Ano 14 Número 506 2006



15 de Janeiro de 2006


"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, 
face a face,
em todas as épocas da humanidade"

Allan Kardec



 ° EDITORIAL

O Espiritismo e a Investigação Científica, Deolindo Amorim, Brasil





 ° ARTIGOS

Vendo o Invisível, Ademir L. Xavier Jr., Brasil


Reflexão sobre a vida, Kayte Augusto





 ° HISTÓRIA & PESQUISA

Anuário Histórico Espírita 2006, Julia Nezu, Brasil


Cronologia Espírita, Carlos Iglesia, Brasil




 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Correção da nota sobre o "Canal de Televisão Espírita", Eliana Thomé, Brasil


Como faço pra saber se sou um medium?, Alexandre Fonseca, Brasil




 ° PAINEL

Livros de André Luiz lançados em francês, Lista IPEP-DEBATES, Brasil







 ° EDITORIAL

Amigos,

No último domingo foi feita uma reunião informal, em Pirassununga (SP - Brasil), do Conselho Editorial do GEAE. Naturalmente a distância geográfica torna muito dificil nos reunirmos todos e assim estiveram presentes o Raul, o Alexandre e eu.  Um dos temas que discutimos na reunião foi a importância da pesquisa científica espírita. Há muitas questões que necessitam de aprofundamento, que continuam abertas para o pesquisador sério - por exemplo uma pesquisa científica atualizada sobre as própriedades e a natureza do "fluido magnético" tão importante em todos os fenômenos mediúnicos - e nos parece fundamental darmos continuidade ao trabalho iniciado com a publicação do curso de pesquisa científica (Boletim GEAE 483), trazendo outros textos similares para estudos no GEAE.

Queremos incentivar a discussão dos temas relacionados com a pesquisa científica e a formação de pesquisadores. Pretendia escrever um editorial sobre isto quando deparei - folheando o Anuário Espírita 74 (IDE) - com o lúcido texto de Deolindo Amorim transcrito abaixo. É um verdadeiro roteiro de trabalho o que ele apresenta em sua análise e assim o transcrevi no lugar do editorial. E não podemos deixar de registrar nossa grande admiração pelo "Instituto de Difusão Espirita" de Araras pela importante série de Anuários que publica. Além de serem um registro da história recente do Espiritismo são também uma importante fonte de conhecimentos para o estudioso da Doutrina.

Muita Paz,
Carlos Iglesia
editor@geae.inf.br

O Espiritismo e a Investigação Científica, Deolindo Amorim, Brasil

(Texto publicado no Anuário Espírita 74 do "Instituto de Difusão Espírita" de Araras, São Paulo, Brasil)

Já ouvimos dizer, mais de uma vez, que "o Espiritismo parou no século XIX", em matéria de estudos científicos. Depois de uma fase realmente notável, fase em que refulgiram os nomes de CROOKES, AKSAKOF, ZOELLNER, por exemplo, nunca mais se fez um trabalho de cunho científico, na acepção exata. É o que se diz. Até certo ponto, sinceramente, honestamente, devemos reconhecer que a crítica tem alguma procedência, não há duvida. Das últimas décadas do século passado ao começo do nosso século[1], é inegável, houve experiências rigorosas, comunicações e relatórios de alto teor científico. De certo tempo em diante, parece que se deu uma espécie de arrefecimento do espírito científico no campo mediúnico. Isto não quer dizer que não haja material. Há, sim.

Bons médiuns existem por toda parte, ocorrem fenômenos relevantes, mas a impressão que se tem, hoje em dia, é de que não há mais investigadores do tipo de Crookes, Gibier, Bozzano e outros. Quase não se fazem registros nos trabalhos experimentais, nem há certos cuidados, na maioria dos casos. Muito fenômeno importante fica sem anotação, sem documento para exame ou verificação.

Queremos crer que haja homens de envergadura intelectual para investigações sérias, mas talvez não haja condições, ambiente favorável, em grande parte, pois nem todas as pessoas que se dedicam a parte experimental do Espiritismo tem mentalidade científica. Há muita diferença entre mentalidade científica e cultura científica. É certo que a cultura abre horizontes largos e pode contribuir muito para a formação da mentalidade,  mas é preciso não perder de vista que muitas pessoas adquirem boa cultura científica, tem muita leitura, fazem cursos especializados, etc., etc., mas não tem a verdadeira mentalidade científica. Pode parecer um contra-senso. Quem, por exemplo, fica logo deslumbrado diante de um fenômeno ou de uma comunicação "sensacional" sem qualquer análise, não tem mentalidade científica, pois está procedendo apenas emocionalmente, não analiticamente. E quanta gente há, por aí, que procede assim, apesar de possuir currículos universitários?... Há pessoas que são muito rigorosas noutros campos de pesquisa, mas quando entram no campo mediúnico procedem mais como místicos do que propriamente como homens de ciência. Não basta, portanto, ter a formação científica dos livros ou dos cursos de Universidade, é preciso ter atitudes científicas diante dos fenômenos. E é o que muita gente não tem. Há pessoas, no entanto, que não fizeram uma cultura científica regular, não dispõe de certos instrumentos de pesquisa, mas apresentam reações diferentes, dando a impressão de que tem muito mais espírito científico do que muitos laureados. Mas não se pode dizer que não haja, atualmente, gente capaz de realizar trabalhos científicos. Talvez essas pessoas não encontrem compreensão nem apoio para certos tipos de sessões. É outro problema. Em que sociedade, em que ambiente organizar uma sessão com médiuns preparados para determinadas experiências? Não é fácil, digamos a verdade. Por isso mesmo, e sem analisar o problema também por outros ângulos, é que algumas pessoas dizem que "o Espiritismo parou no século passado". Não parou, pois a mediunidade não se acabou, mas a preocupação científica, em grande parte, está sendo prejudicada pelas atitudes devocionais, atitudes que pretendem muito mais divinizar os espíritos e santificar os médiuns do que, a rigor, procurar a verdade pelo fio da razão esclarecida.

O problema comporta ainda outras considerações, não pode ser colocado apenas dentro de uma faixa de crítica. Aqui mesmo, no Brasil, onde o Espiritismo não ficou apenas na pura comprovação mediúnica, já se deram fenômenos de grande valor científico, mas não se fez relatório, não se deu divulgação, a bem dizer. Indiscutivelmente, nós nos descuidamos de anotar, confrontar, registrar em ata, testemunhar. Tudo isso faz parte do legítimo espírito científico, que é sempre cauteloso. Nosso temperamento geralmente não dá muito para esperar com paciência, aguardando que as primeiras impressões se confirmem. Somos indiferentes em determinadas coisas e, ao mesmo tempo, somos precipitados noutras coisas: ou não damos a devida importância a manifestações realmente significativas ou somos capazes de nos arrebatar com pouca coisa... A experiência que o diga. O lado místico, por sua vez, também pesa muito na prática mediúnica e, por isso mesmo, não é fácil imprimir uma orientação metódica em determinados grupos, ainda que haja médiuns de possibilidades aproveitáveis. A legião de sofredores é muito grande, em todas as camadas sociais, e a maior parte do públic, por isso mesmo, recorre aos "canais mediúnicos" simplesmente como fonte de consolações ou à procura de esclarecimentos imediatos para suas situações; nunca, porém, como elemento de pesquisa, com visão científica ou filosófica. Tudo isso, afinal-de-contas, deve ser objeto de consideração, pois há vários fatores confluentes no campo mediúnico. Então, voltemos ao ponto de partida: o Espiritismo não parou, mas as condições, hoje, são bem diferentes das condições em que pontificaram certos homens de ciência. Não se pode pensar em investigação científica sem pensar, necessariamente, no material humano que deve ser utilizado em trabalhos de tal natureza, muito específica e de muita complexidade.

No século passado[2]
- vejamos bem - havia uma preocupação dominante, absorvente: provar ou negar a comunicação dos espíritos. Não havia outra alternativa. O Espiritismo enfrentava o desafio da ciência, muito mais relevante do que a sistemática oposição religiosa. Alguns homens de ciência entraram nesse campo exclusivamente para tirar a limpo a questão da comunicação entre vivos e mortos. Não tinham outro fito. E, por isso mesmo, empregaram todos os meios, forraram-se de cuidados especiais, amarraram médiuns, fiscalizaram sessões com vigilância implacáveis, mediram, pesaram, confrontaram, fizeram tudo. E era necessário. Chegaram às provas. A maioria deles ficou apenas no terreno experimental, deu testemunho, colocando-se corajosamente acima de preconceitos e conveniências, mas verdade é que não se dedicou à especulação filosófica, não chegou à Doutrina, em suma. Grande contribuição, indiscutivelmente, no campo experimental. Não foi o caso, entretanto, de Gabriel Delanne. Este, sim, tinha embocadura de experimentador, era homem de formação científica, mas também fez obra doutrinária, na linha intelectual de ALLA KARDEC, LÉON DENIS, por exemplo. DELANNE partiu do fenômeno, como vários outros, mas entrou na indagação, fez estudos filosóficos, tirou conclusões válidas e lúcidas. A todos, no entanto, de um lado e do outro lado, isto é, tanto do lado puramente fenomênico quanto do lado doutrinário, muito deve o movimento espírita, pois todos eles são figuras clássicas na história do Espiritismo.

De certo tempo em diante (devemos compreender bem a situação), uma vez provada e comprovada a comunicação entre vivos e mortos, naturalmente já não havia tanto interesse pelo campo experimental, diante dos depoimentos de homens de projeção científica, sem qualquer compromisso de ordem sentimental, religiosa ou doutrinária.  Passou, até certo ponto, a fase das experiências objetivas, porque a própria expansão das idéias espíritas começou a provocar interesses de outra natureza, devido às necessidades humanas. Abriram-se, na realidade, dois focos de atenção: o fenômenico e o doutrinário. A divulgação da Doutrina criou a bem dizer uma polarização muito intensa, justamente porque muita gente queria mensagem, reclamava uma filosofia de vida, não se contentava somente com a prova direta das comunicações. Os estados de angústia, a desorientação espiritual, a falta de segurança interior, a deficiência de cultura religiosa, tudo isso, realmente, levou o homem, depois de algum tempo, a procurar a mensagem espírita em estado de quase sofreguidão e, por isso, deixou de se concentrar muito nas experiências científicas.


Veio, daí, a popularização do Espiritismo, trazendo certos prejuízos, é inegável, porque se desprezou muito o estudo sério, a pesquisa, o raciocínio analítico para enveredar pela simples crença nos espíritos, como que abrindo caminho para a formação de mais uma seita... Esse desvirtuamento, convenhamos, afastou certos homens afeitos a estudos científicos. Tudo isto é aceitável na consideração do problema. Há, porém, outro aspecto, e este deve ser levado em conta. É justamente o aspecto humano. O Espiritismo, hoje em dia, não é apenas um campo de experiências mediúnicas, é uma doutrina de vida, representa a solução de muitos problemas do homem moderno. As necessidades humanas vão aumentando cada vez mais, na medida em que a sociedade se torna mais complexa. E o Espiritismo, para boa parte da sociedade atual, é a "última esperança", é a grande resposta, que o homem não encontra noutras doutrinas, apesar de haver batido em muitas portas... É uma realidade diferente daquela realidade, que, na segunda metade do século XIX, viveram grandes experimentadores da fenomenologia mediúnica. Justamente por isso, o problema, não pode ser apresentado apenas por um prisma, seja qual for, mas através de vários angulos de observação, sobretudo quanto às peculiaridades de cada país. Podemos, pois, chegar a estas sumárias conclusões:

Em primeiro lugar, pelo fato de não haver, hoje, ao que conste, experiências do tipo de Crookes, Geley, Lombroso e outros, isto não significa que não haja médiuns nem tampouco nos permite concluir que o ciclo experimental do Espiritismo tenha deixado de ser necessário;

Em segundo lugar, se é verdade, até certo ponto, que a falta de interesse pela investigação científica é prejudicial à compreensão e ao conceito do Espiritismo, também é verdade que o homem atual é absorvido por uma série de problemas prementes e, por isso, o aspecto doutrinário tem, para ele, maior interesse no momento, por causa da mensagem, que vai ao sentimento, aliviando as feridas da alma.

De tudo isso, afinal, podemos inferir que é necessário encarecer e estimular as pesquisas, a experiência científica, que teve sua razão de ser no século passado[2] e ainda se faz indispensável nos dias atuais, mas não devemos perder de vista o lado verdadeiramente humano do Espiritismo diante do sofrimento e da profunda decadência moral que se observa em todos os níveis sociais. Não nos esqueçamos de que o Espiritismo atende, ou deve atender, ao mesmo tempo, a necessidades diversas: necessidades científicas, necessidades sociais, necessidades emocionais e assim por diante.

Observações do GEAE:

[1] Deolindo Amorim escreveu este texto em 1974 assim ele se refere ao período que vai das últimas décadas do século XIX ao início do XX.

[2] Século XIX


Índice

 ° ARTIGOS

Vendo o Invisível, Ademir L. Xavier Jr., Brasil

Uma revisão rápida de alguns métodos de se observar
o que não é acessível aos sentidos comuns

Parte IV

(Continuação do Artigo iniciado no Boletim 503)

Câmera Kirlian

Propositalmente incluímos no final desse texto uma breve análise de um fenômeno ou técnica fotográfica que se tornou bastante popular nas décadas de 70 e 80, sendo utilizada para realização de diagnósticos médicos, a despeito de soar suspeita à comunidade acadêmica. Trata-se do método de fotografia elétrica (eletrografia) descoberto por Semyon Kirlian, um técnico de eletrônica russo, por volta de 1939.

Antes de analisar as explicações e os propósitos da foto Kirlian, vamos descrever com algum detalhe a técnica fotográfica Kirlian.


Fig. 9 Esquema com os elementos básicos de uma câmera Kirlian clássica


Na técnica clássica de fotografia Kirlian, um objeto “biológico” ou amostra com razoável condutividade elétrica (obviamente pode-se colocar um objeto não vivo, por exemplo, uma moeda) é colocado sobre o filme que toca a superfície de uma placa metálica. Essa placa é conectada a um gerador de alta tensão alternada (que pode ser um bobina de Tesla, transformador de alta tensão, isto é, a voltagem elétrica final é uma função oscilante no tempo com uma certa distribuição de frequências). Freqüências típicas giram em torno de 70KHz. Os potenciais envolvidos são bastante elevados, mas a corrente total que circula no circuito da Fig. 9 é regulada de forma a ser pequena (para evitar choque elétrico ou descaracterização da amostra). A amostra biológica é conectada a um fio terra para reduzir seu potencial. O objeto biológico (que pode ser o dedo de uma pessoa) toca a superfície onde o material sensível à luz é depositado. Ao se ligar o gerador de alta tensão por alguns segundos (o tempo de exposição depende da sensibilidade do filme), uma imagem da descarga elétrica é revelada (Fig. 10). 

a)
b)

Fig. 10 Exemplo de fotos Kirlian (a) um negativo preto e branco do efeito corona em torno de uma moeda,
(b) Foto Kirlian em filme fotográfico do dedo de uma pessoa revelando tonalidade de cores bem diferentes do efeito corona

É possível observar a vista desarmada o surgimento de uma coroa de raios, por isso o nome “descarga corona”, em torno do objeto. Essa coroa tem a cor azulada, típica de fenômeno elétrico de alta tensão. Deve-se a ionização de gases presentes em torno do objeto, isto é, o campo de rádio frequência (RF) “excita” o ar em torno do objeto. Muitos dos constituintes do ar tem moléculas que se tornam ionizadas, isto é, perdem elétrons tornando-se carregadas positivamente. Os elétrons oscilam “livremente”, isto é de acordo com o campo elétrico, eventualmente encontrando íons positivos e se ligando a eles. Esse processo gera luz visível, ou seja, a descarga corona é um mecanismo pouco eficiente de conversão de energia eletromagnética em luz. Se pudessemos computar o total de energia por segundo (em Watts) envolvido no fenômeno (fornecido pelo gerador de alta tensão) diríamos que uma parte é transformada em luz, outra em calor (colisão de elétrons com a rede cristalina do metal a potencial oscilante, que gera calor) e a imensa quantidade está presente no próprio campo de RF, ou seja, nunca deixa de ser energia elétrica mesmo e é carregada pelos elétrons. A cor azul que se vê a vista desarmada - como a que se vê na Fig. 10 (b) - é característica do tipo de gás que envolve o objeto, o ar, na imensa maioria nitrogênio e oxigênio ionizados e compostos, a mesma cor que se pode ver nas chamas de fogão ou nos relâmpagos das tempestades.

Ocorre que outros tipos de cores e tonalidades (não visíveis) aparecem no filme fotográfico, Fig. 10(b). A que se deve isso? Uma quantidade grande de especulações e teses foram levantadas, na falta de uma teoria que unifique todos os arranjos experimentais possíveis e forneça uma explicação para o aparecimento das cores. Em todo ramo do conhecimento científico onde aparecem fissuras teóricas, é provavel também a exploração de fenômenos pouco conhecidos de forma considerada “pouco científica”. Por “científico” aqui no referimos tão somente à existência de uma teoria bem desenvolvida.  No caso da foto Kirlian, a deficiência teórica está localizada na dificuldade de se unir duas grandes áreas da ciência: a física e a química. Existem lacunas consideráveis no explicação de reatividade química de gases submetidos à potenciais oscilantes elevados [6], como eles interagem com um depósito de sais fotosensíveis e como esses sais eventualmente interagem com esse mesmo campo elétrico oscilante. Além disso físicos e químicos utilizam linguagens e abordagens bem diferentes para tratar um mesmo fenômeno. Para químicos, reações químicas complexas ocorrem no ar excitado pelo campo elétrico (que aumenta a reatividade química dos constituintes do ar) enquanto que, para físicos, a descarga corona é um tipo de plasma frio (4). Isso aliado ao pouco interesse acadêmico das fotos Kirlian, contribui para tornar a situação ainda mais desoladora.

Nesse ambiente de aridez teórica surgem então explicações dos mais variados tipos, algumas que pretendem “esgotar” completamente o tópico, outras meramente ligadas a aspectos comerciais que exploram outras hipóteses. Uma rápida busca na internet levanta explicações como citadas abaixo:

  1. Uma câmera que coloca sua aura ou campo de energia no filme instantaneamente. Descubra sua freqüência vibracional pessoal através da fotografia Kirlian. [7]
  2. A fotografia Kirlian é uma ferramenta valiosa que produz fotos, videos ou imagens computadorizadas do fluxo de energia. [8]
  3. “...o que é ionizado pelas descargas elétricas são os gases e/ou vapores exalados pelas papilas digitais. Como esses gases e/ou vapores são produzidos pelo metabolismo celular, está claro que indicarão como se encontra o estado de saúde orgânica e psíquica da pessoa, inclusive, até mesmo, sua sexualidade, devido à exalação dos feromônios.”[9]
  4. .…Um método de investigação de objetos biológicos, baseado na interpretação da imagem em descarga corona obtida durante exposição a um campo de alta freqüência, de alta voltagem, que é gravado seja em filme fotográfico ou por equipamentos de gravação de vídeo modernos. Seu principal uso é fornecer um meior rápido, barato e relativamente não invasivo de diagnóstico de estados fisiológicos e psicológicos.

Pode-se dividir os tipos de explicações para as fotos Kirlian em dois tipos: a) explicações não físicas b) explicações físico-patológicas. O primeiro tipo pretende dizer que as cores ou mesmo a própria imagem de raios corona está ligado “a aura” do indivíduo, sendo uma imagem desta. Obviamente esse tipo de “explicação” tem nítidos objetivos comerciais - em (1) e (2) o objetivo é vender “máquinas Kirlian” -  sendo uma maneira de se explorar indiscriminadamente a idéia que se capturar com máquinas objetos de natureza “não material”. Naturalmente, isso não causa prejuízos a existência do fenômeno de avistamento de halos ou figuras luminosas em torno de pessoas ou Espíritos, que é bastante comum na literatura espírita ou mesmo religiosa antiga. Trata-se esse último de um tipo de fenômeno relacionado ao estado de vidência mediúnica e de natureza muito distinta do que estamos analisando aqui.

Pode-se dividir os tipos de explicações para as fotos Kirlian em dois tipos: a) explicações não físicas b) explicações físico-patológicas. O primeiro tipo pretende dizer que as cores ou mesmo a própria imagem de raios corona está ligado “a aura” do indivíduo, sendo uma imagem desta. Obviamente esse tipo de “explicação” tem nítidos objetivos comerciais - em (1) e (2) o objetivo é vender “máquinas Kirlian” -  sendo uma maneira de se explorar indiscriminadamente a idéia que se capturar com máquinas objetos de natureza “não material”. Naturalmente, isso não causa prejuízos a existência do fenômeno de avistamento de halos ou figuras luminosas em torno de pessoas ou Espíritos, que é bastante comum na literatura espírita ou mesmo religiosa antiga. Trata-se esse último de um tipo de fenômeno relacionado ao estado de vidência mediúnica e de natureza muito distinta do que estamos analisando aqui.

Particularmente em (2) fala-se em um “fluxo de energia”. É de certa forma correto dizer que uma foto Kirlian representa um impressão fotográfica “do campo de energia”, apenas devendo-se acrescentar “energia elétrica”. O potencial elétrico alternado em torno do objeto nas proximidades da placa metálica energizada tem seus valores mais elevados justamente na região vizinhas ao objeto, um potencial suficiente para que haja ruptura das moléculas (excitação) e conversão em luz. O efeito corona é assim um mapa das regiões de maior intensidade desse campo, que não se limita a essas regiões entretanto, semelhantemente ao que ocorre com a câmara de nuvens e Schlieren descritas anteriormente. Em (2) a palavra “energia”  é utilizada sem referência alguma ao tipo, explorando uma possível falta de conhecimento do leitor do real significado dessa palavra. Além disso a expressão “freqüência vibracional pessoal” carece de qualquer significado. Definitivamente, fotos Kirlian não são um mecanismo de se acessar o invisível dessa maneira.


Explicações “físico-patológicas” tiveram início com o próprio Kirlian e se desenvolveram na extinta União Soviética através da criação da idéia de “bioplasma”. Em “Photography by means of high-frequency currents” [11], Semyon Kirlian e Valentina Kh. Kirlian descrevem:

“Um organismo vivo (por exemplo, a folha de uma planta) que foi colocada em um campo elétrico de um oscilador distorce o campo de acordo com sua natureza dielétrica. Não importa quantas espécies de plantas são fotografadas sob as mesmas condições, cada espécie dará uma imagem de caráter único.”

A seguir ainda comenta:

“Podemos concluir que a condição biológica dos objetos vivos, quando fotografados com a corrente de alta freqüência, é representada em magnitudes elétricas que que esse sistema eletro-óptico é capaz de gravar essa topografia.

Estabelecendo-se a conexão entre a mudança no estado elétrico e a a anatomia e fisologia do objeto vivo, o método da fotografia de altas freqüências pode ter aplicações científicas variadas. Por exemplo, em agricultura, ela pode ser usada para determinar o grau de maturidade de uma planta, a produtividade de uma plantação, processos patológicos etc.”

A origem da aplicação de Kirlian (que se tornou a razão de suas pesquisas) foi a relação que existe entre as constantes dielétricas (5) e impedância superficial a altas freqüências dos materiais (no caso seres animados) e seu estado interno. Naturalmente, é concebível que o efeito corona seja modificado se essas propriedades se alterem. Assim, ao se fotografar uma folha de um vegetal recém cortado, folha que contem razoável quantidade de água, pode-se observar uma redução do efeito corona ao longo do tempo, a medida que a água ou outras substâncias abandonam a folha em estado de decomposição. Da mesma forma, o efeito Kirlian observado ao redor do dedo de uma cadáver, deve evoluir no tempo na direção de um padrão comum a medida que o estado de decomposição se acelera, uma vez que, com o fim do metabolismo, muitas substâncias deixam de ser produzidas, outras passam a existir, o tecido se modifica, causando uma conseqüente variação nas constantes dielétricas. Essa variação na luminosidade do padrão de um corpo vivo em decomposição, não pode de forma alguma ser interpretada como o “abandono do Espírito” desse corpo, como muitos interpretaram. A essência da interpretação físico-patológica é correta, uma vez que existe uma ligação clara prevista em teoria entre as propriedades elétricas dos materiais e o efeito Kirlian.

Entretanto, pouco se sabe se essa relação permite utilizar o efeito Kirlian como um método de diagnóstico médico. Assim na frase (3) da referência [9] o “está claro que” - grifo nosso - ainda deve ser melhor explorada. Não está claro que o efeito corona é sensível suficiente para que um sistema seguro de diagnóstico seja possível. Para estudos recentes nesse sentido ver [12][13].

O efeito Kirlian pode assim representar um dispositivo capaz de evidenciar visualmente o estado biológico de seres vivos de acordo com a idéia original de Kirlian. Essa relação é totalmente material: da mesma forma que a câmara Schlieren pode revelar os eflúvios térmicos da mão de uma pessoa viva, o efeito Kirlian também pode (mas de outra forma), o que seria uma indicação indireta da atividade biológica nesse ser. Entretanto, poucos estamos autorizados a afirmar que uma ferramente precisa de diagnóstico existe nas interpretações das imagens Kirlian, ou que seja possível correlacionar o estado psicológico de indivíduos com esses padrões.


Fig. 11

O quadro resumo da Fig. 11 é uma sumário da atual situação quanto ao desenvolvimento científico da pesquisa com o efeito Kirlian. Claro está que se trata de pesquisa multidisciplinar, envolvendo a física, química, biologia e medicina. Quase nada sabemos da relação entre as constantes elétricas dos materiais vivos e os constituintes químicos, pois cada um desses objetos teóricos é descrito por disciplina diferente. Assim a conclusão final obtida pela cadeia de afirmações em branco na Fig. 11 não pode ser categoricamente afirmada.

5 Comentários finais

Os arranjos experimentais aqui descritos são muito simples e existe uma teoria muito bem desenvolvida para explicá-los (com excessão à câmera Kirlian). Isso faz parte do jogo da ciência, onde teoria deve antecipar e prever corretamente fenômenos naturais. O conhecimento da teoria e dos fenômenos que ocorrem ciclicamente ou não permitem realizar arranjos que amplifiquem ou tornem visíveis fenômenos não percebidos sensorialmente por meios normais. Essa mesma teoria que explica os arranjos (como aqui descritos) também valida resultados de medidas obtidos por ele. Assim sendo, a teoria óptica valida as images como na Fig. 8(a) e 8(b) não permitindo que sejam interpretadas como meras ilusões de óptica.

Também é importante considerar que, a despeito das teorias que hoje se adequam harmonicamente aos arranjos, a geração de sinais sensíveis aos olhos ou aos sentidos humanos só é possível indiretamente. Assim, existem elementos transdutores - em todos os exemplos discutidos até aqui - que fazem a conversão dos sinais não sensoriais em equivalentes sensoriais. Assim, enfatizamos como corolário:

Em todo e qualquer sistema natural onde tais elementos transdutores existam garantidos por uma teoria bem desenvolvida, a observação, por meio dos sentidos ordinários, de fenômenos ou ocorrências relacionados a sinais não sensíveis é possível.

Ressaltamos que isso só é possível se uma teoria completa da comunicação dos sinais for plenamente desenvolvida. Faz parte da busca técnica pós teoria o desenvolvimento desses dispositivos, o que consiste uma ciência a parte. Assim a existência de computadores e telefones celulares só apareceu muito depois da teoria dos circuitos elétricos, que só apareceram depois que as leis básicas de fluxo de correntes em condutores foi desenvolvida.

No caso do efeito Kirlian, podemos certamente afirmar que se trata de um fenômeno que permite observar visualmente variações nas constantes dielétricas, impedância superficial e outras propriedades de corpos vivos. Entretanto, resta ainda uma longa pesquisa interdisciplinar para validar afirmações de que se trata de um método eficaz de diagnóstico ou de conhecimento do estado psicológico de indivíduos (um meio de se acessar o “invisível”)

Nosso objetivo aqui foi demonstrar que a existência de transdutores ou dispositivos que permitem acessar radiações e influências que não existem para os sentidos ordinários só é possível (isto é, se torna parte integrande da técnica e da engenharia) quando uma teoria bem desenvolvida existe. Esse é o caso dos inúmeros equipamentos de pesquisa científica que utilizam correntes elétricas, luz, substância químicas, arranjos termodinâmicos e outros para possibilitar inferir quantidades de constituintes da Natureza. A medida dessas quantidades está sujeita a erros uma vez que outros fatores também influenciam e é necessário garantir o controle dentro de limites especificados de todos eles.

Na ausência de uma base teórica sólida, a proposição de equipamentos para determinados fins como elementos transdutores é seriamente comprometida pois sempre existirão opiniões e explicações contraditórias que podem invalidar o propósito para o qual os equipamentos foram constuídos.

Esse texto tem como objetivo também motivar o leitor a ponderar sobre interpretações diversas do famoso “Fenômeno das vozes eletrônicas” (EVP) ou “Transcomunicação instrumental” (TCI), como ficaram conhecidas as técnicas eletrônicas de gravação de vozes e imagens vindo dos desencarnados [14][15]. Trata-se, certamente, de métodos de se acessar o “invisível”. Deixamos ao leitor uma análise mais detalhada do assunto e a tarefa de aplicar alguns conceitos discutidos nesse texto ao caso da TCI e EVP. Para motivar ainda mais perguntamos: é possível descartar a necessidade de um médium na produção do fenômento TCI ou EVP? Trataremos desse fenômeno em particular em um texto mais abrangente a ser publicado em breve.

O autor gostaria de receber críticas e comentários sobre este texto. Envie suas mensagens para editor@geae.inf.br.

Agradecimentos: gostaria de agradecer ao Alexandre de Almeida por discussões e várias referências sobre o efeito Kirlian.

4. De maneira muito simplificada, um plasma em física caracteriza um estado físico de elétrons e íons positivos altamente influenciável por campos eletromagnéticos. O plasma foi reconhecido como um  novo estado da matéria por Sir Willian Crookes, famoso cientista espiritualista inglês.

5. A constante dielétrica é uma variável que descreve a resposta elétrica dos materiais. Em materiais isolantes ela é responsável pelo aparecimento de um estado de polariazação elétrica que é utilizado em larga escala na indústria eletrônica em capacitores e outros dispositivos de armazenagem de energia. Impedância mede a resposta em potêncial elétrico de um material, sistema ou superfície frente a um estímulo de corrente elétrica.

6 Referências

[1] http://en.wikipedia.org/wiki/Radio
[2] http://www.lnf.infn.it/kloe/Lectures/wilson.pdf
[3] http://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_chamber
[4] G. S. Settles, “Schlieren and shadowgraph techniques - visualizing phenomena in transparent media”. Springer 2001.
[5] Para uma galeria de fotos Schlieren ver:
        http://www1.dfrc.nasa.gov/gallery/photo/Schlieren/HTML/
        http://www.sciencephoto.com/html_tech_archive/schlie.html
[6] D.Turner, “The missing science of Ball Lightning”, Journal of Scientific Exploration, vol. 17, n. 3, p 435 (2003);
[7] http://www.kirlian.org/kirlian_camera.htm
[8] http://www.kirlian.org/kirlian.htm
[9] Newton Milhomens em http://www.kirlian.com.br/
[10] http://www.psy.aau.dk/bioelec/ (não disponível). Texto original: “...a method of investigation for biological objects, based on the interpretation of the corona-discharge image obtained during exposure to a high-frequency, high-voltage electromagnetic field which is recorded either on photopaper or by modern video recording equipment. Its main use is as a fast, inexpensive and relatively non-invasive means for the diagnostic evaluation of physiological and psychological states”.
[11] "The Kirlian Aura, Photographing the galaxies of life”. Editado por S. Krippner e D. Rubin. Anchor press/Doubleday (1974)
[12] P. V. Bundzen, K. G. Korotkov, A. K. Korotkova, V. A. Mukhin, e N. S. Priyatkin  Psychophysiological correlates of athletic success in athletes training for the olympics. Fiziologia Cheloveka (Human Physiology (in English) 3, 2005.
[13] P. O. Gagua, E. G.  Gedevanishvili, L. G. Georgobiani, K G. Korotkov KG, S. A. Korotkina, G. G. Achmeteli, E. V. Kriganivski EV. Experimental study of the GDV technique application in oncology”.
[14] "Espiritismo e Transcomunicação",  Djalma M Argollo, Ed. Mnêmio Túlio 1994
[15] "Os Espíiritos comunicam-se por gravadores",  Peter Bander, Col. Científica  Edicel 4, 2a edição 1976.

Índice

Reflexão sobre a vida, Kayte Augusto

Dia desses, assistindo um programa de televisão intitulado "Vivendo entre os mortos", que abordava um ajuntamento de pessoas, homens, mulheres, crianças recem-nascidas e jovens de uma gangue, todos de nacionalidade haitiana, senti-me envergonhada das minhas próprias atitudes.

Por vezes, sem me dar conta, reclamo disto ou daquilo que de acordo com a minha visão limitada das coisas, deveria ser de outra forma.

Este documentário mostrava a dura realidade destes indivíduos que por não terem condições de adquirir uma habitação digna, foram viver nas jaziguas de um cemitério.

Eu me perguntei aturdida.

- Meu Deus! Que mundo é este em que vivemos?

Todavia, embora o insólito da situação, o que mais prendeu minha atenção foi a frase dita por uma mulher anciã, cujas lágrimas escorriam por suas faces e quando indagada pela repórter do porquê, ela explicou que chorava porque a filha havia ido embora deixando aos seus cuidados, 10 filhos, todos ainda menores de idade que ela e marido, ambos sem trabalho não sabiam como sustenta-los a todos.Em seguida a pobre anciã completou aflita.

- Se o suicido não fosse um pecado, há muito que eu estaria morta.

Esta frase me fez refletir horas a fio na importância da fé na vida de um ser seja ele encarnado ou desencarnado, na improtância de se acreditar em alguma coisa que nos impeça de nos atirarmos nos abismos das sombras. Se eu digo nós, é porque neste drama da vida nós, você também, estamos incluídos. Nenhuma criatura está isenta de vivenciar uma situação conflitante capaz de nos levar ao desespero, a descrença, a falta de fé e confiança em quem nos criou.

Aquela valiosa alma da anciã, da reportagem, avó de 10 nestos, é o exemplo vivo de que por mais sérios sejam nosssas dificuldades do dia-a-dia, nunca devemos perder a esperança.

Neste caso em particular, a pobre senhora continuava com suas lutas, por acreditar que o suicídio é um pecado. Como seria bom se alguma alma generosa a pudesse elucidar que o suicídio não é apenas UM PECADO, segundo algumas crenças, e sim, muito mais que isto! O suicídio é o quebrar de um elo que no tempo certo seria desatado. O suicídio não é apenas um pecado, é uma das maiores de todas as agressões as leis do criador, que estabeleceu para cada um de nós seus filhos, o tempo certo para abadonar a vestimenta física, não cabendo a nós, seres encarnados e nescessitados de cremencia e piedade, abreviar este tempo com a desculpa de estarmos fazendo algo de bom para nos mesmos. Não cabe a nós, que amparados pela misericórdia Divina, a nós que imploramos por esta oportunidade de renacer em um novo corpo para cumprir as tarefas que dexiamos incabadas, interromper este processo natural que é, nascer, viver e desencarnar, com a ideia do nada depois do túmulo. Não nos deixemos levar pela fraqueza moral nem pelos ataques dos seres das sombras que rondam nossos passos esperando que tropecemos para nos empurrar para o abismo.

Penso que contra esta ilusão do suicídio, do dormir para sempre, do estarei livre dos meus problemas, só existe um antíduoto; a fé em um Deus supremo que nunca nos abandona, que sempre, nos momentos mais difíceis, coloca em nosso caminho amigos disfarçados de anjos, com suas asas ocultas para nos amparar e progeter.

Não importa qual seja tua religião, pois não é ela quem nos salva, e sim, nosos atos e atitudes perante a vida e a tudo que nos cerca.

Para nós, os espíritas que acreditamos e defendemos a ideia da reencarnação, a idéia de que nada se perde para sempre, a certeza de que existe vida depois da vida, para nós espíritas convictos de que os nossos infortúnios de hoje são as consequências das nossas más ações das nossas vidas passadas e que nosso bem-estar futuro depende da semmente que difundirmos no presente, o comprometimento é muito maior.

Temos, nós, o dever de refletir em frases como esta; Se o suicido não fosse pecado, há muito eu estaria morta, e procurar permanecermos atentos para ver se não estamos nos omitindo perante dramas como estes.

Esta anciã haitiana acredita em alguma coisa, é isso que a impede de por termo a vida. Entretanto, quantas centenas e centenas de pessoas existem espalhadas pelo mundo que não possuem o antíduoto contra os males físicos e espirituais, se deixando arrastarem pelo desepero, interrompendo a vida, o presente maior que Deus nos deu?!

Vamos pensar nisso, meus amigos para saber dar uma melhor direção aos nossos passos.

Abraços fraterno a todos.
Kayte Augusto.

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° HISTÓRIA & PESQUISA

(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas")

Anuário Histórico Espírita 2006, Julia Nezu, Brasil

Prezados amigos do CCDPE e da Liga dos Historiadores Espíritas,
 
Saúde e paz! Jesus conosco!
 
O CENTRO DE CULTURA, DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA DO ESPIRITISMO (CCDPE), de São Paulo, a denominar-se Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM), em homenagem ao seu fundador desencarnado no dia 15/12/2005, em São Paulo-SP e a EDITORA EME, de Capivari-SP, lançam o Anuário Histórico Espírita 2006.
 
Autores que participam do Anuário Histórico 2006:

Apresentação de Eduardo Carvalho Monteiro. Autores: Izabel Vitusso (2), Luciano Klein filho, Giovanni Scognamillo, Jorge Damas Martins (2), Samuel Nunes Magalhães(2), Euclydes Castro Carvalho (2), Raimundo Wilson S.D. Morais, Clovis Ramos, Alexandre Rocha e Esmeralda Branca, Eduardo Carvalho Monteiro (2), Celso Martins, Sônia Theodoro da Silva, Jader Sampaio (2), Elsa Rossi, Carlos Antonio Fragoso Guimarães, Luiz Carlos D. Formiga e André Luiz B. Formiga e Paulo Sérgio Manhães Peixoto.
 
Formato 16 x 23 - 216 páginas - preço de capa R$22,00
 
Pedidos: Atacado: Livraria e distribuidora USE-SP - uselivros@uol.com.br ; use@use-sp.com.br e Fone 11 - 6950.6554; No varejo e reembolso postal para o CCDPE pelo e-mail: ccdpe@uol.com.br .
 
A diretoria do CCDPE-ECM solicita a colaboração de todos na distribuição do ANUÁRIO HISTÓRICO ESPÍRITA 2006 que ajudará nas despesas de transferência do acervo do Eduardo para a sede do CCDPE-ECM, higienização do acervo e catalogação de mais de 30 mil livros e arquivos de documentos históricos. A partir de março de 2006 programaremos cursos e eventos culturais na sede do Centro de Cultura, à Alameda dos Guaiases, 16 - Indianópolis - 04079-010 - São Paulo - SP.
 
Agradecemos a colaboração.
 
Diretoria do CCDPE-ECM

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Cronologia Espírita, Carlos Iglesia, Brasil

(Texto iniciado no Boletim 505)

Primeiro Capítulo

1795-1856 Prof. Rivail e sua Época

Lista de Eventos

1796

Maio, 1796
Gloucestershire, Inglaterra

Edward Jenner (1749-1823), médico e cirurgião, inoculou James Philip, um menino de oito anos de idade, com material tirado de uma pústula de varíola bovina. A varíola bovina é variação da doença que afeta o gado e pode ser transmitida para seres humanos, com sintomas parecidos com a da varíola mas sem o mesmo perigo. A experiência foi motivada pela crença local de que pessoas que tinham contraído a varíola bovina não contraiam a varíola. Na época a taxa de mortalidade da varíola era de 10% a 20% dos que a contraíam e ela fazia vítimas em várias regiões do mundo incluindo a Europa.

A experiência de Edward Jenner deu surgimento ao processo de vacinação como medida preventiva contra doenças. Graças a esse processo, a varíola foi praticamente erradicada e muitas outras doenças combatidas.

O fato desta experiência ter acontecido na Inglaterra do final do século XVIII não foi um acaso, este século foi o "Século da Razão" e do "Iluminismo". A mentalidade científica - como resultado do sucesso da Física Newtoniana (final do séc. XVII) - atingiu outras áreas do conhecimento, entre elas a medicina, e sua aplicação no dominio do mundo material trouxe resultados visíveis. É o período em que a Inglaterra vive a primeira "Revolução Industrial".

CASSIRER, 1979
HART, 2002
TREVELYAN, 1987

1798


Zurich, Suiça

O filósofo, escritor, poeta e teólogo protestante João Gaspar Laváter (1741-1801) escreve uma série de seis cartas para a imperatriz russa, Maria Féodorowna, onde expõe suas idéias sobre a sobrevivência do espírito, o corpo espiritual e a possibilidade de comunicação com os vivos. As cartas são em 1858 publicadas em uma coletânea pela biblioteca imperial de São Petersburgo e, através de um correspondente, chegam as mãos de Kardec, que as publica na Revista Espírita (março, abril e maior de 1868).

Interessante acrescentar que Laváter foi um dos divulgadores do uso terapeútico do “magnetismo” na Alemanha.

Embora hoje, influenciados pelo completo dominio do materialismo no pensamento científico e filosófico contemporâneo, nos pareça que o século do Iluminismo e da Razão foi um século de ceticismo, a verdade é que a rejeição as supertições do passado e a autoridade da tradição não significaram necessariamente ateísmo. O Iluminismo (séc. XVIII) teve como característica central a importância da "razão" no entendimento do mundo e, dentro desta linha geral, encontramos pensadores com idéias espiritualistas bastante avançadas. Mesmer e Lavater são desse século.

ARANTES 2003
CASSIRER, 1979
BERSOT, 1995
REVISTA ESPÍRITA 1868


1799

Paris, França

Depois de algum tempo desaparecido de cena, Mesmer, publica o livro “Mémoire sur ses Découverts”. Nele estão o modelo teórico da terapia do magnetismo animal, sonanbulismo provocado e lucidez sonambúlica (a tradução integral para o português foi publicada recentemente como parte do livro "Mesmer - A ciência negada e os textos escondidos" [FIGUEIREDO, 2005])

BERSOT, 1995
FIGUEIREDO, 2005
JAGOT, ?
LAPPONI, 1979

9 de novembro de 1799
Paris, França

O general Napoleão Bonaparte lidera o golpe que encerra a Revolução Francesa. O golpe destinado a “salvar” uma França em frangalhos pelos excessos revolucionários e pela ameaça externa, leva Napoleão a implantar um governo pessoal e na liderança dos exercitos franceses a impor-se a toda Europa continental.

A Revolução Francesa, iniciada em 1789, criou o mundo comtenporâneo, não só pondo fim a ordem social feudalista do Velho Regime, como dando origem aos conceitos atuais de nacionalismo, de direitos humanos, de igualdade perante a lei, de separação entre religião e estado. Também são criações suas as formas modernas dos extremismos de esquerda e de direita, o terror politico, o internacionalismo revolucionário, etc...

Muitas das conquistas da Revolução foram consolidadas sob Napoleão, bem como estendidas ao restante da Europa. De destaque é o Código Napoleonico (1804), código legal que é a base da legislação moderna de boa parte dos países ocidentais.

DURANT, 1994
PERFETTI, 1996
SOBOUL, 1981
VOVELLE, 1989

Biografias

Franz Antoine Mesmer

Mesmer


23 de maio de 1734 – 5 de março de 1815

Poucas personalidades na história do Espiritualismo foram tão difamadas quanto Mesmer. Grande responsável pela divulgação do magnetismo animal – a força vital que emana dos seres vivos e pode ser utilizada com fins terapeúticos – levantou um grande entusiasmo pelo tema na frança de Luís XVI e granjeou inimigos implacáveis.

Reverenciado por uns como mestre, por outros tachado de charlatão, muito da polêmica se deve aos fortes interesses contrariados. O magnetismo levava a um desenvolvimento da medicina centrado no conceito de ajudar o doente, como indivíduo, a recuperar seu equilíbrio. As Academias médicas apegaram-se ao conceito de eliminar a doença, combatendo-a com remédios e tratamentos que não levavam em conta a individualidade do paciente.

A difamação que Mesmer sofreu propagou-se para a posteridade com a continuada reprodução por historiadores e pesquisadores - sem muitas vezes terem consciência do fato - de descrições falsas ou caricaturadas de seus tratamentos. Estas descrições tem como origem textos difamatórios escritos na época por seus inimigos.


Os processos usados por Mesmer estavam mais de acordo com a mentalidade científica da época, baseando-se no resultado dos tratamentos dos pacientes que atendia, do que a medicina preconizada pelas Academias. Esta ainda recorria regularmente a tratamentos ineficientes e nocivos aos enfermos - como sangrias e purgações com laxantes - baseados em concepções antiquadas sem bases científicas.

Parte das descobertas de Mesmer foram - durante os séculos XIX e XX - admitidas na ciência médica sobre outros nomes. O hipnotismo, a psicologia e a psicossomática são as formas modernas do emprego do velho magnetismo animal. Elas fazem hoje curas que a ciência negou reconhecer nos tratamentos de Mesmer e de seus discípulos.


Mas, verdade seja dita, estas formas “cientificas” de magnetismo não aceitam o “fluido magnético” ou qualquer fundo espiritualista para os tratamentos. Esta parte foi retomada pela Doutrina Espírita, que estudando o períspirito e suas propriedades, aprimorou o entendimento dos mecanismos pelos quais as curas do difamado magnetismo se processavam. Nos nossos dias, “fluidificamos” a aguá e aplicamos “passes” aos pacientes de doenças físicas e espirituais, dando continuidade a práticas terapeúticas que tiveram início a partir do trabalho de Mesmer.

Mesmer nasceu em 26 de maio de 1734, embora não haja muita certeza do local exato de seu nascimento, é provável que tenha sido na Alemanha. Ele estou medicina na Faculdade de Viena, na Austria, e em 1766 doutorou-se com a tese “Da influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”. Nesta tese ele retoma idéias de Paracelso, sobre a existência de um fluído sutíl que tudo permeia e que influi sobre os corpos animados.

As propriedades deste fluído, atuando através de um campo de influência, lembravam as do “magnetismo” apresentado por Willian Gilbert (1540-1603) em seu “De Magnete” e assim se passou a chamá-lo de “magnetismo animal”.

O estudo sistematizado do magnetismo natural feito por Gilbert teve grande influência no pensamento cientifíco do século XVII e XVIII. O sucesso na descriação dos fenômenos e as estranhas propriedades dos imãs (os magnetos) levaram muitos a imaginarem quais seriam seus efeitos sobre os seres humanos e a empregá-los em tratamentos terapeúticos.

Em 1774, Mesmer conheceu em Viena o padre Hell, jesuíta, professor de Astronomia, que realizava curas com o emprego de ferros imantados.  Mesmer viu nestas curas a confirmação de suas teses e, impressionados com os resultados, fundou um casa de saúde onde aplicaria os mesmos métodos.

Desde cedo começaram seus problemas com as Academias de Medicina, chegando a de Berlim a responder-lhe que ele estava sendo vitíma de uma ilusão.

Após diversas viagens, Mesmer se estabeleceu em fevereiro de 1778 em Paris. Em 1779 publica sua “Memória sobre a Descoberta do Magnetismo” e realiza sessões de magnetização. O interesse despertado pelo Magnetismo é grande, até mesmo a corte de Luís XVI busca os tratamentos de Mesmer e a rainha sai em sua defesa quando atacado por seus adversários.

Em 1784, a pedido do governo, se constitue uma comissão para estudar o magnetismo. Entre os nomes ilustres desta comissão estavam Franklin, Lavoisier e Bailly. Os problemas começaram pelos métodos que seriam empregados nos experimentos, a comissão impôs procedimentos completamente inadequados ao tipo de fenômenos estudado, exigindo resultados visiveis e rápidos em contraposição aos processos de observação mais prolongada e comparações de grupos de pacientes,  propostos pelos magnetizadores. Assim não é de espantar que o parecer do relatório tenha sido contrário ao magnetismo.

As lutas com a Academia e com a Faculdade de Medicina, e os ataques pessoais, até em peças de teatro (A comédia “Os Doutores Modernos” satiriza Mesmer), fizeram com que Mesmer se afastasse de París (1802) e retornasse a Alemanha, onde continuou a aplicar o tratamento terapeútico com o magnetismo espiritual até sua desencarnação em 1815.

Seguidores metódicos e prudentes,  como por exemplo Deleuze (1754-1835) e Du Potet (1786-1881), continuaram a empregar o magnetismo e a demonstrar sua realidade apesar das negativas das Academias. De destaque também é o trabalho do Marquês de Puységur (1751-1825), governador da escola de artilharia de La Fère e depois marechal de campo, que em 1785 descobre o sonanbulismo induzido através do magnetismo e realiza curas impressionantes. Uma das cidades em que causa grande impacto é na de Lyon, cidade natal de Kardec.

Naturalmente não faltaram empecilhos para a escola magnética, e logo no seu início vemos uma separação entre os seguidores de Mesmer e os de um discípulo seu, Deslon. A divisão, originada na visão diferente que tinham da forma de divulgar o magnetismo, parece que sobreviveu um bom tempo aos seus pioneiros, pois ainda em junho de 1858 vemos Kardec noticiar na Revue Spirite a realização de duas comemorações separadas do nascimento de Mesmer.

BERSOT, 1995
FIGUEIREDO, 2005
GILBERT, 1991
JAGOT, ?
LAPONI, 1979
PALHANO, 1997
PARACELSO, 1973
REVISTA ESPÍRITA, 1858
WANTUIL e THIESEN, 1979

Napoleão Bonaparte

Napoleão

1769-1821

Estadista e militar frânces, cuja carreira, iniciada durante a Revolução Francesa (1789-1799), modificou profundamente o panorama europeu do séc. XIX. Sua ascensão deveu-se a seu gênio militar e político. Chegou a assumir o título de imperador da França e a controlar direta ou indiretamente diversos países europeus. Sua maior realização, e a que até hoje tem influência sobre o mundo ocidental, foi o estabelecimento de um código civil (1804) adequado aos idéias surgidos durante o período revolucionário. Com o Código Napoleônico termina definitivamente a era dos privilégios feudais.

Derrotado definitivamente em 1815 em Waterloo, Napoleão morre no exílio (1821), porém sua influência continua a ser imensa na França da época da Codificação Espírita. É ainda devido ao prestígio do nome, que seu sobrinho Napoleão III é eleito presidente da Republica (1848) e, através de um golpe de estado, se proclama Imperador (1852).

CERNUDA, 2002
DURANT, 1994
EMMANUEL, 1975
NICOLSON, 1987
PERFETTI, 1996
SOBOUL, 1981
VOVELLE, 1889

Referências Bibliográficas

ARANTES, H. M. C. Em Mensagem de 1874, Laváter também confirma a identidade espiritual Kardec/Huss. Anuário Espírita, Araras (estado de São Paulo): Instituto de Difusão Espírita, 2003.

BERSOT, E. Mesmer e o Magnetismo Animal. Tradução de José Jorge. Rio de Janeiro: Edições CELD, 1995.

CASSIRER, E. The Philosophy of the Enlightenment. Princeton: Princeton University Press, 1979

CERNUDA, L. P., Napoleão III. Historia y Vida. Barcelona: agosto 2002.


DURANT, W.; DURANT, A., The Age of Napoleon, edição eletrônica em CD-ROM. USA: World Library Inc., 1994 (The Story of Civilization, Vol. 11)

EMMANUEL. A Caminho da Luz. Médium Francisco Cândido Xavier. (sem indicação de edição) Rio de Janeiro: FEB, 1975.

FIGUEIREDO, P. H. de. Mesmer - A ciência negada e os textos escondidos. Bragança Paulista (SP): Lachâtre, 2005.

GILBERT, W. De Magnete, Translated P. Fleury Mottelay, New York: Dover Publications, 1991. (Unabridged and unaltered republication of the P. Fleury Mottelay translation published in 1893)

HART, M. H. As 100 Maiores Personalidades da História. Tradução de Antonio Canavarro Pereira, 6. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002

JAGOT, P. C. Iniciação à Arte de Curar pelo Magnetismo Humano. Tradução Sônia Rangel. São Paulo: Ed. Pensamento, ? (não há ano de publicação indicado).


LAPPONI, J. Hipnotismo e Espiritismo. Tradução Almerindo Martins de Castro. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979

NICOLSON, N. Napoleão 1812. Tradução Henrique de Araujo Mesquita. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987.

PALHANO JR., L. Dicionário de Filosofia Espírita. Rio de Janeiro: Edições CELD (Centro Espírita Léon Denis): 1997.

PARACELSO, A Chave da Alquimia, Tradução Antonio Carlos Braga, São Paulo: Ed. Três, 1973. (Coleção Bibloteca Planeta)

PERFETTI, F. (Org.), Napoleão Aforismos, máximas e pensamentos. Tradução Annie Paulette Marie Cambè. Rio de Janeiro: Newton Compton Brasil ltda., 1996

REVISTA ESPÍRITA, França 1858-1869, Allan Kardec (Editor). (Parte integrante da coleção da obras completas de Allan Kardec publicada pela editora EDICEL na tradução Julio de Abreu Filho)

SOBOUL, A. História de Revolução Francesa. Tradução Hélio Pólvora. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981

TREVELYAN, G. M. A Shortened History of England. London: Penguin Books, 1987

VOVELLE, M. França Revolucinária 1789-1799. Tradução Denise Bottman. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989. 

WANTUIL, Z.; THIESEN, F. Allan Kardec. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1979.



Continua no próximo Boletim

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 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Correção da nota sobre o "Canal de Televisão Espírita", Eliana Thomé, Brasil

Amigos, boa-noite.

Foi com surpresa que vi a associação do meu nome na notícia: "Canal de Televisão Espírita". Na verdade esse texto não me pertence, o que fiz foi repassar um e-mail do site "Orientação Espírita", recebido em 14 de janeiro último. Apenas para acertar a autoria das coisas.

Abraços.
ethome


OBS - A versão do Boletim 505 disponível no site do GEAE foi corrigida a partir deste aviso da Eliana.

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Como faço pra saber se sou um médium?, Alexandre Fonseca, Brasil
 
"Como faço pra saber se sou um medium ? Me respondam rápido pois a preocupação está tomando posse de mim e do meu espirito". (Pergunta contida em um e-mail recebido pelo GEAE).

Não existe uma regra absoluta que permita dizer com rapidez se alguém possui ou não mediunidade. Pessoas diferentes possuem sensações diferentes quando em contato com o mundo espiritual.

O melhor a fazer é procurar um centro espírita na sua cidade ou na cidade mais próxima. Procure por alguém (recepcionista ou entrevistador) no centro espírita que possa conversar. Explique o que tem sentido e peça orientação. Certamente, voce será encaminhado de acordo com suas necessidades.

Se o sr. for médium, não se preocupe pois mediunidade não é doença. Segundo a Doutrina Espírita o médium é sempre senhor de si mesmo e jamais fará algo que não permitir. Assim, faça uma prece de coração e eleve o pensamento até Deus e sentirá melhor. Não deixe de procurar um bom centro espírita.

Que a paz esteja com o sr.
Alexandre


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° PAINEL

Livros de André Luiz lançados em francês, Lista IPEP-DEBATES, Brasil

(Informação enviada para a lista IPEP-DEBATES que nos foi repassada por Julia Nezu)

CEI lança livros e DVD durante Seminário para Dirigentes e Trabalhadores Espíritas em Paris
 
O Conselho Espírita Internacional editou e lançou em francês, cinco obras de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. O fato ocorreu na abertura do “SEMI­NÁRIO PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES E DIRI­GENTES PARA O MOVIMENTO ESPÍRITA”, promovido pela União Espírita Francesa e Francofônica e com o apoio do CEI, nos dias 22 e 23 de outubro de 2005, cm sala do Hotel FIAPP, sito à rua CABANIS nº 30, em Paris.
 
As cinco obras ini­ciais, pois há outras em processo de preparação, traduzidas por Pierre Etienne Jay - Nosso Lar (Nosso Lar — La Vie Dons le Monde Spiritue1), Os Mensageiros (Les Messagers), Missionários da Luz (Mis­sionatres de la Lumiére), Obreiros da Vida Eterna (Ouvriers de la Vie Eternelle) e No Mundo Maior (Dans le Monde Supérieur)—‘ foram feitas pelo assessor do CEI Antonio Cesar Perri de Carvalho, representando o Secretário Geral Nestor João Masotti, entregando-as a Roger Perez, presidente da União Espírita Fran­cesa e Francofônica.
 
Na oportunidade foi destacado o papel que essas obras representam como complementares à Codificação Kardcquiana. Também ocorreu o lançamento do DVD do 4 (quarto) Congresso Espírita Mundial (Paris, 2004), igualmente editado pelo CEI. Todos os grupos presentes receberam os livros e o DVD como cortesia. Foi apresentada uma mensagem de saudação de Nestor João Masotti, gravada em DVD, destacando o evento que ocorria em Paris.
 
Paz e luz,
Barbet.

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