Olá
Andei pensando e gostaria de
debater este assunto com alguém.
Leia e diga o que acha, levando em consideração as leis e
não exemplos específicos.
Sempre pensei que quando
não sabemos se algo é "certo ou
errado" ou "bom ou mau" (sabemos que não existe o mal, e o certo
ou errado é relativo), ou para nos guiarmos as nossas atitudes,
basta seguirmos o exemplo do que acontece na Natureza. Seguindo este
pensamento, eu lembrei que na natureza tudo o que acontece é com
o menor esforço possível, com o menor gasto de energia
possível. Daí lembrei sobre o valor que damos ao nosso
próprio esforço, daquela história que só
aprendemos quando
nos esforçamos, do trabalho árduo, das horas extras, da
nossa
cobrança excessiva com as nossas atitudes, nosso estudo, etc.
Daí tive um "click" e vi
que esses dois pensamentos geram um paradoxo, uma
contradição, ao menos em parte.
Não sei até onde o esforço é válido,
e onde estaria
o equilíbrio entre o trabalho (o Trabalho é uma das Leis
de Deus) e o menor dispêndio de energia possível
(encontrando isso na Natureza, também é uma Lei de Deus,
desde os animais que
só caçam qdo estão com fome até as
moléculas
de um elemento que só reagem à outras de outro elemento
que estiverem
mais próximas e que tiverem mais "afinidade").
Será que todo o valor que
damos àquelas pessoas "esforçadas" está de acordo
com a Lei de Deus? A Natureza não gratifica quando existe muito
esforço e
pouco rendimento, mas o ser humano valoriza muito essas pessoas. Posso
estar pensando muita bobagem, e posso estar partindo de conceitos
equivocados, por isso quero debater sem me achar na
condição da verdade.
Um Grande abraço, e muita
paz em seu caminho
Gustavo
Prezado Gustavo,
Muito interessante o seu
questionamento! Ele é muito oportuno pois permite que a gente
possa analisar melhor a questão sobre analogias com a Natureza.
Eu vou escrever aquilo que penso
sobre suas dúvidas sem a pretenção de dar a
última palavra.
Primeiramente eu gostaria de
dizer que concordo plenamente com a sua afirmativa de que a Natureza
é um guia inspirador para que aprendamos muitas coisas.
Porém, ao citar apenas o exemplo da tendência dos sistemas
físicos em buscar o estado de menor energia, voce tocou apenas
em um lado da questão. Mesmo levando-se em conta a 2a. Lei da
Termodinâmica que diz que a Entropia sempre aumenta (o que
aumenta ainda mais a sensação de paradoxo que voce
comentou) existem muitos detalhes não levados em conta na
anàlise que voce fez.
Se nós analisarmos bem, o
que existe de mais interessante na Natureza, a Vida, não decorre
dos sistemas fisicos buscarem o estado de energia mínima. Muito
menos, eles decorrem da 2a. Lei da Termodinâmica. Na verdade, os
sistemas vivos parecem ir contra a essa lei, mas veremos que isso
não ocorre de fato.
Alguns companheiros acreditam que é o
espírito quem "ordena", de modo absoluto, os corpos dos seres
orgânicos mas a Ciência tem outras teorias para isso.
Na verdade, o espírito é uma das forças presentes
na natureza, mas nao é a única e precisamos estudar bem
as leis materiais para um dia encontrarmos onde e como o
princípio inteligente atua na matéria.
Voltando ao assunto em
questão, o ponto que quero comentar é que os sistemas
vivos (e outros não vivos, mas organizados) são ditos
"sistemas abertos". Um sitema aberto é tal que energia e materia
podem ser trocadas entre ele e o meio que o circunda. Apesar da lei de
conservação de energia valer para sistemas abertos, a 2a.
Lei da Termodinâmica só se aplica a
sistemas isolados e em equilíbrio termodinâmico. Apesar da
enorme utilidade da Termodinâmica no desenvolvimento de
máquinas e outros aparelhos, a grande maioria (para não
dizer todos) os processos que ocorrem na Natureza são o que a
gente chama de
"processos irreversíveis". Nestes processos, uma boa parte da
energia é dissipada em calor e entropia é produzida.
Entropia, além da questão ligada à ordem,
significa energia que nao é disponível para ser utilizada
para realizar trabalho.
Estou dizendo isso para
introduzir a idéia de auto-organização em sistemas
longe do equilíbrio termodinâmico. Sistemas abertos, isto
é, que estão constantemente trocando energia e
matéria com o meio que o circunda, podem se auto-organizar, mas
às custas do meio, isto é, às custas da
desorganização de outros corpos. Por exemplo, o sol
fornece muita energia para o nosso planeta o que favorece o
desenvolvimento e a manutenção da vida. Por que o sol
é tão importante? Justamente porque é ele que
fornece a energia para que os sistemas abertos na superfície da
Terra possam interagir e se auto-organizar.
Portanto, vemos aqui a
idéia do "esforçoo" associada ao custo para produzir
auto-organização. O paradoxo se resolveria da seguinte
maneira:
Tudo o que temos de mais belo e
útil na Natureza decorreu de um custo elevado, em termos de
energia, para alguma fonte. Da mesma forma, se desejamos construir um
futuro belo e útil para nós, isso terá um custo
que é o esforço no estudo e na reforma íntima.
Fenômenos simples como o
rolar de uma pedra de uma montanha, ocorre por causa da tendência
dos sistemas em buscar o estado de menor energia. Porém, esse
fenomeno é muito simples não tendo muita serventia e
não figura entre os mais interessantes da Natureza. Quando nos
deixamos levar pelos impulsos instintivos, podemos nos comparar a uma
pedra que rola e que nada produz senão destruir o que toca.
Entende a comparação? Hoje, já conquistamos muitos
valores na escala evolutiva ao ponto de podermos "administrar" um corpo
físico complexo como o nosso. Mas se deixamos o "corpo" seguir
sua tendência de
menor esforço, nosso espírito perde o ensejo de progresso.
Podemos ainda fazer uma outra
comparação. Pensando em termos do Universo inteiro, a
entropia está sempre aumentando o que significa que as fontes de
energia útil estão se esvaindo. Eu faço a seguinte
leitura sobre isso: a Vida e a inteligência se desenvolvem no
Universo às custas do próprio Universo. A matéria
não é o essencial mas é importante pois
através dela o princípio inteligente tem a oportunidade
de evoluir. Mesmo sabendo que a matéria se desfaz ao longo dos
milênios, o espírito que esteve ligado a ela,
através de seu esforço em buscar melhorá-la e
melhorar-se, se aprimora em conhecimento e amor e, segundo o
Espiritismo, é da Lei que o espírito não
retrograda, isto é, o esforço é coroado com o
progresso e não se perde como os corpos materiais se desfazem.
Caro Gustavo, devemos,
então, buscar o estudo para que saibamos ler na Natureza a
sabedoria que nos guiará adiante.
Muita paz e esforco no bem!
Alexandre Fonseca
Bom dia, Alexandre!
Adorei seu texto, e concordo com
tudo o que escreveu em relação ao esforço, ao
trabalho e à
comparação com as leis da natureza já definidas
pela ciência atual. Sou engenheiro, e não fico por fora
dos conceitos que apresentaste aqui.
Quando comecei a pensar neste
assunto, alguns conceitos que tinha em mente ruiram, ou ao menos
ficaram mais flexíveis. Por exemplo: nós, seres humanos,
geralmente damos muito valor para os esforços individuais de
cada pessoa, e na maioria das vezes chegamos a dar mais valor ao
esforço do que aos resultados. Um dos vários exemplos
disso é que no ambiente profissional, entre 2 pessoas que
dão o
mesmo resultado, sendo que uma faz várias horas extras e outra
trabalha somente o necessário, provavelmente a que realiza horas
extras que será promovida, enquanto perante a Natureza ambas
teriam a mesma recompensa, pois ambas deram o mesmo resultado. Entende
onde quero chegar?
Isso é tão presente
em nossas vidas que em nossa
cobrança pela nossa própria evolução,
conhecimento,
promoção pessoal e profissional, fazemos muito produzindo
pouco, e como estamos nos esforçando muito nos achamos no
caminho correto, e em decorrência disso somatizamos
doenças, criamos preconceitos, ficamos "estressados" e amargos,
deixamos nossa família de lado (mesmo para aquelas mães
donas de casa, que vivem trabalhando em casa e esquecem dos momentos de
amor com os familiares), e muitos outras consequencias.
Não escrevi isso
contestando a lei do trabalho, mas sim para rever os conceitos e o
objetivo da Criação.
Nós seres humanos costumamos interpretar a lei como um objetivo
(devemos trabalhar sempre), mas a Lei é um meio para se atingir
o objetivo (devemos trabalhar ou não, para que atinjamos a
perfeição e o Amor incondicional por toda a
Criação). O Trabalho é uma ferramenta
abençoada para a nossa evolução, mas não
deve ser encarado como o
objetivo da vida. Como toda ferramenta, quando é muito utilizada
deteriora-se, se transformando em escravidão, retirando-nos a
nossa liberdade e nosso livre arbítrio.
Abrindo parenteses (esse é
um assunto looongo) sobre o livre arbítrio, eu não acho
que temos completo livre arbítrio, que todas nossas atitudes
sejam realmente escolhidas. Pouquíssimas vezes realmente
escolhemos nossas atitudes e pensamentos, pois nosso conhecimento
é MUITO limitado e nossos sentimentos mesquinhos turvam quase
completamente nossa visão, fazenndo-nos agir quase sempre pelo
instinto e não pela razão, e as poucas vezes que agimos
pela razão somos limitados pelos preconceitos. Sempre que isso
acontece, temos nosso livre arbítrio limitado pela nossa
própria inferioridade, concluindo ser o livre arbítrio um
conceito relativo, e não absoluto como vários
espíritas pensam.
Voltando ao assunto trabalho,
acredito que colhemos ainda muitos frutos de vários
séculos de escravidão, que
deixaram um legado onde o trabalho deve ser mandatório para as
classes menos abastadas e algo supérfluo para as
posições de mando. Temos que mudar isso, trabalhando por
que precisamos e principalmente por que gostamos de trabalhar, isso em
todas as classes sociais, mas sempre tendo em vista o resultado,
refletindo PORQUE fazer isto ou aquilo, adequando nossos valores aos
valores da Natureza.
Não escrevo isso pensando
estar com a Verdade, e sim com o intuito de refletir e debater sobre um
assunto que acredito interessar a todos. Nossos conceitos e
preconceitos mudam, mas a Verdade permanece imutável, e nossa
visão dela se altera como as cores de um caleidoscópio.
Muita paz, e um Grande abraço
Gustavo
Caro Gustavo,
Entendi melhor seu
questionamento. Eu concordo com o que voce disse. De fato, a gente tem
que buscar fazer o melhor independente de como a sociedade enxerga o
nosso esforço. Uma coisa eu tenho em mente que, para mim,
é ponto fundamental: aos olhos de Deus (ou perante nossa
consciência) nenhum esforço real é perdido e sempre
fica registrado em nós. Segundo o Espiritismo, os graus
evolutivos não dependem de quanto tempo levamos para
atingí-los, mas sim de termos superado os obstáculos e
aprendido as lições.
Assim, muitos espíritos
conquistam degrais maiores em menos tempo que outros. É
importante a gente lembrar aos leitores do Boletim que todos nós
somos especiais para o Criador e que os diferentes níveis
evolutivos não significam que alguém é melhor do
que outrem. Assim, todos podem atingir os níveis maiores na
medida do esforço. Assim, o que voce exemplificou com
relação ao funcionário que produz o mesmo que
outro funcionário que teve que levar mais horas trabalhando, do
ponto de vista espiritual, se ambos chegaram no mesmo ponto, os dois
terão a mesma posiçãao relativa na escala
evolutiva.
Eu concordo com o seu
comentário sobre o livre-arbitrio. O livre-arbitrio depende da
evolução da criatura e é isso que eu entendo das
seguintes palavras de Jesus "Conhecereis a verdade e ela vos
libertará'"(Jo 8:32).
Ok Gustavo. Agradecemos pela sua
valiosa contribuição. Estaremos sempre a
disposição.
Um abraço fraterno,
Alexandre Fonseca
Congresso
Médico-Espírita divulga carta contra Aborto e
Eutanásia
O V Congresso Nacional da
Associação
Médico-Espírita do Brasil foi realizado em São
Paulo, em três dias de discussões (26 a 28 de maio) sobre
medicina, ciência e espiritualidade no cuidado com o paciente.
Participaram 850 profissionais de saúde de todo país, 45
palestrantes em 41 palestras, que mostraram as mais recentes pesquisas
e as terapêuticas, discutiram a ética diante dos
avanços da medicina e novos paradigmas do médico
espírita.
O médico americano Harold
Koenig, pesquisador e maior autoridade
em medicina e espiritualidade, mostrou seus estudos que confirmam: o
paciente que faz e recebe preces consegue maior êxito no
tratamento de saúde e no processo de cura. Reiterou,
também, que o médico que segue uma religião,
consegue abordar aspectos religiosos com mais facilidade e tem uma
visão mais holística do paciente.
O evento terminou com a
divulgação da “Carta S.Paulo de
Princípios de uma Bioética Espírita”,
documento da
entidade que se posiciona contra o uso de embriões congelados
para experiência cientifica, contra o aborto (inclusive de
anencéfalos), contra a pílula do dia seguinte e contra a
eutanásia e a distanásia.
Carta
de Princípios de uma Bioética Espírita -
Carta S.Paulo
Em relação ao aborto:
1. nosso paradigma é o
personalista espírita (contempla a
dignidade ontológica, a partir do zigoto, onde inicia a vida)
2. a vida é um bem
indispensável, uma
doação. O Ser Supremo, que a doa, está presente no
micro e no macroscópico. Verdades evidenciadas nas pesquisas
científicas, tanto pela origem da vida, quanto da
embriogênese e psiquismo fetal, tendo em vista que os cientistas
não definiram o que é vida e não conseguiram
cria-la em laboratório.
3. somos contrários a qualquer
método que interrompa a
vida no processo “continuum zigoto-velho”, inclusive ao uso
da
pílula do dia seguinte e do “DIU”.
Em relação à eutanásia, distanásia e
ortotanásia:
1. somos contrários a qualquer
meio intencional que antecipe a
morte do ser humano,
2. somos contrários a
distanásia, entendendo-a como
prolongamento da vida, por uma obstinação
terapêutica ou diagnóstica, através de meios
artificiais ou não, de forma precária e inútil,
que não traz benefícios imediato ao paciente, levando-o a
uma morte agoniada e com muito sofrimento orgânico,
psíquico e espiritual.
3. somos a favor da
ortotanásia, entendendo-a como a morte no
tempo certo, com apoio psicológico, religioso e familiar, sem
dor, sendo respeitada sua autonomia (crenças, medos, desejos e
esperanças), tendo como lema “viver dignamente e morrer
sem
dor”, pois, a morte do paciente terminal não representa
falha do
tratamento médico e sim uma fase enriquecedora de
experiências no processo evolutivo do espírito.
Em relação às células-tronco:
1. considerando
que as pesquisas com
células-tronco
embrionárias são incipientes, com alto risco de
originarem tumores, eticamente discutíveis, passíveis de
provocar rejeição e realizadas com esquecimento da
possibilidade da existência de vida espiritual, somos
contrários à sua utilização.
2. considerando que as pesquisas mais recentes têm mostrado maior
potencialidade das células-tronco adultas e com menor risco de
rejeição ou de provocar tumores e já com bons
resultados nas leucemias, cardiopatias, AVC, etc, somos
favoráveis à sua utilização.
Em relação aos fetos anencefálicos:
1. considerando
que o chamado
anencéfalo tem preservadas
diferentes partes do encéfalo, tais como: tronco
encefálico, região talâmica e até mesmo
porções do córtex cerebral, responsáveis
pelo controle automático de funções viscerais como
os batimentos cardíacos e capacidade de respirar por si
próprio, ao nascer;
2. considerando que para alguns cientistas, o tronco encefálico
e porções adjacentes de regiões mais profundas do
cérebro representam substrato de ligação com a
mente e a consciência (postura que sinaliza a presença do
espírito);
Decidimos que somos
contrários ao aborto do anencéfalo,
pois não podemos reduzi-lo a uma “coisa
descartável”,
reconhecendo seu direito à própria vida.
Associação
Médico-Espírita do Brasil. V
Congresso Nacional Médico-Espírita.
São Paulo, 28 de maio de 2005.
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Obras
Espíritas raras disponíveis na Internet, Cosme Massi,
Brasil
A Federação Espírita do Paraná (FEP)
disponibiliza obras espíritas do século XIX em Biblioteca
Virtual, e, nessa iniciativa pioneira, garante, para as
gerações futuras o acesso a obras de vital
importância para o conhecimento da Ciência Espírita.
O projeto era um sonho antigo, acalentado pelo professor Cosme Massi,
cientista apaixonado pela Doutrina Espírita, que foi tornado
realidade, em parte, pela FEP. Em parte, porque ainda faltam muitos
títulos que a Federativa não possui em sua Biblioteca
real, e que são peças muitos importantes para compor esse
acervo virtual.
O Jornal Mundo Espírita buscou Cosme, Consultor/Assessor deste
projeto, para uma breve entrevista, já que seu sonho, alimentado
durante anos, veio a lume.
Jornal Mundo Espírita -
Cosme, poderia nos dar seu parecer sobre essa iniciativa da FEP,
disponibilizando essas obras espíritas, raras, na Internet?
Cosme - Muito louvável a
iniciativa da Federação Espírita do Paraná
ao criar um ambiente adequado para o acesso rápido às
obras espíritas consideradas raras. O projeto da FEP
permitirá o acesso a cópias fiéis de importantes
obras "raras" da literatura espírita mundial. Muito, portanto,
contribuirá para o estudo aprofundado das principais obras
espíritas dos séculos passados.
JME - Já que a
idéia inicial desse projeto foi sua, poderia comentar um pouco
sobre o que poderá representar para a Humanidade o acesso a
essas obras, nos dias de hoje ou no futuro?
Cosme - A importância do
projeto pode ser aquilatada se pensarmos no que significará para
os estudiosos o acesso a obras espíritas pouco conhecidas. Toda
ciência é construção coletiva. Cada
cientista se apóia nas contribuições de seus
antecessores. É muito difícil, quiçá
impossível, fazer avançar a ciência espírita
sem o estudo aprofundado das contribuições dos grandes
pensadores do século XIX. Muito ainda temos que aprender com
eles.
As vezes, nos deparamos no movimento espírita com trabalhos
sobre ciência espírita que pecam exatamente por não
levarem em consideração as contribuições
dos nossos antecessores, que aprenderam a duras penas a superar os
erros que ainda cometemos. Estudar os textos que deram origem à
ciência espírita é o caminho mais rápido, e
talvez o único, de avançarmos na ciência
espírita.
JME - Gostaríamos de
saber se as Instituições espíritas e os
espíritas podem colaborar com esse projeto e de que maneira
poderiam fazê-lo.
Cosme - Muito podem colaborar
as instituições espíritas ou mesmo os
espíritas em particular, principalmente aqueles que possuem
obras espíritas consideradas "raras". Vamos, de início,
considerar "raras" as obras originais produzidas no século XIX e
que não foram traduzidas para outros idiomas (ou, se foram
traduzidas, tiveram pouca tiragem ou distribuição). O
propósito principal do projeto é disponibilizar
cópias fiéis das obras originais produzidas no
século XIX. Claro que esta definição não
é absoluta. As instituições ou pessoas
interessadas em contribuir com cópias de obras "raras"
poderão entrar em contato com a Federação
Espírita do Paraná.
JME - Algo mais que você
deseja acrescentar?
Cosme - Gostaria de, mais uma
vez, parabenizar a Federação Espírita do
Paraná pela iniciativa. Preservar o acervo espírita
mundial, tornando-o acessível a todos, é mais do que um
dever, é uma demonstração de amor à causa
espírita. Vamos participar!
JME – Agradecemos pela
sua
atenção e salientamos que essas obras são
digitalizada como imagem, o que permite a fidelidade ao texto,
impossibilitando erros na leitura de caracteres, tão comuns na
digitalizações como documento.
Mais informações, sugestões e
contribuições, pelo telefone (41) 3223-6174 ou pelo
contato do site da Biblioteca
www.bibliotecaespirita.com
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