====================================================================== _|_|_| _|_|_| _|_|_| _|_|_| GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS _| _| _| _| _| Fundado em 15 outubro de 1992 _| _| _|_| _|_|_| _|_| _| _| _| _| _| _| Boletim semanal _|_|_| _|_|_| _| _| _|_|_| de distribuição eletrônica ---------------------------------------------------------------------- Ano 06 - Número 286 - 1998 31 de Março de 1998 ====================================================================== |============================| ÍNDICE |============================| ESPERANTO Errata: O Espiritismo e o Esperanto, Carlos Iglesia, Brasil Origem da Linguagem, Erasto, Médium Sr. D'Ambel, Revue Spirite TEXTOS O Livro dos Espíritos, Aldo Saldanha, Brasil COMENTÁRIOS Sobre o artigo "O Espelho dos Espíritas", Francisco Peres, Brasil PAINEL Canal #Nosso_Lar reune espíritas do Brasil, Espanha e Portugal Bienal Internacional do Livro em São Paulo |====================================================================| ATENÇÃO! novo endereço do GEAE: http://www.geae.inf.br ______________________________________________________________________ ESPERANTO ----------- Errata: O Espiritismo e o Esperanto, Carlos Iglesia, Brasil ______________________________________________________________________ Caros Amigos, Ao redigir o artigo "O Espiritismo e o Esperanto" (Boletim 285) acabei cometendo um pequeno engano que me passou despercebido nas revisões feitas antes da publicação. Somente ao discutir o seu conteúdo com amigos é que percebi o erro: O artigo "Origem da Linguagem" foi publicado na Revue Spirite em _novembro de 1862_ (Volume VIII da coleção da EDICEL) e não em _novembro de 1868_ como acabou saindo no texto. Atenciosamente, Carlos Iglesia ______________________________________________________________________ ESPERANTO ----------- Origem da Linguagem, Erasto, Médium Sr. D'Ambel, Revue Spirite ______________________________________________________________________ (Mensagem citada no artigo "O Espiritismo e o Esperanto" do Boletim 285. Ela foi recebida na Sociedade Espírita de Paris e publicada na Revue Spirite em novembro de 1862. Tradução de Julio Abreu Filho. Volume VIII da coleção das obras completas de Allan Kardec, editora EDICEL) Caros e amigos ouvintes. Pedis-me hoje que vos dite ao meu médium a história da linguagem. Tentarei satisfazer-vos. Deveis, porém, compreender que me será impossível, nalgumas linhas, tratar inteiramente a importante questão, à qual se liga, forçosamente, outra mais importante - a da origem das raças humanas. Que Deus Todo-Poderoso, tão benevolente para com os Espíritas, me conceda a lucidez necessária para afastar de minha dissertação tôda confusão, obscuridade e, sobretudo, o êrro. Entro na máteria dizendo-vos: Para começar admitamos como princípio esta eterna verdade: que o Criador deu a todos os sêres da mesma raça um modo especial, mas seguro, para se entenderem reciprocamente. Não obstante, esse modo de comunicação, essa linguagem, era tanto mais restrito quanto mais inferiores as espécies. É em virtude desta verdade, desta lei, que os selvagens e os povos pouco civilizados possuem línguas tão pobres que uma porção de termos usados nas regiões favorecidas pela civilização lá não encontram vocábulos correspondentes. E é em obediência a essa mesma lei que as nações que progridem criam expressões para novas descobertas e necessidades. Como disse alhures, a humanidade já atravessou três grandes períodos: a fase bárbara, a fase hebraica e pagã e a fase cristã. A esta última sucederá o grande período espírita, cujas primeiras fiadas lançamos entre vós. Examinemos, pois, a primeira fase e o começo da segunda, onde não posso mais que repetir quanto disse. A primeira fase humana, que poderemos chamar pré-hebraica ou bárbara, arrastou-se muito tempo e lentamente em todos os horrores e convulsões de uma bárbarie terrivel. Aí o homem é peludo como um animal selvagem e, como as feras, abriga-se em cavernas e nos bosques. Vive de carne crua e se repasta de seu semelhante, como caça excelente. É o mais absurdo reino da antropofagia. Nem sociedade, nem família ! Alguns grupos dispersos aqui e ali, vivendo na mais completa promiscuidade e sempre prontos a se entredevorarem. Tal é o quadro desse período cruel. Nenhum culto, nenhuma tradição, nenhuma idéia religiosa. Apenas as necessidades animais a satisfazer, eis tudo ! Prisioneira de uma matéria estupificante, a alma fica morna, latente em sua prisão carnal: nada pode contra os muros grosseiros que a encerram e sua inteligência apenas pode mover-se nos compartimentos de um cérebro estreito. O olho é manso, a pálpebra pesada, o lábio grosso, o crânio achatado, e a linguagem consta apenas de alguns sons guturais. Nada prenuncia que dêsse animal bruto sairá o pai das raças hebraicas e pagãs. Contudo, com o tempo, êles sentem a necessidade de se defenderem contra os outros carnívoros, como o leão e o tigre, cujas presas terriveis e garras afiadas facilmente dominavam o homem isolado. Assim realiza-se o primeiro progresso social. Não obstante, o reinado da matéria e da força bruta se mantém durante tôda a fase cruel. No homem dessa época não procureis nem sentimentos, nem razão, nem linguagem propriamente dita: ele apenas obedece a sensação grosseira, que tem por objetivo, comer, beber e dormir. Nada além disso. Pode dizer-se que o homem inteligente ainda está em germe: não existe ainda. Contudo é preciso constatar que, entre as raças brutais, já aparecem alguns seres superiores, Espíritos encarnados com a tarefa de conduzir a humanidade ao seu destino e apressar o surgimento das eras hebraica e pagã. Devo acrescentar que, além desses Espíritos encarnados, o globo terrestre era visitado por esses ministros de Deus, cuja memória foi conservada pela tradição sob o nome de anjos e arcanjos e que, quase que diariamente, estes se punham em contacto com os seres superiores, Espíritos superiores, de que acabo de falar. A missão de grande número desses anjos continuou durante a maior parte da fase humanitária. Devo acrescentar que o rápido quadro, que acabo de fazer, dos primeiros tempos da humanidade vos ensina um pouco a que leis rigorosas são submetidos os Espíritos que ensaiam viver em planetas de formação recente. A linguagem propriamente dita, como a vida social, não começa a ter um caráter certo senão a partir da era hebraica e da pagã, durante a qual o Espírito encarnado, sempre sujeito à máteria, começa a se revoltar e a quebrar os elos de sua pesada cadeia. A alma fermenta e se agita em sua prisão carnal; por esforços reiterados reage energicamente contra as paredes do cérebro, cuja matéria sensibiliza; melhora e aperfeiçoa, por um trabalho constante, o jogo de suas faculdades, assim desenvolvendo os orgãos físicos; enfim o pensamento pode ser lido num olhar límpido e claro. Já estamos longe das frontes achatadas ! É que a alma se sente, se reconhece, tem consciência de si mesma e começa a compreender que independe do corpo. Desde então luta ela com ardor para se desvencilhar do amplexo de sua robusta rival. O homem se modifica de mais a mais e a inteligência se movimenta mais livremente no cérebro mais desenvolvido. Entretanto, constatamos que, nessa época, o homem ainda é circunscrito e cercado, como gado, é escravo do próprio homem. A escravidão é consagrada pelo Deus dos Hebreus, tanto quanto pelos deuses pagãos. E Jehová, assim como Júpiter Olímpico, pede sangue e vítimas vivas. Esta segunda fase oferece aspectos curiosos, do ponto de vista filosófico. Já tracei um quadro rápido, que meu médium vos comunicará proximamente. Como quer que seja, e para voltar ao tema em estudo, tende certeza de que não foi senão na época dos grandes períodos pastorais e patriarcais que a linguagem humana tomou um aspecto regular e adotou formas e sons especiais. Durante essa época primitiva, em que a humanidade saía dos cueiros e balbuciava na primeira infância, poucas palavras bastavam aos homens, para os quais ainda não tinha nascido a ciência, cujas necessidades eram mais restritas e quando as relações sociais paravam à porta das tendas, à soleira das famílias e, mais tarde, nos confins da tribo. Era a época em que o pai, o pastor, o ancião, o patriarca, numa palavra, dominava como senhor absoluto, com direito de vida e morte. A língua primitiva foi uniforme. Mas, à medida em que crescia o número de pastores, estes, deixando por sua vez a tenda paterna, foram constituir novas famílias em zonas desabitadas e, daí, novas tribos. Então a língua por eles usada se diferenciou gradativamente, de geração em geração, da que era usada na tenda paterna. Assim foram criados os vários idiomas. Aliás, posto que não seja meu propósito dar um curso de lingüistica, não vos passa despercebido que, nas línguas mais distanciadas, encontrais vocábulos cujo radical pouco variou e cuja significação é quase a mesma. Por outro lado, posto tenhais a pretensão de constituirdes um velho mundo, a mesma razão, que corrompeu a língua primitiva, reina soberana em vossa França tão orgulhosa de sua civilização. Aí vedes as consonâncias, os termos e a significação variante, já não direi de província a província, mas de comuna a comuna. Apelo ao que viajaram pela Bretanha, como aos que percorreram a Provença e o Languedoc. É uma variedade de idiomas e de dialetos que espanta a quem os quisesse coligir num dicionário único. Uma vez que os homens primitivos, ajudados pelos missionários do Eterno, emprestaram a certos sons especiais outras tantas idéias especiais, foi criada a lingua falada; e as modificações por ela sofridas mais tarde o foram sempre em razão do progresso humano. Conseqüentemente, conforme a riqueza da língua, pode estabelecer-se facilmente o grau de civilização atingido pelo povo que a fala. O que posso acrescentar é que a humanidade marcha para uma língua única, como conseqüência forçada de uma comunidade de idéias em moral, em política e, sobretudo, em religião. Tal será a obra da filosofia nova, o Espiritismo, que hoje ensinamos. ERASTO ____________________________________________________________________ TEXTO ------- O Livro dos Espíritos, Aldo Saldanha, Brasil ______________________________________________________________________ A Doutrina Espírita está contida num livro chamado "O Livro dos Espíritos". A primeira edição deste livro, que foi compilado por "Allan Kardec", saiu em 1857(mais precisamente em Paris 18/04/1857). Já numa das primeiras páginas do livro editado pela FEB(Federação Espírita Brasileira) temos que "O Livro dos Espíritos" versa sobra a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade - segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns - recebidos e coordenados por Allan Kardec. "O Livro dos Espíritos" é organizado da seguinte maneira: Introdução A introdução é uma coletânea de dezesseis textos que mostram uma visão geral da obra e já responde à algumas perguntas. No primeiro texto se define o termo 'espírita'. No terceiro texto nós encontramos a descrição do fato que chamou atenção dos estudiosos para o assunto e a quem se destina o estudo da doutrina . No sexto texto temos um breve resumo da doutrina. Prolegômenos Parte Primeira Das causas primárias Cap. 01 - De DEUS Cap. 02 - Dos elementos gerais do Universo Cap. 03 - Da Criação Cap. 04 - Do princípio vital Parte Segunda Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos Cap. 01 - Dos Espíritos Cap. 02 - Da encarnação dos Espíritos Cap. 03 - Da volta do Espírito, extinta a vida corpórea, à vida espiritual Cap. 04 - Da pluralidade das existências Cap. 05 - Considerações sobre a pluralidade das existências Cap. 06 - Da vida espírita Cap. 07 - Da volta do Espírito à vida corporal Cap. 08 - Da emancipação da alma Cap. 09 - Da intervenção dos Espíritos no mundo corporal Cap. 10 - Das ocupações e missões dos Espíritos Cap. 11 - Dos três reinos Parte Terceira Das leis morais Cap. 01 - Da lei divina ou natural Cap. 02 - Da lei de adoração Cap. 03 - Da lei do trabalho Cap. 04 - Da lei de reprodução Cap. 05 - Da lei de conservação Cap. 06 - Da lei de destruição Cap. 07 - Da lei de sociedade Cap. 08 - Da lei do progresso Cap. 09 - Da lei de igualdade Cap. 10 - Da lei de liberdade Cap. 11 - Da lei de justiça, de amor e caridade Cap. 12 - Da perfeição moral Parte Quarta Das esperanças e consolações Cap. 01 - Das penas e gozos terrenos Cap. 02 - Das penas e gozos futuros Conclusão Assim como a introdução, a conclusão é uma coletânea de textos, só que desta vez são nove e encerra uma das obras que é um potente farol à guiar aqueles que de boa fé desejam ajudar o próximo, uma vez que, segundo o próprio "Livro dos Espíritos", FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. ____________________________________________________________________ COMENTARIO ------------ Sobre o artigo "O Espelho dos Espíritas", Francisco Peres, Brasil ______________________________________________________________________ (Comentários sobre o artigo de Luiz Signates e a entrevista publicados no boletim número 278. As linhas iniciadas por > correspondem a trechos do texto comentado) > (...) A logica da relacao social e politica e' o _estar na midia_. > A sociedade tornou-se _midiatizada_. O que inibe mais o politico ou empresario inescrupuloso: a consciencia de infringir a etica, ou o medo de que amanha tudo esteja nas manchetes dos jornais ?? A mesma questao vale para as pessoas comuns, se substituirmos "manchetes dos jornais" por "na boca dos vizinhos"... Esse comportamento indica uma distorcao de valores, que Signates expressou bem em seu texto. >Ha' algumas "marcas" que caracterizam o narcisismo na comunicacao e, >para termos uma ideia pratica a respeito, abordaremos o assunto do >ponto de vista das atividades espiritas chamadas de "divulgacao >doutrinaria". > >1. Visao Instrumental da Comunicacao >2. Comunicacao como territorio a ser conquistado >3. Abordagem tecnicista >4. Preocupacao centrada na mensagem > >Aqui, propomos uma clara diferenca entre os conceitos de informar e >comunicar, que, no Espiritismo, poderiamos chamar de _fazer >divulgacao_ e _fazer comunicacao_. Informar e' tornar tecnicamente >disponivel uma informacao; comunicar e' relacionar-se com outras >pessoas.(...) >No campo das atividades espiritas, a nocao de divulgacao e' >informativa, porque esta' centrada na mensagem (a "Doutrina", que >muitos julgam ja' conhece-la pura e pronta, devendo, inclusive, ser >preservada, ainda que a custo de sacrificio de pessoas) e nos >processos tecnicos inutilmente destinados a torna-la hegemonica na >sociedade. E a nocao de comunicacao social espirita e' comunicativa >(desculpe-nos a tautologia), porquanto nao se interessa em primeira >instancia pela "Divulgacao da Doutrina", e sim pelo desenvolvimento de >relacoes concretas de fraternidade entre as pessoas. Signates e' academicamente preciso em seu diagnostico. Confesso que nunca havia visto o assunto _divulgacao_espirita_ analisado com tanta lucidez, e justo num artigo que propoe (se entendi bem) substitui-la por uma _comunicacao_social_espirita_ cujos postulados a colocam em outro patamar, enquanto "atividade espirita". Entretanto, o mundo real nao se conforma ao mundo ideal. Quando nos questionamos por que há um predominio da influencia dos maus sobre os bons nesse nosso planeta, a Espiritualidade nos responde que e' por fraqueza e timidez dos bons, e "quando os bons quiserem, dominarão" (LE 932). Como reverter esse balanco de influencia em favor dos bons? Como acabar com a fraqueza e timidez dos bons, e manifestar o "querer" citado no Livro dos Espiritos, na pratica do dia-a-dia? "Se ha alguma coisa que seja permitido se impor, e' o bem e a fraternidade", nos lembram os Mentores em LE 841, acrescentando logo em seguida que essa imposicao jamais deve se dar pela forca e violencia (fisica ou moral), mas sim pela suavidade e pela persuasao. Assim, concordo que os trabalhos atuais feitos na area da Divulgacao Espirita padecem de certas falhas apontadas por Signates. Talvez mesmo algumas pessoas empenhadas nessa (nobre) tarefa considerem a Doutrina pronta e tenham a ingenua pretensao de torna-la (por esse meio) hegemonica na sociedade. Mas vejo isso dentro de um contexto maior onde cada coisa tem seu papel especifico, e todas contribuem em maior ou menor grau para os objetivos do Pai. Somos ainda imperfeitos, e nao podemos deixar que a vontade de fazer as coisas perfeitas nos impeca de fazer algo, mesmo que imperfeito como nos. Por isso o alerta popular de que "o otimo e' inimigo do bom". A busca perfeccionista do "otimo" pode nos fazer desperdicar as chances de encontrar o "bom", estagio intermediario e indispensavel para realmente atingir o "otimo". Diante de seitas caca-niqueis donas de redes de televisao, e com agressivos programas de marketing para arregimentar novos fieis e extorquir-lhes ate o ultimo centavo; diante de seitas catastrofistas que pregam o "fim dos tempos" na virada do milenio; e ate mesmo diante do esforco catolico que envolve os carismaticos e a "rede vida" - as atividades de divulgacao da Doutrina Espirita, tal qual estao sendo feitas, sao uma saudavel e necessaria reacao. Se nao as houvesse, estariamos sendo omissos e irresponsaveis, alem de "fracos e timidos". >5. Incapacidade de ouvir, de dialogar, de considerar a opiniao dos >outros, de duvidar de si proprio. Narcisismo, enfim. > >Tratada dessa forma, a ideia - que e' praticamente generalizada - de >divulgacao do Espiritismo, torna-se puro narcisismo doutrinario. Nao! E' apenas uma tentativa imperfeita de fazer o bem. Talvez para dar enfase aas suas ideias, Signates torna-se severo demais no julgamento da _divulgacao_espirita_ atual. Se alguns irmaos dedicados aa divulgacao da doutrina ainda sofrem dos vicios apontados acima (tenho duvidas) com certeza sao infima minoria. Mostrar aos outros um tesouro que se descobriu, e fazer-se questao de reparti-lo, nao e' narcisismo, e' generosidade. >Nossa experiencia, acompanhando um programa espirita de televisao em >Goias e os >comentarios de companheiros espiritas a esse trabalho, tem comprovado >isso de forma dramatica. E' possivel afirmar que a ideia da divulgacao >espirita traz embutida uma intencionalidade provavelmente >inconsciente, que precisa ser questionada pelos espiritistas serios: o >que queremos com a comunicacao, falarmos com as pessoas ou nos >enxergarmos nesses meios ? > >Conversar com os diferentes publicos conectados por essa gigantesca >rede social ou simplesmente vermos as nossas ideias, resguardadas em >toda a sua "pureza", estampadas no video ? Em sintese, estamos `a >procura do proximo ou de nos mesmos, na midia ? Creio que as respostas a estes questionamentos sao obtidas pela mera substituicao dos pontos-de-interrogacao por pontos-de-exclamacao. Queremos falar com as pessoas E nos enxergar nos meios de comunicacao. Por que nao? Ainda somos demasiado humanos e afastados da angelitude que dispensaria esse tipo de "reforco" que demonstramos precisar. Queremos conversar com os diferentes publicos conectados a rede social de comunicacao, ao mesmo tempo em que vemos nossas ideias estampadas no video. A questao da "pureza" talvez seja importante para um reduzido grupo, mas nao para a maioria de nos. Enfim, procuramos ao proximo e a nos mesmos na midia. Como sabemos que a pratica da caridade ao proximo beneficia em primeiro lugar a nos mesmos. >Nesse sentido, pode ser significativo que tais veiculos caminhem para >uma interatividade cada vez maior. A razao do futuro e', sem duvida, a >razao do dialogo, e nao a do monologo. E' a razao do altruismo, e nao >do egoismo. E' a razao do amor, e nao a do narcisismo. Vamos questionar essa interatividade. Ela existe, por certo, e esta' aumentando exponencialmente (principalmente gracas ao telefone e a internet). Mas, em termos percentuais, quantos escrevem a jornais, telefonam a radios e TVs ? Ou quantos mantem qualquer tipo de contato com seu representante no Legislativo ? O dialogo pleno sera' uma quimera por muito tempo ainda. O dialogo incipiente e entrecortado (muito parecido a dois monologos simultaneos) e' o unico possivel, por enquanto. >A televisao nao existe para ser o espelho dos espiritas, ante a >sociedade, nem os espiritas devem busca-la com essa pretensao tola. >Caso, de fato, nos interessemos pelos irmaos em sociedade, como >costumamos afirmar, entao busquemos falar com eles dos temas que lhes >interessam, em clima de dialogo e entendimento mutuo, a fim de >estendermos a eles os beneficios que pudermos e, porque nao, >colhermos deles as visoes e praticas diferentes que tenham e possam >nos enriquecer. Agindo assim, mesmo que nao convertamos ninguem para o >Espiritismo, estaremos praticando-o, ao fundar uma nova sociedade, a >partir da instauracao de um novo tipo de relacao social. O "interlocutor perfeito" que tornaria viavel o processo ideal de _comunicacao_social_espirita_ preconizado por Signates e' avis rara. Pois como dissemos no inicio, o mundo real difere muito do mundo ideal. O que fazer, entao? Condenar as ideias de Signates como uma utopia irrealizavel? De forma alguma. A implementacao de um projeto grandioso como este precisa ser levada adiante pelo movimento espirita. No entanto, isso deve ser feito sem desmerecer nem esmorecer as atuais atividades de _divulgacao_espirita_. Como um "plus" que venha enriquecer e fortalecer o Espiritismo, e nao como um _upgrade_ que venha substituir metodos de trabalho "antiquados" ou "inadequados". >Jornalismo Espirita e Dialogo Social > >No jornalismo espirita brasileiro, tambem encontramos essa >caracteristica narcisista: e' um jornalismo opinativo, centrado na >confirmacao de ideias instituidas e na critica da diferenca. >O aspecto opinativo aparece no formato artigo, hegemonico na imprensa >espirita. (...) >A nossa proposta, evidentemente diversa dessa pratica que descrevemos >e analisamos, e' a da busca da comunicacao como instauracao e >permanencia de um dialogo social.(...) > (...) Isso porque a >tarefa fundamental do Espiritismo nao e' simplesmente a de divulgar os >seus principios, mas, sobretudo, a de criar as condicoes de >possibilidade da sociedade fraterna e justa no mundo. E fraternidade >apenas se faz a partir da aceitacao da diferenca e na pratica >comunicativa do amor verdadeiro. A analise que Signates faz do jornalismo espirita e' irretocavel. Na verdade, na medida em que passamos a conhecer (e praticar) profundamente o Espiritismo descobrimos que nem e' necessario ser espirita para "assegurar nossa sorte na vida futura", mas sim praticar o bem e a caridade (LE 982). A partir dessa conscientizacao, desaparece em nos qualquer presuncao proselitista. Em vez de divulgar o Espiritismo, passamos a divulgar o Amor (resumindo nessa palavra o bem, a justica, a fraternidade, etc), e nosso metodo de divulgacao para a ser o exemplo e a acao, ao inves da palavra falada ou escrita. Saudacoes Fraternais, Francisco Peres ______________________________________________________________________ PAINEL -------- Canal #Nosso_Lar reune espíritas do Brasil, Espanha e Portugal ______________________________________________________________________ Uma proposta impar, que podera´ marcar a historia do Movimento Espirita Internacional. Portugueses, Espanhóis e Brasileiros a UMA SO´ VOZ. Um dos canais de Estudo Sistematico da Doutrina Espirita, de grande qualidade em terras brasileiras e´ o Canal #Nosso_Lar. Sendo efectuado um estudo doutrinario diariamente. Para termos uma melhor panoramica da sua postura nobre e doutrinaria, por gentileza consultar seu site* em que o seu objectivo eh: Proporcionar consolo; Proporcionar esclarecimento; Proporcionar um ambiente de refazimento; Promover a integracao do ser humano consigo mesmo, com o proximo e com Deus. Os seus representantes, um dos quais o Coordenador do Canal - Albino Novaes - segundo vice-presidente da Associacao de Divulgacao de Espiritismo - ADE_RJ, pertencendo à ABRADE - Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo, convidou Luis Almeida, para ser operador e orientador. Uma graça para o Movimento Espirita Portugues, prova de seu amadurecimento, e do trabalho desenvolvido pela abnegada equipe da FEP, que, sem seu incentivo e apoio, não conseguiriamos, bem como, para o Movimento Espirita Espanhol, atraves da abnegada e amorosa Isabel Gonzalez vice presidente da FEE. Assim, surgiu a ideia, em fase ja´ avançada, de alargamos os horizontes a todo o Portugal, e a Espanha, num dia especifico para tal. A nossa (Canal #Nosso_Lar, Isabel Gonzalez e Luis Almeida) proposta consiste unir irmaos de ideal espirita; portugueses, espanhois e brasileiros, para realizarmos todos os domingos (por exemplo) um ciclo de estudos doutrinarios para estreitarmos ainda mais os laços de fraternidade que une os nossos povos. Tudo depende de nos mesmos. A ideia: sera´ para todos nos uma inigualavel experiencia, pensamos, unica no mundo, a reunir de modo planeado, com objectivos e propositos nobres e sem barreiras geograficas. Pensamos que esta proposta e´ peregrina, corajosa e sendo muito enriquecedora para todos. Partilhando desta forma, experiencias valiosas, fazendo com que nossas almas crescam para Deus. Sendo uma revolucao para o Movimento Espirita Internacional. * Todos os portugueses que queiram participar nesta iniciativa, poderao contactar atraves do seu e-mail: , ou para o Centro Espirita Caridade por Amor, Rua da Picaria, 59 - 1º Frente - 4000 - Porto, ao cuidado do coordenador do ESDE do C.E.C.A. - Luis Almeida. * Todos os espanhois poderao contactar a vice-presidente da FEE, Isabel Gonzalez pelo e-mail: ou para Editora Espirita Allan Kardec - Avda. de Velazquez, 84 - 8º B - 29004 - Malaga. Dando sugestoes, duvidas, para a hora mais conveniente, e se inscrevam. Aguardamos que os espanhois e portugueses digam de sua justica.... A todos os portugueses e espanhois, que por variadas razoes, nao tenham o Estudo Sistematico da Doutrina Espirita - ESDE, em suas instituicoes, nao possam sair de casa, ou, mesmo desejando participar no canal, de forma sistematica etc. deverao de igual forma contactar o canal #Nosso_Lar, Luis Almeida ou Isabel Gonzalez, para melhor esclarecimento. Abraços fraternais, Isabel Gonzalez e Luis Almeida * http://www.elogica.com.br/users/informal/nossolar/nossolar.html ______________________________________________________________________ PAINEL -------- Bienal Internacional do Livro em São Paulo ______________________________________________________________________ Do dia 1 até o dia 10 de maio será realizada na cidade de São Paulo mais uma Bienal Internacional do Livro. As editoras e livrarias espíritas normalmente participam deste importante evento cultural, onde não só possibilitam aos espíritas atualizarem-se com relação a lançamentos e reedições, como apresentam ao público o vasto panorama da nossa literatura. A Federação Espírita Brasileira estará no estande da USE-São Paulo, n.o 58 do Pavilhão Vermelho; a Federação Espírita do Estado de São Paulo ocupará o estande n.o 56, também do Pavilhão Vermelho. A Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz estará no estande n.o 80 do Lar Fabiano de Cristo, no Pavilhão Verde, onde apresentará suas edições em Esperanto e Português. A Liga Brasileira de Esperanto e a Associação Paulista de Esperanto, também estarão na Bienal, no estande n.o 57 do Pavilhão Vermelho. .--- .-- .--. .-- / -, /- /__/ /- `--' `-- / / `-- GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS .----------------------'''''--''--'''''''--'''''''''--'''''''''------. | . Boletim semanal de distribuição eletrônica | | . Página WWW com informações espíritas em geral: livros eletrô- | | nicos, periódicos, boletins e inscrição no GEAE, etc e sobre | | o movimento espírita mundial: instituições, eventos, páginas | | espíritas na internet, etc. | | | | Conselho Editorial: | | - Ademir L. Xavier Jr. (Campinas - SP, Brasil) | | - Carlos A. Iglesia Bernardo (São Paulo - SP, Brasil) | | - José Cid (Rio de Janeiro - RJ, Brasil) | | - Raul Franzolin Neto (Pirassununga - SP, Brasil) | | - Sérgio A. A. 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