B o l e t i m ############################################# .--- .-- .--. .-- GRUPO DE ESTUDOS AVANCADOS ESPIRITAS / __ /_ /__/ /_ _____________________________________________ / / / / / / `---' `--/ / `-- 08 (203) 96 27 Agosto 96 ################################################################### ************************INDICE************************ JESUS, O HOMEM (PARTE II) COMENTARIOS DA EDNA: LIVRARIA ESPIRITA NA INGLATERRA DA ANA SINCLAIR: OUTRAS LIVRARIAS ESPIRITAS NA INGLATERRA DO SERGIO: LIVROS ESPIRITAS EM ITALIANO ****************************************************** JESUS, O HOMEM Parte II (continuacao do boletim 199) por Albino Antonio Castro de Novaes CONSIDERACOES GERAIS: CRISTO, O MITO Concluimos a parte I, deste trabalho transcrevendo alguns trechos do CAP I, do livro de J. Herculano Pires, intitulado "Revisao do Cistianismo". Para tornar possivel um estudo comparado, utilizamos tambem o livro "Jesus Dentro do Judaismo" de James H. Charlesworth e com as referencias feitas a outras obras sugerimos um exame mais apurado do assunto evitado por muitos. "(...) Jesus nao desejava trabalhar por um futuro longinquo, (...) ele nem previu, nem desejou a Igreja Crista; (...) ele nao foi fundador de religiao (alguma), nem mesmo um reformador religioso" . CHARLES GUIGNEBERT (LE CHRIST) Os cristaos devotos que afirmam aceitar o Novo Testamento literalmente e acriticamente sao cegos para tres compreensoes necessarias: 1- Eles deixam de perceber que a revelacao de Deus dirige-se sempre para a humanidade imperfeita e que a revelacao nunca pode ser mais que imperfeitamente recebida e mesmo imperfeitamente registrada. 2 - Deixam de apreender que uma fidelidade cega a Biblia infringe, em ultima instancia, o primeiro e o segundo mandamento da propria Biblia. COLEDIGGE adverte que a bibliolatria e' uma forma de idolatria. 3 - Escapa-lhes observar que considerar os autores de NovoTestamento com seriedade significa ouvir em silencio seus esforcos ingentes para levar o "Evangelho" a um publico especifico. Fazer perguntas historicas equivale a honrar seriamente as condicoes, preocupacoes e afirmacoes dos pensadores do primeiro seculo. O cristao devoto tem de inculcar a verdade libertadora de que os Evangelho nao devem ser tratados categoricamente como se fossem biografias modernas. Lembramos aos dogmaticos que, no Novo Testamento o fato e a historia sao materia prima do credo e do dogma. Igualmente os credos nao decorrem tanto dos documentos do Novo Testamento quanto sao caracteristicas dos primeiros crentes. So' a percepcao e a metodologia historicas sao meios para que se separe o dogma da supersticao. A fe' esta' inextrincavelmente ligada a historia secular a pessoas, acontecimentos e lugares reais. O estudioso do Novo Testamento deve proporcionar respostas a todas as questoes que emanam do Novo Testamento. No entanto e' necessario reconher que: 1- O estudioso do Novo Testamento trabalha com documentos ou, melhor ainda, passagens de tais documentos que so foram incluidos num Canon fechado muito depois que terminou o periodo do Novo Testamento. 2- E especialista no Novo Testamento, nao estuda o "Novo Testamento", porque ele examina apenas o que hoje esta' pronto, nao o documento original ou copia fiel deste. 3- Alguma forca geradora une esses documentos que sao caracterizados por afirmacoes categoricas e por excitacao. 4- E' necessario, tambem, aprender que, enquanto a raiz de quase todas teologias no Canon e' a proclamacao (querigma) e a explicacao da morte e da ressurreicao de Jesus. Por tras dessa pregacao- e anterior a ela- esta' a recordacao da vida de Jesus, de seu ensinamento, curas e experiencia partilhada da presenca de Deus. Todas essas coisa formaram e exigiram os primeiros ensinamentos no Movimento Palestino de Jesus. A fonte mais antiga dessa excitacao em Jesus, portanto, sao os fenomenos que antecedem consideravelmente nao apenas cada um dos documentos do Novo Testamento, mas tambem o calvario. 5 - Compreender que porcao dos fenomenos de Jesus representam fatos historicos que estao por tras dos autores do Novo testamento e de suas composicoes. Temos hoje tres espacos que ampliam consideravelmente a pesquisa sobre o Novo Testamento, sao eles: a) Desenvolvimento de modelos sociologicos para melhor descrever os fenomenos sosciais dos acontecimentos que estao por tras dos documentos do Novo Testamento e que lhe sao contemporaneos. b) Preocupacao com coletaneas de escritos: ha' que se considerar os Pseudos-epigrafos do Velho Testamento; os Manuscritos do Mar Morto, e os Códices de Nag-Hammafi. Esses documentos antigos ajudaram a iniciar uma nova reavaliacao das origens cristas. c) Reconhecer que somos capazes de construir com alguma fidedignidade alguns aspectos da vida e dos ensinamentos de Jesus. Temos consciencia que, em algum lugar, perdeu-se o Jesus da Historia. Com demasiada frequencia fabrica-se um Jesus com ideologias que nao tem base bíblica (mas que afirmam sustentar-se na Bíblia)(O Jesus cognominado o Cristo foi moldado segundo tais ideologias) e depois, essa construcao e' usada enganosamente para estruturar a plataforma de algum movimento revolucionario. E' obvio que tais esforcos diferem de maneira categorica, da pesquisa sobre Jesus. (...) Ja' nao e' mais possivel limitar-se a pegar um Evangelho canonico e le-lo como se fosse uma biografia moderna. Somos forcados a perguntar: Quem foi Jesus? Como era realmente? CONSIDERACOES ESPIRITAS HERMINIO MIRANDA Jesus nasceu em Nazare, pequena cidade da Galileia, desconhecida ate' entao. Toda a sua vida foi designado pelo nome de "Nazareno"(...) O nascimento em Belem, atribuido pelos Evangelhos de Mateus e Lucas, ou seja, pelos textos que conhecemos hoje sob esses nomes, resulta de um arranjo posterior com objetivo de mostrar que Jesus era realmente o Messias. A ideia de que Jesus seria mesmo aquele belicoso Messias anunciado levou a lamentaveis violencias ao texto primitivo. Tornou-se necessario imaginar uma formula que, pelo menos para aqueles tempos, fosse aceitavel para fazer Jesus nascer em Belem. A formula do Censo promovida por Quirino ai' por volta do ano 6 a.C., mas como o proprio Lucas tambem diz que Jesus nasceu no tempo de Herodes, fica o censo de Quirino- se e' isto mesmo que o redator tinha em mente- antecipado de cerca de 10 anos. (...) a jornada da familia de Jesus a Belem nada tem de historica; sendo dificil admitir-se que "seus pais se vissem obrigados, por uma operacao puramente cadastral e de negocios de fazenda a irem inscrever-se num local donde ha' mil anos tinha saido seus antepassados." GUIGNEBERT (...) lembra que a movimentacao de familias inteiras em toda a extensao do Imperio Romano e' algo que ultrapassa os limites da imaginacao. (...) mesmo admitindo-se que Jose' tenha sido obrigado a deslocar-se a tao grande distancia para uma simples declaracao censitaria, nao se compreende que tenha de levar consigo a esposa, em adiantado estado de gestacao, pelos riscos e desconfortos que representava, para ela e para a crianca, uma viagem penosa como aquela. (...) (a) formulacao da doutrina do nascimento virginal compromete irremediavelmente a tese de que Jesus tenha pertencido a pretendida dinastia (ja' citada) como se desejou demonstrar com as genealogias elaboradas com este proposito. (...) por que tanto empenho em ligar Jose' a Davi, se esse mesmo texto afirma que Jesus nao e' filho de Jose'? (Bem contraditorio a meu ver). (Somos levados a concluir por forca das evidencias historicas e logicas que) a intencao de Mateus e' mostrar que Jesus e' o Messias davidico e a de Lucas de que Jesus e' o filho de Deus. Os estudiosos rejeitam ambas as genalogias. Loisy diz francamente que elas sao ficticias. Joao e Marcos tem como certo que (Jesus) era de Nazare e nenhum dos dois propoe qualquer especie de genealogia. As vezes parece que as acomodacoes e interpolacoes sao tao desatentas, que determinados versiculos foram alterados e outros deixados como estavam, a despeito de suas conexoes. Colhemos esta impressao ao ler Lucas que, depois de certo contorcionismo verbal para demonstrar que Jose' nao era pai de Jesus, confirma em 2:33, (justamente o contrario): "(...) o pai e mae (de Jesus) estavam admirados com o que diziam dele". E mais adiante, em 2:41: "... seus pais iam todos os anos a Jerusalem para a festa da Pascoa". Alem disso, ao reencontrar Jesus, no templo, a debater com os doutores (2:48), Maria lhe diz: "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procuravamos". (...) Em 1:45 temos: "Encontramos aquele de quem escreveram Moises, na Lei, e os profetas: Jesus, o filho de Jose, de Nazare". O DOGMA DA VIRGINDADE DE MARIA (Os relatos referentes a virgindade de Maria encontramos) pesadamente assentados em Isaias 7:14, que diz (textualmente) o seguinte: "Eis que a jovem concebeu e dara' a luz a um filho e por-lhe a' o nome de Emmanuel", (transcrevendo literalmente) o texto da Biblia de Jerusalem, embora outras versoes ponham, habitualmente, o termo "virgem" em lugar de jovem. Alias em notas de rodape, observa a Biblia de Jerusalem: a traducao grega traz "a virgem" precisando assim o termo hebraico ALMAH que designa quer donzela, quer uma jovem casada recentemente, sem explicar mais. O texto dos Setenta e' porem, um testemunho preciso da interpretacao judaica antiga, que sera' consagrada no Evangelho. Mateus 1:23, encontra aqui o anuncio de concepcao virginal do Cristo. Ou seja, mesmo reconhecendo que o termo "virgem" utilizado na traducao grega da Satuaginta coaduna-se melhor com a interpretacao catolica, a Biblia de Jerusalem é fiel ao texto original hebraico, no qual a palavra nao é "virgem", mas "ALMAH" ou seja uma jovem muito moca. (Segundo Brown), realmente a palavra ALMAH é empregada para caracterizar a moca que atinge a puberdade esta' em condicoes de casar-se. Nenhuma enfase é posta no aspecto especifico da virgindade, muito embora no contexto judaico daqueles tempos, toda "ALMAH" fosse virgem. GUIGNEBERT é do mesmo juizo ao informar que o termo hebraico nao contem a palavra virgem, que seria BETULAH, mas HAALMAH (jovem mulher) que, neste caso, teria de ser vestida em grego, como NEANIS (uma jovem) e nao PARTHENOS (virgem). Lembra ainda, o historiador frances, que os autores ortodoxos tem feito o possivel para "provar" que HAALMAH podia, tambem, significar virgem, mas nao ha' como faze-lo. (as diferencas de grafias correm por conta dos autores). Ainda com relacao a conexao feita em Mateus com a muito citada passagem de Isaias (7:14), observa BROWN: "A crianca ao nascer nao era o Messias, de vez que o messianismo ainda nao fora desenvolvido ao ponto de criar a expectativa de um unico rei futuro. Os estudiosos nao chegam a um acordo sobre a identidade da crianca, mas, na melhor das hipoteses, deve referir-se ao nascimento de um principe davidico que livraria Juda' de seus inimigos. Alem do mais ha' a considerar (...) que o profeta fala de uma crianca a qual a mae daria o nome de Emmanuel, o que tambem nao foi o caso de Jesus. (A divergencia e' classificada pelo autor como embaracosa...) A profecia nada tem a ver com o nascimento de Jesus, que e' dirigida a sua epoca, em futuro mais ou menos proximo, pois se trata de um sinal especifico, perdido no contexto das lutas politico militares de Acaz, mais de sete seculos antes de Jesus. Mesmo a Setuaginta, contudo, o termo virgem (PARTHENOS), em lugar mais correto que seria NEANIS (jovem mulher) nao da' cobertura adequada a concepcao virginal desejada pelos teologos ortodoxos. (Nossa preocupacao com o assunto tem procedencia: nao se trata de discutir a virgindade de Maria pelo fato em si, mas as consequencias tem gerado distorcoes doutrinarias que comprometem a verdade das doutrinas ditas Cristas. Decorre do dogma da virgindade de Maria, coisas absurdas como "corpo fluidico" de Jesus que ainda comentaremos.) Restam ainda outros aspectos suscitados pelo erudito padre Brown. Apresenta ele tres perguntas, assim alinhadas: 1- O texto atual de Lucas contem realmente a ideia de uma concepcao virginal? 2- Se contem, teria sido essa a ideia introduzida posteriormente em relato que, originalmente nao continha? 3- Como entender a logica da pergunta formulada por Maria em Lc 1:34? J.A. FITZMYER, declara o seguinte: "Sem as implicacoes da anunciacao, segundo Mateus, a Jose'- todos os seus detalhes poderiam ser entendidos como se a crianca a nascer de Maria viesse pelo usual processo humano." E' uma interpretacao perfeitamente valida, ante o fato de que nao ha' em Lucas qualquer declaracao explicita de que o casal nao se tenha unido apos a enunciacao. Ou seja no momento da enunciacao, realmente Maria nao se unira ao esposo, o que nao quer dizer que nao o tenha feito posteriormente. A corrente dos teologos tradicionalistas deseja insistentemente fazer crer que, embora prometida, Maria ficou gravida sem haver coabitado com Jose'. Cabe, nesta hipotese, a embaracosa pergunta de BROWN: "Se Maria nao estava ainda vivendo com Jose, como teria viajado ela para Belem?" Ainda, segundo esse teologo, o impacto da narrativa de Mateus esta' em "assegurar triunfalmente aos seus leitores cristaos prova de que possam utilizar-se contra qualquer adversario na sinagoga, do plano profetico de Deus, segundo o qual o Messias seria chamado Jesus, seria concebido por uma virgem e nasceria em Belem, e, no entanto, seria de Nazare. Prossegue BROWN: "Para muitos estudiosos, que ha' muito tempo descartaram-se da concepcao virginal como dramatizacao teologica, esta conclusao pode ate' parecer, retroativa, conservadora (...)." "A Teologia "embrulhou" as coisa de tal maneira que a precaria evidencia historica, tornou-se mais aceitavel do que as vas especulacoes oferecidas pelos teologos." (Entendemos) que a igreja tem-se aplicado em minimizar o impacto das ideias postas a circular pelo Padre BROWN. COMENTARIO NAO-ESPIRITA · O mito serve (...) para recriar um estado original perfeito, a partir de uma situacao de degradacao ou decadencia. Por exemplo, o mito da origem do universo serve como modelo para a criacao, renovacao ou revitalizacao de qualquer coisa. (...) concebe-se que o inicio e' mais perfeito que o que vem depois. Quanto mais uma coisa se afasta da origem, mais decadente ela se torna. Para que ela revigore, e' necessario retornar ao principio, a origem. Recorre-se a um ritual para isso: dai a importancia do simbolismo, do mito no cristianismo atual. · Os mitos nao sao vistos como lendas, simples historias pelos que os respeitam. Sao considerados verdadeiros, tendo ocorrido em um tempo primordial, envolvendo seres sobrenaturais que produzem uma nova realidade. Esses mitos servem para explicar o mundo, (as coisas do mundo), mas nao de um modo racional. O mito proporciona imagens, traz emocoes. Ele e' sentido e vivido por que ouve, por quem o ve representado e por quem o revive por meio de rituais. · Vemos um mundo a nossa volta: casas, pessoas, cidades, rios, arvores, o Sol, etc. O que e' tudo isso? O objetivo do conhecimento mitico e' compreender o universo, situar-se nesse contexto, saber de onde sairam as coisas e os homens, como se estruturou a sociedade. Atraves do mito, procura-se entender o passado para entender a si proprio como parte do universo. · Ao compreender as coisas, a pessoa aprende os segredos que lhe permitem atuar de forma magica sobre o mundo. Conhecendo a origem a origem da vida e' possivel curar as doencas, conhecendo a origem do fogo e' possivel caminhar sobre ele ou segurar uma brasa na mao sem queimar. Mas nao só isso: é possivel agir corretamente, sabendo seu papel no mundo e' possivel participar do drama cosmico, de acordo com aquilo que foi estabelecido pelos deuses na origem de tudo. · O ritual repete aquilo que os deuses fizeram no tempo primordial. Essa repeticao e' mais do que uma comemoracao ou uma imitacao. Ao repetir um ritual, a pessoa se identifica com o deus e o tempo primordial e' recriado. O ritual é poderoso porque ele e' a repeticao exata e valida daquilo que foi feito pelos deuses e que refaz e recria o momento primordial. Na nossa tradicao, ha' um exemplo bem conhecido: a missa da Igreja catolica, na qual, durante a celebracao, o sacerdote se Cristo, o vinho se torna o sangue, e o pao se torna o corpo de Cristo. · Participar do ritual e reviver o mito significa sair do tempo e do mundo profano, decadente, para retornar e viver no mundo do tempo primordial. E' uma experiencia essencialmente religiosa. · Com o passar do tempo em muitas civilizacoes, houve um enfraquecimento do mito e da religiao, surgindo em seu lugar o pensamento filosofico. Mas nem sempre a filosofia se desprendeu totalmente da religiao e do mito. Muitas vezes o pensamento filosofico e' uma reflexao sobre mitos mais antigos e um desenvolvimento deles. (Sem duvida o mito exige um corpo coeso de dogmas a sustenta-lo) CONSIDERACOES ESPIRITAS J. HERCULANO PIRES O mito e' um arquetipo. Nao e' uma ilusao, uma mentira, mas uma realidade interna da alma, que se projeta na realidade externa. Nasce das experiencias passadas do espirito e se encarna nas experiencias presentes (...). O mito biblico "O Espirito de Deus flutuava sobre as aguas" oferece-nos uma visao dialetica do processo mitico, segundo a teoria platonica da reminiscencia. Deus (...) aparece como a projecao do proprio homem na transcendencia, flutuando sobre as aguas, elemento gerador de todas as coisas e seres. Estabelece-se a fusao da ideia com um objeto rela (...). A lei do mito torna-se clara nesse processo. A ideia intima e pura de Deus se funde com o objeto exterior e impuro, imperfeito, que nessa fusao se torna puro e perfeito. Toda a mecanica do sagrado se revela nessa metamorfose, que e' a consequencia e nao causa do processo mitologico. A imaginacao criou uma realidade nova no plano do concreto, pela projecao da alma nas coisas. Os mitos se revelam (...) como supra-realidade, mais real do que real, porque a lei da fusao permite ao homem dar ao rela objetivo a quarta dimensao da realidade subjetiva. Para o Homem dos tempos mitologicos, o mito aparece como realidade e o real como simples materia que serve para moldar-se a realidade do mundo. Nao e' de admirar que os homens daqueles tempos dessem preferencias aos mitos, desprezando o historico. Para os cristaos da era apostolica, Jesus tinha nascido realmente em Belem de Juda', pois a profecia biblica assim prescrevia e assim teria de ser. Toda a mitologia dos Evangelhos esta' impregnada dessa magia do mito e por isso nos enternece com sua beleza e o seu encanto. Kardec foi o primeiro que teve a coragem de submeter o Evangelho (no sentido global do termo) as divisoes necessarias, para separar do texto, dividindo em cinco partes, o ensino moral de Jesus. Esse ensino e' que realmente nos oferece a concepcao crista do mundo e do homem. E nele Jesus nao aparece como um taumaturgo mistico ou um semi-deus, a pessoa de Deus no mundo ou a encarnacao do verbo, mas como ser na existencia, o homem no mundo (nao do mundo) da expressao Kardeciana, o homem que traz consigo a mais perfeita ideia de Deus e por isso se encarnou, para transferi-la aos homens como homem. O mito do CRISTO e do VERBO surgem como conotacoes naturais das mitologias antigas, particularmente a egipcia, a grega e a romana, judaica e a crista. Para elaboracao lenta e progressiva da Teologia Crista, que, devia produzir, como produziu, o espantoso sincretismo religioso que deu forma ritualistica e liturgica a Igreja Crista, para que ela pudesse em nome dos mitos assimilados, domar o potro selvagem do mundo e instalar na Terra o Reino de DEUS. OUTRAS REFERENCIAS: citaremos no final do trabalho (continua no boletim 207) ######################################### C O M E N T A R I O S ######################################### DA EDNA: LIVRARIA ESPIRITA NA INGLATERRA Inaugurada em 20/06/95 por Divaldo Franco, a "Joanna de Angelis Spiritist Bookshop & Publications" e' uma Companhia sem fins lucrativos, sendo todo o trabalho totalmente voluntario, tendo por finalidade a divulgacao da doutrina Kardecista na Inglaterra e a publicacao de novos livros espiritas em ingles. Obras em ingles: Allan Kardec: Gospel According to Spiritism Mediums' Book Spirits' Book Joanna de Angelis: After the Storm Child of God Recipes for Peace Manoel P.Miranda: Obsession Amelia Rodrigues: The Sower Andre Luis: Astral City Helena Carvalho: ABC of Obsessions Roque Jacintho: The Wicked Queen Pedidos podem ser feitos: E-Mail: 100555.1054@Compuserve.Com phone/fax: 01737-789406 ou correio: 111 Alpine Road Redhill-Surrey RH1 1LE DA ANA SINCLAIR: OUTRAS LIVRARIAS ESPIRITAS NA INGLATERRA Prezados amigos, A respeito do boletim 195 - Livros em Ingles. Alem das informacoes gentilmente indicadas pelo Vladimir gostaria de adicionar que existem para alem da "Joanna de Angelis" (citada acima), a seguinte livraria: Allan Kardec Publishing 55 Norbury Gardens, Chadwell Heath, RM6 5TR, Essex, Inglaterra Fax (181) 597 8039 - Tel (181) 491 5745 Entre outras obras em ingles aqui se encontram a venda "The Gospel According to Spiritistm",e "The Astral City" (Nosso Lar). Um abraco Ana Sinclair DO SERGIO: LIVROS ESPIRITAS EM ITALIANO Para quem tem interesse em adquirir livros espiritas em italiano, aqui vao algumas referencias da Editora "Mediterranee" (e' uma editora espiritualista). Parece-me que encontram-se estes livros em qualquer livraria comum na Italia, mas vale a pena verificar. Edizioni Mediterranee Via Flaminia, 158 00196 Roma - Italia Fone: (06) 323-5194 Fax: (06) 322-3540 Os livros existentes sao: Allan Kardec - Il Libro degli Spiriti - Il Livro dei Medium - Il Vangelo Secondi Gli Spiriti - Le Rivelazioni degli Spiriti - Genesi - Miracoli - Profezie - Le Rivelazioni degli Spiriti - Il Cieli e L'Inferno - Le Manifestazioni Spiritche - Opere Postume Jean Vartier - Allan Kardec - La Nascita dello Spiritismo Arthur Conan Doyle - Il Libro dell' Aldila' Leon Denis - Nez Mondo Invisible - Cristianesmo e Spiritismo Ernesto Bozzano - Musica Transcendentale Fraternalmente, Sergio. .--- .-- .--. .-- / -, /- /__/ /- `--' `--/ / `-- GRUPO DE ESTUDOS AVANCADOS ESPIRITAS G-------------------'''''--''--'''''''--'''''''''--'''''''''-------G E Envie seus dados para dgeae@kholosso.di.fct.unl.pt E A Nome: Endereco: Fone: A E E-mail: Profissao: E G ---------------------------------------------------------------- G E Envie seus comentarios diretamente para o GEAE. E A Editado por: Sergio Freitas, Raul Franzolin, Jose Cid e A E Carlos Iglesia Bernardo - E-mail : dgeae@kholosso.di.fct.unl.pt E G Pagina Espirita na WWW - http://zen.di.fct.unl.pt/~saf/geae.html G E Edicoes anteriores do Boletim, Instituicoes Espiritas em E A diversos paises, Livros e Revistas Espiritas e muito mais! A EgeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeaegeE