Grupo de Estudos Avançados Espíritas

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Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição Eletrônica

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec


Ano 10 - Número 434 - 2002            2 de abril de 2002

Conteúdo
Textos Comentários Perguntas Painel

Textos
Gênese Segundo o Espiritismo (Resumo) Capítulo XIII, Joel Matias, Brasil

(texto iniciado no Boletim 425)

Capítulo XIII

CARACTERES DO MILAGRE

Os milagres no sentido teológico

    Etimologicamente milagre significa: admirável, coisa extraordinária, surpreendente. "Um ato do poder divino contrário às leis da Natureza, conhecidas". Para a religião, o milagre tem origem sobrenatural, é inexplicável, insólito, isolado, excepcional. Se uma pessoa estiver aparentemente morta, com vitalidade latente e a Ciência ou uma ação magnética conseguir reanimá-la, para o leigo ocorre um milagre, mas para pessoas esclarecidas dá-se um fenômeno natural.

    Muitos fenômenos foram levados a categoria de milagres até que a Ciência revelou novas leis, restringindo assim "o círculo do maravilhoso", que não mais podendo se firmar no domínio da materialidade, refugiou-se no da espiritualidade. O Espiritismo ao demonstrar que "o elemento espiritual é uma das forças vivas da Natureza" atuando sobre o elemento material, estando também sujeito a leis, faz com que o maravilhoso deixe de ter razão de ser. Pode-se então dizer "que passou o tempo dos milagres".

O Espiritismo não faz milagres

    Sendo o Espírito a alma sobrevivente à morte do corpo, sua existência é perfeitamente natural, durante ou após a encarnação. Como o princípio espiritual e material "reagem incessantemente um sobre o outro", formando um conjunto harmonioso, representam duas partes de um todo, "tão natural uma quanto a outra".

    Tanto encarnado como desencarnado o Espírito atua sobre a matéria através do perispírito. Quando desencarnado utiliza-se de um intermediário para sua manifestação: o médium, assim como um intérprete para quem não conhecesse determinada língua. Tal manifestação está sujeita a leis, tanto quanto os fenômenos elétricos, luminosos, acústicos, etc. que, enquanto não explicados pela Ciência deram origem a inúmeras crenças supersticiosas. Um efeito físico como o de uma mesa que se ergue e é mantida no espaço sem ponto de apoio é explicável pela ação de um fluído magnético submetido à ação de um Espírito, tanto quanto o gaz hidrogênio contrabalança o peso de um balão que se eleva no ar. Como os fenômenos espíritas sempre existiram através dos tempos, entraram no domínio do sobrenatural, gerando crenças supersticiosas; explicados racionalmente, passaram ao domínio do natural. Atua o Espiritismo no campo da espiritualidade, demonstra o que é possível como também o que não é, deixando entretanto margem aos conhecimentos reservados ao futuro.

    Analisando as manifestações da alma encarnada ou desencarnada (espírito), em que revela sua existência, sobrevivência e individualidade, chega o Espiritismo ao conhecimento da natureza e atributos da alma, bem como das "leis que regem o princípio espiritual", de modo científico, evidenciando no entanto aqueles acontecimentos tidos como fenômenos sobrenaturais, resultantes da imaginação de fanáticos ignorantes ou ainda produzidos pelo charlatanismo.

    A característica dos fenômenos espíritas é de serem a maioria das vezes espontâneos e independentes das idéias das pessoas envolvidas. Alguns podem, em dadas circunstâncias, ser provocados por médiuns conscientes ou inconscientes, revestindo-se portanto de capital importância os fenômenos espontâneos, como p. ex., o sonambulismo natural e involuntário, "visto não se poder suspeitar da boa- fé dos que os obtêm".

Faz Deus milagres?

    "Não sendo necessários os milagres para a glorificação de Deus, nada no Universo se produz fora do âmbito das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo, como são, perfeitas as suas leis, não lhe é necessário derrogá-las".

    Se realmente existisse o Espírito do mal (Satanás) com o poder de "sustar o curso das leis naturais" para seduzir os homens, então Deus não seria Onipotente e lhe faltaria a soberana bondade. Todos os fatos tidos por miraculosos são efeitos naturais causados por espíritos desencarnados ou encarnados, no uso de sua inteligência e conhecimentos adquiridos, para o bem ou para o mal, cfe. sejam bons ou perversos. Assim o demonstra o Espiritismo, explicando os fenômenos no campo do magnetismo, sonambulismo, êxtases, visões e aparições, percepções a distância, curas instantâneas, levitações, comunicações com o mundo invisível.

O sobrenatural e as religiões

    As religiões não podem ter como fundamento o sobrenatural, sob pena de verem minadas totalmente suas bases à medida em que fatos tidos como miraculosos recebem explicação racional, levando-os do maravilhoso para o domínio do natural.  Deve o maravilhoso ser substituído pelo princípio espiritual, "sem o qual não há religião possível". As bases sobre as quais se assenta o Espiritismo são as imutáveis leis de Deus, às quais obedecem os princípios espiritual e material.

    Em lugar de fazer-se acreditar em "pedras que suam sangue", "estátuas que piscam os olhos e derramam lágrimas" o poder de Deus deve ser mostrado na infinita sabedoria que a tudo preside, na organização dos fenômenos da Natureza, na bondade e solicitude dispensada igualmente a todos, na sua previdência , no bem constatado após um mal aparente e temporário. O mal é obra do homem e não de Deus. Em vez de levar susto com as penas eternas, devem as religiões evidenciar a bondade divina, transmitindo a certeza de que se pode redimir e reparar o mal praticado. As descobertas da Ciência representam a revelação das leis divinas. Só assim serão os homens "verdadeiramente religiosos, racionalmente religiosos".

(Continua no próximo boletim)



A Erisipela do Meu Pai, Antonio Carlos, Brasil

   Nasci e me criei numa casa espírita. A partir da adolescência, como é normal, questionei muitos aspectos da vida, mas no aspecto Deus e Imortalidade, fui sempre convencido pela racionalidade da doutrina dos espíritos. A partir dos 19 anos, tornei-me então um Espírita e, parafraseando alguém cujo nome esqueci e peço perdão, considero-me  Espírita por convicção e não por herança.

    Atualmente tenho visto e vivido uma nova realidade da doutrina. Percebo através dos amigos e na casa que freqüento, uma enorme preocupação com o estudo, em especial o sistematizado. Não seria eu, logo eu, que tenho o estudo e a pesquisa incorporados na alma, que iria contra esta orientação. Até porque, já ensinava o Mestre: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Porém, mesmo sendo um adepto do estudo e da leitura,  preciso reconhecer que estes não são, de maneira alguma, o  objetivo final de nossa estada aqui neste planeta.

  Na casa espírita da qual faço parte, criou-se uma mentalidade de que o estudo sistematizado é o ponto inicial para qualquer, digamos, aprofundamento, em termos de espiritismo. Implantou-se uma orientação de que ninguém pode aspirar à prática mediúnica sem antes passar pelo que chamo de ?Faculdade Espírita?. São cerca de quatro anos de Estudo Sistematizado mais um ano de Desenvolvimento Teórico da Mediunidade para, só então, o interessado chegar à mesa mediúnica. Uma das poucas virtudes que possuo, talvez a única, é a de entender  e respeitar o ponto de vista alheio. Creio realmente que tal sistemática prepara os médiuns oferecendo-lhes embasamento teórico para enfrentar as dificuldades da lida mediúnica. O que não entendo porém, é o caráter obrigatório de tal orientação. Como explicar para o indivíduo que chega à casa espírita com a mediunidade aflorando que ele deve contê-la por cinco anos e só então retomá-la? O que fazer com aquelas pessoas que incorporam (é, eu sou do tempo do incorporar, sim senhor) em casa, no trabalho ou na rua e chegam na casa espírita em busca de socorro?

    Respeito a opinião daqueles que entendem que o médium deva ter um diploma, porém não vejo como conciliar tal orientação, ainda mais em nível obrigatório, com a dinâmica do cotidiano.

    Quando vejo alguém defender a obrigatoriedade de cinco anos de estudos para que um indivíduo se torne médium, imediatamente me lembro dos antigos rituais de iniciação, tão propalados pela história. Lembro-me de ler a respeito dos mestres que, juntamente com seus discípulos ou iniciados, fechavam-se nos templos e passavam então a lidar com forças ocultas, criando em torno de si uma aura de mistério e medo. E, pensando assim, surge-me a pergunta: será que nós espíritas, não estamos nos tornando monges modernos? Será que não estamos nos fechando demasiadamente nas nossas salas de estudos? Será que não estamos enclausurando o conhecimento entre quatro paredes  tornando-o  demasiadamente didático? Dia desses, questionei um amigo sobre tudo isso e ele não só concordava comigo como ainda lembrou das palavras do Cristo: "Não coloqueis a candeia debaixo do alqueire". E aí, mais uma vez fiquei a pensar. Será que nós  espíritas, com esta fascinação pelo estudo, não estamos colocando a candeia debaixo do alqueire? Se a mediunidade é condição inerente a todo o ser humano e se ela quer queiramos ou não, se manifesta, será lícito e possível obrigar o indivíduo a "sufocar" sua mediunidade sob a alegação de que ele não é um médium formado? E qual, afinal de contas o objetivo de tanto estudo?

    Quando, na casa espírita que freqüento, converso com aquelas pessoas que defendem  a idéia de que fulano só pode exercer a mediunidade após freqüentar a "faculdade espírita", lembro da erisipela do meu pai.

    Meu pai, sujeito criado no campo e muito franco, certa feita apareceu com uma pequena feridinha na lateral da perna, naquela região ao lado do calcanhar. Mercúrio daqui, água oxigenada dali e a tal feridinha não curava. Um Domingo de verão, dia bem quente, ele resolveu molhar os pés na beira do rio Guaíba. Como o rio não era despoluído, aumentou o problema. A tal feridinha veio a crescer e se transformar numa enorme erisipela.

    Lembro que meu pai, preocupado e temendo que a erisipela fosse contagiosa e se estendesse para mim e para minha mãe, procurou um médico. O doutor o tranqüilizou dizendo que não era contagioso e receitou alguns medicamentos.

    Depois de seguir as recomendações do médico e não obter melhora, meu pai procurou outros médicos. Lembro que ele carregou aquela ferida na perna por alguns anos. Nada do que ele usava era capaz de melhorar a tal erisipela.  Os medicamentos receitados até secavam a ferida, mas bastavam alguns dias e ela recomeçava a sangrar e purgar. Como disse, foram anos. Como muitas outras histórias parecidas, meu pai desistiu dos médicos e começou a seguir então o conselho de pessoas ainda de mais idade. Iniciou-se então a fase de colocar  café, passar esta ou aquela erva, lavar com um tipo de chá especial. Lembro que ele fazia uma infusão de álcool e arnica e aplicava na ferida diariamente. Tudo em vão.

    Um dia, não sei bem como nem porque, meu pai descobriu que na rua ao lado da nossa havia uma senhora de idade que era tida como benzedeira. Não saberia dizer quantas vezes meu pai foi até a casa daquela velhinha, mas foram menos de dez vezes. Algo como  uma vez por semana durante, mais ou menos, umas quatro semanas. Ele ia até lá, a velhinha o recebia bondosa, sentava-se na frente dele, mandava ele levantar a bainha da calça e ela então pegava um maço de ervas e começava a passar no sentido da cruz sobre a ferida e a dizer palavras bem baixinho de forma inteligível. Meu pai saia de lá e sempre, eu disse sempre, perguntava o quanto devia. A velhinha respondia todas as vezes que não era nada. Lembro da alegria do meu pai ao saber que estava curado e que a tal erisipela havia secado e - conforme pudemos todos constatar - não voltara nunca mais.

    Não posso lembrar deste fato sem relacionar a outras tantas curas que tomamos conhecimento habitualmente. Nós espíritas sabemos que - no ato de benzer - existe ali um médium dotado de força magnética e que age, com boa vontade e fé de maneira simples, por vezes até ingênua,  e que cura de verdade. Mas e o estudo? Será que aquela benzedeira que curava e não cobrava, que ajudou a meu pai e a muitas dezenas de pessoas mais, será que ela havia feito o estudo sistematizado por cinco anos? Se ela não fez, como podia aquela bondosa velhinha saber tanto a respeito de reforma íntima, de "daí de graça", de magnetismo, de fé e outras tantas questões? Ou, se invertermos o raciocínio: quantos espíritas diplomados no estudo sistematizado tem condições e conhecimentos suficientes para reproduzir as curas daquela velhinha? Alguns espíritas dirão que, a velhinha pobre e semi-analfabeta era um espírito vivido, inteligente e de boa vontade que se apresentava sob um corpo primitivo e sem cultura. Alguém em quem a mediunidade aflorava de forma visível, capaz de curar, devido à mediunidade que possuía, unida a fé e a boa vontade que demonstrava ao auxiliar os semelhantes.

    É bem possível que tudo isso seja verdade. Porém, fico imaginando aquela velhinha chegando numa casa espírita hoje e dizendo que faz umas curas, pedindo um espaço para auxiliar quem precisasse. Conheço espíritas que dariam um sorriso e diriam a ela que isso não podia ser, e que se ela quisesse realmente auxiliar os outros, deveria esquecer aquela coisa de benzedura, se matricular no estudo sistematizado, e, - depois de quatro anos - estaria apta a fazer um curso de passe. Depois, e só depois, poderia começar a ajudar alguém.

    Não quero emitir juízo de valor sobre certo e errado, mas posso dizer que, se aquela velhinha tivesse tolhido sua mediunidade a espera de completar a faculdade de espiritismo que alguns apregoam como imprescindível, meu pai , se estivesse ainda na Terra, por certo ainda estaria sofrendo daquela miserável erisipela.

*

 "E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados." - Jesus


As Quatro Nobres Verdades, Carlos Iglesia, Brasil

(Série de artigos iniciada no Boletim 428)


IV - Questões Filosóficas

A questão da Causa Primeira

- Budismo
"Certa vez, na floresta Simsapa do Kosambi (perto de Allahabad), pegando algumas folhas na mão, perguntou aos discípulos: - Que pensais, bhikkhus ? Quais as mais numerosas ? Essas poucas folhas na minha mão, ou as que estão na floresta ?
- Senhor, certamente as folhas da floresta são muito mais numerosas !
- Da mesma forma, bhikkus, do que sei não disse tudo e o que não divulguei é muito mais. E por que eu não lhes disse ? E por que eu não lhes disse ? Porque isto não é util e não conduz ao Nirvana" (Samyutta-Nikaya).

(...) Buda explicou a Malunkyaputra que a vida espiritual não depende de opiniões metafísicas. Qualquer que seja a opinião sobre estes problemas, existe sempre o nascimento, a velhice, a decrepitude, a morte, a desgraça, as lamentações, a dor, a angústia - "logo, declaro: a cessação de tudo isto é o Nirvana ainda nesta vida".

- Por conseguinte, Malunkyaputra, considere explicado o que expliquei, e o que não expliquei, como não-explicado. Não esclareci se o universo é eterno, ou não é, etc., etc., porque não é útil e não está fundamentalmente relacionado com a vida espiritual, não conduzindo ao desapego, à cessação, à tranqüilidade, à penetração profunda, à realização, ao Nirvana. Estes são os motivos pelos quais não falei. Que foi que expliquei ? Expliquei a existência do sofrimento, o aparecimento ou a origem do sofrimento, a cessação do sofrimento e o caminho que conduz à cessação do sofrimento.E por que expliquei isto ? Porque é útil e está fundamentalmente relacionado à vida espiritual que conduz ao desapego, à cessação, à tranquilidade, à penetração profunda, à libertação, ao Nirvana".
Trechos do cap. "Contra Especulações Metafísicas", Budismo, Psicologia do Autoconhecimento

    O Budismo não vê objetivos práticos nas questões envolvendo a origem do Universo e sua Causa Primeira. Considera que a essência do ser é eterna e que a questão se há uma "Causa Primeira" ou um criador não são importantes para seu destino. Assim, não acredita em um "Deus Pessoal" e afirma que o destino do ser depende unica e exclusivamente de seus atos e da lei de causa e efeito.

    O problema de como o ser entrou no circulo de causa e efeito não lhe interessa, mas sim como libertar-se dele. Todos os seres (animais, vegetais, homens, "deuses", etc...), tem a mesma "essência", todos com a mesma capacidade de iluminar-se e o mesmo desejo de libertar-se do sofrimento.

- Espiritismo

"Que é Deus ? Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas"
Questão nº 1, O Livro dos Espíritos

 "A ordem universal reinante na Natureza, a inteligência revelada na construção dos seres, a sabedoria espalhada em todo o conjunto, qual uma aurora luminosa e, sobretudo, a universidade do plano geral regida pela harmoniosa lei da perfectabilidade constante, apresenta-nos, já agora, a onipotência divina como sustentáculo invisível da Natureza, lei organizadora, força essencial, da qual derivam todas as forças físicas, como outras tantas manifestações particulares suas.

Podemos, assim, encarar Deus, como um pensamento imanente, residente inatacável na essência mesma das coisas, sustentando e organizando, ele mesmo, as mais humildes criaturas, tanto quanto os mais vastos sistemas solares, de vez que as leis da Natureza não mais seriam concebíveis fora desse pensamento, antes são dele eterna expressão". cap. Deus, Deus na Natureza, Camille Flammarion.

    A concepção espírita sobre o Universo, sua metafísica, tem raizes cristãs, sua base é Deus, "Causa Primeira" de todas as coisas e de todas as leis morais e físicas que regem a criação. A lei de Causa e Efeito faz parte do ordenamento moral do Universo, cujo objetivo é o progresso do ser. O espírito, individualização do princípio inteligente, começa da forma mais simples e, conduzido por ela, evolui até a perfeição relativa[1] .

- Análise

    Curiosamente a posição de Buda em não incentivar a especulação sobre as origens do universo e a natureza de uma causa primária, não é muito diferente da apresentada pelos Espíritos que orientaram a Codificação Espírita. Quanto Kardec procurou aprofundar as questões sobre a natureza de Deus, estes lhe responderam que há coisas que escapam a nossa compreensão atual e que não nos faria melhores o fato de especularmos a respeito, pelo contrário, poderia nos induzir ao orgulho, levando-nos a tomar nossas hipóteses por conhecimentos que efetivamente não temos:

    "(...) Deus existe, não se pode duvidar, isto é essencial. Creiam-me, pois ir mais além seria lançar-se num labirinto de onde não se poderia sair. Este conhecimento não os tornaria melhores, mais porventura mais orgulhosos, porque acreditariam saber o que na realidade não sabem. Deixem, portanto, de lado todos esses sistemas e teorias; há muitas coisas que cabe aos homens desembaraçar-se. Isto lhes será mais útil do que pretender penetrar no que é impenetrável".  Resposta a questão 14 do Livro dos Espíritos (da tradução de Sandra R. Keppler para a editora Mundo Maior).

    A principal diferença entre o Budismo e o Espiritismo está na importância que dão a questão sobre a existência de Deus, ou, em outras palavras, ao reconhecimento de uma "Causa Primeira" de todas as coisas.

    Para o Espiritismo o "problema do ser, do destino e da dor" - o "pôrque da vida" - está intrinsicamente ligado a resposta para esta questão. Na filosofia espírita o ciclo de encarnações - o samsara dos Budistas - nada mais é que um recurso didático na longa jornada evolutiva do espírito.

   É a existência da inteligência suprema, da Causa Primeira, que explica porque há uma direcionalidade nas leis morais universais, sempre no sentido de progresso - da brutalidade para a angelitude, da ignorância para a sabedoria, do mal para o bem. As próprias leis materiais são parte disto também, criando o cenário onde o espírito exercita suas faculdades e progride rumo a libertação da ignorância e do sofrimento.

    Deus, sábio e justo, atua no Universo através de leis universais. Sua essência nos é desconhecida, mas sabemos que é em última análise a realidade suprema, que tudo mantém. A concepção espírita, que pode ser classificada como de um "Deus Pessoal"[2], defende que somos nós mesmos que construimos nosso destino, através dos nossos atos, mas também postula que Deus, por ser "amor", sempre nos abre caminhos para o progresso. Somos livres para trilha-los, assim não nos isenta da responsabilidade de nossas escolhas.



1 - Me parece que é correto dizer que Deus é o "limite" desta evolução, no sentido matemático, por ser infinito em perfeição. O ser sempre tenderá a ele, mas jamais o igualará.

2 - "Quanto à visão do Deus Pessoal e Impessoal, é preciso não esquecer que são posições humanas relativas à capacidade que temos hoje de entender a Divindade, mas que, em realidade, nada dizem sobre ela realmente. Acho que a Impessoalidade e a Pessoalidade são aspectos derivados da posição que adotamos. Em realidade, à Impessoalidade somos conduzido pela transcendência divina, e à Pessoalidade somos induzido pela imanência. Se oramos, nos relacionamos pessoalmente com o Divino, mas quando dizemos quando erguemos os olhos para o infinito, a Impessoalidade nos acorre. Como voce pode verificar mesmo considerando a Impessoalidade há  um poder de criação. Se há criação, há momentos criativos." Elzio Ferreira de Souza, comentando um esboço deste artigo e me explicando o que realmente significa o conceito de "Deus Pessoal". Foi justamente nesta questão conceitual, do que significa a crença em "Deus Pessoal", em contraposição a concepção Budista, de não aceitar um "Deus Pessoal", que encontrei os maiores obstáculos.

(Continua no próximo boletim)




Comentários
Até Que Enfim Encontrei Uma Falha no Espiritismo! Ciro Pompeu, Brasil

Caros companheiros da boa nova,

    Sou espírita a mais de 5 anos e sempre me questionava, não é possível que o espiritismo seja 100% em tudo. Deve, logicamente, ter alguma falha que eu, apaixonado pela doutrina, não consigo enxergar. Finalmente encontrei e fico muito feliz com isso, pois, acho que este depoimento pode de alguma forma ajudar na divulgação e melhoria da doutrina.

    Vamos aos fatos:

    Eu nasci em uma família católica. Fui batizado, estudei em colégio de freiras, tive religião como matéria escolar, fiz primeira eucaristia, quase crismei (mas me tornei espírita antes). Todo domingo, debaixo de inumeráveis brigas, minha mãe levava eu e a minha irmã à missa, com 4 anos meu avô me ensinou o Pai Nosso e a Ave Maria. Este contato com o catolicismo, com estes rituais, por estar em uma família católica, eu tive uma boa idéia da vida de Jesus. Eu sei quem é Ele, o que Ele fez, qual a Sua história, o Seu evangelho.

    Minha esposa, que vem de uma família espírita, sabe quem é Jesus, conhece a sua mensagem, o seu evangelho, mas não tem familiaridade com a sua história. E vejo que a minha sobrinha está indo para o mesmo caminho. Na escola da minha sobrinha não tem mais a matéria religião, tentei ensinar o Pai Nosso para ela e vi que ela já tinha ouvido falar, em algum momento. Sabia até algumas partes! Mas não se interessou muito pelo assunto.

    Será que estamos dando a devida atenção para os pequeninos? Será que a educação que passamos, enquanto religião, atende a todos ou só os mais velhos?

    Nos centros que freqüentei só existem livros com inúmeras questões filisóficas, morais, mensagens de luz. Mas não vejo com muita freqüência livros espíritas para criança (sei que pode ser uma falha minha e posso não ter procurado muito), mas um dos únicos que conheço é o "Pai Nosso" pelo espírito de Mei Mei, psicografado pelo Chico Xavier. Não tem livros espíritas que explicam para uma criança o evangelho de Jesus. Não explicam o que é a morte, por que os amiguinhos tem pai ou mãe ou avós e ela não. Por que ela tem um irmãozinho deficiente ou com problemas mentais. Por que os vizinhos ganham presentes de papai Noel, de páscoa, de aniversário e muitas vezes que falta comida naquela casa onde a criança mora. Será que Deus não gosta de mim, pensa o pequenino?

    Enfim, estas são inúmeras possibilidades que passam pelos pensamentos das crianças (digo por experiência própria) e não vejo muita atenção para isso. Se há alguma instituição que cuida deste tipo de problema, que dá a devida evangelhização para as nossas crianças, peço desculpes e gostaria de conhecer. Pois por onde passei, até hoje não conheci.

    Pensemos no assunto e que a paz de Jesus esteja com todos nós,

    Ciro Pompeu


Prezado Ciro,

    Muito interessante sua colocação. A bem da verdade o Espiritismo não é uma doutrina isenta de erros. Nunca doutrina alguma professada sobre a Terra estará isenta de erros pois ela é uma realização humana. Dizemos apenas que, para determinados tipos de mentes, o Espiritismo é uma doutrina mais atualizada, apropriada para o momento histórico que vivemos. Afinal de contas, para uma sociedade que já progrediu bastante do ponto de vista intelectual (já foi a Lua, visita outros planetas...), acreditar em penas eternas (irrevogáveis), torturas infernais e um Deus sanguinário, não parece ser muito apropriado. Sabemos que na Natureza tudo se encadeia de maneira harmoniosa, logo é necessário uma descrição da parte espiritual do ser humano mais em consonância com as leis materiais que a Ciência aprendeu a descobrir. O Espiritismo parece representar assim uma "linguagem" intelectual mais apropriada para descrever essa harmonia espiritual que nós, enquanto espíritos em ascenção, estamos longe de vislumbrar. Mas cada um conseque entender de acordo com os recursos próprios que trazem junto a si, e isso é uma coisa bastante natural pois a Providência Divina nunca nos força em princípio a acreditar em nada (não obstante o imperativo de progresso espiritual ser o mesmo para todos).

    Quanto a questão dos livros, é bastante rica a literatura espírita para crianças! Consulte uma boa livraria espírita e você vai se espantar com o número de títulos. Você já ouviu falar de Roque Jacinto? Cresci lendo suas histórias, muitas delas trazendo exatamente o tipo de mensagem que você gostaria de ler e ter junto as nossas crianças (veja "Dona Loba", a "Rainha Cruel", e "O Lobo Mal reencarnado").

    Talvez o que seja mais necessário é uma melhor divulgação desses livros pois, como você disse coberto de razão, nossas crianças merecem uma atenção especial...

    Muita paz,
    Ademir - Editor GEAE.


Caríssimo Amigo Ciro,

     Não resta a menor dúvida que as nossas crianças precisam do máximo de atenção e todo esforço com vistas a ampliar os recursos destinados à sua educação integral, fazendo-os compreender a sua realidade de espíritos eternos,  será sempre bem vindo.

    Já venho participando no centro espírita que frequento das atividades de evangelização juntamente com a minha esposa, por volta de três anos.  O nosso filho que começou a frequentar essas aulas desde a idade de cinco anos (hoje ele tem 16 anos), é um dos alunos do grupo, e sentimos o quanto isto é importante na formação deles que serão os futuros trabalhadores na seara espírita.

    Esteja certo que com esse seu interesse nessa área, você irá aos poucos percebendo que já existe muito material disponível tanto nos centros espíritas como em grupos de estudos virtuais (Internet), além do riquíssimo material (apostilas) à disposição dos centros, no catálogo da Federação Espírita Brasileira.

    Acredito que uma maior divulgação e circulação desse material fosse realmente interessante, no que concordo plenamente com o Ademir. Outra importante iniciativa que também propiciaria maiores resultados seria o engajamento de mais trabalhadores nessa atividade, especialmente em centros que ainda não a promovem, e acima de tudo o empenho dos pais em fazer com que os seus filhos participem das atividades de evangelização nos centros espíritas.

    Muita Paz e obrigado pela sua participação.
    Antonio Leite - Editor GEAE




Perguntas
Um Alô de Ajuda, Carlos Eduardo, Brasil

Olá Sr. Ademir Xavier, é um prazer poder falar com você.

    O que eu gostaria de saber é muito simples. É devido a um problema que  eu tive. Eu moro em Aracajú-SE, tenho 18 anos, sou um mero principiante no Espiritismo. No dia 25/02/2000, ou  seja,  faz 1 ano e 1 mês que eu  tive, por incrível que pareça, um derrame; mas graças a  Deus estou lúcido, completamente normal (falo em termos cerebrais). Foi uma doença sem explicação, pois não tinha e não tenho nem problemas de coração, pressão, enfim, nada que pudesse ocasioná-lo. É algo que eu tinha de ter mesmo.

    Conheci o Espiritismo a uns 8 meses, estou fazendo um tratamento espírita e um tratamento médico e tal. Uma senhora que é médium disse-me que ficarei bom, mas com uma sequela "bestinha"...  Minha mãe que ainda não é médium me "viu" curado, andando de bicicleta e tal. Como eu fiquei na dúvida em QUEM acreditar resolvi  mandar-lhe este e-mail com a seguinte pergunta: QUEM VAI AO  ESPIRITISMO ENCONTRA OU NÃO A VERDADEIRA CURA?  EU VOU OU NÃO FICAR CURADO? É claro que com fé, esperança, amor, paz e tranquilade.

    Muita paz e muito amor a todos os irmãos presentes.  Assino com muita FÉ e ESPERANÇA que receberei COM CERTEZA uma resposta.

 Carlos Eduardo Gomes Ribeiro


Estimado Carlos Eduardo,

    Fico agradecido por confiar a mim a tarefa de algo dizer sobre seu problema, eu que vivo bem distante mas que, com certeza, entendo seu problema e as dificuldades de se lidar com uma realidade de vida diferente de um dia para outro por causa de uma enfermidade.

    Sua pergunta (ou melhor, perguntas pois você me dirigiu duas) são bastante difícies de uma resposta direta. Nós vivemos em um mundo onde não podemos saber de tudo por uma questão de limitação material e espiritual. Se vivêssemos de posse de todo o conhecimento, não precisaríamos estar mais aqui, você não concorda? O fato é que você deve desligar o fato de sua espectativa de cura com seu ingresso nos estudos espíritas. O Espiritismo é como uma escola que nos auxilia a conhecer muitas coisas úteis, mas se vamos ou não arranjar emprego, se vamos ou não nos formar como professionais nisso ou naquilo, depende somente de nós, de nosso esforço e mérito pessoal.

    E isso por uma questão muito justa: imagine se nos bastasse ingressar nessa ou naquela religião para conseguir um determinado favor ou benefício, qual seria nosso mérito? De maneira alguma Deus em sua grandeza poderia estabelecer semelhante estado de coisas pois geraria a desordem. Para nossa própria felicidade, Ele nos premia conforme nossos esforços pessoais. Por outro lado, você imagina uma pessoa vivendo em um país onde o Espiritismo não seja conhecido (não haja grupos espíritas ou editoras de livros espírita devidamente traduzidos no idioma local), e que tenha um problema idêntico ao seu, como ela poderia ter esperanças? Assim, Deus em sua bondade estabelece os recursos de cura DENTRO DE CADA PESSOA, que torna-se assim apto à recuperação esteja ela vivendo em qualquer parte da Terra...

    É claro que o Espiritismo é bem uma verdadeira luz que serve para iluminar as paragons espirituais de nossa vida, mas a decisão de caminhar para frente, nessa ou naquela direção só depende de nós.

    Pelas notícias que você me dá em sua mensagem, há muitas razões para você redobrar a esperança e confiar no futuro. É preciso que você tenha essa confiança (que é  base da verdadeira fé) ois ela fornece o material para que voce consiga se recuperar.  Assim sendo, isto é,  desde que voce siga as instruções dos médicos que estão a cuidar de você e se alimente nas esperanças que a doutrina espírita pode lhe dar,  acredito que você certamente se recuperará.

    Quanto a possíveis sequelas, acredito que você poderá se acostumar com elas a ponto de nem notar que  existem. Haverá porém uma notável diferença em relação ao homem novo que nascerá em você depois da recuperação, aquele que terá conhecido o sabor da vitória por esforço próprio e a certeza de conseguir vencer quaisquer outros embates difícies que aparecerem pela vida...

Muita paz,
Ademir - Editor GEAE



Dúvidas Sobre Páscoa, Rose, Brasil

   Gostaria de saber qual a visão da doutrina espírita sobre sexta-feira da paixão, sábado de aleluia e páscoa.

    Ficarei muito grata pelos esclarecimentos. Um abraço.

Rose Monteiro



Corpo Mental, Gustavo, Brasil

Caro(s) Amigo(s), Paz e Bondade.

    Estou precisndo de uma ajuda de vocês, que tamém se dedicam a Doutrina Espírita, no que toca o tema "corpo mental". Quero, mais do que nunca, entender melhor este assunto.

    Fianlizando, encontrei no livro de josé Naufel " DO ABC AO ESPIRITISMO" a seguinte colacação: (...) Tanto quanto ele próprio, o corpo espiriual, etrta em si o corpo mental, que lhe preside a formação", sendo que o corpo mental "assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório da mente." (Pág. 148 - 1 edição / edições ÉCLAT Rio de Janeiro).

    Pois é este envoltório da mente que não consigo compreender de forma sólida. Confesso minha ignrância diante deste fato, mas recorro a vocês na certeza de que serei respondido. Ainda que não me venha resposta de imendiato.

Jesus seja convosco.

Gustavo Olveira



Crianças Precoces, Maria Tereza, Brasil

Prezados Companheiros:

    Tenho dúvidas a respeito do processo de manifestação do princípio inteligente na reencaranção de espíritos que manifetam de maneira precoce suas potencialidades adquiridas nas vidas sucessivas. Sabaemos que o espírito necessita do pleno desenvolvimento de seus órãos para se manifestar integralmente. O que ocorre de fato no preparo do processo reencarnatório?

    Não sei se consegui expor devidamente a minha dúvida.

Saudações fraternas,
Maria Tereza Callefe




Painel
Cadastro de Historiadores e Pesquisadores Espíritas Perante a USE-SP, Milton, Brasil


Caros Confrades,

    A USE - União das Sociedades Espíritas de São Paulo, está retomando um projeto interrompido no ano de 1.999, e para alcançar o êxito desejado, pedimos a gentileza de divulgar a nota abaixo em vosso boletim eletrônico. Caso exista alguma dúvida, estarei à disposição para esclarecimentos.

Milton B. Piedade
milton@bonfante.com.br
(0xx11) 289.5777 (com.)

USE CADASTRA HISTORIADORES E PESQUISADORES ESPÍRITAS

    A USE - União das Sociedades Espíritas de São Paulo, que vem liderando um movimento de resgate da memória do Espiritismo e incentivando a troca de experiências e informações sobre pesquisas entre confrades de todo o Brasil, está cadastrando todos os interessados em participar desse grupo que, por sua vez, receberão de volta o cadastro completo impresso.

    Os interessados deverão entrar em contato com Eduardo Carvalho Monteiro (edumonteiro@nw.com.br) ou Milton B. Piedade (milton@bonfante.com.br).
Este cadastro já possui pesquisadores de 14 estados e 27 cidades brasileiras.

    Caso você seja um pesquisador do Espiritismo nas áreas de História, Ciência, Filosofia ou Religião, cadastre-se conosco e venha participar deste intercâmbio que visa troca de experiências e o auxílio mútuo nas pesquisas, tendo como idéia de fundo a criação de Liga Nacional de Historiadores e Pesquisadores Espíritas.

Fraternalmente,

Milton B. Piedade



Conferencias no CECA - Abril, Cátia Martins, Portugal

    O CECA - Centro Espírita Caridade por Amor -, situado à Rua da  Picaria, 59-1º frente, 4050-478 Porto, tem para apresentar à população da Area Metropolitana do Grande Porto, durante o mês  de Abril, o seguinte quadro de exposições:

    Dia 5 - "Você Tem Fé?" - apresentado por Lígia de Almeida (conferencista da associação)

    Dia 12 - "A Zoologia Analisada Pelo Espiritismo" - apresentado por Abel Duarte (conferencista da associação)

    Dia 19 - "Racismo: Sua Realidade Na Nossa Sociedade" - apresentado por Carlos Ferreira (conferencista da associação)

    Dia 26 - "Os Jovens E O Espiritismo" - apresentado por Miguel Silva e Abel Júnior (conferencistas da associação)

     Cátia Martins
     Fraternalmente,

    O Conselho Directivo do CECA

    Rua da Picaria, 59, 1º Frente
    4050-478  Porto, Portugal
    http://www.ceca.web.pt
    e-mail: ceca@sapo.pt



XIV Conferência Regional Espírita Pan-americana, CEPA

    A XIV Conferência Regional Espírita Pan-americana será realizada na cidade de São Paulo no período de 14 a 17 de novembro de 2002.
    Tema Central: ATUALIZAR PARA PERMANECER

    A CEPA - Confederação Espírita Pan-americana convida você a participar de uma conferência que irá discutir a questão relativa à atualização do Espiritismo, propondo-se a estimular um processo que foi objeto das preocupações de Allan Kardec mas abandonado por seus  continuadores. Esse evento será, também, um momento de encontro dos espíritas de todo o mundo para intercambiar estudos e pesquisas no campo social, moral, político, filosófico, religioso e científico, sob a ótica do pensamento espírita, dando continuidade à discussão relativa à atualização doutrinária,  iniciada no XVIII Congresso Espírita  Pan-americano, realizado em out/2000, na cidade de Porto Alegre.

    Serão realizados Painéis, Conferências, Oficinas de Trabalho, Cursos Pré-Conferência, Mesas-Redondas, contando com a presença de destacadas personalidades do espiritismo mundial. Haverá, também, um Fórum de Temas Livres com trabalhos previamente inscritos e selecionados, dentro da temática central.

Informações detalhadas:  http://www.cepanet.org
Secretaria do evento: conferencia2002@cepanet.org



II Seminário Espírita do Vale do Paraíba, Orlando, Brasil

17, 18 E 19 DE MAIO DE 2002

PROMOÇÃO: USE INTERMUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

APOIO: USE REGIONAL TAUBATÉ

    Nos dias 17, 18 e 19 de maio próximo, a USE Intermunicipal de São José dos Campos promove o II Seminário Espírita do Vale do Paraíba, com apoio da USE Regional de Taubaté. O evento tem como tema principal A FAMÍLIA, O FUTURO É AGORA. Seu objetivo principal é a continuidade do primeiro seminário realizado em Taubaté, no ano de 2000.

    Tem também como objetivo, reunir os trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente na evangelização espírita da família do Vale do Paraíba, buscando avaliar o trabalho de evangelização da infância, de adolescentes, de adultos, de representantes da terceira idade, em essência da família, procurando definir o espaço que essa tem ocupado nos Centros Espíritas e no movimento espíritas das cidades da região. Consta ainda da proposta, a análise dos caminhos que as casas espíritas, as cidades e a região têm buscado e praticado, e as alternativas que podem ser vislumbradas para o trabalho junto à família.

    O seu público alvo são evangelizadores, dirigentes da área de Evangelização Infantil, dirigentes de Mocidades Espíritas, de Centros Espíritas, dirigentes de órgãos de unificação da USE das cidades e da região e todo aquele interessado no trabalho de evangelização da família.

    O evento que acontece nas instalações da Obra Social Célio Lemos, à rua Ana Gonçalves da Cunha, 30, está estruturado no desenvolvimento de quatro momentos: palestras, envolvendo os nomes de Elaine Curti Ramazzini, Joamar Zanolini Nazareth e Dalcler Matos;  grupos de estudo; relatos de experiência e, finalizando, a situação da evangelização e os caminhos a buscar.
Para permitir embasamento doutrinário nas análises e discussões em grupo, a equipe organizadora do evento tem preparado textos, extratos das obras básicas e idéias norteadoras para compartilhar com todos os envolvidos. Durante o período noturno, Doe O Seu Talento se constituirá em oportunidade para integração e congraçamento com os participantes.

    Maiores informações podem ser obtidas junto à USE Intermunicipal de São José dos Campos, através do telefone 12-3922 1690, ou e-mail: silviaelena@directnet.com.br. .




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