Boletim GEAE

Grupo de Estudos Avançados Espíritas

http://www.geae.inf.br

Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição Eletrônica

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec

Ano 12 - Número 479 - 2004            3 de agosto de 2004


Editorial

Dai a César o que é de César

Artigos

Um Diálogo Fraterno sobre a Ciência & Espiritismo IV
Aborto, Christiano Torchi, Brasil

História & Pesquisa

Memória Espírita em DVD - Disco de Vídeo Digital


Questões e Comentários

Questões Intrincadas sobre o Espiritismo II
Considerações a respeito do Artigo DIU, Nivea Vogel Segato, Brasil

Painel

Reconhecida Oficialmente a Sir William Crookes Spiritist Society, Luis del Nero, Reino Unido



Editorial

Dai a César o que é de César


Como está no editorial do Boletim 478, vivemos um período histórico em que a Ciência tem condições de atuar profundamente em campos da vida que sempre foram considerados sagrados. Também defendido no editorial está o compromisso da Doutrina Espírita com o uso da Razão e, portanto, com o respeito aos paradigmas científicos. A Doutrina Espírita reconhece na Ciência o ramo do saber dedicado ao estudo da realidade material e valoriza seu progresso.

Por outro lado, não podemos deixar de reconhecer que a Doutrina também nos mostra panoramas mais amplos de ação para o ser humano. A jornada terrestre não começa no berço nem termina no túmulo. Somos espíritos imortais em trânsito da ignorância para a luz, das limitações para a perfeição, do sofrimento para a felicidade. Neste caminho evolutivo estamos sujeitos as leis físicas e às leis morais, estas últimas não no sentido de imposições dogmáticas do certo ou do errado, mas no sentido de normas que harmonizam o ser ao mundo que o cerca, de leis de equilíbrio que  conduzem o aprendizado e  levam o  espírito adiante na escala evolutiva.

As leis morais no geral - e a lei de Causa e Efeito em particular - do mesmo modo que as leis físicas, atuam de forma automática. Não há necessidade de tribunais divinos. Assim, o ser que provoca o sofrimento alheio ingressa em uma situação de desequilíbrio que não cessará enquanto mudanças substancias de comportamento não ocorram e as devidas ações compensatórias sejam tomadas.

Pois bem, a Ciência nos descerra os conhecimentos da matéria e a Doutrina Espírita os do mundo espiritual. Um mostra o que "podemos" fazer, a outra o que "devemos" fazer para atingir a felicidade. Podermos fazer alguma coisa não significa necessariamente que devamos fazê-la, pelo menos, não que a faremos impunemente frente às leis morais.

E a Razão nos diz que, se o ferramental da Ciência é extraordinário no que se refere a capacidade de entender o mundo fisico, é muito pobre - ou totalmente nulo - para definir uma conduta ética. É este o campo da filosofia e da religião por excelência. E, mais ainda, a  Razão também nos mostra que os cientistas são seres  humanos,  vivendo em uma sociedade competitiva e materialista, e portanto não são tão isentos de motivos econômicos e políticos como a "visão popular" acredita.

Portanto, ao Espírita cabe ter sempre em mente que se a Fé verdadeira não teme encarar frente a frente a Razão, também não teme questionar a Ciência quando esta extrapola seus limites naturais. A Ciência cabe desvendar os mistérios da natureza, mas não lhe cabe anular a dignidade do ser humano ou revogar a sacralidade da vida.

E neste ponto lembramos como exemplo a questão das células tronco ou do aborto de fetos mal-formados. Até que ponto não existem outras saídas além das que a Ciência está propondo neste momento e que se chocam com as convicções de quase todas as Religiões? Será que os interesses econômicos não estão cegando os cientistas que apregoam a desclassificação do embrião como ser humano em detrimento de outras alternativas, talvez menos rentáveis?

Por exemplo, lembremos que não há Espírita que desconheça o poder curativo dos passes magnéticos, que são aplicados desde a antiguidade, inclusive por Jesus. Não haverá uma tecnologia possivel por detrás destes fenômenos que substitua vantajosamente as "milagrosas" promessas das pesquisas carissimas com células tronco?

Enfim, este texto é apenas um lembrete de que na questão da Fé e da Razão não se deve cair na posição extrema de achar que a Ciência sempre está com a Razão em detrimento da Fé. Não foram poucas vezes na história recente que este balanço foi desfavorável à Ciência. Basta lembrar que os horrores cometidos nas guerras do século XX só foram possiveis porque a Ciência estava a seu serviço, criando novas e mais poderosas formas de destruição.

Muita Paz,
Os Editores
Editor GEAE

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Artigos

 

Um Diálogo Fraterno sobre a Ciência & Espiritismo IV

(Continuação do Artigo iniciado no Boletim 476)

10) O que é uma teoria ciêntifica? O que é uma lei fisica?

[Ademir] Pelo exposto acima, uma teoria científica confunde-se com a própria noção de paradigma. Por exemplo, a idéia e posteriores desenvolvimentos em evolução natural em biologia, constitui um teoria científica. O modelo padrão na cosmologia é uma teoria científica etc.

Uma lei física (ou lei da física) é um elemento de uma teoria científica. Uma lei não existe separadamente de um paradigma. Não tem sentido em falar da lei da gravidade fora da mecânica. Uma lei pode ser um princípio do paradigma ou lei complementar. Por exemplo, a lei de ação e reação é uma lei de princípio. Já a lei ou modelo quadrático para força exercida pelas molas é uma lei complementar. No Espiritismo podemos dizer que a evolução espiritual é um princípio, enquanto que aplicação particular dessa lei - a lei da reencarnação - é uma lei complementar.

11) Aparentemente a fisica se preocupa em responder o "como é" do Universo e não o "que é", muito menos o "porquê" dele? Qual a razão deste afastamento entre fisica e filosofia?

[Ademir] Rigorosamente falando, a visão do mundo específica gerada pelo paradigma só diz respeito (exclusivamente) aos fenômenos que ele pretende tratar. É possível que existam fenômenos comuns pertencentes a áreas diferentes - como no caso da física e da astronomia, da física e da biologia etc. Cada ciência assim trata esses fenômenos de maneira particular sendo que seus cientistas podem apresentar visões diferentes com relação ao tratamento de um problema específico. Um físico vê uma célula neuronal de forma diferente de um biólogo.

Dependendo do profissional - como indivíduo - é possível que emita opiniões diferentes em relação aos sistemas que pesquisem. A crença acaba dependendo muito da maneira particular de se ver cada sistema natural que, por sua vez, é orientada por cada paradigma particular. Mas, repetimos a crença não pode ser confundida com ciência pois é derivada como uma interpretação do paradigma. Esse por sua vez não especifíca como uma crença deva se formar.

As questões sobre o "porquê" dentro da física (por exemplo) carece de sentido justamente por não ter equivalente (ou não ser prevista) pelo paradigma. A tarefa principal da atividade científica é a adequação empírica da teoria ou modelo e a previsão de novos fatos. Para exercer essa tarefa, os elementos são dados como existentes, a cogitação de sua razão de ser está além dos objetivos do paradigma.

Mas, a medida que a ciência evolui, as descrições da realidade tornam-se cada vez mais complexas. Em particular nasce uma idéia de que todos os fenômenos naturais poderiam ser "reduzidos" em sua essência a leis cada vez mais primitivas. Para orgulho dos físicos, todas as leis das outras ciências poderiam ser reduzidas às da física.

Assim como as leis da química podem ser reduzidas às leis da física, as leis da biologia podem ser reduzidas inicialmente às leis da bioquímica que se reduzem as da física. E assim por diante, incluindo sistemas muito mais complexos como o indivíduo, família e países inteiros (adentrando nas áreas humanas). Esse exercício não é objetivo da atividade científica, ainda que alguns indivíduos trabalhem nesse sentido. Por extrapolação dessa possibilidade, chegariamos no final com um conjunto de leis físicas - especificadas por um paradigma final - que seria capaz de explicar qualquer fenômeno natural sem referência à área de pesquisa. Seria uma base absoluta para o conhecimento a começar a adimitir a proposição de "porquês" para sua fundamentação.

[Alexandre] Existe uma discussão sobre as razões pelas quais a física não lida com as "causas primárias". Me parece que o problema é que esse tipo de causa - que leva a existência de Deus - não pode ser verificada através dos fatos. A idéia é que não podemos verificar se uma hipótese para a causa é verdadeira ou não. Creio eu que no caso de algo absoluto como é Deus, não será possível obter algum tipo de "prova".

Vou dar um exemplo da complexidade desse assunto. Mikio Kaku, no livro Hiperespaço, discute o princípio antrópico (que diz que as coisas existem por causa do ser humano). Uma das implicações dessa idéia é a existência de Deus. Existe uma constatação de que se as constantes do Universo fossem um pouquinho diferentes, a vida não existiria e nós não estariamos aqui debatendo isso. Então, isso sugere a existência de um Criador.

Mas, recentemente, também segundo Kaku, a partir da proposta de Hawking de que o Universo possui uma função de onda formada por contribuições de infinitos Universos paralelos. Um cientista de Harvard provou que as conexões entre esses infinitos universos além de serem responsáveis pela manifestação do Universo que nós conhecemos, eles seriam  responsáveis por essas constantes da física. Isso põe de lado, novamente, a idéia de um Criador. Isso mostra que não são afirmativas simples e diretas que atestarão a existência de Deus no ponto de vista científico.

Logicamente que a gente sempre pode questionar qual a causa primária dessas coisas. Mas a dificuldade é que o uso de um argumento para dizer que Deus existe pode ser rebatido no futuro.

Acho que a melhor forma de se responder a essa questão, foi dada pelos espíritos e discutida por Kardec.

12) Dadas as respostas as questões acima, como seria possivel enquadrar o "espírito" e o "plano espiritual" dentro das teorias e leis da fisica?

[Ademir] Minha opinião pessoal é de que, no momento, não há possibilidade de enquadrar conceitos como "Espírito" e "Plano Espiritual" no arcabouço teórico das leis da física. Acho igualmente improvável que se possa fazê-lo também com outras ciências tais como a Biologia ou Química. Acrescento que corre-se um risco muito grande em querer, a todo custo, fazer esse enquadramento de qualquer forma.

[Alexandre] Eu não enquadraria o “espírito” nas leis da física, pelo menos como as de hoje, mesmo com todo os progressos que tivemos no último século. Não considero ser consistente tanto com o Espiritismo quanto com a física atribuir ao princípio inteligente propriedades que são válidas para a matéria inanimada por mais que essas propriedades, estudadas pelas teoria modernas, gerem em nós a sensação de algo “místico”, “imaterial”, etc.

Já a matéria fluídica que compõe o perispírito e o mundo espiritual poderiam, em princípio, ser estudadas utilizando-se idéias inspiradas pelos paradigmas da física. Mas isso não se faz de forma simples como expor as idéias que nos vém a mente e que parecem fazer sentido. É preciso estudar muito tanto as teorias físicas quanto os conceitos espíritas de modo a produzir algo consistente, isto é, sem contradições e que possa ser verificado por algum tipo de fato.

Porém, num outro aspecto, eu sinto muita falta de estudos que caracterizem os fluídos espirituais como objetos macroscópicos para depois proporem-se modelos e teorias para a estrutura da matéria fluídica. O que temos visto é, por causa da “moda” de se falar em teoria quântica, vários autores propõem teorias para a estruturas dos fluídos de forma muito qualitativa sem possibilidade de analisar, por exemplo, o que Niels Bohr chamou de “principio de correspondência” que diz que a teoria quântica deve apresentar os mesmos resultados da teoria clássica nos limites macroscópicos. Se nem sabemos ao certo como os fluídos se comportam em quantidades macroscópicas como saberemos se uma proposta para a sua estrutura mais íntima é válida. As pessoas as vezes se esquecem de que a teoria quântica surgiu para explicar certos fenômenos em escala macroscópica (a história da radiação do corpo negro).


Continua no próximo Boletim

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Aborto, Christiano Torchi, Brasil


Não matarás”. (Êxodo, 20:13)

Aborto é a interrupção da gravidez, com a conseqüente morte do produto da concepção. Segundo projeções estatísticas, cerca de 10 a 12% de todas as gestações terminam em aborto espontâneo. A legislação penal brasileira considera o aborto voluntário como infração penal, nos seguintes casos: aborto provocado pela gestante; aborto provocado por terceiro, sem o consentimento da gestante; e aborto provocado por terceiro, com o consentimento da gestante.

O aborto voluntário somente é permitido, pela legislação penal brasileira, nos casos de perigo de vida para a gestante e nos casos de estupro. A Doutrina Espírita admite o aborto apenas em uma situação: na hipótese de a gravidez representar perigo para a vida da gestante (LE, 359). No caso do estupro, deve ser preservado o direito do inocente que está para nascer. Se a mãe não desejar o fruto daquele relacionamento espúrio (ilegítimo), que dê a luz à criança e depois a entregue para adoção, se conseguir. Não é raro acontecer que a mãe termine apegando-se amorosamente à criança, a princípio rejeitada, que geralmente se transforma em arrimo (suporte) material e moral da mãe nos dias de sua velhice. Geralmente, o estupro, sendo resultante da lei de causa-e-efeito, representa uma expiação para a mãe e para os familiares, que terão uma grande oportunidade de superar, juntos, as dificuldades e os sofrimentos.

Em 1980, calculava-se que se praticava, no Brasil, cerca de um milhão de abortos por ano. Segundo estimativas de 1991, esse índice teria subido para cerca de cinco milhões de abortos por ano. Note-se que tais dados foram tomados com base no internamento ou morte da gestante. Acredita-se, por isso, que o número de abortos praticados seja muito maior do que se pensa.

Na Europa, o problema assume níveis catastróficos. Todos ou quase todos os países da Europa já aprovaram leis permissivas do aborto, sob a alegação de que a vida começa com o nascimento e não na concepção (fecundação ou união do esperma com o óvulo) e que cabe à mulher dispor sobre o seu próprio corpo.A Itália detém o recorde de crescimento negativo da população. Isso causa problemas econômicos, em face do envelhecimento da maioria aposentada, sem o correspondente crescimento da massa trabalhadora e conseqüente respaldo da contribuição previdenciária, incluindo o consumo e o serviço militar.

Entretanto, nem tudo que é legal é moral. O aborto é um ato de covardia, um assassinato praticado contra uma criatura indefesa. Pior que isso, é um crime contra a Natureza, uma vez que o direito de nascer é de Procedência Divina. Não cabe a criatura alguma a faculdade de obstar esse direito, extinguindo a vida de um ser em formação. A vida é um bem indisponível, da qual somos meros usufrutuários (ver item 7.4.4).

A união do Espírito ao corpo inicia-se no momento da fecundação, mas só se completa por ocasião do nascimento (LE, 344; OQE, p. 197).  Portanto, desde o início da gestação, já há um Espírito ligado ao ovo. O abortamento significa a sua expulsão de forma violenta, portanto um crime, pelo qual respondem os que praticam a decisão de efetivá-lo e os que o executam (LE, 357 e 358).

No Velho Testamento, o mandamento da lei moral ainda em vigor preconiza o “não matarás”. Com que direito então vamos condenar um inocente, que tem o mesmo direito à vida que nós encarnados?

O aborto frustra o trabalho de verdadeiras equipes espirituais que se coordenam no esforço abnegado para o êxito do processo reencarnatório.

Às vezes, a criatura a ser abortada pode ser um missionário que deveria reencarnar para cumprir uma tarefa essencial à humanidade, como foi o caso de Bethoven, cujos quatro irmãos mais velhos nasceram todos com problemas sérios de saúde, mas nem por isso sua mãe consentiu com a proposta indecente de aborto do quinto filho, que veio a trazer uma contribuição inestimável para o mundo, no campo da música, que é a linguagem da alma (OP, Feb, p. 174-185). Independente da missão a ser desenvolvida pelo Espírito, uma vez que todo ser tem uma tarefa a cumprir na sociedade, por mais simples que seja (LE, 573), o aborto deve ser evitado.

Mesmo diante da possibilidade de o filho nascer com deformidades físicas, como, por exemplo, no caso da hidrocefalia (presença anormal de líquido no cérebro) e da anencefalia (ausência do cérebro físico), a Doutrina Espírita não recomenda o aborto, que, muitas vezes, é autorizado, inadvertidamente, por magistrados desconhecedores das leis naturais em estudo. Não há acaso no processo reencarnatório, pois as leis divinas obedecem a um planejamento, tendo em vista a reeducação e a felicidade das criaturas. Na maioria das vezes, as deformidades físicas fazem parte do programa expiatório¹ do reencarnante. Interromper a gravidez, nestas condições, é impedir o resgate do Espírito e dos próprios pais, que igualmente não sofrem em vão ou imerecidamente.

É muito mais sensato enfrentar a gravidez, em qualquer situação, do que praticar um crime dessa natureza. Além da consciência tranqüila, os pais receberão a ajuda necessária do Criador para cumprir o seu papel (ver item 7.3.4).

Desde que as criaturas se permitem a comunhão sexual, é justo que se submetam ao tributo da responsabilidade do ato livremente praticado.

Várias são as causas do aborto. Excetuada a questão de o nascimento representar perigo à vida da mãe, a raiz do mal estará sempre no egoísmo, no materialismo e na ignorância. Muitas criaturas optam pela prática do aborto por questões de vaidade. Há relatos médicos, informando que certas mulheres pedem o aborto por questões estéticas, outras por questões relacionadas ao prazer sexual, escolha do sexo da criança etc. O preconceito da família e da sociedade contra as mães solteiras, principalmente as jovens inexperientes, também tem contribuído para aumentar as estatísticas do aborto.

É importante o controle da natalidade, mas deve ser feito sem violentar o direito de outrem. É preferível evitar a gravidez por meio de métodos contraceptivos, com acompanhamento médico, do que praticar o aborto, quando uma vida palpita plena de esperança, no seio materno.

Na maioria das vezes, a violência contra o feto gera ódio e revolta, que se estende por longos períodos, conduzindo a processos obsessivos de difícil solução (item 7.3.3).

O aborto criminoso produz na organização perispirítica da mulher, isto é, no perispírito, matriz do corpo físico, grande traumatismo, desequilibrando as funções de determinados centros vitais, principalmente o centro genésico (item 5.3.3.2), afetando os órgãos reprodutores femininos, cujos efeitos podem se fazer sentir em mais de uma encarnação.

Se o Espírito abortado for vingativo, inconformado com a oportunidade que lhe foi subtraída de retornar à vida física, imanta-se aos centros vitais da mãe e tudo faz para subjugá-la à sua vontade, enfraquecendo-lhe as resistências psicofísicas e emocionais, podendo, em alguns casos, levá-la à demência ou ao suicídio.

O jurista Ives Gandra da Silva Martins, em artigo contrário ao aborto, transcreveu trechos de uma sentença proferida pela Suprema Corte dos EUA em 1857, ano em que surgiu na França O Livro dos Espíritos. Sete dos nove magistrados votaram a favor da tese de que o negro não era uma pessoa humana e, como tal, pertencia ao seu “dono”. “Mesmo que possua um coração e um cérebro e seja tido biologicamente como humano - decidiu o Tribunal - um escravo não é pessoa perante a lei”. Por conseguinte, podia-se comprar, vender e matar os escravos, como se fossem coisas. Por volta do século V, a Igreja Católica discutia se a mulher tinha alma ou não.

Atualmente, estes argumentos parecem uma piada de mau gosto. Isso comprova que o desenvolvimento intelectual, tecnológico e econômico, próprio dos países do chamado Primeiro Mundo, nem sempre está de acordo com o avanço moral que se espera de uma nação civilizada (LE, 751) e que as transitórias leis humanas, ao contrário das divinas, são mutáveis e apropriadas a cada época.

Apesar disso, naquele mesmo país (Estados Unidos da América), a Suprema Corte admitiu o aborto, em 22.01.1973, sob alegação de que o feto não era pessoa e como tal detentora de direitos, o que demonstra o desconhecimento das leis espirituais que regem a vida humana.

O ginecologista norte-americano Dr. E. Nathanson, ex-diretor da maior clínica abortista do mundo, que praticou, pessoalmente, cerca de 5.000 abortos e supervisionou outros 60.000, felizmente, reconheceu o seu lamentável engano, confessando, inclusive, os métodos desleais e criminosos com que eram manipuladas e fraudadas as pesquisas, nos Estados Unidos, para o efeito de sensibilizar a opinião pública e o Congresso, para obter a aprovação de leis abortivas.

Esse arrependimento se deu depois que ele se especializou em fetologia e pôde constatar, cientificamente, que o feto é uma criatura humana e não apenas um amontoado de carne. Com o desenvolvimento da Medicina, pela ecografia,² foi possível realizar a filmagem do comportamento do feto, no momento da prática abortiva.

Graciela Fernández Raineri, no livreto “Deixem-me viver”,³ com base nas experiências narradas pelo Dr. Nathanson, descreveu a reação de um ser indefeso e encurralado no útero materno, no momento do aborto:

Vi o filme médico ‘O Grito Do Silêncio’, apresentado pelo doutor E. Nathanson, famoso médico ex-abortista norte-americano. Ele mostra, mediante uma ecografia realizada na mãe no momento do abortar, o que sucede com esse ser que - apenas agora se sabe com certeza científica - já tem todas as características próprias da vida humana: capacidade sensitiva à dor, ao medo e apego à vida. Ao vê-lo, acreditei ser uma obrigação social divulgá-lo, porque todos (sobretudo as mães) têm o direito de saber o que realmente sucede em um aborto.

Em instantes prévios à operação abortiva, se vê o feto (neste caso verídico, de doze semanas) com movimentos calmos, colocando o polegar na boca de vez em quando, totalmente tranqüilo nesse ambiente de paz, como é o claustro materno. Ao introduzir o abortista no útero o primeiro elemento metálico procurando a bolsa amniótica para seu rompimento, o novo ser perde seu estado de tranqüilidade. Seu coração se acelera enquanto tenta movimentos nervosos de mudança de lugar. A bolsa é rota e se introduz o instrumento de aspiração. É notório que nenhum dos elementos metálicos tocou ainda no feto e, no entanto, ele pressente algo anormal e terrível próximo a lhe suceder, porque agora muda de lugar em um ritmo enlouquecido para os lados e para cima, em um desesperado intento de escapar. Seu ritmo cardíaco se eleva mais ainda. Quando o metal já está quase a tocá-lo, encolhe todo o seu corpinho até o limite superior do útero e sua boca se abre desmesuradamente. Aqui é alcançado pela aspiradora, que desde suas extremidades inferiores o vai succionando e até o destroçando, até ficar somente a cabeça, que não passa pelo conduto de aspiração. Esta é triturada, então, com uma espécie de tenaz que vai retirando os pedaços do que foi um ser humano aterrorizado, que ainda mesmo sob tamanha desigualdade de condições, fez o impossível para não morrer e, no instante final, abrindo sua boca ao máximo, como um último intento de expressão humana - ainda desconhecida e prematura, porém  sem dúvidas com o instinto de sua natureza -, de pedir auxílio... a quem?

Eu, pessoa humana, que ascendi à maravilhosa realidade da vida e posso gritar e expressar minha vontade, empresto hoje minha voz a todos esses seres humanos que, ao serem abortados, quiseram gritar solicitando a vida, abrindo sua boca, porém... ainda não tinham voz! Não é um atitude pessoal subjetiva. Investiguem vocês. É científica e humanamente real. Em nome de todos esses inocentes, eu peço a quem competir que projete este filme nos últimos anos secundários de todos os colégios de mulheres e homens, nas universidades etc., a fim de que se faça conhecer por todos os meios isto que faz a própria essência da pessoa humana; seu inalienável direito à vida”. (Destacamos).

Atualmente, as técnicas modernas permitem inclusive o tratamento das enfermidades do feto no interior do útero, o que acentua ainda mais o direito à preservação da vida, a partir da fecundação.

Aquelas criaturas que já praticaram o aborto ou foram por ele responsáveis não devem se traumatizar ante estas notícias. O grau de culpabilidade é maior ou menor, de acordo com a consciência do ato. Não que possamos invocar o desconhecimento das leis divinas para nos eximirmos de nossas responsabilidades, pois nesses casos o rigor das Leis divinas é atenuado. Não! Mas, o arrependimento sincero e a vontade poderosa de reparar o erro permite à criatura reabilitar-se ante as Leis Divinas, porque Deus é, acima de tudo, Misericórdia, Bondade e Justiça infinitas.

O primeiro passo é arrepender-se sinceramente do que fez, para não mais reincidir no mesmo erro; depois, procurar fazer o bem da forma como puder, como, por exemplo, auxiliando outras crianças, através da adoção direta ou indireta,4 ou por qualquer outro meio lícito.

Enfim, praticar a Caridade como quiser e puder, porque “o amor cobre a multidão de pecados” (I, PEDRO, 4:8), isto é, o bem praticado hoje neutraliza os efeitos do mal cometido ontem.

Nota sobre o Artigo e seu Autor: O artigo acima está no livro ainda não publicado, o qual é também de autoria de Christiano Torchi, advogado e dedicado trabalhador da causa espírita em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o qual tem como título (ainda provisório) Introdução ao Conhecimento da Doutrina Espírita.

Referencias:

¹ Programa expiatório é o planejamento das dificuldades e sofrimentos pelos quais o Espírito terá de passar, como forma de iniciar o processo que antecede a reparação dos erros cometidos.
² Ecografia ou ultrassonografia é um exame complementar (auxiliar) no qual se visualiza os órgãos internos através de imagens indiretas. Funciona como um radar de submarino ou avião. O aparelho emite   sons de alta freqüência e os recebe de volta. Dependendo da distância e do tamanho dos elementos a serem examinados se obtêm diferentes tons cinza ou colorido, conforme o tipo de aparelho utilizado.
³ 1994, janeiro, p. 20-21.
4 A adoção indireta é uma forma de auxiliar as famílias carentes ou as mães solteiras a criarem seus filhos, colaborando para que tenham uma vida mais digna.

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História & Pesquisa

(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas")

Memória Espírita em DVD - Disco de Vídeo Digital

Aproveitando as modernas técnicas de conservação de imagens, a Assessoria Pró-Memória da USE está fazendo um convênio com a Versátil Home Vídeo visando a preservação da memória áudio-visual do movimento Espírita, usando a tecnologia do DVD - Disco de Vídeo Digital.
 
Para essa iniciativa se concretizar, está cabendo à Assessoria Pró-Memória da USE realizar uma grande campanha de arrecadação de cromos, slides, gravações em áudio, Super-8, 16MM e vídeo de eventos, entrevistas, bate-papos informais, palestras, seminários, Programas de rádio e TV, etc.
 
A Versátil Home Vídeo está criando um selo novo com o nome de Spirite Vídeo, e através desse selo, disponibilizará para o público espírita, no formato DVD, vários filmes e vídeos históricos com temática espírita. As novas gerações poderão assim ter a oportunidade de rever esses filmes e novelas, entrevistas levadas ao ar em diversos canais, documentários, etc.
 
O  acervo que será reunido com essa campanha será fornecido gratuitamente para a USE, Federações Estaduais, Federação Espírita Brasileira, Museus Espíritas, Fundações e outras entidades que mantenham acervo aberto ao público.
 
A iniciativa também irá gerar diversos documentários em DVD, alguns já em produção.
 
Por ser um projeto amplo, de preservação da memória em geral, os organizadores solicitam a todos os espíritas que tenham qualquer material áudio-visual em seu poder que entrem em contato com a equipe pelo e-mail edumonteiro@nw.com.br para empréstimo ou doação do mesmo. Em retribuição, o doador receberá seu material reproduzido em DVD que garantirá para sempre sua conservação. Fotografias de vultos Espíritas também serão bem-vindas, assim como documentos e todo material histórico impresso de Espiritismo de Centros Espíritas com mais de 25 anos.

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Questões e Comentários 

Questões Intrincadas sobre o Espiritismo II

(Continuação do Artigo iniciado no Boletim 478)

3) A doutrina espírita foi revelada (e as obras continuam a ser ditadas) pelos espíritos superiores. No entanto, se observarmos o que ocorre no movimento espírita, notamos que a razão humana sempre prevalece, sempre dá a última palavra. Kardec disse o seguinte: “Não é somente porque veio dos Espíritos que nós e tantos outros nos fizemos adeptos da pluralidade das existências. É porque essa doutrina nos pareceu a mais lógica e porque só ela resolve questões até então insolúveis. Ainda quando fosse da autoria de um simples mortal, tê-la-íamos igualmente adotado e não houvéramos hesitado um segundo mais em renunciar às idéias que esposávamos [O Livro dos Espíritos; p.152; §222]. Se é assim, qual a utilidade dos espíritos superiores? Qual a importância da fonte das mensagens, se sempre ficamos com aquilo que, humanamente, achamos mais lógico? Afinal: aceitamos as revelações pela autoridade dos espíritos ou pela lógica do conteúdo?

Definitivamente, e assim nos ensinou Kardec, aceitamos as revelações pela lógica do conteúdo. E é pela lógica do conteúdo que sabemos que elas vieram de Espíritos superiores. Mais uma vez, remetemos o irmão ao O Livro dos Médiuns pois ali está claro o porque de sabermos que os Espíritos que ditaram a Codificação eram de elevado saber e bondade.

Na seqüência da mencionada fala de Kardec, lemos: “Do mesmo modo nós a teríamos repelido, embora vinda dos Espíritos, se nos parecesse contrária à razão, como repelimos tantas outras, porque sabemos por experiência que não é preciso aceitar cegamente tudo o que vem deles, como aquilo que vem da parte dos homens”. Vê-se, portanto, que não há fanatismo cego que embota a nossa visão para aceitar tudo só porque vem de Espíritos, como, infelizmente, fazem muitos em relação à Bíblia.

*

Uma utilidade primeira e fundamental das comunicações é a certeza da sobrevivência da alma após a morte do corpo físico. Jamais teríamos essa certeza somente pela razão e raciocínio. Por mais lógica que fosse a idéia da sobrevivência da alma e a conservação de sua identidade, isso seria apenas "teoria". Se a Doutrina Espírita fosse apenas mais uma doutrina teórica, como saberíamos se ela, de fato, responde às questões sobre a vida e a morte que eram consideradas insolúveis antes que ela fosse revelada à Humanidade?

Há que ser levado em conta, igualmente, que os Espíritos, estando separados da matéria e quando dispõem de autorização para tanto, estão em maiores condições, como observadores privilegiados, de nos repassar informações  ou desenvolver conceitos relacionados às questões espirituais do ser humano e de sua relação com o mundo espiritual. Mas a autoridade da Doutrina, é bom que fique claro, se liga ao todo consistente, à lógica entre seus conceitos que não se consegue enfraquecer isoladamente. Por isso é que Kardec descreve o fato de que a adoção da idéia da reencarnação não se deveu à autoridade deste ou daquele Espírito.

*

No tocante à utilidade dos Espíritos superiores, perguntamos: qual é a utilidade de um professor na vida dos alunos ou a de um orientador na vida de um recém-formado profissional? Desde que somos todos "alunos" na "escola da vida", aprendendo lições de amor e estudo e, desde que os Espíritos nada mais são que os homens e mulheres despojados do corpo físico, a utilidade dos Espíritos superiores é orientar-nos em nossa caminhada e aprendizado da mesma forma que o professor na escola comum orienta e conduz o aprendizado dos alunos; da mesma forma que orientadores aconselham e dividem suas experiências com os mais novatos. A "especialidade" dos Espíritos superiores é o bem-comum, é a prática da caridade em todo os seus aspectos.

*

A Doutrina Espírita, tal como a ciência, é uma doutrina que deve primar pela lógica, e esse é um segundo ponto a respeito do critério da concordância. Quando a mensagem que nos chega contém erros lógicos, é sinal de que o comunicante tem falha de compreensão ou intenção, devendo a mesma ser "rejeitada". A concordância formada nos últimos 100 anos a respeito dos conceitos morais é tamanha e em tão bom acordo com as máximas morais evangélicas, que  não temos dúvida alguma da excelente intenção dos Espíritos Superiores em nos querer o bem e de estarem eles, muito mais que os falsos profetas (materiais) da questão 2, em  condição muito melhor de nos orientarem espiritualmente.

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Ainda sobre a questão da fé raciocinada, isto é, da importância de se analisar, questionar e entender o valor de cada ensinamento, citaremos uma passagem evangélica conhecida como “Jesus e o Centurião”:

"Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião e rogou-lhe: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente. Disse-lhe: eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas dize somente uma palavra e o meu criado há de sarar. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Jesus ouvindo isto admirou-se e disse aos que o acompanhavam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. E digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e hão de sentar-se com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus; mas os filhos deste reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai-te, e como crêste, assim te seja feito. E naquela mesma hora sarou o criado." (Mateus, VIII, 5-13.)

Nesta passagem vemos que o centurião fez o seguinte RACIOCÍNIO:  "Porque também eu sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz." Não pode haver dúvida de que isso é um raciocínio. O centurião disse isso após Jesus ter dito que iria curar o seu criado e ele ter respondido que não era digno de receber o Mestre em sua casa. Mas o que este raciocínio quis dizer? O centurião quis dizer que sabia perfeitamente que, da mesma forma como ele tinha soldados às suas ordens, Jesus tinha autoridade para enviar mensageiros espirituais para curar o seu criado. Vemos então que o centurião fez uma ANALOGIA, fruto de um RACIOCÍNIO. O que queremos destacar é que Jesus disse com todas as letras que "Em verdade vos afirmo que NEM MESMO EM ISRAEL ENCONTREI TAMANHA FÉ". Portanto, a maior fé que Jesus encontrou não foi a dos seus discípulos nem a de Maria sua mãe, mas a de um homem que nada mais fez do que senão usar a razão.

O centurião tinha fé, confiança, na ajuda que Jesus podia trazer e, longe de agir como Tomé (ver e tocar para crer), ele entendia racionalmente como Jesus podia ajudá-lo. É essa fé raciocinada, essa "tamanha fé" que não existia nem em Israel, que o Espiritismo ensina e orienta a ter.

Continua no próximo Boletim


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Considerações a respeito do Artigo DIU, Nivea Vogel Segato, Brasil

Boa tarde:

Li o artigo de vocês a respeito do DIU - O método anti-concepcional DIU na discussão sobre a união do espírito ao corpo - Boletim 477 - e gostaria de fazer algumas colocações:

Na questão da união do espírito, entendo que começa sim , na concepção que, para mim é o momento da união do óvulo com o espermatozóide, antes mesmo da nidação. Claro que esta união só completa-se no nascimento porém se o espírito é desligado do laço fluídico que o une, já está perdendo a oportunidae proporcionada pela formação da célula-ovo. Até ai , tudo bem.

No passado o DIU era apenas um dispositivo intra uterino com atuação física (corpo estranho colocado no útero) para impedir a nidação através de uma reação inflamatória e também pela presença na útero. Porém, hoje já não é mais assim: Os dius modernos possuem uma camada de Cobre (CU++) cuja função é ser espermicida, ou seja , ele MATA os espermatozóides e/ou diminui sua motolidade não permitindo que este fecunde o óvulo, ou seja, não é abortivo uma vez que MATA os espermatozóides. Tanto é assim que têm validade conforme a quantidade de Cobre. (5 a 10 anos dependendo da concentração de cobre).

A partir do momento em que a mulher que o utiliza, o faz além do seu prazo de validade, então esta passa a utilizá-lo como método abortivo.

Esta é a minha opinião e acredito até ser mais esclarecida por um profissional da área da Ginecologia.

Sem mais, abraços fraternos,
Nivea Vogel Segato (cirurgiã-dentista)

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Painel


Reconhecida Oficialmente a Sir William Crookes Spiritist Society, Luis del Nero, Reino Unido

Prezados Irmãos do Grupo de Estudos Avançados Espíritas

Que a Luz do Mestre Amoroso esteja sempre entre nós!

Tenho a satisfação de participar-lhes que a Sir WIlliam Crookes Spiritist Society (www.sirwilliam.org) de Londres acaba de ser oficialmente reconhecida pelo Governo Britânico, que conferiu-lhe o registro de número 1104534. A partir de 24 de junho de 2004, nosso grupo passou a ser reconhecido como uma "Registered Charity", ou seja, Instituição Beneficente Registrada junto ao Governo da Inglaterra e País de Gales.

Trata-se do primeiro registro de um grupo Espírita Kardecista neste país e por isso agradecemos ao Mestre Jesus e aos Bons Espíritos pela oportunidade de trabalho que nos conferem.

Aproveitamos a oportunidade para transmitir aos confrades do Grupo de Estudos Avançados Espíritas nossos votos de muita paz.

Fraternalmente,

Luís del Nero
Sir William Crookes Spiritist Society


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GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS

O Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Inscrição/Cancelamento - inscricao-pt@geae.inf.br

Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
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