Boletim GEAE

Grupo de Estudos Avançados Espíritas

http://www.geae.inf.br

Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição Eletrônica

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec

Ano 11 - Número 464 - 2003            15 de outubro de 2003


Editorial

Em Comemoração ao Décimo Primeiro Aniversário do GEAE

Artigos

Carta aberta ao Prof. Rivail, Carlos Iglesia, Brasil
Aturados e Perseverantes Esforços, Rogério Coelho, Brasil


História & Pesquisa

Quadro dos Principais Fatos Referentes a Allan Kardec e às Origens do Espiritismo - Parte I, Silvio Seno Chibeni, Brasil


Questões e Comentários

Esclarecimento sobre a questão dos "Ovóides", Ricardo Di Bernardi

Painel

Lançamento da Revista Espírita em espanhol
Nova edição da "Revista Espírita", ano 1858
"Rayonnements de la Vie Spirituelle" traduzido para o português
Seminário de Raul Teixeira em Baltimore, Vanessa Cristina Anseloni, Baltimore (USA)
Uma Reunião Especial – O Espírita no Exterior, Simone, Maryland (USA)



Editorial

   

Em Comemoração ao Décimo Primeiro Aniversário do GEAE


Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais.
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
De ser feliz.

Almir Sater

Estamos comemorando o déciomo primeiro aniversário de existência do GEAE, e nos sentimos motivados em continuar esta experiência com a qual muito temos aprendido.

No afã de realizar uma tarefa sempre somos impelidos pela idéia de construir algo que seja grandioso e cujos resultados causem um grande e imediato impacto. Nos esquecemos todavia que a própria dinâmica da vida é constituída de pequenas ações.

Assim é que nos adverte em sua incomparável sabedoria o Apóstolo dos Gentios em I Coríntios, 15:37, quando nos diz:  “E, quando semeais, não semeais o corpo que há de nascer, mas o simples grão de trigo ou de outra qualquer semente”.

Cônscio dessa realidade, foi através de uma iniciativa simples, porém revestida de um grande desejo de fazer caridade, que o nosso querido Raul Franzolin Neto lançou em 1992 via Brasnet, oportunidade em que a Internet ensaiava os seus primeiros passos, a idéia inicial que veio a concretizar o sonho de formar um grupo virtual com o objetivo de exercitar o estudo fraterno da Doutrina Espirita, através de um mecanismo avançado que começava a revolucionar o mundo da comunicação global.

Sabemos do papel que desempenhará a Doutrina Espírita no futuro da humanidade. Assim, temos a convicção de que levando os conhecimentos dessa transformadora doutrina a muitos corações, é uma das formas mais eficiente de se fazer a verdadeira caridade.  De forma simples, humilde e dinâmica não só os membros do Conselho Editorial do GEAE, bem como todos aqueles que ao longo desses onze anos contribuíram no sentido de exercitar esse estudo fraterno da Doutrina Espírita através desse canal, estão semeando as sementes que por certo produzirão abundantes frutos no futuro.

Como nos ensina o poeta em sua mensagem simples porém profunda, não tenhamos pressa. Com a convicção de que estamos no lugar certo, com amor e um grande sorriso nos lábios tomemos a iniciativa que estiver ao nosso alcance para ajudar ao nosso irmão de caminhada. Não tenhamos dúvidas de que cada um de nós carrega em si o dom de ser capaz e feliz, porém não nos iludamos, essa felicidade só virá a custa de muito trabalho. Assim, esqueçamos as lágrimas derramadas no passado e agradeaçamos a Deus pelo dom da vida e acima de tudo pelo privilégio e a responsabilidade de termos hoje os conhecimentos libertadores da Doutrina dos Espíritos, não nos esquecendo ainda de que “a quem muito se dá muito sera pedido”.

Parabéns ao nosso querido Raul e a todos que embarcaram nesta viagem emocionante.

Antonio Leite

Retorno ao Índice

Artigos

Carta aberta ao Prof. Rivail, Carlos Iglesia, Brasil

Caro Prof. Rivail,

Aproveitando neste mês de outubro as comemorações de seu aniversário de nascimento, gostaria de escrever-lhe algumas palavras em nome dos colegas do Grupo de Estudos Avançados Espíritas. O grupo também está comemorando seu aniversário, foi criado em outubro de 1992 e desde então tem se dedicado a reunir amigos no estudo da Doutrina Espírita pela Internet.

Inicialmente gostaria de parabenizá-lo pela data, que marca seu retorno ao plano terrestre em pleno século XIX, século de luzes incomparáveis em vários campos do conhecimento humano, e, que, graças ao trabalho que o senhor desenvolveu, também se destacou no estudo cientifico da mediunidade e das informações transmitidas através dela. Nós todos, que nos reunimos no GEAE e na infinidade de grupos espíritas que hoje se espalham por todos os continentes, nos consideramos alunos seus, adeptos da doutrina filosófica, cientifica e moral que apresentou no Livro dos Espíritos e nas demais obras que o senhor assinou com o nome de Allan Kardec.

Tenho certeza que o senhor se surpreenderia muito se tivesse visto, de seu escritório na Passage Sainte-Anne, em um momento de clarividência, o extenso campo de atividades que surgiria do seu trabalho. Instituições de todos os tipos e tamanhos ostentam em seus objetivos a fidelidade aos principios de trabalho, tolerância e caridade que tanto marcaram sua obra. Desde instituições de ensino para infância até os abrigos aos desamparados, desde hospitais renomados até singelas obras de visita aos necessitados, desde assistência espiritual em sessões especializadas até a palavra amiga aos que perderam toda a esperança, desde cursos doutrinários até as palestras educativas, por todo o lado se vê um ritmo de atividades incessantes, buscando construir, pela instrução e pela reforma intíma, o mundo de regeneração que os espíritos previram.

Naturalmente continuamos seres humanos imperfeitos, em trabalho de burilamento na escola terrestre, e, por causa disso, ocorrem as vezes choques de interesses e de pequenas vaidades. Não é muito raro ver-se grupos que se dividem, principalmente após trocas de diretorias. Já se fizeram até anedotas sobre este fato, atribuindo a ele a grande quantidade de grupos existentes.

E no campo das idéias, parece que ainda não nos apercebemos que o mais importante não são as idéias, mas a forma de vivenciá-las. Que a melhor prova da validade de uma idéia é o quanto ela transforma para melhor os seus adeptos e não o quão acirrados são eles na sua defesa verbal. Apenas citando um exemplo, há um conterrâneo e contemporâneo seu, que por aqui tem dado muito "pano para manga". A obra dele em si mesma é inofensiva, o senhor a conheceu e lhe identificou as falhas, endereçando as soluções corretas na Revue Spirite e na "A Genêse", o pior é que há os que a admiram cegamente e os que nem podem ouvir falar dela. O assunto é tão velho, que um dos grandes pioneiros do Espiritismo no Brasil, o Dr. Bezerra de Menezes, já teve que lidar com o problema.

Há outras disputas ainda mais inuteis, como a que opõem os que defendem fortemente que o Espiritismo é uma religião e os que, com o mesmo ardor,  não aceitam que o chamem assim. Como se os espíritos não nos tivessem advertido, logo no início do Livro dos Espíritos, que a escolha das palavras é um problema nosso e que há conceitos que são impossiveis de traduzir corretamente em nossos idiomas atuais.

Mas, enfim, cito estes pequenos contratempos, apenas para não passar-lhe a impressão errônea de que já consideramos aprendidas todas as lições que nos deixou. Tenho certeza de que o senhor, como pedagogo experiente que é, não esperaria realidade muito diferente desta.

Muito nos falta a aprender ! Felizmente a comunicação mediúnica é uma garantia segura da Doutrina e os espíritos não tem deixado de nos recordar insistentemente as lições que o senhor transcreveu em suas obras. Principalmente os princípios morais, solidamente ancorados nas palavras de Jesus.

Neste tema do aprendizado não posso deixar de mencionar também a ciência espírita, que tem trazido provas renovadas da reencarnação, aprofundado o estudo do períspirito e dos fenômenos mediúnicos, inclusive da comunicação com os espíritos através dos meios eletrônicos, a chamada transcomunicação. Um exemplo extraordinário deste trabalho científico é a obra do Dr. Hernani Guimarães Andrade, que recentemente retornou ao plano espiritual.
 
Como curiosidade deixe-me citar que o Brasil reune um bom número de espíritas. São ainda uma porcentagem pequena da população, mas muito atuante, já fizeram com que o Espiritismo se incorporasse a nossa cultura. Como exemplo disso posso dizer que palavras como mediunidade, reencarnação, lei de causa e efeito, etc... já se tornaram corriqueiras e até em novelas aparecem rotineiramente.

Outra curiosidade digna de nota, é que aqui em São Paulo, onde moro, existe uma "Rua Espírita". Era originalmente a "rua do espírita" Batuira, que lá viveu pelo início do século XX. Pessoa extraordinária, conhecida pelo muito que fez em favor do próximo, dirigiu um grupo que ainda existe. O grupo "Verdade e Luz", na Rua Espírita, completará no ano que vem 100 anos de existência.

Não entrarei em detalhes sobre a Internet, tecnologia que usamos para nossos estudos, pois com certeza não terminaria tão cedo esta carta. Digo-lhe apenas que é uma das melhores ferramentas que temos atualmente para comunicação e nem imagino o que o senhor faria se a tivesse a disposição na época da Codificação Espírita. Quem sabe teria criado uma versão eletrônica da Revue Spirite e talvez a utilizasse para estabelecer trocas de informações rápidas com os grupos que, seguindo o exemplo da Sociedade de Paris, se estabeleceram para estudo da comunicação mediúnica.

Estimado professor, perdoe-me a extensão das notícias, mas não é sempre que há uma oportunidade tão boa de escrever-lhe. Conto com a boa vontade dos amigos espirituais para que esta singela carta lhe chegue as mãos.

Do aprendiz,
Carlos Iglesia

Retorno ao Índice

Aturados e Perseverantes Esforços, Rogério Coelho, Brasil


"Pois ao que já tem, dar-se-á, e ao que
                não  tem, até o que tem se lhe tirará
."
-    Jesus.  (Mc., 4:25)

Em vez de "paradoxal, esta lição de Jesus deve ser entendida como uma "antítese figurada". Só  que  para realmente  compreendê-la, faz-se mister  conectá-la à "Parábola dos Talentos", como demonstraremos mais adiante...

Sem o conhecimento da Doutrina Espírita  fica muito difícil, senão  impossível,  entender  muitos  dos ensinamentos de Jesus. No caso em tela, como entender a lógica e  a justiça de "tirar de alguém o que não tem e dar ao que já tem?"

O  versículo  está  claro e  ao  mesmo  tempo ininteligível:

"Ao que não tem, até o que tem se lhe tirará."

Afinal, o que não tem, tem ou não tem?

O  Pai  Celestial distribui os  "talentos"  - indistintamente  -  a todas as Suas  criaturas. Esses  talentos devem  ser multiplicados a fim de que venhamos a "ter" o  produto de  nossos  esforços. Se multiplicamos  os  talentos  é  porque fizemos aturados e perseverantes esforços, atendendo, destarte, à expectativa do Senhor da Vinha.

Na  "Parábola dos Talentos", os  três  homens receberam os  recursos de acordo com suas capacidades de administrá-los. Os dois primeiros "esforçaram-se" e dobraram  a quantidade  de talentos. O terceiro, medroso, enterrou o único talento que recebeu e nada  produziu;  ficou ocioso,  e, conseqüentemente não se esforçou e nada possuía além do talento que lhe foi dado e que lhe foi arrebatado e entregue ao trabalhador que tinha mais capacidade para administrá-lo. Aí já entendemos a lição de Jesus registrada por Marcos:

 "...pois  ao que já tem, dar-se-á, e ao que não tem, até o que tem (o  talento recebido) se lhe tirará."

Explica¹  "Um Espírito Amigo"

"Deus não retira de Suas  criaturas o bem que se haja dignado de fazer-lhes;  é o próprio Espírito que, por pródigo e descuidado, não sabe conservar o  que tem e aumentar fecundando-o, o óbolo que lhe caiu no coração.
 
 Aquele que não cultiva o campo que o trabalho de  seu  pai lhe granjeou, e que lhe coube  em  herança,  o  vê cobrir-se  de ervas parasitas.  Se à falta de  cuidados, deixou fenecessem as sementes destinadas a produzir nesse campo, é a seu pai que lhe cabe acusar por nada produzirem elas?
"

Claro que não. O  trabalhador  negligente, irresponsável,  medroso  e  preguiçoso é o único culpado e não poderá queixar-se de ser privado do talento recebido, com o qual nada produziu.

Na  resposta  à questão 707 de "O  Livro  dos Espíritos", os Benfeitores Espirituais esclarecem:

"A expressão "buscai e  achareis" não deve ser entendida como uma mina inesgotável de recursos fáceis, bastando ao homem - indolentemente - olhar para a terra. Para "achar"  é  preciso "procurar". Ambos são verbos transitivos diretos, isto é, exigem ação. Para "achar" é preciso "procurar" com ardor e perseverança, sem desanimar ante os obstáculos, que muito amiúde são simples meios de que se utiliza a Providência para lhe experimentar a constância, a paciência e a firmeza."

"Um  Espírito Amigo", que na verdade sabemos ser Joanna de Ângelis, a abençoada Mentora de Divaldo P. Franco, continua, em sublime exortação:

"Em vez de acusar aquele que tudo  lhe preparara de haver retomado os dons que lhe dera,  queixe-se  do verdadeiro autor de suas misérias e, arrependido e operoso, meta, corajoso,  mãos à obra; arroteie o solo ingrato com o esforço de sua  vontade;  lavre-o fundo com auxílio do arrependimento e da esperança;  lance nele, confiante, a semente que haja separado, por boa, dentre as más; regue-o com o seu amor e a sua caridade, e Deus, o Deus de amor e caridade, dará àquele que já recebera. Verá ele, então, coroados de êxitos os seus esforços e  um  grão produzir cem e outro mil. Trabalhadores, ânimo!...  Tomai  dos vossos  arados e das vossas charruas; lavrai os vossos corações; arrancai  deles a cizânia; semeai a boa semente que o Senhor vos confia e o orvalho do amor lhe fará produzir frutos de caridade."

  ¹ - Kardec, A. in “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo XVIII, item 15

Retorno ao Índice

História & Pesquisa


(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas" -  Comitê Editorial da LIHPE)


Quadro dos Principais Fatos Referentes a Allan Kardec e às Origens do Espiritismo, Silvio Seno Chibeni, Brasil


Parte I
1. Introdução

Neste trabalho procuraremos reunir alguns dados importantes da história do Espiritismo, especialmente os referentes a Allan Kardec e ao Espiritismo nascente. Nossa fonte básica será a obra Allan Kardec, em três volumes, da autoria de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, dada a público pela Federação Espírita Brasileira em 1979/80. Qualquer estudioso do Espiritismo reconhecerá prontamente que ela representa o mais completo e rigoroso estudo já publicado sobre a vida e a obra de Kardec. Os volumes 2 e 3, da autoria de Thiesen, contém ainda análises e comentários de grande justeza e profundidade sobre muitos tópicos referentes à doutrina e ao movimento espíritas.

Os três volumes dessa obra apresentam uma massa de informações bastante densa. Dispõem de índices antroponímicos, mas não trazem índices analíticos. Nos dois últimos volumes, os capítulos são de amplas proporções, contendo muitas seções. Thiesen optou, certamente com razões ponderáveis, por não fazer uma apresentação cronológica dos fatos. Tudo isso dificulta sobremodo a localização dos assuntos. Por tais motivos, julgamos útil compilar aqui, de forma mais simples e direta, alguns dos acontecimentos mais importantes. Fomos motivados por nossa experiência pessoal, de muitas vezes querermos citar datas e lugares precisos e não conseguirmos encontrar de pronto as referências. Também pode ser de alguma utilidade dispor de um painel sucinto dos fatos, que permita sua visualização global.

Naturalmente, sabemos que o que mais importa não são os nomes, as datas e os lugares, mas a sua significação histórica, científica e filosófica. O pesquisador cuidadoso não poderá dispensar a respeitável obra de Thiesen e Wantuil. Também deve-se lembrar que a segunda parte das Obras Póstumas de Allan Kardec consiste de textos de enorme relevância para a história do Espiritismo, repletos, como não poderia deixar de ser, de preciosas considerações doutrinárias. O mesmo vale para os volumes da Revue Spirite editados por Kardec.

Há algumas outras fontes sobre o Espiritismo e sua história, que podem ser consultadas, embora nem de longe se aproximem, em abrangência e precisão, da que nos legaram Thiesen e Wantuil. Entre elas encontram-se:

·  Moreil, André. La vie et l'Œvre d'Allan Kardec. Paris, Vermet, sem data. (Wantuil menciona outra edição parisiense, Éditions Sperar, de 1961; Thiesen se refere a uma tradução para o vernáculo, de Miguel Maillet, publicada sem data pela Edicel. Ver Allan Kardec, vol. I, pp. 79 e 26, respectivamente.)
·  Sausse, Henri. Biographie d'Allan Kardec. 4a ed., Paris, Éditions Jean Meyer, 1927. A Federação Espírita Brasileira faz figurar uma tradução dessa biografia em sua edição de O que é o Espiritismo, sem indicação do tradutor. {nota 1}

    Para facilidade de referência, adotaremos as seguintes abreviaturas:

·  AK I, AK II e AK III respectivamente volumes I, II e III da obra Allan Kardec.
·  OP Obras Póstumas
·  RS ou Revue Revue Spirite
·  SPES Société Parisienne des Études Spirites
·  FEB Federação Espírita Brasileira

Os números que aparecerão diante desses símbolos referem-se a páginas das obras, salvo indicação em contrário. Utilizamos a 1a edição de Allan Kardec e a 18a edição da tradução febiana de Obras Póstumas, traduzida por Guillon Ribeiro (confrontada com o original francês: Paris, Dervy-Livres, 1978).

2. Hippolyte-Léon Denizard Rivail

1804
- (3/10) - Nascimento de Hippolyte-Léon Denizard Rivail, o futuro Allan Kardec, em Lyon, a segunda maior cidade francesa depois de Paris. Seus pais foram Jean-Baptiste Antoine Rivail, homem de leis, e Jeanne Louise Duhamel, residentes à Rue Sale, 76; essa casa foi demolida ainda em meados do século XIX. (AK I 29)

1815
- Rivail segue para o Instituto de Johann Heinrich Pestalozzi para continuar seus estudos. O Instituto ficava na cidade de Yverdon, Suíça, e funcionava em regime de internato. Os alunos recebiam ali educação integral esmerada, segundo inovador método pedagógico do famoso professor, baseado na convicção de que o amor é o eterno fundamento da educação. (AK I caps. 2 a 11 e 15)

1822
- Rivail deixa Yverdon e instala-se em Paris. Não há certeza plena sobre essa data. Sabe-se que em janeiro de 1823 já residia à Rue de la Harpe, 117. Confirma-se também que pelo menos de 1828 a 1831 morou na Rue de Vaugirard, 65. (AK I caps. 12 e 21)

1824 - Rivail publica o seu primeiro livro didático, o Cours pratique et théorique d'arithmétique, concebido segundo o método pestalozziano. Foi publicado em Paris na Imprimerie de Pillet Ainé, Rue Christine, 5. (AK I caps. 14 e 16)

1825
- Rivail funda a sua primeira escola, a École de Premier Degrée. (AK I cap. 18)

1826
- É fundada a Institution Rivail, instituto técnico, sito à Rue de Sèvres, 35; funcionou até 1834. Neste mesmo local existiria depois o Lycée Polymathique, dirigido também por Rivail, até 1850, quando foi cedido a A. Pilotet. A partir dessa data o Prof. Rivail não mais exerceria atividades didáticas. (AK I cap. 19 e pp. 131, 145 e 146)

1828
- Rivail dá a público o "Plan proposé pour l'amélioration de l'éducation publique", sugerindo diretrizes para a educação pública. (AK I cap. 21)

1831
- Aparece, da autoria de Rivail, a Grammaire Française Classique sur un nouveau plan. (AK I cap. 22)

1832 - Casa-se com Amélie-Gabrielle Boudet (1795-1883), que seria sua dedicada companheira e apoio de todos os momentos, até a sua desencarnação. Conhecida mais tarde entre os espíritas como "Madame Allan Kardec", Amélie-Gabrielle era professora e colaborou com o esposo em suas atividades didáticas. Nunca tiveram filhos, conforme explicitamente se lê na Revue Spirite de 1862. (AK I cap. 20, III 45)

Rivail e sua esposa foram pessoas dignas, de moralidade inatacável, dedicando-se integralmente ao cultivo dos ideais superiores da cultura, da educação, do bem. Lutaram a favor das causas da liberdade de ensino e da educação para meninas. Rivail ministrou por muitos anos cursos gratuitos para crianças pobres. Além de mestre, foi sempre amigo dos alunos. (AK I cap. 23 a 29)

Do ponto de vista material, o casal Rivail levou vida simples, não raro enfrentando dificuldades econômicas. Na fase espírita, seus parcos recursos seriam empregados na publicação das obras iniciais e em outras despesas referentes ao Espiritismo. Nos anos de maiores limitações, Rivail complementou sua receita com empregos temporários modestos, como o de contador. (AK I cap. 33)

Há referências seguras de cerca de 21 textos publicados pelo Prof. Rivail, entre livros didáticos e opúsculos diversos referentes à educação. (AK I cap. 37)

Rivail possuía sólida erudição, conhecendo bastante bem as diversas ciências, a filosofia e as artes. Traduziu obras alemãs e inglesas para o francês, e vice-versa. Foi membro de diversas academias culturais, possuindo vários diplomas. (AK I caps. 22, 30, 35)

Contrariamente ao que afirmou Henri Sausse, e alguns mantém até hoje, Rivail não foi médico (AK I cap. 31). Também não há evidência de que tenha sido maçon, sendo mais razoável assumir que não o foi (AK I cap. 32).

3. Das observações iniciais à primeira edição de O Livro dos Espíritos

1848 - Início dos famosos fenômenos espíritas que envolveram a família Fox, em Hydesville (EUA). A 28 de março verificam-se as primeiras manifestações físicas; três dias após, estabeleceu-se a primeira comunicação tiptológica. Em poucos anos, fenômenos semelhantes passaram a chamar a atenção pública não somente nos Estados Unidos, mas também na Europa. Foi a fase das chamadas "mesas girantes". (AK II 49-60; ver também As Mesas Girantes e o Espiritismo, de Zêus Wantuil, publicado pela FEB.)

1854 - Rivail é informado pelo Sr. Fortier, magnetisador seu conhecido, acerca da ocorrência dos fenômenos das mesas girantes. Embora estranhando-os, não os julgou impossíveis, já que poderiam ter alguma causa física ainda não bem determinada. No entanto, algum tempo depois esse mesmo Sr. Fortier lhe disse que as mesas também "falavam", isto é, davam sinais de inteligência. A reação agora foi cética: "Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula." (OP 265; AK II 62)

1855 - No início desse ano, o Sr. Carlotti faz-lhe longo relato dos singulares fenômenos. Embora Rivail o conhecesse há 25 anos, mais uma vez expressa reservas, dado o temperamento exaltado do amigo, tão em oposição ao seu. (OP 266; AK II 124)

1855 - Em maio, Rivail vai, em companhia de Fortier, à casa da Sra. Roger, sonâmbula, onde conhece o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison. Este lhe fala dos fenômenos, mas com seriedade e frieza, o que o predispõe, finalmente, a observar os fatos. (OP 266)

1855 - Assim foi que, ainda em maio, a convite de Pâtier, Rivail assiste a algumas experiências na casa da Sra. Plainemaison, sita à Rue Grange-Batelière, 18. Rivail impressiona-se com os fenômenos, que se verificavam em condições "que não deixavam lugar para qualquer dúvida. [...] Havia ali um fato que necessariamente decorria de uma causa. Eu entrevia naquelas aparentes futilidades [...] qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo."(OP 267; AK II 64)

1855 - Numa dessas reuniões, conhece a família Baudin, então residente à Rue Rochechouart (a partir de 1856 iria para a Rue Lamartine; ver AK 64). Convidado pelo Sr. Baudin, passou a freqüentar assiduamente as sessões semanais que se realizavam em sua casa. Os médiuns eram as filhas do casal, Caroline e Julie, que no início escreviam com o auxílio de uma estinha. {nota 2}De numerosas e frívolas que eram, sob a influência de Rivail as reuniões passaram a reservadas e sérias, dedicadas à pesquisa racional e metódica do novo domínio. "Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da humanidade [...]. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspeção, e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir" (OP 267-68; AK II 64). Rivail submetia aos Espíritos séries de questões visando a elucidar problemas relativos à filosofia, à psicologia e à natureza do mundo invisível. Um grupo de intelectuais encarregou-o de analisar e joeirar cerca de 50 cadernos com comunicações espirituais diversas. (AK II 71, 68 e 125).

1856 - Nesse ano passou a freqüentar também as reuniões espíritas da casa do Sr. Roustan, na Rue Tiquetonne, 14. O médium era a Srta. Japhet, sonâmbula. As anotações de Rivail, provenientes em grande parte das comunicações obtidas pelas Srtas. Baudin, tomaram as proporções de um livro, embora se saiba que por volta de abril ainda não estava claro para ele que deveria ser um dia publicado (OP 276). Depois que isso se tornou evidente, foi por intermédio da Srta. Japhet que os Espíritos auxiliaram Rivail a fazer uma revisão completa do texto já elaborado. Era o Livro dos Espíritos. (OP 270, 276 e 277; AK II 72)

1856 - A 30 de abril, pela mediunidade da Srta. Japhet, Rivail tem a primeira notícia de sua missão, em linguagem bastante alegórica. Outras se seguiram, de cunho mais positivo. O conjunto dessas comunicações e, principalmente, os comentários de Rivail indicando sua reação, constitui leitura obrigatória para todo espírita, por sua beleza e elevada significação. (OP 277-87; AK II 69 e 72)

1857 - No início desse ano o texto manuscrito de O Livro dos Espíritos está concluído; o editor, E. Dentu, envia-o à Imprimerie de Beau, em Saint-Germain-en-Laye, que dista 23 km de Paris, a oeste (AK II 73 e 75). As despesas correm inteiramente por conta de Rivail (AK II 257). O casal Rivail residia então à Rue des Martyrs, 8, no segundo andar, nos fundos do pátio, onde estava pelo menos desde março de 1856 (OP 273).

1857 - A 18 de abril, vem à luz a primeira edição de O Livro dos Espíritos (Le livre des Esprits). Contendo os princípios da doutrina espírita sobre a natureza dos Espíritos, suas manifestações e suas relações com os homens; as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade; escrito sob o ditado e publicado por ordem de Espíritos Superiores por Allan Kardec. Paris, E. Dentu, Libraire, Palais Royal, Galerie d'Orléans, 13.{nota 3}

Essa primeira edição contém 501 questões, distribuídas em 3 partes (176 pp.). Afora a tábua dos capítulos, há um útil índice analítico ("Table alphabétique"). Não há conclusões; apenas um Epílogo, de menos de uma página. As notas de Rivail, em número de 17, vêm todas no final, ocupando 12 páginas. Ao longo de toda a primeira parte ("Livre premier. Doctrine spirite.") adota-se uma forma de exposição dupla: na coluna da esquerda, perguntas e respostas; na da direita, o texto corrido equivalente. É nesta obra que Rivail adota o pseudônimo de Allan Kardec nome que teria tido em antiga encarnação entre os druidas, sacerdotes do povo celta, que ocupou a Gália, a Grã-Bretanha e a Irlanda (AK II 74-80). No Epílogo, anuncia-se para breve a publicação de um suplemento, contendo novos ensinos. No entanto, Kardec acaba desistindo da idéia, elaborando, em seu lugar, uma segunda edição "inteiramente refundida e consideravelmente aumentada", que viria a público em março de 1860 (ver seção 6 deste nosso trabalho). Em 1957 Canuto Abreu publicou edição bilíngüe da primeira edição de O Livro dos Espíritos, sob o título O Primeiro Livro dos Espíritos (São Paulo, Companhia Editora Ismael).

Notas

1. A primeira edição dessa biografia data de 1896 e aparecia traduzida na coletânea O Principiante Espírita, que a FEB publicava no passado; a quarta edição foi prefaciada por Léon Denis (ver Allan Kardec, vol. I, pp. 200, 198 e 29; vol. II, p. 15). Há referências a uma "nouvelle édition", de 1910, com prefácio de Gabriel Delanne (ver ibid., vol III, p. 117 e vol II, p. 15).

2. Em Obras Póstumas, p. 271, há uma comunicação atribuída à mediunidade da Senhora ("Mme" ) Baudin; teria sido uma falha tipográfica, ou ela também era médium? Embora na página 267 Kardec diga que os médiuns eram "as duas senhoritas Baudin", nas comunicações mediúnicas transcritas nunca especifica qual serviu de médium, escrevendo simplesmente "Mlle Baudin". Na Revue Spirite de 1858 (ver AK II 64-65) Kardec refere-se explicitamente a uma série de comuncações transmitidas por Caroline, notando, incidentalmente, que "mais tarde o médium se serviu da psicografia direta". Em OP 271 Kardec relata que em fins de 1857 ambas se casaram e a família se dispersou, ficando implícito que não pôde mais contar com sua mediunidade. Em seus controversos comentários à edição bilíngüe da primeira edição de O Livro dos Espíritos (p. viii), Canuto Abreu avança que Caroline e a irmã tinham, em agosto de 1855, 16 e 14 anos, respectivamente, e que a mais velha era o médium principal; não pudemos confirmar essas informações em fontes independentes.

3. Esses dizeres que se seguem ao título são os que constam da página de rosto da obra (ver fac-símile à p. 75 de AK II). Observações semelhantem valem para os demais livros de Kardec mencionados nas seções seguintes.

Continua no Próximo Boletim

Retorno ao Índice

Questões e Comentários 


Esclarecimentos sobre a Questão dos Ovóides, Ricardo Di Bernardi

(O Dr. Bernardi nos enviou o texto abaixo em resposta a uma pergunta que lhe passamos sobre os "Ovóides")

1- Existem os chamados  "espíritos ovóides"?
Ricardo Di Bernardi: Sim existem, dependendo do que  vocês estão imaginando...

2- São espíritos que se apresentam ou são vistos de forma esférica ou  aproximadamente elíptica de coloração plúmbea (cinza escuro).
Ricardo Di Bernardi:. Sim, é verdade, eles são vistos por muitos médiuns e descritos por espíritos protetores ou orientadores como André Luiz. Na realidade é o seu corpo espiritual (=perispírito=corpo astral ) que se acha deformado assumindo esta morfologia.

3- Como se tornam assim?
Ricardo Di Bernardi: Sabemos serem espíritos humanos que pela manutenção de uma idéia fixa e doentia (monoideísmo) acabam estabelecendo uma vibração de baixa frequência e comprimento de onda longo que, com o passar dos anos,  produz uma deformação progressiva no seu corpo espiritual.

4- Que tipo de  idéia fixa doentia modifica o corpo astral?
Ricardo Di Bernardi: Ódio e vingança principalmente.

5- O ódio e a vingança  deformam o perispírito ...
Ricardo Di Bernardi: Trata-se de um monoideismo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante de maneira desequilibrada gerando uma energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma frequência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o "ovóide ".

6- Como se chama este processo?
Ricardo Di Bernardi: Ovoidização do corpo espiritual.

7- Afinal como se explica cientificamente que o corpo Astral sofra este processo?
Ricardo Di Bernardi: Caros amigos do grupo "Verdade e Paz", o Perispírito (corpo Astral ) é composto de moléculas também, tal como o nosso corpo físico. Por analogia,  imaginemos as moléculas do corpo astral como as moléculas dos gases: Elas são maleáveis e se modificam ao sabor  da pressão, da temperatura, e até do recipiente que contem o gás. As moléculas do perispírito são moldáveis pelo pensamento e  pelo sentimento, tomam  formas de acordo com a vibração do Espírito. Assim, se tornam brilhantes, opacas, densas ou  ou "leves".

8-Quer dizer que os espíritos adiantados tem o corpo espiritual mais leve e os mais atrasados são mais densos?
Ricardo Di Bernardi: Exatamente!

9-O aspecto desagradável  que observamos no corpo espiritual dos obsessores são reflexos dos seus pensamentos?
Ricardo Di Bernardi: Exatamente!!! 

10-Daí podemos inferir que os ovóides só serão recuperados na forma humana normal quando mudarem sua vibração ou pensamento?
Ricardo Di Bernardi: Muitos são tão persistentes no monoideísmo auto-hipnotizante que só serão recuperados reencarnando.

11- Bem, sabemos que muitos não "desgrudam" do obsediado nem por nada...
Ricardo Di Bernardi: São encaminhados para reencarnação compulsória, na primeira oportunidade.

Retorno ao Índice

Painel

Lançamento da Revista Espírita em espanhol

O Conselho Espírita Internacional, em parceria com a União Espírita Francesa e Francofônica (USFF), vem editando LA REVUE SPIRITE em francês desde o segundo trimestre de 2001. A importância deste trabalho é imensa, pois é a continuação do projeto editorial de Allan Kardec iniciado em 1858, que com breves interrupções por motivos diversos, continua sendo mantido até nossos dias.

Recentemente recebemos a notícia, através do nosso amigo Luis Hu Rivas, da equipe do Portal Plenus e do CEI, de que a edição em espanhol da Revista já está disponível também. A nova revista foi lançada neste trimestre e seguirá o excelente padrão editorial da edição em francês. O primeiro número da revista está disponível para download no site do Conselho: http://www.spiritist.org/

Retorno ao Índice

Nova edição da Revista Espírita - ano 1858

A Editora Mundo Maior, da Fundação Espírita André Luiz, lançou no mês de junho passado uma nova tradução dos números da Revue Spirite do ano de 1858. Este foi o primeiro ano da revista, sob direção de Allan Kardec, e marca um momento muito especial na história do Espiritismo. O Livro dos Espíritos tinha sido lançado no ano anterior e o movimento espírita estava em seus primórdios.

A tradução foi feita por Salvador Gentile e o volume tem um acabamento gráfico muito bom e seu tamanho é de fácil manuseio para o leitor e para o pesquisador. Este trabalho - que se junta aos realizados pela IDE e pela EDICEL - é fundamental para o conhecimento da Doutrina Espírita e de sua história.

Acreditamos que logo se seguirão os demais volumes e até aproveitamos para pedir aos amigos da Editora que não parem no ano de 1869 (ano da desencarnação de Kardec). O período imediatamente posterior da revista também apresenta grande interesse e é totalmente inédito no Brasil. Basta mencionar os artigos de Leon Denis publicados na Revue Spirite durante a virada do século XIX para o XX.

Retorno ao Índice

"Rayonnements de la Vie Spirituelle" traduzido para o português

Outra obra extraordinária que se tornou disponível em lingua portuguesa é o livro "Irradiações da Vida Espiritual", no original Rayonnements de la Vie Spirituelle, que é nada menos que o livro onde originalmente foi publicada a "Prece de Cáritas".  Esta obra reune mensagens mediúnicas recebidas através da médium Mme. W. Krell e foi publicada em Paris, França, no ano de 1875.

A edição em português é da Editora Camille Flammarion, em tradução de Luís Alberto Kanawati. Foi uma surpresa muito agradável encontrar esta obra nas livrarias, pois o original em francês é raro e não conheciamos traduções em outros idiomas.

Retorno ao Índice


Seminário de Raul Teixeira em Baltimore, Vanessa Cristina Anseloni, Baltimore (USA)

Prezados irmãos,

Jesus nos ampare sempre!

É com muita alegria que a Spiritist Society of Baltimore (SSB) convida a todos os membros de sua organização espírita a participar do Seminário Saúde e Espiritualidade, a ser conduzido pelo nosso querido confrade José Raul Teixeira. O Seminário, que conta com o apoio da United States Spiritist Council (USSC), ocorrerá no sábado, dia 22 de novembro, das 17h:30m às 21h:30m, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore.

O evento terá tradução simultânea (Português-Inglês), a ser efetuada através dos  experientes intérpretes Johnattan e Sula Jensen. Desse modo, ao público de língua inglesa, será oferecida a oportunidade de participar do seminário, através da utilização de fones de ouvido sem fio.

Programação do Seminário Saúde e Espiritualidade:
17:30 às 18:00................Recepção

18:00 às 18:15................Abertura (Prece e Considerações da SSB e do USSC)

18:15 às 19:30................Palestra Saúde e Espiritualidade

19:30 às 20:10................Intervalo para lanche e coleta das perguntas do público

20:10 às 21:20................Respostas às perguntas feitas e fechamento com palestra do Raul

21:20 às 21:30................Considerações Finais e Prece
Devido às despesas com a organização deste Seminário bilíngue, estamos requisitando uma taxa de inscrição de USD$10 por participante. Um valor simbólico que, com certeza, ajudar-nos-á a cobrir os diversos gastos dispendidos em um evento de tal dimensão.

A Spiritist Society of Baltimore agradece desde já o apoio e a consideração e espera contar com o seu valioso auxílio na distribução dos folhetos e fichas de inscrição anexados.

Fiquemos unidos no Ideal do Cristo Consolador e utilizemos dos recursos da mais poderosa força da Natureza: a Cooperação.

Fraternalmente,

Vanessa Cristina Anseloni
Spiritist Society of Baltimore
e-mail: ssb@ssbaltimore.org

Retorno ao Índice


Uma Reunião Especial – O Espírita no Exterior, Simone, Maryland (USA)

Queridos amigos,

Paz em Jesus!

A inesquecível reunião de nosso Grupo Espírita realizada em 24 de junho está agora publicada em "O Trevo", São Paulo, Capital, edição de agosto de 2003.

Registramos nossa homenagem àqueles que participaram dessa reunião, encarnados e desencarnados, bem como nosso profundo agradecimento a todos aqueles que têm estado presentes em nossas reuniões semanais.

Continuemos firmes no trabalho para o Cristo!

Abraço fraterno,
Simoni


O espírita no exterior

É em uma sala de aula alugada de uma escola pública em Rockville, estado de Maryland, Estados Unidos, que nosso Grupo Espírita realiza suas reuniões, todas as terças-feiras, das oito às dez horas da noite. No último dia 24 de junho, porém, foi diferente.

Já eram quase oito horas da noite e não apenas nossa sala de aula, mas também todas as demais, estavam trancadas. E a zeladora do prédio, encarregada de abrir nossa sala, mas que nunca aceitou a presença de nosso Grupo Espírita na escola, havia desaparecido.

Um confrade e eu decidimos caminhar um pouco mais pela escola na esperança de encontrarmos a zeladora. Foram minutos angustiantes de procura sem que tivéssemos qualquer sinal da presença dela. Pensei: "não será possível realizar a reunião e as pessoas, decepcionadas, devem até estar indo embora".

Ao voltarmos para a frente de nossa sala, tive uma feliz surpresa. Todas as pessoas, cerca de vinte e cinco, estavam à nossa espera e, em poucos minutos, acomodaram-se, com muita boa-vontade, nos bancos de um corredor da escola. Uma companheira encontrou uma tomada e ligou nosso CD-player portátil, que passou a tocar uma música agradável e suave.

 dirigente fez a preparação do ambiente. Lembrou que Jesus não tinha sequer uma pedra para recostar a cabeça e um recinto próprio para realizar Seu inigualável trabalho, tendo pregado e curado à beira de lagos, em montanhas, ao pé de árvores. Recordou ainda os cristãos primitivos, que se reuniam nas catacumbas. E deu início a nosso estudo de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Ao final do estudo, pensei que não seria possível oferecermos os passes. Mas tive outra surpresa. Rápida e discretamente, uma companheira organizou uma câmara de passes em um corredor lateral. A equipe de passistas, séria e compenetrada, preparou o ambiente. Enquanto adolescentes americanos jogavam basquete na quadra da escola, os passistas intermediavam energias sublimes do plano espiritual a pessoas que tudo enfrentaram em busca desse auxílio.

Encerramos a reunião muito gratos pela oportunidade de aprendizado e sobretudo pela imensa ajuda recebida do plano espiritual. Todos partimos felizes, reconfortados e animados para enfrentarmos os muitos desafios desta terra estrangeira.

"Onde quer que se encontrem duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei" (Mateus, cap. XVIII, v. 20)


BEZERRA DE MENEZES SPIRITIST SOCIETY, INC(Maryland, USA)

Reuniões públicas às terças-feiras, das 20 às 21 horas, na Julius West Middle School (651 Great Falls Road, Rockville)
Visite nosso website: http://www.geocities.com/grupoespirita2002

Retorno ao Índice


GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS

O Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Inscrição/Cancelamento
- inscricao-pt@geae.inf.br

Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português - http://www.geae.inf.br/pt/boletins
Coleção do "The Spiritist Messenger" - http://www.geae.inf.br/en/boletins
Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins