Ano 14 Número 510 2006



15 de Março de 2006


"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, 
face a face,
em todas as épocas da humanidade"

Allan Kardec



 ° EDITORIAL

As Questões Sociais, Yogashririshnam, médium Elzio Ferreira de Souza




 ° ARTIGOS

Ouvindo o Mestre, Irmão X, médium Francisco Cândido Xavier


Um Tacape Chamado Glosso, Rogério Coelho, Brasil




 ° HISTÓRIA & PESQUISA

Cronologia Espírita, Carlos Iglesia, Brasil




 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Sobre Caboclos e Pretos Velhos, Alexandre Fontes da Fonseca, Brasil





 ° PAINEL

Conferências de Divaldo Pereira Franco, ADEP, Portugal




Quem é Morto Sempre Aparece, Renato Priento, Brasil







 ° EDITORIAL

As Questões Sociais, Yogashririshnam, médium Elzio Ferreira de Souza

(Transcrito do livro "Vozes de um Encontro", espírito Yogashririshnam, médium Elzio Ferreira de Souza. 2. ed. Bahia: Edição Círculo Espírita da Oração, 2004)

O discípulo andava muito preocupado com as questões sociais e econômicas, os problemas de distribuição de renda, os desníveis econômicos entre países e criaturas, as diferenças entre os discursos salvacionistas - políticos e religiosos - e a realidade esmagadora do ser humano com forme material e espiritual. Tendo em mente ouvir o mestre sobre o assunto, procurou-o durante um momento de intervalo entre as tarefas:

- Mestre, o senhor não acha que as religiões alienam os homens? Todas nos ensinam a viver voltados para Deus, enquanto o ser humano, que é afinal uma centelha divina, morre a nosso lado em completa ignorância. Não acha que a busca de um Deus transcendente conduziu  ao esquecimento da criatura?

O mestre não pareceu surpreendido com o comentário e resolveu aclarar a questão:

- Há aqui uma questão de ótica da vida, e é necessário não cometer um erro, pensando sanar ao outro. Os materialistas agarram-se ao discurso do homem faminto, mas acabam por extorquir-lhe a realidade espiritual. Não devemos temer os que matam o corpo, mas os que matam a alma. Foi esta a lição do Senhor Jesus.

- Sim, mestre, mas sem o corpo nutrido não há nem ocasião para pensar que se tem uma alma.

- Jesus não empregou a lição como uma desculpa para a conservação da miséria do homem, não paralisou suas mãos nem hipnotizou os discípulos para que esquecessem a realidade da vida no planeta. Orando pelos discípulos, rogou ao Pai que não os tirasse do mundo, mas que os livrasse do mal. Isto significa que os religiosos têm um papel a cumprir no mundo. A ignorância, entretanto, volta-se para o céu, buscando respostas para conservar a inércia na Terra. O verdadeiro homem religioso é o que encarna a resposta do Céu perante a criatura. O segundo mandamento enunciado por Jesus diz respeito exatamente à presença de Deus no mundo: só assim se pode entender por que amar o próximo equivale a amar a Deus. Materialistas sinceros destacam o amor ao homem e esquecem a Realidade suprema. Religiosos honestos voltam-se para o Céu e esquecem-se de que este se encontra no coração do homem. Temos que unir as duas visões, somente assim poderemos alcançar a verdade.

- O senhor quer dizer que temos de servir ao homem para atingir a completa visão do Divino?

- Sem dúvida, disto decorre a identidade de valores entre os mandamentos dados por Jesus. Como escreveu João*, os que não conseguem ver o homem não podem enxergar a Deus.

* I João 4:20-22

Índice


 ° ARTIGOS

Ouvindo o Mestre, Irmão X, médium Francisco Cândido Xavier

(Transcrito do livro "Lázaro Redivivo", espírito Irmão X, médium Francisco Cândido Xavier. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974)

José de Arimatéia, distinto cavalheiro de Jerusalém, não era um amigo de Jesus, à última hora. Efetivamente, não podia aceitar, de pronto, as verdades evangélicas e nem comprometer-se com a nova doutrina. Ligado a interesses políticos e raciais, continuava atento às tradições judaicas, embora observasse carinhosamente o apostolado divino. Sabia orientar-se com elegância e defendia o Nazareno, aparando acusações gratuitas. Impossível considerar Jesus mistificador. Conhecia-lhe, de perto, as ações generosas. Visitara Cafarnaum e Betsaida, reiteradas vezes e, dono de um coração bem formado, condoía-se da sorte dos pobrezinhos. Em muitas ocasiões, examinara possíveis modificações do sistema de trabalho para beneficiar os trabalhadores da gleba. Afligia-o observar criancinhas desprotegidas e nuas, ao longo das casinholas humildes dos pescadores. Por isso, a presença do Messias Nazareno, em derredor das águas, confortava-lhe o espírito sensível e bondoso, porque Jesus sabia inspirar confiança e despertar alegria no ânimo popular. Não podia segui-lo na posição de apostólo, mas estimava-o, sinceramente, na qualidade de amigo fiel.

Admirador desassombrado, José não suportava a tentação de apresentá-lo aos amigos prestigiosos e influentes. Não era o propósito propagandístico em sentido inferior que o animava em semelhantes impulsos. Desejava, no fundo, que todos conhecessem o Mestre e o amassem, tanto quanto ele mesmo.

Jesus, porém, se não deixava de atender aos irmãos humildes que lhe traziam os filhos da necessidade e da desventura, não podia endossar os entusiasmos dos amigos que lhe traziam os filhos da fortuna e do poder.

Em razão disso, o seu valoroso admirador de Jerusalém muitas vezes sentiu estranheza, em face do procedimento do Mestre, que se retraía com discrição singular. Os sacerdotes do Templo e autoridades farisaicas, invariavelmente, sentiam-se honrados com a apresentação de romanos ilustres. Mas Jesus era diferente. Guardava uma atitude respeitosa, com admirável economia de emoções e palavras, quando em contato com os poderosos da Terra. Ele, que se revelava alegremente aos pequeninos abandonados, mantinha-se fundamente reservado ante as autoridades intelectuais e políticas, como se fortes razões interiores o compelissem à vigilância.

Conta-se que, certa vez, quando se abeirava do lago, em companhia de Simão Pedro, no radioso crepúsculo de Cafarnaum, eis que lhe aparece José de Arimatéia, fazendo-se acompanhar de três amigos que, pela vestimenta, denunciavam a condição de áulicos imperiais. O prestimoso israelita adiantou-se e, depois de cumprimentar cordialmente o Messias, junto de Simão, apresentou-lhe os companheiros:

- Este é Pompônio Comodiano, patrício notável, com funções de assessor no gabinete do Prefeito dos Pretorianos. Tem sob sua responsabilidade o interesse imediato de inúmeras famílias de servidores do Império.

E, como se quisesse comover o Nazareno, continuava:

- Muitas criancinhas dependem de suas providências e pareceres ...

Jesus cumprimentou-o num gesto amigo, e José passou a outro:

- Este é Flávio Graco Acúrcio, questor admirado e cuidadoso, que se responsabiliza por serviços financeiros, desempenhando igualmente funções de juiz criminal. Grandes trabalhos desenvolve, no setor da autoridade administrativa, sendo obrigado a trabalho incessante, como elevado servidor do bem publico.

O Mestre repetiu a saudação, e o amigo apresentou-lhe o último:

- Este é Quintiliano Agrícola, patrício ilustre, que desempenha as funções de Legado do Imperador, em trânsito na província. Já prestou relevantes serviços em Aqüitânia, noutro tempo, e agora dirige-se a Roma, onde prestará relatórios verbais do que observou entre nós. achando-se à frente de importantes responsabilidades referentes ao bem-estar coletivo.

O Mestre saudou e manteve-se em respeitoso silêncio.

Os romanos, que tanto ouviram falar nos prodígios dele, guardavam-no sob o olhar curioso e penetrante.

Alguns minutos passaram, pesadíssimos, até que Pompônio exclamou, depois de alijar pequenina folha seca que o vento lhe depusera na túnica:

- É muito diferente dos nossos magos. É grave e triste ...

- Sim - Acrescentou Acúrcio -, minha feiticeira do Esquilino sente prazer quando lhe dirijo a palavra. Este, porém, não justifica o renome.

- Na Porta d´Ostia - aduziu Agrícola, pedante e sarcástico - temos o nosso adivinho, que nos oferece revelações e sinais. É um feiticeiro admirável.  Faz-nos predições absolutamente exatas e conhece todos os acontecimentos de nossa casa, embora se mantenha a grande distância. Não faz muito tempo, descobriu o paradeiro das jóias de Odúlia, que alguns escravos ladrões haviam depositado nos aquedutos.

Movimentava-se a opinião dura e franca dos romanos dominadores, quando José de Arimatéia, desejando uma explicação do Messias, interpelou-o, em tom afável:

- Não tem o Mestre algum sinal para os nossos amigos?

Jesus fixou nos visitantes o olhar muito lúcido e respondeu:

- Já receberam eles o sinal da confiança do Pai, que lhes conferiu, por algum tempo, os cargos que ocupam.

Admirados com a inesperada resposta, os patrícios multiplicaram as perguntas. Queriam demonstrações sobrenaturais, desejavam maravilhas.

O Mestre, porém, depois de ouvi-los com sublime serenidade, ergueu a voz, que eles não ousaram interromper, e falou:

- Romanos, em verdade há feiticeiros que fazem prodígios e magos que distraem os ócios dos homens indiferentes ao destino de sua própria alma. Eu, porém, não vos trago entretenimentos passageiros e sim a solução de interesses eternos do Espírito que nunca morre. Para diversões e prazeres inúteis, tendes os vossos circos cheios de dançarinos e gladiadores. Se desejais, contudo, a Revelação Viva de que sou portador, examinai primeiramente até onde vos comprometereis com César, a fim de servirdes efetivamente a Deus.

Em seguida, fez longa pausa, que os circunstantes não cortaram, e concluiu:

- Em verdade, porém, vos afirmo que se cumprirdes, desde agora, os deveres referentes aos títulos com que vos apresentais, servindo conscientemente a justiça e atendendo aos interesses do bem público, na compreensão fiel das graves responsabilidades que assumistes, estareis com o Pai, desde hoje, e o Pai estará com vós.

Os presentes entreolharam-se, espantados. E quando retornaram a palavra, o Messias Nazareno já se havia despedido de José de Arimatéia e atravessava as águas do grande lago, em companhia de Pedro, em busca da outra margem.

Índice

Um Tacape Chamado Glosso, Rogério Coelho, Brasil

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua
língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.
Tiago, 1:26.


O inolvidável “Vidente de Damasco”, recomendou aos efésios: (Ef., 4:29.)


Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.

Um pouco mais adiante, aditou: (Ef., 4:32.)

Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros”.

Em outra carta, agora aos irmãos de Tessalônica, lembrou: (1 Tess., 4:9.)

Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros”.

Porque a Verdade sempre teve seus vexilários em todas as épocas, meio milênio antes do advento de Jesus, Sócrates ensinava que não deveríamos vestir o nosso pensamento com palavras sem primeiro passá-lo nesses três tamises: É verdade? É bom? É útil?

É no terreno árido e peçonhento, cheio das víboras da calúnia, ou na atmosfera mefítica onde sobrevoam os morcegos da maledicência, que a língua se transforma na espada cortante que estraçalha as “carnes” da Alma, espalhando o seu miasma pestilencial por onde passa.

Transformada em bordão, a língua pode denegrir ou destruir uma reputação nobre, causando prejuízos sem conto à economia espiritual, tanto da vítima quanto do algoz.
 

A calúnia e a maledicência alimentam-se da carniça pútrida da inveja, do despeito e do apoucamento moral de quem lhes dá trela.

No volume dois do livro: “Repositório de Sabedoria”, psicografado por Divaldo Franco, existem umas frases de Joanna de Ângelis que são verdadeiras preciosidades, com as quais nos aconselhamos adequadamente para refrear a língua, conforme recomendam as instruções neotestamentárias. Eis algumas delas como mote para nossas mais aprofundadas reflexões e, conseqüente alteração no modus-vivendi:

Nuvens de maledicência ensombram o trabalho? Avança ao encontro do sol da Verdade. Maldizer significa destruir. O maledicente converte-se em vaso impuro carregado de emanações deletérias, tresandando odores desagradáveis. Faze a campanha sistemática contra a maledicência, esse veneno sutil que dissemina morte, e que guardas nos vasos brilhantes da vaidade. Evita a maledicência que dilata o círculo das malsinadas suspeitas, buscando aquele que talvez ignore o mal de que te supões vítima, esclarecendo a dúvida e põe cobro à sementeira da aversão em começo. A maledicência contumaz é corrosivo aniquilante. Ninguém fica indene, quando trabalha, à maledicência e à astúcia dos ociosos. No entanto, é invariável a vitória da luz sobre a treva. O maledicente é atormentado que se debate nas lavas da própria inferioridade. Tem a visão tomada e tudo vê através das pesadas lentes que carrega. A maledicência é nuvem escura; cultura de inutilidade em solo apodrecido que começa na palavra do reproche inoportuno.

Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.

Enquanto a maledicência grassa arrebanhando mentes frívolas e companheiros invigilantes, que se comprazem na disseminação das idéias espúrias, faculta-te mais amor”.

Já no volume um do mesmo livro, eis os lembretes sobre a calúnia:

A calúnia é crime de difícil reparação nos tribunais da ordem divina. O caluniador queixa-se, queimando-se no ácido da infâmia que espalha.

A calúnia que atirares na direção de alguém seguirá contigo, com remordimento consciencial para afligir-te mais tarde.

Quando o impiedoso chicote da calúnia estrugir nas tuas intenções nobres, não concedas a insensatez do desânimo que pode se transformar em enfermidade difícil. A calúnia indignifica; o amor levanta”.

Cuidemos, portanto, de não transformar nossa língua em cruel e impiedoso tacape com o qual venhamos a esbordoar a honra e a dignidade de nosso semelhante. É da lei que seremos medidos com a mesma medida com a qual medimos.

Utilizemos o abendiçoado recurso da fala tão somente para “promover a edificação”, porque se não refrearmos a nossa língua “enganamos o nosso coração e a nossa religião é vã”.

***

Nota do Editor: Glosso é uma palavra de origem grega que significa "lingua", é geralmente utilizada como elemento na formação de outras palavras principalmente na médicina.

Índice

° HISTÓRIA & PESQUISA

(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas")

Cronologia Espírita, Carlos Iglesia, Brasil

(Texto iniciado no Boletim 505)

Primeiro Capítulo

1795-1856 Prof. Rivail e sua Época

Lista de Eventos


1814-1830

Paris, França


O Palais-Royal em um cartão postal antigo

O Palais Royal foi residência de Luis Filipe (
Louis-Philippe), Duque de Orleans, até se tornar Rei da França em 1830, quando se mudou para o palácio das Tulherias. A história do Palais Royal começou com o Cardeal de Richilieu que o construiu no século XVII e, ao morrer, o deixou como herança para o Rei Luis XIII. A história do palácio no século XVIII reflete os acontecimentos políticos da França. Foi tomado pelo governo durante a Revolução Francesa e devolvido em 1814 para o Duque de Orleans.

Foi em uma livraria instalada no Palais Royal (Galeria de Orleans) que em 1857 foi colocada a venda a primeira edição do Livro dos Espíritos.

DUBY, 2003
INSECULA, 2006

1815 - 1848

França

Após a abdicação de Napoleão a monarquia é restabelecida na França. Um Bourbon, o Rei Luis XVIII, entra em Paris em 8 de julho de 1815 e começa um período de relativa paz e grandes transformações sociais. Parte da economia agrária do antigo regime ainda subsiste em paralelo com uma nova economia industrial e burguesa que se desenvolve acompanhando as novidades mecânicas e científicas do começo da industrialização na França.

Nem todas as conquistas da Revolução Francesa foram perdidas e as idéias políticas não deixam de agitar as discussões e disputas deste período. A monarquia é constitucional e a nobreza não tem mais o mesmo poder de antes da Revolução de 1789.


Duby, 2003

1828

Paris, França

Jardins do Palais-Royal - Ao fundo as colunas da Galeria d´Orleans

Construção da Galeria de Orleans no Palais Royal.

INSECULA, 2006

1830-1833

Reino Unido

Em 1830 ocorrem fenômenos mediúnicos isolados na Escócia e chamam a atenção do Pastor Edward Irving. Edward Irwing era ligado a um pequeno grupo de estudos biblícos, conhecido como os "Profetas de Albury", que acreditava que a "segunda vinda do senhor" estava próxima e via nestes fenômenos o cumprimento da promessa de que os dons espirituais da igreja primitiva retornariam nos últimos dias. Ele também era pastor em uma igreja protestante da comunidade escocesa em Londres e os fenômenos logo passaram a se repetir entre seus frequentadores (1831). A situação gerou bastante confusão e dissabores para a comunidade e seu pastor. Eram fenômenos parecidos com os de incorporação, em que as pessoas emitiam sons e falavam frases inentiligiveis contra sua vontade. Os fenômenos se desenvolveram ao ponto de se discernirem as comunicações, que iam de preces até pequenos sermões e reprimentas ao pobre pastor. Alguns chegaram a transmitir previsões falsas com se fossem profecias.

O resultado da confusão foi a divisão da comunidade e o abalo da saúde de Edward Irwing. Os fenômenos ocorreram em um meio que não estava preparado para entendê-los ou mesmo lidar com eles. Os fenômenos chegaram a ser noticiados pela imprensa mas de forma bastante desrespeitosa e desfavorável.

DOYLE, 2003

1830-1842

França

Auguste-Comte publica sua obra "Cours de Philosophie Positive" (Curso de Filosofia Positiva) em seis volumes. A filosofia de Comte é extremamente voltada ao concreto, só admite o que pode ser verificado pela observação e pela experimentação. Considera anticientífico qualquer estudo das causas finais e nos estudos sociais rejeita os conceitos de direito natural e de pacto social, propondo o emprego de novos métodos para seu exame científico. No plano político, Comte defendia a autoridade e a ordem publica contra os excessos do individualismo do Estado Liberal.

AIZPÚRUA, 2000
COELHO, 2006
JÚNIOR, 2003
ROVIGH, 2004

1831

janeiro de 1831
Paris, França

Livro "Grammaire Française Classique sur un nouveau plan" por H. L. D. Rivail.

WANTUIL e THIESEN, 1979

29 de agosto de 1831
Ceará, Brasil

Nasce Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, mais conhecido como Dr. Bezerra de Menezes.

ABREU, 1987

1832

Paris, França

O professores Rivail e Amélie-Gabrille Boudet fundam e dirigem um pequeno pensionato para mocinhas (demoiselles). Merece ser destacado que por essa época as escolas mistas eram proibidas na França e o ensino feminino relegado a segundo plano.

WANTUIL e THIESEN, 1979

06 de fevereiro de 1832
França

Matrimonio de Hippolyte Léon Denizard Rivail e Amélie-Gabrielle Boudet.

MARTINS e BARROS, 1999

WANTUIL e THIESEN, 1979

27 de maio de 1832
Repievka, Russia

Nasce Alexandre Aksakoff.

BASILIO, 2006

1833

Reino Unido
 
O matemático inglês Charles Babbage apresenta os planos de sua maquina de calcular programável (chamada de “Difference Engine”). As dificuldades impostas pela falta de recursos financeiros e tecnológicos impediram que implementasse suas idéias. Elas só se tornariam realidade mais de 100 anos depois com os computadores baseados em relês e válvulas eletrônicas. No mesmo ano se dá seu encontro com Augusta Adda Byron, Lady Lovelace, que estuda o funcionamento do equipamento e escreve textos sob sua programação. Charles Babbage pode ser considerado como o projetista do primeiro computador da história (embora não tenha sido implementado) e Adda Byron a primeira programadora.

Singh, 1999
Toole, 1992

Agosto de 1833
Londres, Reino Unido

A Camâra dos Comuns vota a lei que aprova a libertação dos os escravos e a proibição definitiva de toda a espécie de escravatura no império Britânico. A lei garante aos "proprietários" de escravos uma indenização paga pelo governo britânico.

CURTIS, LANG e PETERSEN, 2003

20 de março de 1833
Edimburgo, Escócia

Nasce Daniel Douglas Home.

EDMONDS, 1978

1835

Paris, França

O prof. Rivail passa por serias dificuldades financeiras, com o fechamento do instituto de ensino que dirigia e com prejuízos decorrentes da falência de um amigo comerciante ao qual ficou confiada a renda da liquidação do referido instituto. Ele emprega-se como contabilista de casas comerciais, dedica-se a trabalhos de tradução e à preparação de cursos. 

WANTUIL e THIESEN, 1979

Paris, França

Hahnemann se muda para Paris.

AMARAL, 2006
THOURET, 2006

20 de maio de 1835
Saint-Firmin, França


Nasce Albert de Rochas d´Aiglum, mais conhecido por Cel. Albert de Rochas.

BASILIO, 2006
 

06 de novembro de 1835
Verona, Italia

Nasce Cesar Lombroso.

OLIVEIRA, 2006

10 de novembro de 1835 (ou 10 de dezembro de 1835)

Sevilha, Espanha

Nasce Amália Domingo Soler.

BERNARDO, 2006

1835 - 1840

Paris, França

O prof. Rivail organiza e ministra cursos gratuitos de química, física, astronomia, etc. O curso dirigido a alunos pobres é ministrado na própria residência do prof. Rivail.

WANTUIL e THIESEN, 1979

1836

Rio de Janeiro, Brasil

Segundo a Associação Médica Homeopática Brasileira em 1836 "surgiram os primeiros fatos oficiais em relação à Homeopatia. Neste ano, a Academia Imperial de Medicina publicou artigos que tratavam sobre a doutrina homeopática falseando e deturpando as colocações feitas por Samuel Hahnemann, no Organon da Arte de Curar, editado em 1826. Frederico Emílio Jahr, cidadão suíço imigrado, neste mesmo ano, defendeu tese em medicina, no Rio de Janeiro, sobre a proposta Terapêutica de Hahnemann. Esta tese, feita por um médico que não exerceu a Homeopatia, serviu, posteriormente, de base para o aprendizado do primeiro médico homeopata do Brasil, que foi o Dr. Duque-Estrada (Domingos de Azeredo Coutinho de Duque-Estrada)".

AMHB, 2006

   
1837

Paris, França

A Academia de Paris condena inapelavelmente o Magnetismo Animal como sendo solene charlatanismo.

LAPPONI, 1979

30 de outubro de 1837
Estados Unidos da América


Samuel Morse (1791-1872) obtém a patente do seu invento, o Telégrafo, que revolucionaria as comunicações e permitiria a divulgação rápida de idéias, eventos e notícias. Já em 1851 seria instalado o primeiro cabo telegráfico submarino entre a Inglaterra e a França e em 1865 seria criada a União Telegráfica Mundial. Ainda em vida Morse teve a oportunidade de testemunhar os imensos benefícios trazidos por sua invenção. Antes do Telégrafo as notícias eram transmitidas pelos meios de transportes existentes, marítimos ou terrestres, e o seu tempo de propagação dependia fortemente da distância percorrida.

WIKIPEDIA, 2006

1837-1844

Estados Unidos da América

Fenômenos mediunicos ocorrem em comunidades "Shakers". Os Shakers era um ramo do protestantismo com origens ligadas aos "Quakers" e  aos Calvinistas que fugiram da França para a Inglaterra durante o reinado de Luis XIV. Além de fenômenos fisícos, também ocorreram outros similares aos de incorporação. Os fenômenos aparentemente se desenvolveram em três fases bastante distintas: na primeira os espíritos procuraram chamar a atenção com batidas ou pessoas soltando sons e falando contra a vontada; na segunda os espíritos trouxeram informações aos Shakers sobre quem eram e como era sua experiência no mundo espiritual; na terceira fase os Shakers passaram a doutrinar os espíritos, pois compreenderam que eles vinham as suas reuniões para aprender.

As notícias sobre os fenômenos ficaram restritas as comunidades Shakers e só muitos anos depois foram divulgadas (1874). Connan Dolye, na sua obra "História do Espiritualismo", observou que a participação de Indios desencarnados nas manifestações fisicas era comum, por serem espíritos habituados a lidarem com as forças da natureza, e que se afirmava que estavam sobre a orientação de um espírito que se identificava como John King, em vida Henry Morgan, um célebre aventureiro e governador da Jamaica.

Estes espíritos, em suas últimas comunicações nas comunidades Shakers, informaram que se afastariam temporariamente e que quando retornassem os fenômenos se espalhariam pelo mundo, da choupana aos palácios.

Após as manifestações de Hydesville os Shakers enviaram representantes para verificar os novos fenômenos e tiveram a surpresa de serem saudados efusivamente pelos espíritos comunicantes. Os espíritos lhes comunicaram que estes eram realmente os fenômenos que haviam anunciado antes.

As ocorrências na igreja de Edward Irving e nas comunidades Shakers parecem fazer parte de uma etapa experimental da comunicação mediunica. É como se o plano espiritual estivesse testando os processos pelos quais, a partir de Hydesville, iria chamar a atenção da opinão publica para a existência de uma realidade que transcende o mundo material.

DOYLE, 2003.

1839

19 de março de 1839
Lisboa, Portugal

Nasce Antonio Gonçalves da Silva, mais conhecido por Batuíra.

MONTEIRO, 1999

1840

Wütenberg, Alemanha  

Em Mottlingen, Wütenberg, fenômenos de audição, visão, comunicação, que provinham incontestavelmente de espíritos através do médium insconsciente Gottlied Dittus, foram noticiados nos periódicos locais.

PROJETO VEK, 2006
WANTUIL, 1957

França

Affonse Cahagnet estabelece, através da sonâmbula Adéle Maginot, comunicação com Espíritos. Estas comunicações foram publicadas mais tarde no livro "Arcanos da Vida Futura Desvendados".

AIZPÚRUA, 2000
WANTUIL, 1957

21 de novembro de 1840
Divisa do Paraná com Santa Catarina
 
Conforme relata a
Associação Médica Homeopática Brasileira "em 1840, aportou, no Rio de Janeiro, a barca francesa Eole, a bordo da qual estava Benoit Jules Mure e mais de cem famílias francesas. Bento Mure, como ficou conhecido, veio ao Brasil implantar uma colônia societária que fazia parte de um plano - "phalanstero" para formar a base de uma comunidade industrial de máquinas a vapor. Em sua curta estada no Rio, mais propriamente na Lapa, o Dr. Mure clinicou e difundiu a Homeopatia através de suas curas "miraculosas". Neste período, conheceu o Dr. Souto Amaral, célebre cirurgião brasileiro, que veio a abraçar a homeopatia através de seus ensinamentos.

Após ter recebido licença do Governo Imperial e ter escolhido o local para a implantação de sua colônia, Benoit Mure partiu, com as cem famílias, a bordo do navio Caroline para colonizar a península do Sahy, na divisa do Paraná com Santa Catarina, no encontro dos rios São Francisco e Sahy, onde chegou no dia 21 de novembro, data escolhida para a comemoração da Homeopatia no Brasil.

Bento Mure não permaneceu no Sahy (vale do Itajaí/SC). A proposta de implantação da colônia não surtiu os resultados almejados e ele partiu, de volta para o Rio de Janeiro, não sem antes ter deixado a Homeopatia implantada nesta região através da "conversão" do Dr. Thomaz da Silveira, médico militar, e da instalação de uma Escola Suplementar de Medicina, com o objetivo de preparar médicos, já diplomados na arte homeopática. Deixou, também, ali, organizado o Instituto Homeopático do Sahy."

AMHB, 2006

Biografias

Albert de Rochas d´Aiglum



(Texto elaborado por José Basílio, baseado no livro Personagens do Espiritismo de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy Ed. FEESP - 1ª Ed. - 1982 - SP - BRASIL. Disponível em http://www.geae.inf.br/pt/biografias)

Nascido em Saint-Firmin, Alpes, França, no dia 20/05/1837, sendo natural de grande família provinciana que possuiu o feudo d´Aiglum, perto do Digne, desde metade do século XV, até o advento da Revolução Francesa.

Incontáveis foram os cientistas que, no século passado, inquiriram as investigações animados do propósito de descobrir fraudes, pois a sua maioria era composta de cépticos que não admitiam, mesmo da forma mais remota, que os fenômenos pudessem existir. Eles queriam ver para crer.

O Cel. Albert de Rochas foi um desses valorosos pesquisadores. Ele persistiu, viu, sentiu a plenitude da verdade bafejando aquilo que ele até então julgava inverossímil.

Em face da realidade inegável dos fatos, ele não trepidou em render-se à evidência.

Promovido a comandante de batalhão, em 1889. Entretanto, a fim de atender à sua natural inclinação para o estudo científico, abandonou as atividades militares, passando para o Exército territorial no posto de Tenente-Coronel.

Alcançaram grande projeção os trabalhos militares e científicos do Coronel de Rochas, porém, neste ligeiro resumo biográfico, nos prenderemos apenas aos seus estudos no campo do Magnetismo e do Espiritismo.

Estudou a polaridade, contribuiu para a classificação atual das fases do estado sonambúlico, observou com verdadeira critério científico a produção dos fenômenos espíritas, descobriu a exteriorização da sensibilidade, até então apenas suspeitada, e revelou o mecanismo do desdobramento astral.

O Magnetismo e o Espiritismo muito devem a esse notável sábio, pois ele publicou uma dezena de importantes obras sobre matérias pertinentes a eles, procurando sempre destacar a sobrevivência da alma.

Albert de Rochas foi membro de numerosas sociedades científicas, oficial da Legião de Honra, oficial da Instrução Pública, em França agraciado da Ordem de S. Salvador, da Grécia da Ordem de S. Maurício e S. Lázaro, da Itália comendador de Sant´Ana, da Rússia do Mérito Militar, de Espanha do Medjidie, Turquia do Nicham, de Turus do Dragão Verde, de Annam.

De sua bibliografia, salientamos:
  • Forças não Definidas
  • A Levitação
  • O Fluido dos Magnetizadores
  • Os Estados Superficiais da Hipnose
  • A Exteriorização da Motricidade
  • As Fronteiras da Física
  • Os Eflúvios Odicos
BASILIO, 2006

Alexander N. Aksakof



(Texto elaborado por José Basílio, baseado no livro "Personagens do Espiritismo" de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy Ed. FEESP - 1ª Ed. - 1982 - SP - BRASIL. Disponível em http://www.geae.inf.br/pt/biografias)

Nasceu em Repievka (Rússia) em 27/05/1832 e desencarnou em S. Petersburgo (o nome mudou depois para Leningrado), a 04/01/1903.

Foi um dos grandes cientistas que notabilizou-se na investigação e análise dos fenômenos espíritas, no século passado. Doutor em Filosofia e conselheiro íntimo de Alexandre III, Tzar de todas as Rússias.

Sua mocidade sempre tendeu à seriedade, preocupou-se com investigações sérias o que o levou a enfrentar prolongados anos de dificuldades espirituais e sociais.

Conquistando o pergaminho de doutor, enveredou pelos árduos caminhos que conduzem ao êxito no campo do conhecimento, tornando-se professor da Academia de Leipzig, na Alemanha.

Integrando-se resolutamente no campo da investigação psíquica, tornou-se diretor do jornal Psychische Studiem , órgão publicado na Alemanha. Não satisfeito com o seu trabalho na direção deste órgão, lançou em Moscou, em 1891, a revista de estudos psíquicos Rebus , a primeira do gênero na Rússia.

Sustentou viva polêmica com o filósofo alemão Dr. Von Hartmann, no decurso da qual refutou, com sobeja superioridade científica e demonstrações irretorquíveis, as explicações do sábio alemão sobre os fenômenos espíritas, aos quais atribuia um fundo biológico.

Aksakof realizou numerosas experiências e observações no campo científico, tendo realizado trabalhos tão profundos, tão interessantes, que até hoje jamais foram esquecidos em matéria de espiritismo experimental. Para a consecução dessa finalidade valeu-se do valioso concurso da célebre médium italiana Eusapia Paladino. Fundamentado nesses trabalhos publicou na Alemanha o seu famoso livro Animismo e Espiritismo , em dois volumes, obra insuperável em todo o mundo.

Mais tarde com o valioso concurso dos médiuns Elisabeth D´Esperance e Politi, além da já mencionada Eusapia Paladino, o grande criminalista italiano Cesare Lombroso, expõe, de forma definitiva, o resultado das suas experiências realizadas quinze anos depois. Esse trabalho de Lombroso fortaleceu de forma decisiva tudo aquilo que Aksakof havia descrito em sua obra.

O livro de Aksakof Animismo e Espiritismo foi uma réplica à brocura que o célebre filosofo alemão Eduardo von Hartmann - continuador de Schopenhauer - fez editar em 1885, abordando aspectos do Espiritismo.

Escreveu ainda Aksakof, em fevereiro de 1890: Interessei-me pelo movimento espírita desde 1855 e, desde então, não deixei de estudá-lo em todas as suas particularidades e através de todas as literaturas. Em 1870 assisti à primeira sessão, em um círculo íntimo que eu tinha organizado. Não fiquei surpreendido de verificar que os fatos eram reais adquiri a convicção profunda de que eles nos ofereciam - como tudo o que existe na Natureza - uma base verdadeiramente sólida, um terreno firme para a fundação de uma ciência nova que seria talvez capaz, em um futuro remoto, de fornecer ao homem a solução do problema da sua existência. Fiz tudo o que estava ao meu alcance para tornar os fatos conhecidos e atrair sobre o seu estudo a atenção dos pensadores isentos de preconceitos .


BASILIO, 2006

Referências Bibliográficas


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DOYLE, A. C. The History of Spiritualism - Vol I. Australia: Projeto Guttemberg, 2003. Disponível em: http://gutenberg.net.au/ebooks03/0301051.txt


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 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Sobre Caboclos e Pretos Velhos, Alexandre Fontes da Fonseca, Brasil


Oi Amigos,

Eu estava lendo o livro "Diretreizes de Segurança"* de Divaldo P. Franco e Raul Teixeira, juntos, e encontrei uma questão respondida pelo Raul, sobre espíritos de pretos-velhos e caboclos que, de certa forma, responderia aquele primeiro questionamento (Boletim 507):

"59. Por quê é que, comumente, não vemos comunicações de pretos-velhos ou de caboclos, nas sessões mediúnicas espíritas? Isso se deve a algum tipo de preconceito?

Raul - A expressão da pergunta está bem a calhar. Realmente, a maioria dos participantes não vê os espíritos que se comunicam, mas eles se comunicam.

O Espiritismo não tem compromisso de destacar essa ou aquela entidade, em particular. Se as sessões mediúnicas espíritas são abertas para o entendimento de todos os tipos de espíritos, por que não viriam os que ainda se apresentam como pretos-velhos ou novos, brancos, amarelos, vermelhos, índios, ou caboclos, e esquimós? O que ocorre é que tais espíritos devem ajustar-se às disciplinas sugeridas pelo Espiritismo e só não as atendem quando seus médiuns, igualmente, não as aceitam.

Muitos espíritos que se mostram no Além como antigos escravos africanos, ou como indígenas, falam normalmente, sem trejeitos, embora as formas externas dos perispíritos possam manter as características que eles desejam ou as quais não lograram desfazer.

Talvez muitos esperassem que esses desencarnados se expressassem de forma confusa, misturando a língua portuguesa com outros sons,  expressando-se num dialeto (a palavra "dialeto" está em negrito no  original) impenetrável, carecendo de intérpretes especiais, que, na  maior parte das vezes, fazem de conta que estão entendendo tal mescla.

Se o espírito fala em nagô, que seja nagô de verdade. Se se apresenta falando guarani, que seja o verdadeiro guarani. Entretanto, não sendo o idioma exato do seu passado reencarnatório, por que não falar o  médium em português, pois que capta o pensamento da entidade e reveste-o  com palavras?

Não há, portanto, preconceito nas sessões espíritas. Entretanto, procura-se manter o respeito às entidades, à mediunidade, e à Doutrina Espírita, buscando a coerência com a verdade que já identificamos."

Um abraço a todos,
Alexandre


*D. P. Franco e J. R. Teixeira, Diretrizes de Segurança. 8a. Ed. Niterói: Editora Frater, 2000.


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° PAINEL

Conferências de Divaldo Pereira Franco, ADEP, Portugal

(Do COMUNICADO N.º 418 da Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal)

Divaldo Franco encontra-se de novo em Portugal, para a realizar, durante a primeira quinzena de Abril, uma série de conferências e um seminário, com a seguinte programação:

- Dia 01 - 16H30 - conferência em Barcelos (Grande Auditório).
- Dia 02 - 09H30 / 17H30 - 3° Encontro Nacional de Casais Espíritas - ASCE - Viseu.
- Dia 03 - 21H00 - conferência em Aveiro.
- Dia 04 - 21H00 - conferência em Oliveira de Azeméis (Auditório da Junta de Freguesia).
- Dia 05 - 21H00 - conferência na Guarda (Auditório da Câmara Municipal).
- Dia 06 - 21H00 - conferência nas Caldas da Rainha. (Auditório da Câmara Municipal)
- Dia 07 - 21H00 - conferência em Beja
- Dia 08 - 21H00 - conferência no Algarve
- Dia 09 - 09H30 / 17H30 - Seminário no Algarve
- Dia 10 - 21H00 - conferência no Barreiro
- Dias 11 e 12 - visita aos Açores
- Dia 13 - 21H00 - conferência em Lisboa (Associação de Comerciantes de Lisboa ).
 
Fonte: Federação Espírita Portuguesa


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I Congresso Médico-Espírita de Minas Gerais, AMEMG, Brasil

ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DE MINAS GERAIS

AMEMG / 20 ANOS - desde 18 de abril de 1986

 

Data e Local

De 21 a 23 de abril de 2006

Auditório da Associação Médica de Minas Gerais

Av. João Pinheiro, 161 – Centro – Belo Horizonte/ MG

 

Tema

ENDEMIAS E EPIDEMIAS NO SÉCULO XXI,

SOB A ÓTICA DA MEDICINA E ESPIRITUALIDADE

 

Expositores e convidados

Dr. Décio Iandoli Júnior (SP)

Divaldo Pereira Franco (BA)

Honório Onofre de Abreu (MG)

Dr. José Roberto Pereira dos Santos (ES)

Dra. Marlene Rossi Severino Nobre (SP)

Dra. Roberta Romanelli (MG)

Dr. Roberto Carlos Duarte (MG)

 

Inscrições

vagas limitadas e abertas ao público em geral

De segunda a quinta, das 12h às 16h

Na sede da AMEMG

Rua Conselheiro Joaquim Caetano, 1160

Bairro Nova Granada, Belo Horizonte/ MG

Tele/fax: (31) 3332-5293

E-Mail: amemg@uai.com.br


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Quem é Morto Sempre Aparece, Renato Priento, Brasil

Estréia dia 7 de abril - de sexta a dom 19:30h - Teatro Princesa Izabel - Copacabana tel 21 22753346




O que você faria ao receber o seguinte comunicado! VOCÊ ESTÁ MORTO!.

Como ? Estou sonhando ? Não pode ser verdade !..Mas , querendo ou não, isto vai acontecer mais cedo ou mais tarde..Todos nós teremos que desencarnar !. O que você deixou da fazer ?

O que vc poderia ter feito melhor ? Coisas que vc deixou de fazer..mas morrer não é o fim..principalmente se tivermos cultivado bons hábitos..Mas... sem culpas..afinal a natureza não dá saltos, vc pode lidar com tudo isso com humor..muito humor.. porque aprender com sofrimento/dor ?

vc pode evoluir com AMOR/ HUMOR . , MUITO HUMOR.

Parece uma frase moldada para a defesa de uma causa. Mas, no caso do Projeto Renato Prieto, a frase espiritualidade é um direcionamento de trabalho. Já no início, com Augusto César Vannucci e a criação de “Além Da Vida”, procurava-se trazer ao público uma filosofia de vida moldada por Allan Kardec e, no Brasil, chancelada por Chico Xavier. Logo, o projeto decidiu contar a vida do próprio Kardec. Configurava-se aí um sistema de operação para servir ao espiritismo com uma linguagem até então inédita: o teatro. Nós, do Projeto, rapidamente entendemos que seria necessário expandirmos nossos temas e formatos. Nosso trabalho de maior sucesso depois de “Além Da Vida” foi uma adaptação de “E A Vida Continua”, livro ditado por André Luis para Chico Xavier. Deles também foi feita a adaptação de “Nosso Lar”. Procuramos assim realizar trabalhos diversificados, como a adaptação da vida de Paulo de Tarso, que tornou-se São Paulo, primeiro perseguidor e depois defensor inconteste do início do Cristianismo e “Lembranças de Outras Vidas” poesia/dança. Avançamos pelo suspense espírita em “O Mistério Do Sobrado”, mostramos as obras e o pensamento do grande médium bahiano em “Divaldo, Simplesmente Franco”. Percorremos a trilha de pesquisa de Teoria de Vidas Passadas, na peça do mesmo nome. Todas essas peças tem a assinatura de texto de Cyrano Rosalém e direção de Renato Prieto.

Agora, voltamos nosso interesse para o humor. Há muito pensávamos em um espetáculo que unisse informação com entretenimento. Estamos agora realizando esse sonho. Este novo espetáculo do projeto é : “Quem é Morto Sempre Aparece”. E é uma comédia. Uma comédia espírita. Uma comédia espírita monólogo! Renato Prieto estará em cena coma participação do cantor/compositor Cayê Milfont. E, também pela primeira vez, Cyrano Rosalém terá o privilégio de dirigir o amigo, além de assinar o texto.

Diversão garantida dentro do pensamento da doutrina.

renatoprieto@terra.com.br
www.renatoprieto.com.br



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GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS

O Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Inscrição/Cancelamento - inscricao-pt@geae.inf.br

Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português - http://www.geae.inf.br/pt/boletins
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Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins