Grupo de Estudos Avançados Espíritas

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Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição Eletrônica

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec


Ano 09 - Número 419 - 2001            12 de junho de 2001

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Textos

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Textos
História do Cristianismo XII, Maurício Júnior, Brasil

(Seqüência do texto publicado no Boletim 418)

AULA 12 - O PENSAMENTO DE SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225-1274)

O Período da Escolástica
O Tomismo

1- O PERÍODO DA ESCOLÁSTICA

    A invasão dos bárbaros, no séc. V, destruiu no Ocidente a civilização romana e iniciou a Idade Média. Os bárbaros, que irromperam de todos os lados, provocaram novas condições políticas e sociais adversas à conservação e ao desenvolvimento da cultura intelectual. Por isso, os quatro primeiros séculos da Idade Média são obscuros, um período de estagnação intelectual em que não houve filosofia propriamente dita, mas houve a preocupação de salvar os restos da cultura que estava sendo arruinada pelas hordas dos visigodos, suevos, ostrogodos, francos e principalmente vândalos.

    O grande trabalho dos intelectuais dos primeiros séculos medievais, portanto, não foi criador, mas compilador. E este trabalho se deve principalmente aos monges, que recolheram em seus conventos muitos manuscritos antigos, que encerravam as sabedorias dos séculos anteriores. Aos poucos, porém, os bárbaros, vencedores, acomodaram-se à nova situação política e passaram a aceitar os usos e costumes dos povos vencidos, convertendo-se ainda ao Cristianismo. Com isso houve um ressurgimento da cultura e gradativamente as manifestações científicas e filosóficas apareceram, predominando então a ?Escolástica?, como principal corrente filosófica.

    A Escolástica, como dito acima, são doutrinas teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos séc. IX ao XVII, caracterizadas sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia greco-romana, à teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela posição adotada quanto ao problema dos universais e dos quais se destacam os sistemas de Santo Anselmo (anselmiano), de São Tomás (tomismo) e de Guilherme de Occam (occamismo).

    Inicia-se um período de florescimento intelectual, no séc. XIII, o século clássico da Idade Média e um dos mais importantes da história da filosofia. A filosofia escolástica cristã, a filosofia árabe e a judaica, mais o aristotelismo passaram a ser as grandes fontes da Escolástica. É um período de esplendor em todas as manifestações humanas: na arquitetura, na pintura, na literatura, nas ciências é o século da introdução da álgebra e dos algarismos arábicos no Ocidente e do emprego da bússola. É também este o período de esplendor da Escolástica. Para isso, três foram os fatores fundamentais: a fundação das Universidades, o estabelecimento das ordens mendicantes dos dominicanos e dos franciscanos e o conhecimento da obra filosófica de aristóteles.

    No início do séc. XIII, surgiu a Universidade de Paris, resultado da reunião das quatro faculdades: de teologia, de artes (filosofia), de direito e de medicina. Pouco depois, mais ou menos modeladas na de Paris, surgem as Universidades de Oxford e Cambridge, na Inglaterra; Bolonha e Pádua, na Itália; Salamanca, na Espanha; Colônia e Heidelberg, na Alemanha, e Coimbra em Portugal. Nessas universidades, grandes centros intelectuais que perduram até hoje, mantinham-se vivas as tradições platônicas e agostinianas e cultivava-se o aristotelismo.

    Em princípios do séc. XIII, fundaram-se as duas grandes ordens mendicantes dos franciscanos e dos dominicanos. Após grandes polêmicas com os seculares, conseguem estes padres algumas cátedras na Universidade de Paris e acabam depois dominando o ambiente universitário. Dentre os maiores filósofos franciscanos apareceram: Alexandre de Halles, o primeiro mestre franciscano; São Boaventura, Rogério Bacon, Duns Scoto e Guilherme de Occam. Dentre os dominicanos: São Alberto Magno, São Tomás de Aquino e o mestre Eckehart.

    O conhecimento de Aristóteles foi o fator mais importante para o apogeu da Escolástica do séc. XIII. Nos séculos anteriores, a única obra conhecida de Aristóteles era o ?Organon?. Em princípios do séc. XIII toda a enciclopédia aristotélica foi divulgada. A princípio, passando por traduções imperfeitas, oriundas do árabe ou hebraica, foram proibidas pelas autoridades eclesiásticas em 1215, sendo mais tarde, por volta de 1254, traduzidas diretamente do grego, sendo incorporadas pela Universidade de Paris.

    Depois de uma época de decadência (séc. XVIII e primeira metade do séc. XIX) o tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo. Objeto de condenações da autoridade eclesiástica, em vida de santo, tornar-se-ia mais tarde, sem excluir totalmente o agostinismo, a filosofia oficial da Igreja, cujo estudo seria recomendado pelo papa Leão XIII.

2- O TOMISMO

    O Tomismo - doutrina escolástica de Tomás de Aquino adotada oficialmente pela Igreja Católica - se caracteriza, sobretudo, pela tentativa de conciliar o aristotelismo com o cristianismo, rompendo com todas as doutrinas que não se harmonizavam com os princípios da filosofia aristotélica.

    A obra de Tomás de Aquino, dividida em partes, tratados, questões e artigos, objeções e respostas, em rigorosa ordem numérica, reflete, em sua estrutura, a composição do mundo feudal, dividido em classes e em estamentos rigidamente estratificados. Expressão do apogeu do mundo medieval, contemporânea dos castelos e das catedrais, o tomismo é uma catedral de idéias, em que a teologia do séc. XIII encontrou sua mais coerente e sólida formulação. No entanto, não foi geralmente aceito pelos escolásticos medievais; os adeptos de Dun?s Scotus combateram o seu intelectualismo e os nominalistas o realismo. Somente na segunda metade do séc. XVI foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contra-Reforma.

    Tomás de Aquino apresentou a solução definitiva do problema das relações entre a razão e a fé. Trata-se de duas ciências: a filosofia e a teologia; a primeira funda-se no exercício da razão humana; a segunda, na revelação divina. São duas ciências independentes, mas que apresentam às vezes o objeto material comum: a existência de Deus, a essência da alma, etc. A distinção entre essas ciências deriva mais do objeto formal, pois a teologia estuda o dogma pelo método da autoridade ou revelação, ao passo que a filosofia o considera por demonstração científica ou pela razão.

    Teologia e filosofia não se contradizem, ambas procuram a verdade e esta é uma só. A revelação é critério da verdade. No caso de uma contradição entre a razão e a revelação, o erro não será nunca da teologia, mas deve ser atribuído à filosofia, pois nossas limitações cognoscitivas (1) racionais se extraviaram e não conseguiram  chegar à verdade.

    A Teodicéia é a especulação filosófica para provar a existência de Deus. Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara e distinta. A fim de provar sua existência, Tomás procede a posteriori, partindo não da idéia de Deus, mas dos efeitos por Ele produzidos. Assim, elege o mundo sensível como ponto de partida, cuja existência é dada pelos sentidos e utiliza a metafísica Aristotélica, revelando o  seu gênio sintético ao demonstrar a existência de Deus, de cinco modos, que são as famosas cinco vias, que assim se resume:

     1a. - A do ?Movimento?- É o argumento aristotélico do primeiro motor. (?não é possível admitir uma série infinita de seres que se movem, movendo por sua vez outros seres; logo, é preciso chegar a um motor que mova sem ser movido.?). O movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido, que é Deus.

    2a. - A da ?Concatenação das Causas?- Tudo está sujeito à lei de causa e efeito. Há, pois, uma série de causas eficientes, causas e efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é possível remontar indefinidamente na série das causas; logo, há uma causa primeira, não causada, que é Deus.

    3a. - A da ?Contigência?- Todos os seres que conhecemos são finitos e contigentes, pois não têm em si próprios a razão de sua existência, são e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam todos de ser e nada existiria, o que é absurdo; logo, os seres contingentes implicam o ser necessário, ou Deus.

    4a. - A dos ?Graus de Perfeição?- Todas as perfeições admitem graus, que se aproximam mais ou menos das perfeições absolutas. Deve, pois, haver um ente sumamente perfeito, é o ente supremo - Deus.

    5a. - A da ?Ordem Universal?- Todos os entes tendem para uma ordem, não por acaso, mas por uma inteligência que os dirige; há, pois, um ente inteligente que ordena a natureza e a impele para o seu fim. Esse ente inteligente é Deus.

    Desses conceitos, Tomás de Aquino conclui quanto podemos conhecer sobre a natureza e  os atributos de Deus. Observa, porém, que esse conhecimento é imperfeito; sabemos que ?Deus é?, mas não ?O que é?. Apesar disso, podemos compreender que Deus é eterno, infinito, onisciente, onipotente e em suas relações com o mundo é Criador e Providência.

    A doutrina tomista admite que a alma, princípio espiritual, junta-se ao corpo, princípio material, constituindo um composto substancial. Assim, tem uma alma as plantas, é a ?alma vegetativa?, com as funções de alimentação e reprodução; nos animais, é a ?alma sensitiva?, com as funções anteriores, mais a sensação e mobilidade; finalmente, o homem com todas as funções anteriores, mais a racional. No concernente às propriedades da alma humana, admite o livre-arbítrio, que é estudado sob todos os seus aspectos e todos os problemas dele derivados são resolvidos com firmeza e profundidade. Tomás de Aquino considera ainda a inteligência como a faculdade mais perfeita de nossa alma.

    Com sua Ética, também harmoniza a doutrina de Aristóteles aos princípios cristãos. Assim, a ética é o ?movimento da criatura racional para Deus?. Esse movimento visa a uma bem-aventurança, que consiste na contemplação imediata de Deus. Diverge da teoria agostiniana e se harmoniza com a aristotélica no que se refere à teoria do conhecimento. Para Tomás de Aquino, o conhecimento tem dois momentos: o sensitivo e o intelectual. O conhecimento sensitivo do objeto, que está fora de nós, dá-se mediante a sensação. Esta é a impressão do objeto material em nossa consciência. Processa-se pela assimilação das sensações do sujeito cognoscente com o objeto conhecido. O conhecimento intelectual depende do conhecimento sensitivo, mas ultrapassa-o, pela abstração e generalização, formulando os conceitos.

    Tomás de Aquino é considerado o maior gênio da Escolástica. Criou um sistema filosófico sintético, coerente, fundamentado em Aristóteles, e reformulou todo o pensamento cristão.


(1) Cognoscitivas - Que tem a faculdade de conhecer.

 TEXTOS EXTRAÍDOS DE:

Enciclopédia Britânica.
Enciclopédia Barsa.
Coletânea de Textos Filosóficos - ACEEF - U.E.C.
Ensinamentos Básicos dos Grandes Filósofos - S.E.Frost Jr.



Pureza Espiritual - O Grau Máximo Do Espírito, Marco Milani, Brazil

    Uma das questões mais interessantes e com relevância capital na Doutrina Espírita é o processo evolutivo do Ser.

    Sempre utilizando-se de uma primorosa argumentação lógica, o Espírito da Verdade e seu nobres colaboradores esclarecem sobre pontos fundamentais, desde a criação até o grau máximo de pureza que o Espírito é suscetível.

    Visando este entendimento, consideramos Deus a inteligência suprema e a causa primária de todas as coisas, constatando a sua grandiosidade através de suas obras (sem se confundir com as mesmas), regendo o Universo pelas imutáveis Leis Naturais, destacando-se a soberana Justiça e Bondade.

    Universo este que não restringe-se até onde o limitado conhecimento humano atual pode perceber, porém compreende a Criação em sua generalidade, possuindo somente dois elementos essenciais e distintos entre si: o inteligente e o material.

    Uma vez criado simples e ignorante, inicia-se a jornada evolutiva do ser inteligente (nas diversas moradas da casa do Pai), ligando-se à matéria em seus diferentes estados e estagiando nos diversos Reinos da Natureza. Este processo é igual para todos, não existindo seres criados em condições privilegiadas. Em cada etapa, estamos nos preparando para a realização espiritual, visto que já trazemos latente a perfeição relativa (somos perfectíveis).

    Tendo o Espírito entrado no período da Humanidade, desperta-lhe a razão e exercita-se no livre-arbítrio, descobrindo vagarosamente sobre a sua própria realidade. Continuando a desenvolver as suas potencialidades, aprimora-se moral e intelectualmente, incentivado ao progresso pelas Leis Naturais, certo de que tudo encadeia-se na Natureza por laços que a compreensão ainda esforça-se por alcançar, mas já vislumbrando as suas bases de Justiça.

    Por isto todos somos essencialmente iguais diante da paternidade Divina, tivemos o mesmo início, tivemos e teremos as mesmas oportunidades evolutivas mantendo, porém, a individualidade. Não existe dualidade na realização espiritual (bom/mau, masculino/feminino, sábio/ignorante) apenas unidade ontológica (natureza comum inerente a todos e a cada ser)

    Entretanto, abordar o último grau da escala evolutiva (ou qualquer um superior ao atual) requer uma aproximação cuidadosa, visto não termos condições intelectuais plenas para a compreensão integral, somente genérica. Mas fugir a estas considerações é não exercitar a inteligência.

    Podemos recorrer ao famoso Mito da Caverna, de Platão, como sendo uma boa referência para este caso, onde comparativamente devemos buscar a análise da realidade nos afastando, no mundo dos sentidos, das sombras (aparências) para o mais próximo possível da fonte luminosa (chegando ao mundo das idéias, de preferência...).

    É possível afirmarmos, baseados nas informações de Espíritos de escol  (como o Espírito da Verdade) constantes nas obras da Codificação e confirmadas pelo critério da Universalidade (ou seja, não é opinião pessoal) que atingiremos um determinado grau evolutivo, onde não mais necessitaremos reencarnar visto a finalização do percurso de todas as etapas evolutivas (LE-113 e outras).

    Voltando às sombras citadas no Mito da Caverna, existe um ponto aparentemente paradoxal para alguns leitores quando consideramos que na própria Codificação o progresso é tratado como uma Lei Natural logo tudo deve evoluir... Será que o progresso espiritual não existe após a última escala?  Pode-se ter a impressão de que algo não está certo pois foi a mesma plêiade de Espíritos Superiores que confirmou a Lei do Progresso...

    Uma das chaves para compreender esta aparente contradição encontra-se numa das questões do próprio capítulo que trata sobre o progresso n´O Livro dos Espíritos (LE-783), que afirma ?... o Homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância pois deve chegar ao fim determinado pela Providência ...?. Sendo assim, concluímos que existe um objetivo a ser alcançado, e este objetivo é a perfeição de que somos suscetível.

    Outra chave para entendermos o problema é a reflexão sobre algo que é intrínseco à evolução: o tempo. Encontramos n´A Gênese, Cap. VI - Uranografia Geral: ?O tempo não é senão uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não pode ser mensurada do ponto de vista de sua duração; para ela tudo é presente.? (ver também Cap. XVI - Teoria da Presciência). Não precisamos recorrer à Teoria Geral da Relatividade nem à Mecânica Quântica ou qualquer teoria científica sobre o tempo (e espaço) pois não alterariam o sentido filosófico desta questão: Os Espíritos Puros não sofrem a ação do tempo visto que já não sofrem os efeitos impuros da matéria (apesar de atuarem sobre ela) logo não se purificam mais do que já estão, não mudam de um estado inferior para um superior. O tempo nesta condição não existe como o percebemos aqui...

    Novamente na questão LE-113 encontramos que este é o estado dos Espíritos Puros, que gozam de felicidade inalterável e não sofrem as vicissitudes e necessidades da vida material. São os mensageiros de Deus e concorrem para a harmonia universal, dirigindo e assistindo aos Espíritos que lhes são inferiores. Os homens podem comunicar-se com eles mas bem presunçoso seria este último que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.

    Existem muitas outras passagens na Codificação que afirmam que o Espírito atingirá o grau máximo de sua perfeição (pureza) mas apenas citaremos mais uma: LE-116 ?... todos se tornarão perfeitos?.

    Assim, diversas considerações fundamentais podem ser extraídas dos princípios acima, destacando-se:

1) Todos fomos criados simples e ignorantes e estagiamos em diferentes situações na matéria para desenvolver o potencial da perfeição relativa que já possuímos (perfectibilidade);

2) O processo evolutivo do Espírito finaliza-se quando atinge a perfeição de que é suscetível (desenvolvimento moral e intelectual máximo, felicidade plena e inalterável). Neste estado não há mais necessidade de evoluir pois sua situação espiritual não será alterada. A noção de tempo atual desaparece perante a eternidade. O Espírito Puro é atemporal.

3) Concorrerá ativamente para a manutenção do Universo onde, mesmo não sentindo as necessidades e vicissitudes da vida material permanecerá ligado à matéria sutil, atuando através do pensamento e da vontade pelo perispírito, que é o seu instrumento de atuação (ver LM-55: em qualquer de seus graus, o Espírito sempre possuirá o perispírito, visto ser o agente de sua vontade. Ver LE-186: ... tal é o estado dos Espíritos Puros, que só têm por envoltório o perispírito...).

4) Poderá comunicar-se com encarnados (novamente a necessidade do perispírito pois utilizará os recursos fluídicos necessários para tanto) incentivando-nos ao progresso para que também realizemos a perfeição espiritual relativa e colaboremos de maneira específica na manutenção do Universo.

5) A Lei de Progresso é válida enquanto ligada à noção de tempo, que por sua vez varia no Universo.

    Assim, apesar praticamente todos nós não estarmos habituados a pensar em algo sem o tempo e matéria como referências (vivenciamos o mundo dos sentidos), verificamos através do raciocínio que os argumentos logicamente tratados pelos Espíritos Superiores sobre a perfeição relativa, o grau máximo da pureza espiritual, são coerentes e sinalizam a conquista da felicidade plena.

Atenciosamente,
Marco Milani



Comentários
Comentário acerca de ?Indagação sobre Satanás?, Matos, Brasil

Prezado Editor:

    Gostaria de elogiar a brilhante resposta dada por Ademir à questão de Luciano M. Cunha, referente à  "Indagação sobre Satanás", no GEAE de, Ano 09 - Número 418, 29 de maio de 2001.

    Admitir as penas eternas, com seus executores também eternos, é negar a bondade e a justiça da Divindade, transformando-A em um carrasco sádico, ao criar espíritos só para vê-los sofrer per omnia saecula saeculorum. De fato, é
"Insultar a Divindade" !

    Outra observação do Ademir, "A manutenção forçada das interpretações "oficiais" do mal e do inferno levou a sociedade moderna à descrença total onde os grandes culpados são os próprios religiosos", aplica-se diretamente a mim, que me afastei dos ensinos eclesiásticos diante dos absurdos e contradições lógicas a que era constantemente submetido, ai incluida a história do "castigo eterno", que nunca engoli, pois "insultava a Divindade".

    E ai está a vantagem do kardecismo: a sua coerente lógica interna, tornando críveis seus ensinamentos.

    Parabéns ao Ademir.

    Por oportuno, permita-me também, Prezado Editor, elogiar a lúcida série História do Cristianismo, de Maurício Jr. Sugiro que, ao findá-la, o texto completo esteja disponível em formato zip para download e consulta off line dos geae-istas.

Pax vobis.
Mattos, SP Brasil



Professor Desafia Espíritas no NEU-Fundão, Alessandra e Walmor, Brasil

    O texto abaixo foi enviado ao NEU-RJ  pelo professor J.M.C., de São Caetano do Sul.  Você poderia nos ajudar a esclarecê-lo? Aguardamos sua resposta.

Alessandra e Walmor Lange

"A Fé cega do Espiritismo.

    A relação entre fé e razão desde o princípio fazem parte do debate espírita. Allan Kardec publicou em ?O Evangelho Segundo o Espiritismo? a frase que se tornou famosa ?Fé inabalável só o é  a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade.? Mas, vamos raciocinar:

    Do ponto de vista lógico, isso estabelece uma contradição. O uso da razão é a admissão da dúvida. A razão busca sempre um saber mais amplo, argumenta e se questiona. Kardec cria um conceito que não se sustenta porque ele próprio se contradiz. A fé se funda na convicção e a razão na dúvida, resulta, então, que ambos se contradizem.

    Santo Agostinho para dar uma idéia da convicção diz que ?A fé é crer naquilo que não vemos e que a recompensa da fé é ver aquilo que cremos?.

    Crer e duvidar são práticas antagônicas  por definição. O conceito acima de Kardec , no Evangelho,  é um evidente contra-senso.

    Kardec transforma o argumento racional em argumento ideológico. Fé raciocinada é apenas um dogma da religião espírita, e recai lamentavelmente num novo tipo de  fé cega: a que se contenta em apenas fingir que vê. E numa filosofia sem bases, que finge que é."


Caros Alessandra e Walmor,

  Creio que o professor não entendeu a afirmação de Kardec. O significado da frase é que a fé espírita é a fé consolidada através do estudo, que não teme duvidar e que evolui conforme o progresso da humanidade. Não teme a razão, porque se esta provar que algo está errado, o espírita aceitará a prova e buscará a nova verdade. O Espírita sabe que não é infalível e que a "verdade" em que acredita é a verdade relativa ao grau de evolução atual da sociedade, que deve sempre ser checada frente a ciência e aos outros campos do conhecimento humano.

  Enfim, é a fé que se mantém como fé porque é constantemente submetida a dúvida, pelo crivo da razão. O que é aceito é o provado e embasado, o resto está sempre em exame.

  Atenciosamente,
  Carlos Iglesia


Prezados Alessandra e Walmor,

    Vou apenas complementar a boa resposta do Carlos.

    Não consigo realmente entender como a fé pode se opor à razão. A menos que se entenda por fé as concepções  ingênuas de alguns grupos religiosos. Tal certamente não é o caso da fé espírita. Qualquer sistema de pensamento, que pretenda descrever algo das coisas precisa se basear em fundamentos que não podem ser "provados".  A única disciplina que pode fornecer provas rigorosas de suas assunções é a matemática.

    Vejamos o exemplo da física: nenhum laboratório científico respeitável (ou universidade, centro de ensino), por usar critérios lógicos ou racionais precisa de constantemente por em dúvida o sistema mecânico de Newton, por exemplo. Nós temos fé em suas leis - sabemos, por exemplo, que num jogo de bilhar, desde que cuidadosamente levados em conta os efeitos de atrito, absorção de energia etc - suas leis são válidas. Imagine o ridículo de se estabelecer conselhos "verificadores das leis da física", se o uso da razão realmente exigisse tal coisa. A física (como a biologia, a química e o espiritismo) se fundamenta em princípios
que devem ser acreditados, e a boa prática científica procura utilizar as leis e princípios fundamentais para explicar os fenômenos muito antes de colocar em dúvida o "conhecimento estabelecido" seja por sua negação ou por adição de novas
leis. Que biólogo hoje em dia dispõe de "provas cabais" da evolução das espécies? Ao contrário, acreditando que as espécies evoluem é que se pode traçar aproximadamente uma história dos seres vivos, história que se encaixe  bem ao que vemos hoje
em dia e  aos traços remanescentes do passado.

    Assim sendo, na prática científica madura, razão e lógica são instrumentos da crença científica (uma fé genuina) sobra a qual se erige uma imagem do universo. O espiritismo tem que se fundamentar em alguma coisa (existência de Deus, dos Espíritos, evolução espiritual) que é crida, sendo a razão e a lógica instrumentos que a doutrina (tal como formulada por Kardec)  utiliza para seu desenvolvimento intelectual. Esse é o sentido da fé na famosa afirmação de Kardec "Fé inabalável só o é  a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade". Note que na concepção usual da fé religiosa isso não se aplica.

    Assim sendo  "a fé se funda na convicção e a razão na dúvida, resulta, então, que ambos se contradizem" não tem sentido se nos referirmos a fé científica e a fé espírita. Interessantemente, a concepção de Santo Agostinho de fé se aplica (com uma
nova interpretação) à fé científica pois, de fato, os cientistas são obrigados a acreditar no que não vêem para chegar a conclusões sobre aquilo que eles podem manipular de fato.

    Finalmente meu último comentário sobre:  "Fé raciocinada é apenas um dogma da religião espírita". Aqui mais uma vez recaimos no debate da palavra "dogma". Se tomarmos essa palavra  ao pé da letra , somos obrigados a aceitar o fato que a
ciência moderna é igualmente fundamentada em dogmas.

Muita paz,
Ademir - Editor GEAE




Perguntas
Pergunta sobre Questão 356 do Livro dos Espíritos, Maria Aparecida, Brasil

Caro amigo,

    Por favor estou precisando de uma ajuda muito importante, pois não consegui discernir muito bem ou quase nada a pergunta  356 do Livro dos Espíritos. Já que no mesmo capítulo na pergunta 344 afirma que "A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento".

    A nossa maior dúvida é que se no momento da concepção  já começa a união do espírito com o corpo, como há alguns natimortos que não tenham sido destinados à encarnação de Espíritos?

    Eu já tentei entender, não consigo, e também não consegui esclarecer aos nossos queridos amigos que estudam conosco.

    Peço mil desculpas pela minha fragilidade no campo da cultura e entendimento, mas peço uma luz para poder esclarecer a mim e as minhas amigas que estudamos juntas com muito carinho.

    Agradeço o que puderem fazer por nós, muito obrigado

Maria Aparecida



Pergunta sobre Animismo, João Márcio, Brasil

Boa tarde,

    Gostaria de tirar uma dúvida quanto ao animismo. Considera-se animismo toda interferência do médium na comunicação ou apenas as que são "prejudiciais"?

    Quando a interferência é salutar, por exemplo quando o médium mantém a fala baixa mesmo estando o espírito comunicante nervoso e "falando" alto, ou quando omite termos impróprios, considera-se animismo ou educação mediúnica?

    Enfim, existe animismo benéfico, levando em conta essas situaçõpes de espíritos rebeldes e levianos?

Desde já, muito obrigado,

João Marcio



Painel
Você e a Paz, Carlos Iglesia, Brasil

    Como tantas outras palavras que expressam idéias abstratas, "paz" tem muitos sentidos. Para uns a "paz" significa a ausência
de conflitos bélicos, para outros "ter paz" significa estar livre de preocupações materiais, para outros ainda, a "paz" é
a convivência pacifica com a familia e com os vizinhos.

    Normalmente, em nosso mundo, a maioria desses sentidos da "paz" está relacionado com situações externas ao ser, naturalmente temporárias e sujeitas a circunstâncias politicas e sociais.

    Dentre todos os sentidos, há um entretanto que pode ser considerado como a "verdadeira paz" - é a paz de espírito, oriunda da consciência tranquila e da fé inabálavel na Providência Divina. Foi a essa paz que Jesus de Nazáre se referiu ao dizer "a minha paz vos deixo", paz que o mundo não pode tirar ou abalar.

    Dessa paz interior do individuo - do bom tesouro do seu coração - deriva um ser social equilibrado, que agindo sem violência, transforma o mundo ao seu redor. Não se entenda aqui que o ser "pacifico" seja equivalente a uma nulidade de vontade, mas sim um ser enérgico, cuja energia é direcionada no bem de todos. Poucos individuos de nosso século foram tão pacificos como o Mahatama Gandhi e ao mesmo tempo tão enérgicos - ele libertou um povo inteiro pela não-violência.

    Novamente no exemplo de Jesus encontramos o verdadeiro sentido da Paz que ele nos presenteou, como lição imorredoura
na Boa Nova do Reino de Deus: Seja junto ao povo humilde da Galiléia, seja diante dos doutores da lei, seja diante da autoridade do procurador romano prestes a condená-lo, eis-lo sereno, senhor de si mesmo, consciente da vontade de Deus e sem violência. Mesmo no episódio em que expulsa os vendilhões do templo, levantando-se contra o comércio descabido, num local que deveria representar o Eterno, se o vemos agindo energicamente, não registra a história que tenha ferido alguém ou atuado com crueldade - vemos a indignação do justo contra a deturpação dos sentimentos mais sagrados.

    O homem justo diante de Deus - velho conceito caido em desuso em nossos tempos - é o individuo ético, fiel ao principio do "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", cumpridor dos seus deveres perante Deus e a sociedade. É o "Homem de Bem" descrito no "Evangelho Segundo o Espiritismo" e que naturalmente também é o verdadeiro espírita. Agindo retamente usufrui da paz interior e ao agir pacifica os que estão ao seu redor; bom cumpridor dos seus deveres em tudo o que atua - seja como membro de uma familia, cidadão, operário, como profissional liberal, como
empresário ou como politico - planta a semente do bem, mesmo que no meio de um guerra.

    Vivendo cotidianamente a discriminação e a violência contra os judeus, inclusive o transbordamento de ódio nos "progroms" - atos coletivos de brutalidade contra os judeus - o Dr. Zammenhof idealizou a lingua da fraternidade universal. Ideal ainda em
implantação, mas que por existir e mover outros individuos na busca da compreensão mutua já neutralizou muito ódio.

    Sidharta Gautama, o Iluminado (Buda), ao propor as quatro nobres verdades e a compaixão para com todos os seres começou a mover a roda de uma doutrina que até hoje transforma os seres de uma maneira extraordinária - veja-se o exemplo do Dalai Lama em sua luta pacifica pelo seu pais de nascimento.

    Entre nós, espíritas, apresentam-se claramente as figuras de Bezerra de Menezes e de Francisco Cândido Xavier, que talvez tenham tido mais influência sobre a cultura e o modo de ser brasileiro, que a maioria de nossos estadistas e intelectuais.

    Pois bem, da falta dessa paz interior sente-se o reflexo por todos os lados. Nosso cotidiano parece marcado pelo medo da
violência - violência pelo crime; violência pela corrupção; violência pela ganância; violência pelo egoismo; violência pela falta de fé; violência pelo desamor. Basta ligar a televisão e assistir os noticiários; se mergulha em um cenário digno de um filme de horror (genêro de filmes, que alias tem se esmerado em apresentar as cenas mais cruéis e sanguinolentas possiveis).

    Na nossa midia atual, o criminoso - seja qual for o genêro de crime que pratica - tem mais destaque que o homem de bem. Mostra-se o crime, como foi praticado e - quando o criminoso foi pego - onde foi que errou para ser pego. Se lhe dá espaço em entrevistas e, se bem sucedido, como em casos recentes de grandes escandalos, mostra-se a vida boa que conseguiu e as falsas adulações de que se cerca. Pouco espaço se dedica ao trabalhador honesto, ao administrador honrado, ao voluntário do bem e as grandes obras de transformação social. Se dá mais espaço na midia a um traficante que a um lider religioso como o Rabino Sobel - uma personalidade incrivel pela sua compreensão do que é ser fiel a uma religião, respeitando as demais. Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco então, dificilmente são temas dos grandes noticiarios. A "Mansão do Caminho", as "Casas André Luiz", o "Abrigo Bezerra de Menezes" e outras infindáveis iniciativas em prol da coletividade são amplamente ignoradas.

    É de uma dessas iniciativas que particularmente gostariamos de tratar - é o movimento "Você e a Paz" lançado por Divaldo Pereira Franco há uns três anos atrás e que se celebra normalmente no inicio de Dezembro. O objetivo do movimento é a conscientização dos individuos de que cada um deve se esforçar por atingir a paz espiritual em beneficio da paz coletiva. Normalmente um grande encontro na cidade de Salvador marca o dia do evento e durante os dias seguintes  - até o Natal
- se solicita a todos que procurem usar o simbolo do movimento - um laço branco - para chamar a atenção para a Paz.

    O movimento é ecumênico - pessoas de todos os credos são convidadas a participar - e seu objetivo não é ser uma demonstração publica "contra" a violência, mas uma chamada para que todos passem a agir "a favor da paz". Em essência
a idéia interna da proposta é que o "ser contra" é uma posição reativa, podendo ser até de imobilidade, enquanto o "ser a favor" é fator de engajamento, de atuação vibrante, de ação. Ser a favor da paz ou pela não-violência, que em essência são atitudes afins, signfica por em prática os ensinamentos básicos de todas as religiões, o agir eticamente, o agir pensando no bem do próximo, seja quem quer que seja o próximo.

    Nós todos temos um compromisso com este movimento, pois se já tivessemos adquirido esta paz interior, nosso mundo não
seria mais o mundo de expiação e provas em que vivemos. A transição para um mundo de regeneração já teria ocorrido e não viveriamos mais os momentos de medo que se tornaram a caracteristica da vida moderna. De nós depende a velocidade maior ou menor dessa transição e o final mais ou menos rápido das dificuldades atuais.

    O homem atual, vivendo em um mundo globalizado, neuroticamente competitivo e agarrado aos valores materiais, só encontrará a felicidade se mudar de atitude perante a vida, pois "de que vale o homem conquistar o mundo se perder sua alma".

    Aproveitemos a oportunidade que o Divaldo nos oferece, de dedicar um dia a essas reflexões, e participemos do evento "Você e a Paz" onde quer que estejamos. Se nossa presença fisica não é possivel, pois mesmo com todas as facilidades modernas, as grandes distâncias geográficas ainda são um obstáculo considerável, estejamos presentes espiritualmente, através do pensamento fraterno e da adesão as propostas enobrecedoras do evento.

    E não se esqueçam de divulgar o evento!

    Muita Paz,
    Carlos Iglesia


Algumas observações



- Para contato com a Mansão do Caminho, instituição dirigida por Divaldo Pereira Franco:

    Mansão do Caminho
    Rua Jaime Vieira Lima, nº 104
    CEP 41235-000 - Salvador-Ba - Brasil
    http://www.mansaodocaminho.com.br/

    E-mail:
    Mansão do Caminho - mansao@svn.com.br
    LEAL (Livraria) - leal@svn.com.br

- Outras informações sobre o movimento "Você e a Paz": http://www.plenus.net/


PAZ NO MUNDO E PAZ DO CRISTO
"A paz vos deixo, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá"
Jesus (João 14:27)
    É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo. A calma do plano inferior pode não passar de estacionamento. A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz imortal. O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.

    Nos circulos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.

    Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.

    Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coracão.

Emmanuel.

PS.: Texto enviado pelo Ademir



Pedido de Doação de Livros Espíritas para Centro Espírita, Fábio, Brasil

Centro Espírita de Ilha Comprida
Av. Santa Catarina, 30 - Balneário Adriana
Caixa Postal No. A2 - Ilha Comprida
CEP - 11925-970 - São Paulo
Fone:13-6842-1682
email: fep@virtualway.com.br

Atividade: Reuniões para estudo da Doutrina Espírita às 2as feiras
Assistência Evangélica, 4as feiras 20,00h.
Outras atividades segundo calendário.







Outras Informações: A instituição necessita urgentemente de livros espíritas (Novos ou Não) para divulgação da Doutrina pois a região é muito pobre. Colabore para a divulgação da Doutrina.
 
 

Fábio Esteves Pereira



Seminario Asistencia Social Espirita, Fabio Villarraga, Colombia

Queridos amigos y hermanos en ideal:

    Reciban nuestro caluroso saludo y nuestros mejores pensamientos por vuestro bienestar físico y espiritual.

    La presente tiene como objetivo extenderles la invitación formal para asistir y participar en el  SEMINARIO NACIONAL DE CAPACITACIÓN SOBRE LA ASISTENCIA SOCIAL ESPIRITA, que la Vicepresidencia de Asistencia Social de CONFECOL ha organizado en la ciudad de Bogotá para los días 18 y 19 de Agosto de 2001. Su expositor será el conferencista espirita brasilero Cesar Soares dos Reis, quien es el Director Vicepresidente del Hogar Fabiano de Cristo, la obra de asistencia social espirita mas grande del mundo, que ampara mas de 70.000 personas en todo Brasil.

    Sea esta la oportunidad para consolidar los conocimientos en torno al trabajo espirita dentro del campo de las necesidades sociales, que redundaran en beneficio de nuestras instituciones, de las labores de asistencia social que se realizan, y en general del movimiento espirita colombiano.

    Dentro del marco del V Congreso de Dirigentes Espiritas llevado a cabo en abril de 2001 en la ciudad de Neiva, se desarrollo la Asamblea General de Delegados de CONFECOL, donde se aprobó  la realización de este Seminario.

    Invitamos a todas las federaciones del país, a todos los centros espiritas y a todos los trabajadores  de   tareas de asistencia social de las instituciones para asistir y participar en este Seminario.

Fraternalmente,

Fabio R  Villarraga B
Vicepresidente Asistencia Social
Confederación Espirita Colombiana - CONFECOL



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