ampare sempre, do seu Amigo, Edgardo Gerck ______________________________________________________________________ COMENTARIO ---------- Sobre o Perispírito, Edgardo Gerck, Brasil ______________________________________________________________________ (Comentário ao texto de Marco Milani, publicado no Boletim 309) Marco: Permito-me divergir de sua afirmação pois logicamente vemos que o Espirito é superior à Materia e a condiciona. Assim, sendo o perispirito sempre algo material, se o perispirito fosse necessario para a manifestaçao do Espírito então seria aquele e não esse o dominante. A raiz do erro vem talvez de considerar a palavra perispirito para designar qualquer envolucro "material" do espirito e nao apenas aquele sobrejacente ao nivel material de nosso corpo, o qual ainda é intermediado pelo "duplo" ou "cascao", a interface entre o nosso corpo material e o perispirito. Aliás é esse "duplo" (muitas vezes ignorado nos estudos) que dá suporte ao "cordão de prata" que é rompido na desencarnaçao e que André Luiz tão bem descreve como sendo de "elasticidade sem limites" e uma indicação segura para distinguir nos planos astrais entre os encarnados e os desencarnados. Assim, muitos e de diversos tipos são os envolucros, mas só um é chamado de perspírito. Veja também os livros psicografados por Chico Xavier, onde se menciona a questão dos "ovoides" -- aqueles que tanto degradaram o perispirito que o perderam. E, as viagens de André Luiz a planos superiores, onde os espiritos nao tinham mais o perispirito pois tanto amaram que o transcederam. Um abraço fraterno, Edgardo Gerck ______________________________________________________________________ COMENTARIO ---------- Candomblé e Macumba, Edgardo Gerck, Brasil ______________________________________________________________________ (Sobre os comentários publicados no Boletim 309) Em adição ao comentario do Carlos, creio estar havendo alguns equivocos de denominacao. Candomblé é uma religião afro-brasileira e que se propoe a realizar objetivos tão puros e bons como o Kardecismo. O mesmo ocorre com a Umbanda. Julgar o contrario seria julgar que somos melhores que outros, o primeiro passo da obssessao. Porem, o vulgo confunde todas as religioes afro-brasileiras e as chama de "macumba" -- denominaçao essa que o vulgo tambem estende ao Kardecismo, às vezes chamando tambem o Kardecismo de "mesa branca" (referencia à cor das toalhas nas mesas de prece). Assim, para aqueles que usam a palavra "macumba" -- somos todos macumbeiros nesta lista, inclusive o caro amigo! Questão diferente é "por que Deus permite que o mal ocorra?" A resposta é uma só: o mal está em nossos olhos; aos olhos de Deus tudo tem um propósito Santo, Bom, Justo e de Amor Infinitos. Meditemos por um momento. Será que nós ainda cremos na existencia do Inferno e do Diabo com o caldeirão fervente? Será que nós ainda acreditamos que Deus iria criar um Espirito para ser eternamente mal e castigado? Será que Deus condena, quebra, ou é questionado? Possivelmente a Internet nos possa dar a melhor metafora do que vem a ser o mal e aí talvez possamos ver algo diferente. Pois na Internet nós temos coisas que existem, exercem efeitos, são objeto de efeitos mas -- são virtuais. O mal existe -- mas é virtual, pois o mal é se sentir separado de Deus. Uma simples prece, um arrependimento sincero e o filho prodigo que havia se afastado do Pai é recebido com os braços abertos pelo Pai -- que nunca havia se *sentido* afastado do filho. Assim vejo o "mal", como um estado conceitual do sentimento. Assim, entendo que todos aqueles que buscam "fazer o mal" estão apenas se *sentindo* mais afastados de Deus -- mas na verdade estão tão perto quanto antes! Pois, imaginar que alguem possa realmente se afastar de Deus é imaginar que possa de afastar de seus proprios olhos, coração, cérebro, mente e espirito! Com Amor e Fé, do amigo Edgardo Gerck ______________________________________________________________________ PERGUNTA -------- Vinculação a mais de um Grupo Espírita ?, Antonio Sobrinho, Brasil ______________________________________________________________________ Caros Irmãos, Deverá o espírita ser vinculado a uma só casa, ou seja: para o mundo espiritual, é permitido um medium trabalhar, de forma permanente, em mais de uma instituição? Abraço Fraterno Antonio Gomes Barbosa Sobrinho João Pessoa-PB ______________________________________________________________________ PERGUNTA -------- Carlos Mirabeli ?, Flávio Sgarbi, Brasil ______________________________________________________________________ Será que algum dos amigos do GEAE poderia me ajudar? Quero alguma fonte de consulta para saber um pouco mais a respeito do Carlos Mirabelli, cuja singular faculdade de entrar em transe letárgico é citada por Yvone Pereira na obra "Recordações da Mediunidade". FLÁVIO SGARBI ______________________________________________________________________ PAINEL ------ O Espiritismo na Noruega, Cristina e Claudio, Noruega ______________________________________________________________________ Publicamos abaixo trechos de dois e-mails que nos foram enviados pela Cristina e pelo Claudio, que participam do GEEAK (Gruppen for Spiritistiske Studier Allan Kardec) na Noruega: "Somos o Gruppen for Spiritistiske Studier Allan Kardec/Horge e já temos a nossa página na net, em norueguês (...): http://www.geocities.com/Athens/Oracle/8299/ Participamos recentemente do 2o. CEM, em Lisboa, assim como da reunião do CEI, onde pedimos a nossa adesão. (...) O Espiritismo na Noruega conheceu um pioneiro no final do século passado que trabalhou durante mais de 40 anos pela divulgação da doutrina. Chamava-se Bernt Torstenson e desencarnou em 1926. Daí em diante a idéia sofreu um grande declínio. Atualmente o GEEAK é o único grupo espírita na Nourega. Somos uma célula bem pequena composta de brasileiros, 1 latino-americana e um rapaz da Lituânia. Os irmãos noruegueses ainda não chegaram. Comecamos nossas atividades em 1994 e já recebemos a visita de Divaldo por 4 vezes, promovendo o grupo, 7 conferências do médium e conferencista baiano. Além dele, esteve conosco por 2 vezes o Dr. Reynaldo leite, de S. Paulo. O grupo se reune todas as quartas para estudo sistematizado da Doutrina, passes, estudo do livro dos Médiuns e desnv. da psicografia. Temos uma pequena livraria em 5 linguas e livros para vender a disposição dos interessados. Editamos também uma folha informativa. (...) O Espiritismo aqui na Noruega, ainda está ligado a magia negra, bruxaria, brincadeiras, etc. e estamos trabalhando para levar esclarecimento às pessoas. Desejando muito sucesso e muita força, nos despedimos rogando a Jesus o abençoe sempre mais, Cristina e claudio" ______________________________________________________________________ PAINEL ------ Aniversário do GEAE, Conselho Editorial, GEAE ______________________________________________________________________ Caros Amigos, No dia 15 de outubro estaremos comemorando nosso 6.o Aniversário, e passando para o 7.o ano de publicação ininterrupta do Boletim GEAE. Convidamos a todos os colegas que participam de nossa pequena comunidade virtual a se reunirem a nós em uma prece de agradecimento ao Altíssimo e aos Amigos Espirituais pela oportunidade de trabalho e estudo que nos tem concedido. O GEAE é um trabalho de grupo, é um esforço conjunto que não seria possível se não existisse o desejo comum de aprender, de compartilhar idéias e opiniões, mas principalmente, que não existiria se não tivessemos a consciência de que somos todos aprendizes, juntando esforços na busca de uma compreensão maior da doutrina que nos une. Eis portanto que nada mais justo do que nos reunirmos para em um único pensamento, um unico coração, comemorarmos esse aniversário. Nos reuniremos em pensamento as 20 horas, horário de Brasília. Aguardamos a todos, GEAE .--- .-- .--. .-- / -, /- /__/ /- `--' `-- / / `-- GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS .----------------------'''''--''--'''''''--'''''''''--'''''''''------. | . Boletim semanal em português (distribuição eletrônica) | | . Boletim mensal em inglês (distribuição eletrônica) | | . 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