Grupo de Estudos Avançados Espíritas

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Boletim Quinzenal de Distribuição Eletrônica

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec


Ano 09 - Número 409 - 2001            23 de janeiro de 2001

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Textos
História do Cristianismo II, Maurício Júnior, Brasil

(Seqüência do texto publicado no Boletim 408)
 

AULA 2 - EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO RELIGIOSO

O Antigo Testamento e os Profetas
As Leis Mosaicas
O Monoteísmo e o Decálogo




1 - O ANTIGO TESTAMENTO E OS PROFETAS

    A Bíblia é uma coletânea de diversos livros, subdivididos em Antigo e Novo Testamentos. Para a maior parte das igrejas cristãs a Bíblia é a suprema autoridade, constituindo-se na Palavra de Deus.

    São livros escritos por autores vários através dos tempos que, segundo o entendimento, teriam sido ditados por Deus aos homens. Livros escritos originariamente em hebraico e aramaico, até o surgimento da imprensa, em 1450, as duplicações de qualquer texto eram manuscritas e naturalmente eivadas de erros de transcrição, tais como: omissão de letras e palavras, substituição de locuções por um só vocábulo, separação de uma palavra em duas, ou o inverso, unindo duas palavras em uma, negligência do escriba, falta de atenção, interpolações para completar a idéia segundo o critério do copista, ou ainda por tomarem uma letra por outra muito semelhante, tudo isto ocasionando alteração das idéias originais, algumas vezes deliberadamente em busca de outros propósitos.

    A Bíblia não é fácil de ser entendida, porque seu linguajar arcaico leva outras correntes doutrinárias a impropriamente interpretá-la ao pé da letra com as naturais distorções, donde provém sua rejeição, de um lado pelos mais exigentes e de outro, pelos acomodados.

    Entre as traduções da Bíblia, as mais antigas e famosas são: a Versão dos Setenta e a tradução feita por Jeronimo, chamada Vulgata. Recentemente, após as descobertas dos Manuscritos do Mar Morto, processou-se sua tradução por especialistas de diferentes religiões cristãs, procurando-se eliminar os desvios semânticos, decorrentes das modificações da língua através dos tempos e de diferentes interpretações, para que se chegasse a um denominador comum. Essa tradução foi designada de A Bíblia de Jerusalém.

    Ao se consultar o Antigo Testamento, são inúmeras as passagens em que Deus se manifesta aos homens, constituindo as diversas Teofanias, ou seja, a aparição, a manifestação de Deus às criaturas. Aqui cabe questionar:

    As Teofanias, ou seja, as manifestações de Deus aos homens, ou ainda os fenômenos e fatos relatados nas escrituras, séculos ou milênios atrás, mandam a lógica e a razão que necessariamente não só possam como devam repetir-se hoje exatamente com as mesmas características, dentro das mesmas leis.

    Não admitir isto, é o mesmo que admitir a mutabilidade de Deus. Deus teria comportamento emotivo com o correr dos séculos. Estaria sujeito a tratar diferentemente os homens conforme simpatizasse ora com uns, ora com outros. Deus seria inconstante nos seus critérios de assistência aos seus tutelados.

    Ora, é sabido que Deus é imutável, soberanamente bom e justo. O mesmo ocorre com suas leis. Os homens, sim, mudam, porque evoluem e se aprimoram. Leis outrora desconhecidas vão sendo aos poucos descobertas, sejam elas científicas, filosóficas ou morais.

    Assim, não se pode comodamente classificar os fatos bíblicos como milagres e muito menos como sobrenaturais, o que seria aceitar uma derrogação das leis divinas.

    A palavra profeta deriva do grego prophetes que quer dizer pessoa que fala em lugar de outra como intérprete e significa também pessoa que prediz o futuro. Esta, a palavra, que nas páginas do Antigo Testamento, servia  para designar todos aqueles que faziam predições atribuídas a inspiração divina. Os profetas de Israel extremamente obedientes e obstinados defensores do Decálogo sobrepuseram-se aos demais povos pela sua pureza, pela sua moral.

    A mais antiga manifestação histórica do profetismo é a que se dá entre os judeus, corporificando aspectos fundamentais tanto do próprio judaísmo como, mais tarde, da religião cristã. Os profetas de Israel têm por característica principal servirem de mediadores entre um deus e um povo determinado, isto é, entre Javé e os hebreus. O fenômeno remonta à fase de nomadismo das tribos hebraicas, quando se limitava à expressão oral. Ainda na época de Samuel, de Saul (séx. XI a.C.), o chamado ou inspirado (navi) era um vidente extático e andarilho, suscetível de arrebatamentos, desmaios, êxtases, flagelações, empenhando-se na defesa de Javé e contrapondo-se à influência de outros cultos, como o da religião cananéia.

    O aparecimento e o caráter do profetismo, entre os hebreus, têm relação estreita com a obra e o papel desempenhado por Moisés -- referido (Deut. 34,10) como o maior dos profetas -- na condução do povo de Israel à terra de Canaã.

    Dos profetas eram exigidos presságios de acontecimentos futuros, parte importante de suas tarefas tidas como sinais incontestáveis de serem representantes de Deus. Tinham que abordar acontecimentos atuais e passados e simultaneamente instruir o povo nos caminhos de Deus.

    O primeiro profeta de que se tem notícia nas escrituras hebraicas é o próprio Abrahão (Gn. 20-7), fundador da tribo de Israel.

    De toda a longa tradição do profetismo hebraico, em que se manteve inalterável o denominador comum da defesa de Javé e de sua ética, pelo menos 21 profetas se tornaram conhecidos: na primeira fase, monárquica, dos hebreus, Samuel, Elias, Eliseu, Natã; no séc. VII a.C., Amós, Oséias, Isaías, Miquéias; no séc. VII, Sofonias, Naum, Habacuque; no séc. VI, Jeremias, Ezequiel e o Segundo Isaías; nos seçs. V e IV a.C., Ageu, Abdias, Zacarias, Malaquias, Joel, Jonas e Daniel.

    Os Livros Proféticos, de modo geral, registram as principais profecias dos missionários de Israel. Assim, tem-se:

2 - AS LEIS MOSAICAS

    Segundo vários teólogos, há duas partes distintas na lei mosaica: a lei de Deus, promulgada sobre o monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés; uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.

    Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as outras são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter, pelo temor, um povo turbulento e indisciplinado, no qual tinha que combater os abusos enraizados e os preconceitos hauridos na servidão do Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele deveu atribuir-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores de povos primitivos; a autoridade do homem deveria se apoiar sobre a autoridade de Deus; mas só a idéia de um Deus terrível poderia impressionar homens ignorantes, nos quais o senso moral e o sentimento de uma delicada justiça eram ainda pouco desenvolvidos.  É bem evidente que, aquele que tinha colocado em seus mandamentos: Tu não matarás; tu não farás mal ao teu próximo não poderia se contradizer fazendo deles um dever de extermínio. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, pois, um caráter essencialmente transitório.

    As leis mosaicas estão compiladas em cinco livros (Pentateuco), conhecidos pelo nome de Torá, e contém um conjunto de prescrições e postulados que orientam a vida moral, social e religiosa do povo judeu e se divide em:


3 - O MONOTEÍSMO E O DECÁLOGO

    As cinco obras básicas atribuídas à autoria de Moisés representam as tônicas do pensamento religioso dos judeus. Uma parte caracteriza-se como de origem nitidamente espiritual, conteúdo permanente e de interesse geral, universal, transcendendo limitações de tempo e espaço, raça e culto. A essência de tal pensamento está sumarizada no Decálogo. Uma certa unanimidade existe em torno da considerável importância desse documento. É ele a base, o ponto de partida, a estrutura de todo o desenvolvimento posterior de uma ética para as multidões que viriam integrar a tradição judeu-cristã. Quando o Cristo dizia que não veio derrogar a lei e sim fazê-la cumprir, é certo que se referia a esse conteúdo espiritual, intemporal e universal do Decálogo.

    O restante da obra de Moisés é desdobramento, detalhamento daquele código básico com a finalidade de adaptá-lo aos costumes e caráter do povo hebreu. É como se fossem a lei e a sua regulamentação.

    Há, pois, no Pentateuco, um código permanente de ética ao lado de uma legislação mais ou menos variável e adaptada à época e aos hábitos bem como às crenças específicas do povo hebreu.

    É indisputável a autoridade do Decálogo. Reconhecendo isto, a própria Igreja Católica resolveu aceitá-lo e incorporá-lo aos seus ensinamentos, exatamente por entender que a sua moral é sólida e que seus preceitos estão acima da posturas meramente sectárias. Qualquer religião que se preze há de recomendar o que ali está exposto: o respeito a Deus, à verdade, aos pais, à vida a aos bens alheios.

    Um exame atento dos textos nos leva, não obstante, a admitir que o decálogo não é um documento de amor e sim de comando. Não é sem razão, pois, que seja também conhecido como os Dez Mandamentos. O primeiro preceito não nos convida a amar a Deus - identifica-o e determina secamente: Não tereis, diante de mim, outros deuses. Aliás, quase todo o decálogo é vazado em forma negativo-imperativa: não mates, não cometas adultério, não roubes, não prestes falso testemunho, não desejes a mulher do próximo, não cobiçes os bens alheios. Somente dois dos preceitos são escritos de forma positiva - a santificação de um dia por semana e o respeito aos pais, este último, mesmo assim, não tanto por amor, mas para que se possa viver longo tempo na Terra que Deus daria ao povo hebreu.

    A doutrina do amor, mantido a respeito pelas determinações do decálogo, seria introduzida alguns séculos depois pelo Cristo.

    Estas observações não têm o caráter de uma crítica que, obviamente, nada retiraria do mérito incontestável que todos reconhecem no decálogo. Entretanto, a um povo rude, ainda turbulento e heterogêneo como os hebreus nômades dos primeiros tempos, seria totalmente inócuo um código que apenas fizesse apelo ao amor fraterno, à mansuetude, à obediência consciente e voluntária.

    O Decálogo figura duas vezes no Pentateuco: em Êxodo 20:2-17 e em Deuteronômio 5:6-18. Há variações substanciais entre um texto e outro, mas não tão signifivativas que invalidem as colocações nele contidas. Os exegetas do Antigo Testamento acham que os textos, tal como hoje os conhecemos, resultam da expansão posterior de uma versão original e primitiva bem mais sintética.

    O decálogo e a crítica histórica - Até o aparecimento da crítica histórica, aplicada às Escrituras na segunda metade do séc. XIX, poucos punham em dúvida a autoria mosaica do Pentateuco, sobretudo de textos considerados fundamentais, como é o caso do decálogo. Desde 1880, porém, até a atualidade, os problemas da origem, da forma e da transmissão dos dez mandamentos têm preocupado grande número de pesquisadores. Em 1889, Julius Welhausen abriu a discussão com a obra Composição do Hexateuco e dos livros históricos do Antigo Testamento, negando que Moisés tivesse promulgado leis como as do decálogo, de caráter permanente e universal. Desde então, questões como essa permanecem em debate, em alto nível, entre estudiosos de renome, tanto nos meios católicos e protestantes como judaicos.

    Sigmund Mowinckel (O Decálogo, 1927) defende a teoria de que o decálogo é fruto do pensamento profético de discípulos de Isaías, dos tempos pré-exílicos, mas relaciona todo o trecho de Ex 19-24, no qual o decálogo, na forma em que se apresenta hoje, veio posteriormente a ser inserido, com objetivos de culto e, particularmente, com as mais antigas festas religiosas relativas ao velho pacto da aliança entre Deus e o seu povo.

    Posteriores hipóteses, principalmente de Albrecht Alt, a respeito do caráter apodíctico (1) do decálogo, enfraqueceram as teorias de Mowinckel, mas tentaram deixar claro que era impossível admitir a origem mosaica do documento, a qual poderia atribuir-se somente às cláusulas relativas à casuística (2) da legislação contida no Êxodo. Para Alt, a legislação desse último tipo era comum a outros povos, mas o decálogo seria genuína criação israelita. Entretanto, descobertas arqueológicas mais recentes levaram G.E. Mendenhall à conclusão de que a legislação de tipo apodíctico existia já entre os hititas e outros povos, exatamente com a mesma estrutura do Decálogo e seu contexto: um preâmbulo histórico, cláusulas proibitivas, e prescrições quanto à guarda e leitura do documento.

    As discussões prosseguem. Não é possível negar a semelhança entre o decálogo e velhos códigos de povos antigos contemporâneos do povo de Israel. Por outro lado, é nítido o paralelismo entre algumas leis religiosas da Babilônia, bem como o Livro dos Mortos (cap. 125) dos egípcios e alguns dos preceitos do decálogo. Há neste, porém, como diferenças essenciais, o culto exclusivo ao Deus único (monoteísmo) e a proibição da feitura de imagens: os dois aspectos que de fato caracterizam a espiritualidade da religião bíblica.



NOTAS

(1) Apodíctico - Diz-se do que é demonstrável ou do que é evidente, valendo, pois, de modo necessário.
(2) Casuística - Estudo dos casos de consciência, isto é, dos problemas concretos que se apresentam à ação moral.


QUESTIONÁRIO
  1. Comumente se diz que a Bíblia é a palavra de Deus aos homens. Quais seriam os argumentos para que assim não a considerássemos em seu inteiro teor?
  2. Quais as versões mais antigas da Bíblia e em que línguas foram traduzidas estas versões?
  3. Qual a versão mais moderna da Bíblia?
  4. O que vem a ser uma Teofania?
  5. Qual a principal característica entre os profetas de Israel?
  6. Na história do povo hebreu, quantos foram os profetas?  Cite 7 deles?
  7. Segundo o seu entendimento, o que seriam as leis mosaicas?
  8. Em quais livros do Antigo Testamento estão compiladas as leis mosaicas?
  9. O que é o decálogo e o que ele contém?
  10. Por que razão o decálogo é transcrito em forma negativo-imperativa?


        TEXTOS EXTRAÍDOS DE:


Meditação: Uma disciplina espiritual, XIV Dalai Lama, do Livro "Transformando a Mente"

(Do livro  "Transformando a Mente", XIV Dalai Lama[1], trad. Waldéa Barcellos, transcrito com autorização da Editora Martins Fontes - http://www.martinsfontes.com)

    O que entendemos por meditação ? Do ponto de vista budista, a meditação é uma disciplina espiritual, que nos permite algum nível de controle sobre nossos pensamentos e emoções.

    Por que não conseguimos desfrutar da felicidade duradoura que buscamos ? É por que com tanta freqüência deparamos com o sofrimento e a infelicidade em seu lugar ? O budismo esclarece que, no nosso estado mental normal, nossos pensamentos são descontrolados e rebeldes; e, como nos falta a disciplina mental para dominá-los, somos incapazes de controlá-los. Resultado, são eles que nos controlam. E os pensamentos e emoções, por sua vez, costumam ser controlados pelos nossos impulsos negativos, em vez de o serem pelos positivos. Precisamos inverter esse ciclo, de modo que nossos pensamentos e emoções sejam liberados da subserviência aos impulsos negativos e que nós mesmos, na nossa individualidade, ganhemos controle sobre nossa própria mente.

    A idéia de produzir uma mudança tão fundamental em nós mesmos pode à primeira vista parecer impossível. No entanto, é realmente possível realizar essa mudança através de um processo de disciplina tal como a meditação. Escolhemos um objeto específico, e então treinamos a mente desenvolvendo nossa capacidade de manter a atenção concentrada no objeto. Normalmente, se tirarmos apenas um momento para refletir, veremos que nossa mente é totalmente dispersiva. Podemos estar pensando em alguma coisa e, de repente, descobrimos que fomos distraídos porque algum outro pensamento entrou na nossa cabeça. Nossos pensamentos estão constantemente correndo atrás disso ou daquilo porque não temos a disciplina de concentrar a atenção. Portanto, através da meditação, o que podemos alcançar é a capacidade de voltar nossa mente para qualquer objeto determinado e focalizar a atenção nele, de acordo com nossa vontade.

    Ora, é evidente que poderíamos decidir enfocar um objeto negativo na nossa meditação. Se, por exemplo, alguém estiver apaixonado por uma pessoa e concentrar a mente exclusivamente nesta pessoa, insistindo em pensar nas suas qualidades desejaveis, isso terá o efeito de aumentar seu desejo sexual por aquela pessoa. Mas não é esse o objetivo da meditação. De uma perspectiva budista, a meditação deve ser praticada em relação a um objeto positivo, com o que queremos dizer um objeto que aumente nossa capacidade de concentração. Através da familiaridade, nós nos aproximamos cada vez mais do objeto e temos uma sensação de envolvimento com ele. Na literatura budista clássica, esse tipo de meditação é descrito como shamatha, a permanência serena, que é uma meditação de ponto único de concentração.

    A shamatha em si só não basta. No budismo, associamos a meditação de ponto único à prática da meditação analítica, que é conhecida como vipasyana, discernimento penetrante. Nessa prática, aplicamos o raciocínio. Quando reconhecemos os pontos fortes e fracos de diferentes tipos de pensamentos e emoções, bem como suas vantagens e desvantagens, conseguimos aprimorar nossos estados mentais positivos que contribuem para uma sensação de serenidade, tranqüilidade e contentamento além de reduzir a incidência daquelas atitudes e emoções que conduzem ao sofrimento e à insatisfação. Desse modo, o raciocínio desempenha um papel de grande auxílio nesse processo.

    Eu deveria salientar que os dois tipos de abordagem meditativa que descrevi, a de ponto único e a analítica, não se distinguem pelo fato de cada uma contar com um tipo diferente de objeto. A diferença entre elas reside no modo pelo qual cada uma é aplicada, não no objeto escolhido.

    Para esclarecer mais este ponto, vou recorrer ao exemplo da meditação  sobre a impermanência. Se aquele que medita se mantiver concentrado no pensamento de que tudo muda de um momento para outro, essa é a meditação de ponto único; ao passo que, se alguém meditar sobre a impermanência através da aplicação constante, a tudo o que encontrar, dos diversos argumentos referentes à natureza impermanente das coisas, reforçando sua convicção no fato da impermanência por meio desse processo analítico, ele estará praticando a meditação analítica sobre a impermanência. As duas têm um objeto comum, a impermanência, mas o modo de aplicação de cada meditação é diferente.

    Minha impressão é que os dois tipos de meditação são de fato praticados em quase todas as tradições religiosas mais importantes. No caso da Índia antiga, por exemplo, a prática da meditação de ponto único e a aplicação da meditação analítica são comuns a todas as tradições religiosas importantes, budistas e não-budistas. Durante uma conversação com um amigo cristão alguns anos atrás, eu soube que no cristianismo, em especial na tradição ortodoxa grega, existe uma longa e sólida história de meditação contemplativa. E, da mesma forma, uma série de rabinos judeus falou comigo sobre certas práticas místicas no judaísmo que envolvem uma forma de meditação de ponto único.

    É portanto possível integrar os dois tipos de meditação numa religião teísta. Um cristão, por exemplo, poderia dedicar-se à contemplação refletindo sobre os mistérios do mundo, sobre o poder da graça divina ou sobre várias razões que considere intensamente inspiradoras e que aumentem sua crença no divino Criador. Através de um processo dessa natureza, o indivíduo poderia chegar a uma profunda fé em Deus, e poderia então pousar sua mente nesse estado, mantendo o foco nesse ponto único. Desse modo, o praticante chega a uma meditação de ponto único sobre Deus através de um processo analítico. Portanto, os dois aspectos da meditação estão presentes.


Observações - GEAE

[1] Entre os grandes lideres espirituais dos nossos dias está o XIV Dalai Lama, que não só é o lider religioso do Budismo Tibetano, como até 1949, início da anexação do Tibet pela China, foi o govenante deste país. Tendo sido forçado a exilar-se no Nepal, o Dalai Lama, tem dedicado sua vida a buscar uma solução pacifica e digna para a autonomia do povo tibetano, tendo inclusive recebido o premio Nobel da Paz de 1989. Paralelamente, na sua função de expoente máximo de sua religião, tem contribuido enormemente para a difusão do Budismo Tibetano, demonstrando-o na sua vivência prática, explicando-o em inumeraveis congressos ou eventos, e colocando sua riqueza doutrinária ao acesso de todos em diversos livros. Em sua longa história, o Budismo deu origem a algumas escolas de pensamento diferentes, entre as quais se encontra a presidida pelo Dalai Lama, todas elas compartilhando um profundo conhecimento da psicologia humana e da busca pela realidade interior. O texto que transcrevemos tem por objetivo mostrar aos colegas quão interessantes são estes conhecimentos para nós espíritas.




Comentários
Comentários sobre Aids e Conduta Mental, Paulo Eduardo, Brasil


Amiga Leda Maria,

    li o tema AIDS E CONDUTA MENTAL, publicado no boletim GEAE de número 407 e tenho (temos) os seguintes comentários a fazer:

    A co-criação, tema polêmico por si só, e mais ainda, quando aborda a AIDS ou SIDA, doença estiguimatizante de nosso tempo, tal como era a hanseniase e a tuberculose em épocas passadas. Não vou nem tocar de leve nas crendices e nas profilaxias adotadas pelos médicos e práticos daquelas épocas, no tratamento dessas e outras doenças. No entanto com o surgimento da penicilina e outros compostos químicos, aliados ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, graças ao empenho de mentes brilhantes, muitas doenças passaram Ter cura, ou pelo menos controle parcial dos seus efeitos.

    Com certeza não faltarão críticas daqueles que acreditam tão somente na matéria, os ditos materialistas, ainda surgirão os confusos e os pseudos sábios, cheios de palavras vazias, porém cheias de malícia. É preciso entender que "matéria e essência" se completam no universo, e tem a mesma essência e origem, isto é DEUS. A vida na matéria densa no orbe terrestre, é apenas sombra do mundo espiritual. Encarnados e desencarnados, sem dúvida, são todos co-criadores do Universo. Através das relações simbióticas, entre os dois planos existentes da vida, permutam-se impressões, experiências, agradáveis e desagradáveis, não importa. Esta realidade um dia será amplamente aceita em todas as ciências. Eis ai, a grande contribuição da Ciência Espírita ao mundo. Através de seus pensamentos, e de suas ações, encarnados e ou desencarnados, agindo uns com os outros, manipulam conscientes ou inconscientementes esta "essência divina", matéria-prima, provocando as mais variadas co-criações. Nasce daí a responsabilidade pessoal ou coletiva de povos, tribos e até por que não dizer, planetária.

    Os sábios orientais acreditam que: "nossos pensamentos são como vento, surgem de repente e se vão, para não se sabe onde." Assim como o vento, que não vemos, mas lhe sentimos, e podemos classificá-lo como brisa, ou vendaval, gélido ou caliente, segundo o que sentimos deste; é portador não só do oxigênio que nos mantém vivos enquanto encarnados, como também de micróbios e vírus diversos, que podem até destruir o vaso carnal que habitamos temporariamente.

    Creio, estar ainda longe, o tempo em que poderemos estruturar cientificamente os componentes do pensamento; assim como fomos capazes de estudar, estruturar e controlar a radiofrequência, que hoje nos permite transmitir sons, imagens e dados, inclusive promovendo até comunicações interplanetárias. Com certeza o pensamento é energia, e creio que podemos
compo-lo, primariamente, por energia, imagem e sentimento. Assim como a energia elétrica possui uma intensidade e uma
frequência, a energia do pensamento não deve ser diferente. Assim se sintonizam as mentes afins na mesma frequência mental, segundo o teor de suas imagens e de seus sentimentos, aproximando-os por especialíssimo campo fluído-magnético. Suas imagens mentais co-criam ambientes comuns através da ideoplastia. O teor dos seus sentimentos são semelhantes ao cristal oscilador, que determina exatamente a frequência mental coletiva a que pertence.

    Igualmente ao vento que sopra, nossos pensamentos podem ser brandos como a brisa suave que nos acaricia, ou tempestuoso como o vendaval que nos fustiga. Escolhemos qual tipo de vida queremos, segundo nossos sentimentos, e nossas ações. Todo pensamento, assim como o vento, torna ao ponto de partida. No entanto, a observação atenta do aprendiz, entre ação e reação, causa e efeito, faz a diferença entre vegetar e viver, passar e aprender.

    Citando Paulo de Tarso "(...) vivemos e nos movemos em Deus", além de encerrar uma declaração de fé, extrapola o conceito e nos remete à teoria monista, princípio de que toda essência está no espírito.

    Assim, filhos do Pai Supremo, somos seus herdeiros naturais, e deste herdamos a essência co-criadora. Se nos prevenimos das doenças que afetam o corpo somático, produzindo vacinas, soros, e outros remédios, não ocorre com frequência a criação de terapia segura contra os venenos do pensamento destruidor. Parece que ainda estamos longe de tal acontecimento, porém, os mecanismos invisíveis, manipulados pelo Supremo Criador, expresso pelo que entendemos por Natureza, age silenciosamente nos milênios e séculos, reajustando a criatura humana, quando necessário, através da dor e do sofrimento sem faltar alegria, e quando necessário revela a estes sua grandeza, fazendo despontar na terra grandes homens, que tornam-se seus interpretes. Jesus, foi o maior deles. Na curta estada, nesta dimensão da matéria densa, presenteou o mundo com banquetede sabedoria e amor. Entendendo que o homem ainda não possuía, como ainda não possui, pendores intelectuais e morais, para compreende-lo na íntegra, preferiu utilizar-se do ensinamento pelo exemplo vivo. De muitos dos seus exemplos, alguns, que acredito serem úteis, reproduzo-os aqui:

- Mateus 8:2-4, Marcos 1:40-45, Lucas 5:12-

     Jesus, compadecendo-se dele, estendeu a mão e, tocando-o, disse: "Quero, sê curado!" No mesmo instante a lepra desapareceu e o homem ficou curado.
- Mateus 9:20-22, Marcos 5:25-34 e Lucas 8:43-48
(...) "Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada" Imediatamente cessou o fluxo de sangue e ela sentiu no corpo que estava curada de sua enfermidade, (...) Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz e estejas curada desse teu mal."
- Mateus 13:54-58, Marcos 6:1-6a, Lucas 4:22b-30, João 4:44
    (...) "Tendo ouvido essas palavras, todos na sinagoga se encheram de ira. E levantando-se, expulsaram-no para fora da cidade e o levaram até o cimo do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de precipitá-lo de lá. Jesus porém, passando pelo meio deles, prosseguia se caminho...E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles, mas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos. Jesus estava admirado da incredulidade desses homens."
- João 5:1-16
(...) "Depois Jesus o encontrou no Templo e lhe disse: "Eis que está curado; não pequeis mais, para que te não suceda alguma coisa pior!" O homem saiu e foi anunciar aos judeus que fora Jesus que o tinha curado. Por isso os judeus perseguiram Jesus, porque fazia tais coisas no Sábado."
    Os exemplos vivos deixados por Jesus, servem-nos, desde aquela época até o presente momento, como lições vivas da
fé. Sua aproximação, um simples toque ou uma palavra, era mais do que suficiente para curar variadas formas de doenças e
até mesmo ressuscitar os mortos. Crer ou não crer, não é todo o problema da fé, ainda restam as causas, Jesus curava, mas sempre alertava ao favorecido: "Eis que está curado; não pequeis mais, para que te não suceda alguma coisa pior !" Portanto não reside a cura definitiva no milagre da cura, mas na conduta posterior.

    Afinal então o que é o milagre?, senão o momento em que a divindade de Jesus se apieda do sofredor, dando-lhe nova
oportunidade de vida? No entanto, a incredulidade, diante dos fatos mais evidentes, que mesmo vendo não creram, que ainda ouvindo não compreenderam, pois seus corações estavam endurecidos e seus espíritos embrutecidos.

    Toda hora é momento sagrado de trabalho, se o sol nasce todos os dias para nos aquecer, a cisterna não para de jorrar
água para nos prover a vida, o vento sopra em todas as direções, a natureza não conhece descanso trabalhando
incessantemente em nosso favor, por que Deus criaria seres humanos que desprezariam o dia de trabalho ? A todo instante, e cada segundo, são momentos preciosos para o trabalho renovador do espírito. Aproveitemos bem a este tempo servindo sempre em Jesus.

    Paulo Eduardo Castaldi (Anselmo - Espírito - 09/10/00)



Contribuição para o boletim, Josi, Brasil

(Resposta a pergunta da Rosângela Borges Lima no Boletim GEAE 405 - material para evangelização da infância e juventude)

Olá Rosângela,

    Sei que demorei muito para enviar esta resposta, mas espero que ainda possa ajudar.

    Tive a oportunidade de ler um livro voltado para inicialização espírita de crianças, um trabalho do CPDoc. Infelizmente não me recordo o nome do livro, mas sei que o CPDoc desenvolve um trabalho muito sério e com muito estudo para manter seus livros de acordo com a proposta espírita. O livro é bastante ilustrativo e achei muito interessante, pois ainda não tinha visto um livro nesta linha.

    Voce pode entrar em contato com o CPDoc para maiores informações:

CPDoc - Centro de Pesquisa e Documentação Espírita
Rua Saturnino de Brito, 84/55, Marapé
11070-000 Santos - São Paulo, Brasil
cpdoc@zipmail.com.br
    Qualquer dificuldade em contatá-los, me escreva (josilp@hotmail.com), pois eu conheço um dos integrantes do CPDoc.
    Josi



Perguntas
Pergunta sobre Reencarnação, Elaine, Brasil


Olá,

    Eu ainda não sou espiríta apenas tenho estudado sobre o assunto e tenho encontrado muitas respostas. (...)Tenho muitas perguntas, tantas que nem sei por onde começá-las, mas há algum tempo tenho pensado nos animais que trazem carinho e felicidade para nossa vida. Gostaria de saber como a reecarnação trata isso, e se um dia já fomos seres animais e evoluimos para seres humanos racionais? Muitas vezes acredito que os animais nos entendam e não sejam tão irracionais. Como o espiritismo vê isso?

    Obrigada
    Elaine


Cara Elaine,

    Revendo os e-mails na caixa postal - infelizmente as vezes nos perdemos em meio aos e-mails que recebemos e deixamos de responder no tempo devido - vi sua questão. Em geral os espíritas entendem que o principío inteligente - o espírito - evolui desde as mais simples formas de vida até os espíritos de luz, chamados por muitas religiões de "anjos", cujo grau de perfeição ainda está longe da nossa compreensão.

    Os animais são assim nossos irmãos, em etapas mais rudimentares na escala evolutiva, e um dia chegarão a ter nosso grau de evolução, como nós mesmos um dia atingiremos a perfeição de nossos irmãos mais velhos na criação e que agora habitam em mundos mais evoluidos ou nem mais reencarnam em mundos materiais.

    Nos animais a inteligência é ainda rudimentar e justamente estão aprendendo a desenvolve-la. Nosso papel como irmãos mais velhos é exatamente auxilia-los nisto e não nos servimos deles como vulgarmente se acredita. Deus é a sabedoria suprema e tudo coloca de maneira ao aprendizado e o progresso de todos - se somos auxiliados pelos espíritos protetores, somos os protetores de nossos irmãos menores.

    Se procurar na página do GEAE - http://www.geae.inf.br/pt/search.html - encontrará diversos textos a respeito.

    Desculpe pela demora na resposta,

    Atenciosamente,
    Carlos Iglesia



Queima de Livros Espíritas, Alexandre, Brasil


Gente,

    Conheço algumas pessoas, que fazem parte do meu círculo de amizades e até outras que não, que me relataram um fato que gostaria de por em discussão, se vocês acharem interessante.

    Já são três pessoas , todas frequentadoras do movimento "Renovação carismática" que queimam, isto mesmo, queimam livros espíritas! Não sei se isto choca a vocês como me chocou (referências aos fatos acontecidos há mais de um século) mas, o que me interessou realmente é perceber que, apesar dessas pessoas não confirmarem, parece que existe algum tipo de "recomendação" por parte dos dirigentes desse movimento, no sentido de estimular tal prática!

    Quando uma dessas pessoas me contou, acrescentou inclusive detalhes surpreendentes (e mirabolantes também) , como o fato dos livros demorarem muito a queimar!!!?!!??!?

    A que ponto chegamos? Gostaria de saber se algum de vocês tem mais alguma informação a respeito e que possa compartilhar aqui.

    Um abraço fraterno e muita paz,
    Alexandre Galindo


Prezado Alexandre,

     É importante registrar este fato apenas para mostrar como  a intolerância e o desrespeito para com as convicções alheias ainda é uma realidade nos dias atuais. No entanto, não imagino ser ele interessante para despertar nenhum tipo de discussão.

    Não tenho nenhuma dúvida que isto ainda ocorra em nossos dias. Por certo, tanto os autores de tal façanha, bem como os seus mentores intelectuais, no fundo gostariam de trazer de volta a  santa inquisição. É que eles ainda não entenderam a mensagem de amor  d'Aquele a quem dizem representar neste mundo. Mas este dia virá, e ai entenderão o equívoco a que estiveram submetido.

    Com relação a demora na queima de tais livros, se é que isto realmente ocorre, é melhor que acreditemos que o fato se dá em função do resistente material de que os mesmos são constituídos, nada de especial ou mirabolante.

    Quanto ao mais, devemos nos recordar do que disse Kardec ao se referir ao incidente do Auto-de-Fé de Barcelona, a famosa queima dos livros espíritas, por determinação do bispo Antonio Palay Y Termens, que segundo ele eram imorais e contrários à fé católica:

    Espíritas de todos os países! Não olvideis esta data de 9 de outubro de 186l. Ela ficará memorável nos fatos do Espiritismo, e que seja para vós um dia de festa, não de luto, porque constitui o penhor do vosso próximo triunfo!
    Muita Paz,
    Antonio Leite



Pergunta sobre clonagem, Felipe, Brasil

Olá,

    Fiquei pensando num assunto após ler numa revista sobre uma possível clonagem de Jesus Cristo. O assunto que pensei foi a clonagem. Gostaria de saber qual o pensamento espírita sobre clonagem e mudança de genes (como o caso dos alimentos trangênicos)?

    Não vou perguntar sobre esta seita , afinal não é meu objetivo por em questão uma seita vista pelo ponto de vista do
espiritismo. Devemos lembrar que a clonagem é um grande avanço da ciência que pode estar sendo interrompida como foi
a teoria do sistema solar, por exemplo, mas que pode ser tembém uma total falta de respeito contra o ser humano e Deus.

    Muito obrigado.
    Felipe Waquim



Caro Felipe,

    Sugiro a leitura do livro Atualidade do Pensamento Espírita do Divaldo P. Franco, pelo espírito Vianna de Carvalho. Trata-se de uma obra bem atual, que responde a muitos questionamentos relacionados com o avanço das ciências em seus vários ramos, sob o ponto de vista espírita.

     Especificamente na área da clonagem, respondendo a um dos questionamentos levantados ele nos tranquiliza, nestes termos:

     O sonho de lograr-se uma clonagem real, copiando-se seres padronizados, já é uma realidade; no entanto, bem distante de conseguir-se o mesmo êxito em relação à criatura humana, conforme os moldes que conhecemos, em razão de somente poder acontecer mediante a interferência do Espírito, sem o qual teremos formações aberrantes de células que, desprovidas do modelo organizador biológico, jamais repetirão o indivíduo original.

    Tendo-se em vista, porém, que a engenharia genética venha conseguir os requisitos indispensáveis para que a vida humana se expresse, o Espírito se utilizará da circunstância e poderá reencarnar-se, jamais idêntico a outro, em razão das conquistas que tipificam cada um. (Livro citado, página 54).

    Um forte abraço,
    Antonio Leite




Painel
XVI Curso Para Evangelizadores - 2001

DADOS GERAIS DO CURSO:

Data: 24-25-26 e 27de fevereiro de 2.001 (Período do carnaval)
Recepção: dia 24/fevereiro- sábado, das 08 as 09 horas
Encerramento:      dia 27/fevereuri- terça, as 12 horas.
Local: Instituto de Difusão Espírita - Rua Emílio Ferreira, 123 - ARARAS-SP
INSCRIÇÕES:
Por carta até 10/02/2001
Enviar para: Departamento de Evangelização do IDE
Caixa Postal 110, cep. 13600-970 - ARARAS-SP
Solicite ficha de inscrição pelo telefone:  (0xx19) 541-0077 com Ana Alice ou por e-mail: info@ide.org.br

HOSPEDAGEM:  Coletiva, próximo ao local do curso. Se desejar se hospedar em hotel, ligue para o fone acima.
TAXA:  R$ 25,00  para alimentação e material básico - pago no 1.dia do curso.
VAGAS: Limitadas as 100 primeiras inscrições

PLANO GERAL DO CURSO
 
I - ORIENTAÇÃO PSICO-PEDAGÓGICA
MÓDULO I:   (visão global e síntese)
1. Visão global da evolução do pensamento humano
2. Doutrina Espírita - Síntese do pensamento humano
3. Ciência, filosofia, religião e arte

MÓDULO II:    (da evolução do Espírito)
4. Evolução do Espírito
5. Reencarnação e educação
6. O germe da perfeição
7. Amor, sabedoria, vontade

MÓDULO III:    (da inteligência)
8. Pedagogia comparada
9. Contribuição da Doutrina Espírita
10. O desenvolvimento da inteligência
11. O desenvolvimento da inteligência seg. Piaget
12. A teoria de Piaget e a Doutrina Espírita
13. Vygotski e a zona de desenvolvimento proximal
14. O método intuitivo de Pestalozzi
15. O método de projetos - Jon Dwey e Kilpatrick
16. O Centro de Interesses - Ovideo Decroli
17. Frenet
18. A visão global - conteúdos integrados
19. Síntese-análise-síntese sem perder o todo.

MÓDULO IV:     (do sentimento)
20. O desenvolvimento moral
21. O desenvolvimento moral e Piaget
22. O desenvolvimento moral e Pestalozzi
23. O poder do amor
24. O evangelho de Jeus
25. Sentimento e vibração
MÓDULO V:  (da vontade)
26. A vontade
27. A energia criadora do Espírito
28. O ideal - estímulo à vontade

MÓDULO VI:    (síntese)
29. Síntese da inteligência, do sentimento e da vontade
30. O desenvolvimento do pensamento intuitivo
31. O Modelo Pedagógico Espírita

MÓDULO VII:  (estudando a criança)
31. A criança
32. Recapitulando experiências
33. Etapas do desenvolvimento
34. A criança prodígio - bloqueios
35. Recapitulação intelectual e moral

II - PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EVANGELIZAÇÃO
MÓDULO VIII:  (Prática Pedagógica na Evangelização)
36. O conhecimento de si mesmo
37. Kardec e as obras básicas
38. Elaboração do programa
39. Trabalhando com o livro dos Espíritos
40. A divisão das turmas
41. Trabalhando com 04 a 06 anos
42. Trabalhando com 07 a 12 anos
43. Trabalhando com 13 anos em diante
III - A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO
MÓDULO IX:  (Família e educação)
45. A família - primeira escola
46. Integração da família no processo educativo
IV - A ARTE NA EDUCAÇÃO
MÓDULO X:  (A arte na educação)
47. A arte na educação
48. Oficina de música
49. Oficina de teatro
50. Oficina de dança
51. Oficina de artes plásticas
52. Oficina de literatura


Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Inscrição - http://www.geae.inf.br/pt/inscricao.html
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Coleção do "The Spiritist Messenger" - http://www.geae.inf.br/en/boletins
Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins
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