Grupo de Estudos Avançados Espíritas

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Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição Eletrônica

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec


Ano 08 - Número 392 - 2000             30 de maio de 2000

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Textos
Congresso Espírita de Paris em 1925, Raul Franzolin Neto, Brasil

    Desde a codificação do espiritismo, tem havido a preocupação de grandes líderes espíritas em manter a doutrina em constante movimento frente à humanidade com vistas a evolução do planeta. A organização de encontros de confraternização entre os espíritas se torna um importante meio de união em torno de um ambiente fraternal e de progresso espiritual, onde novos rumos podem ser mais bem definidos em sua divulgação para toda humanidade.
    O maior fator do sucesso de um evento espírita, reside na humildade e na capacidade intelectual dos seus organizadores, tendo em vista, que o próprio ambiente formado com a presença de muitas pessoas, é um facilitador dos sentimentos de vaidade e orgulho para aqueles que têm a possibilidade de serem o centro das atenções.
    Há muito se tem falado na importância da união dos espíritas em torno da doutrina codificada por Allan Kardec. Recentemente estivemos participando do 11º Congresso Estadual de Espiritismo na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, cujo tema central apresentou “O Espiritismo no Terceiro Milênio: Análise do Presente e Projeto do Futuro”. O evento foi de um sucesso brilhante, reunindo importantes lideranças do movimento espírita brasileiro e numeroso público congressista. A Comissão Organizadora soube muito bem acolher a todos, contando com apoio de muitos voluntários que promoveram um verdadeiro ambiente de alegria e confraternização em torno do bem comum.
    Em 1925 os líderes espíritas franceses organizaram um grande Congresso Internacional Espírita em Paris, sob tutela da Federação Espírita Internacional, congregando representantes espíritas de 22 nações, sob a presidência de mestre seguidor de Allan Kardec após seu desencarne, que foi Léon Denis.
    Interessante ressaltar que o próprio nome desse companheiro de Kardec pode ser visto no nome real do Codificador, Hipolite LEON DENISard Rivail. Isso mostra os desígnios que muitos espíritos amigos fazem em comum acordo antes do processo reencarnatório, principalmente em se tratando de uma missão de importância que deve permanecer nos anais da história da Terra.
    Apesar de seu estado de saúde debilitado e quase cego, Léon Denis aceitou a missão após tentar sem sucesso passar para outros companheiros tão honroso e dignificante trabalho, principalmente para o grande cientista e astrônomo Camille Flammarion. Mas, após levar essa consulta aos seus mentores espirituais em uma reunião mediúnica, recebe uma surpreendente informação espiritual: “Flammarion não estará lá!” De fato, Flammarion desencarna em junho de 1925 e o Congresso realizou-se em setembro do mesmo ano.
    O processo de unificação, portanto, não de hoje e será por longo tempo um desafio a todos os espíritas até que o projeto Terra Regenera se complete plenamente.
    O evento foi um grande sucesso como não poderia deixar de ser e a postura do eminente amigo Léon Denis encontra-se bem descrita no livro “Léon Denis na Intimidade” de Claire Baumard, publicado pela Casa Editora O Clarim.

Vejamos um pequeno trecho dessa bela narrativa:

...No dia 10 de setembro, Léon Denis pronunciou o discurso de abertura; foi uma bela alocução onde estava traçada a história do Espiritismo desde há cinqüenta anos, com suas numerosas tribulações, mas, também, com seu soberbo desenvolvimento. Ele terminou mostrando aos espíritas do mundo inteiro que a pesada responsabilidade e que a grandes deveres estavam incumbidos.
    A intervenção do Sr. Valabrègue forneceu ao Mestre oportunidade para uma magistral improvisação, O debate era sobre a Liberdade de Consciência. O Sr. Valabrègue partira para o combate após ter ouvido o discurso de Léon Denís e a relação muito interessante do Secretário Geral, Sr. Ripert. Ele exclamara: “Eu, eu não adoto vossa afirmação porque ela não proclama a liberdade de consciência”
    A isto 'Léon Denis replicou:
    "Fizemos a revolução para ter a liberdade de consciência; nossos pais derramaram seu sangue para ter liberdade de consciência, creio que ela existe e que irradia sobre a França inteira. Após a leitura do relatório discutiremos esta questão que me parece, entretanto, supérflua, porque a liberdade de consciência existe, ela é mantida e contra ela ninguém se poderá opor nem combatê-la".
    Após diferentes leituras de comunicações (as do Dr. Maxwell, procurador geral da Corte de Apelações de Bordeaux e de Sir Oliver Lodge), a palavra foi dada ao Sr. Valabrègue; ele dissertou longamente, foi eloqüente, interessante, mas a grande maioria da assembléia não aprovou a diatribe que fazia aos espíritas, a reprovação de ortodoxia e de não ter feito do amor, a base e o princípio essencial de sua doutrina.
    Não tirávamos os olhos do Mestre que, um pouco curvado sobre a mesa, ouvia atentamente seu contraditor, parecendo contrair-se sobre si mesmo como um lutador que prepara suas forças antes de medir-se com seu adversário. Ele se ergueu quando o Sr. Valabrègue terminou e fez uma magnífica improvisação:
    “Senhoras, senhores, - disse ele, - permiti-me resumir este debate em algumas palavras; segui com atenção os discursos muito eloqüentes e espirituais do Sr. Valabrègue e me pergunto agora em que, realmente, suas opiniões diferem das nossas. Eu não vejo nenhuma diferença, senão quanto à maneira de exprimir. No fundo estamos perfeitamente de acordo, e, neste caso, por que discutir? Ele nos falou de Cristo e de seu grande amor. Mas todos nós admiramos o Cristo e todos nós nos prosternamos com respeito diante desta grande figura que domina os séculos e permiti-me lembrar que o Cristo não apenas deu um exemplo magnífico de devotamento e sacrifício, mas nos trouxe também um ensinamento: a razão de sua encarnação sobre a Terra. Ele veio dar-nos um conhecimento de Deus, da alma e do destino, princípios que, infelizmente, não se aplicam mais em toda sua beleza e em toda sua grandeza. É precisamente nossa obra fazer com que revivam; é por isso que estamos reunidos, que trocamos opiniões, que sofremos há cinqüenta anos para reconstituir e dar à Humanidade o ensinamento do Cristo; por fim permiti-me dizer-vos: haveis pronunciado a palavra ortodoxia; Espiritismo não é uma ortodoxia no sentido de doutrina fechada, de doutrina rígida, é simplesmente uma representação livre do pensamento, é uma evolução, é uma etapa para a verdade Integral, para o infinito. Allan Kardec não disse que o Espiritismo permaneceria aberto a todos os desenvolvimentos do futuro, e, por conseqüência, a todas as manifestações do pensamento e da Ciência? Mas justificamos estas palavras, incorporamos em nossos trabalhos, em nossas obras todos os progressos, todos os conceitos das ciências, fizemos melhor do que isto indicamos os caminhos, as rotas a seguir. Foi graças a nós que os sábios entraram em nossas vias, no estudo do mundo invisível, no estudo das forças invisíveis; foi graças aos nossos estudos e às nossas pesquisas. Quem foi, enfim, que falou em primeiro lugar, nos tempos modernos, do fluido, da mediunidade, do corpo astral? Foram os espíritasl Atualmente ainda, todos os sábios, todos os metapsiquistas, não fazem senão caminhar sobre nossos traços, e seguir o caminho que percorremos há muito tempo. Pois bem! Caro amigo, permiti-me dizer-vos, todos os nossos esforços convergem para o objetivo do qual haveis entrevisto a hora.
    Falastes de consolações a dar à Humanidade, àqueles que sofrem, mas calculais todas as provas e todos os sofrimentos e todas as dores que o Espiritismo consolou? O Espiritismo não é simplesmente um ensinamento que repousa sobre base certa, é um critério que desafia contradições. O Espiritismo é um ensinamento para o mundo inteiro. Ensina-se por toda parte a reencarnação, os princípios do amor, e é Isto que faz a base do Espiritismo; jamais nenhuma doutrina apoiou-se sobre um critério tão universal.
Esse sentimento de amor de que falais, é a própria base do ensinamento espírita, como do ensinamento cristão.
    Ele não é escola, doutrina, ensinamento, qualquer que seja sua forma e que não tenha seus princípios.
    Nós temos princípios que ultrapassam os outros neste sentido de que eles nos vêm do Alto, de todos os pontos da Terra e que concordam entre si nos pontos essenciais.
    Nesta reunião, em que todas as nações estão representadas, os anglo-saxões parecem se diferenciar de nós em certos pontos, mas a fusão que se opera - tendes a confirmação em obras, em telegramas e em manifestações do pensamento - demonstra que uma idéia, imensa, bela, sublime, se ergue acima das contingências e faz irradiar seu poder e sua bondade sobre o Mundo. Estamos todos de acordo; diferimos em termos e expressões, e se o Sr. Valabrègue quiser refletir, verá que estamos todos unidos em um mesmo sentimento de fraternidade é de união, e que marchamos todos no mesmo passo para horizontes melhores, para dias mais belos para a Humanidade!"...

    Não há absolutamente nada de novo nos dias de hoje em relação ao pensamento e ensinamento desse grande estudioso e membro efetivo da equipe assegurada dos trabalhos de implantação da Doutrina Espírita na Terra.
    Este simples artigo foi escrito com a itenção de incentivar os nossos amigos ou, as nossas amigas, a continuarem firmes nos propósitos da unificação e da simplicidade moral da doutrina espírita, organizando e desenvolvendo Encontros Espíritas de toda a natureza. Isso, juntamente com todas as demais iniciativas, promoverão a verdadeira unificação naturalmente e, nada mais justo e belo, do que concluirmos este trabalho com as palavras de Léon Denis ditas naquela época, conforme relatado no referido livro:

    ..."Se eu tivesse que resumir em traços concisos os ensinamentos dos Espíritos Guias, eu diria: a Lei suprema do Universo é o bem e o belo. E a evolução dos seres através dos tempos e através dos mundos não tem outro fim que não seja a conquista lenta e gradual destas duas formas da perfeição.
Mas o entendimento humano não se contenta com fórmulas, são precisos também imagens que a própria natureza nos oferece em profusão, por exemplo, a vida da árvore; não é ela uma imagem flagrante da evolução da alma? Ambas se elaboram no seio da matéria, nela mergulham raízes profundas a fim de absorver o suco nutritivo. Tal é a vida da alma encarcerada nos mundos planetários. Ela se firma, sobe pouco a pouco para a luz e, como a própria árvore, estende seus ramos, cresce em sua pujança de radiação sobre o meio em que habita, depois cresce ainda para se expandir e aspirar pelo céu.
    A verdade é que nós somos arrastados por uma potente força evolutiva para os mais altos destinos. Essa noção é capaz de revolucionar a vida social sob todas as suas formas, pois que ela dá à nossa existência na Terra um sentido mais vasto, uma finalidade mais elevada.
    Sem renegar nosso passado, a hora é chegada para a Humanidade renunciar às velhas formas e compartilhar resolutamente numa via nova feita de luz e de liberdade. Os males de nosso tempo provêm em que persistimos em viver de um ideal que se tornou estéril, e, mesmo, às mais das vezes, nenhum ideal, enquanto que o Universo abre seu pensamento, seus horizontes infinitos, o império da. vida, a escada prodigiosa cujos degraus nos convida a subir.
    O ensinamento dos Espíritos, como um raio do Alto, vem dissipar nossas trevas e nos mostrar o caminho do futuro. Mas o homem, semelhante ao prisioneiro que saindo de seu cárcere, ou ao cego que subitamente recobra a vista, o homem permanece deslumbrado diante do clarão da Luz e hesita a se aventurar no novo caminho.
    Em meio ao nosso século atormentado sob o golpe de provas sofridas, o pensamento se inquieta, a consciência desperta, pergunta-se para que tanto progresso material se o homem não é ainda mais desgraçado e ainda pior? Muito se fez pela matéria, isto é, pelo corpo, mas o que se fez pelo Espírito?
Qual é a verdadeira fonte de vida em nós? O espírito foi negado, desprezado, desconhecido por uns, outros não o entreveram senão através do véu de fórmulas desgastadas"...

    Raul Franzolin Neto




Comentários
Obsessão, Luiz Almeida (Portugal), Pedro Vieira e Paulo Castaldi (Brasil)


Caros amigos, aqui segue um extracto de uma entrevista feita pela "Revista de Espiritismo", orgão oficial da Federaçao Espirita Portuguesa a Divaldo Pereira Franco, que responde com enorme clareza a questão levantada pelo amigo  Jaime  "Tratamento Desobsessivo" no Boletim GEAE: Número 390, Ano 8, 2000

                                                                                     ENTREVISTA

                                                                  «Revista de Espiritismo» nº. 30 - FEP

     RE ; A mediunidade é uma porta de sofrimento ou o contrário?
     D.F. ; A mediunidade é uma experiência iluminativa, é o sexto sentido, é um enriquecimento do espírito e  muitas vezes é uma conquista da evolução. Quando nós temos a tendência depressiva, quaisquer experiências que produzam dor transformam-se em amargura, em motivo de desgosto, de desgraça. O cristianismo caracterizava-se pelo pessimismo, durante o período místico da Idade Média. O espiritismo é a doutrina do optimismo, da alegria, da esperança, graças a cuja mensagem nós nos tornamos herdeiros do reino dos céus. A mediunidade faculta-nos a certeza da sobrevivência da alma. Isto não pode produzir estados depressivos e angustiantes.
     Dizem que os médiuns sofrem muito! Mas todos sofremos muito nas nossas diversas experiências. Pergunte-se aos artistas, aos cientistas, aos educadores, aos terapeutas. O sofrimento, por enquanto, é uma necessidade na Terra, porém, o sofrimento tem a dimensão que lhe damos. Pessoas há, portadoras de SIDA, devido a transfusões de sangue, portadoras de cancro, com uma alegria imensa de viver. Vemos outros, com organismos saudáveis, entregues à depressão. A mediunidade não é uma coroa de espinhos, pois, se o fosse, seria para nós uma punição.
     Existe, no entanto, no fenómeno mediúnico, a ocorrência da obsessão, o que produz sofrimento, porque o espírito é devedor, tem dívidas do passado. Se ele não fosse médium, o sofrimento viria sob a forma de outros aspectos, de natureza moral, socioeconómica, psico-social, porque é da lei que aquele que deve tem de resgatar e quem não ama, sofre.

     RE ; Numa reunião de desobsessão o paciente deve estar ausente?
     D.F. ; Sem dúvida nenhuma. Ele não tem a menor condição de ali estar. Kardec recomenda a sessão
     espírita séria, com pessoas responsáveis, que se conheçam entre si e que conheçam bem a doutrina espírita. Como pode o paciente, com tormentos físicos ou psíquicos, participar de uma experiência de profundidade tão rica de delicadezas?

     RE ; Há quem alegue ser necessário para romper as ligações magnéticas com o obsessor...
     D.F. ; Seria negar a interferência dos espíritos que vão buscar as entidades perversas onde se encontrem.
     Onde estaria a misericórdia divina actuando em países onde não há a doutrina espírita?

     RE ; Qual a actualidade do espiritismo?
     D.F. ; Enfrentar a razão face a face nesta época de misérias morais e de dificuldades de afirmação de
     comportamentos filosóficos e científicos.

     RE ; Quer contar um caso de obsessão passado consigo?
     D.F. ; A obsessão é um fenómeno natural no processo da evolução das criaturas humanas. Espíritos há que nos amam e que se nos vinculam através de afectividades profundas, provocando obsessões por fascinação e muitas vezes obsessões pelo intercurso psíquico entre eles e nós. E há também aqueles que nos odeiam e que nos levam a estados de desarmonia, a patologias físicas e psíquicas muito graves.
     Eu fui conduzido ao espiritismo graças à presença de um irmão que me levou à cama, por ignorância, assim que desencarnou. Ali, na cama, eu fiquei durante vários meses até que uma senhora, aplicando-me a terapia do passe, me libertou num instante, em que o meu próprio irmão ignorava o mal que me estava a fazer. Existem também as obsessões intermitentes, aquelas que, graças ao desequilíbrio do médium, se repetem com certa frequência. E há aquelas de natureza cármica que exigem do paciente um grande esforço mental. Kardec, na generalidade, diz que o primeiro requisito para a cura das obsessões é a paciência do enfermo. Depois, a mudança de conduta, porque os espíritos maus não são perseverantes, eles são violentos. Quando o indivíduo enfrenta com paciência, com bonomia, com amor, consegue transformar o adversário num amigo, orando por ele e mudando o direccionamento mental, o que lhe propicia a construção de uma psicosfera edificante.

     RE ; Por que não existe mais mediunidade ostensiva para facilitar a comunicação com o outro mundo e assim converter os incrédulos?
     D.F. ; Porque invariavelmente os médiuns, ao invés de se concentrarem nas suas actividades psíquicas,   permanecem no cultivo de dúvidas intermináveis, não atingem a consciencialização doutrinária pela razão, ficam sempre pela superfície, o que se transforma num grande prejuízo.
     O médium tem o dever primeiro de se convencer da sua faculdade mediúnica, para depois abrir campo à profundidade do fenómeno, o que facilita a comunicação com as pessoas que o procurem. No Brasil, por exemplo, vemos que o número de médiuns é muito grande e que a frequência às reuniões se faz com esse espírito de religiosidade — como Kardec afirma, a mediunidade deve ser vivida religiosamente, isto é, no sentido de modificação e de comunhão com Deus, o que facilita muito.
     Quando se agasalha dúvidas e está sempre com incertezas e conflitos, como podem os espíritos enviar mensagens a médiuns cuja mente está em turbilhão? Seria o mesmo que esperar que o lago reflectisse o céu quando é assolado por tempestades.

   RE ; No futuro a mediunidade terá outra forma de se expressar, menos dolorosa, menos perturbadora?
   D.F. ; Nós seremos, como sonhou o professor Herculano Pires, homens e mulheres psi. A mediunidade
será uma faculdade normal. Estamos a transitar para tornar este sexto sentido numa peculiaridade orgânica incorporada aos sentidos sensoriais. Até lá, a nossa própria organização biológica sofrerá subtis transformações, facultando-nos uma perfeita identificação com o mundo parafísico no qual nos encontramos em estado de embrutecimento, o que dificulta de certo modo o intercâmbio. Mas avançamos para sermos médiuns do pensamento do bem, à medida que evoluirmos libertando-nos do mal que ainda existe em nós.

     RE ; O espiritismo é cultura?
     D.F. ; O espiritismo é, quiçá, a doutrina mais complexa e completa de que tenho, pessoalmente,     conhecimento.  É uma doutrina simples, embora não seja de fácil assimilação. Exige reflexão, exige profunda entrega e, acima de tudo, discernimento, o que não quer dizer que as pessoas modestas culturalmente não possam ser espíritas.
     Recordemos que Jesus convidou, na Galileia, homens simples e ignorantes, mas não espíritos atrasados e destituídos do saber. O espiritismo, repetindo o cristianismo, vem convidar as massas e vai oferecer discernimento.
     Tenho como exemplo minha mãe, que era analfabeta, no entanto dotada de uma lucidez intelectual fascinante, que absorveu a doutrina espírita com imensa facilidade.
     O espiritismo é cultural porque responde a todas as incógnitas do conhecimento. Uma pessoa portadora de fé espontânea, natural, não necessita de grandes interrogações e contenta-se com a parte consoladora do espiritismo.
     Mas o homem do gabinete, de investigação científica, cheio de dúvidas, aflito por inquietações atormentantes, vai encontrar no espiritismo as respostas para as causas de todos os efeitos que ele estuda. O pensador, que traz no âmago os conflitos, que vive padecendo as interrogações não respondidas pelos séculos, vai encontrar na filosofia espírita todas as clarificações indispensáveis para ter a sua plenitude. Então, o espiritismo é uma doutrina de cultura.
     Até à vista, Allan Kardec no-la apresentou dentro da metodologia dialéctica, como ninguém o fez até hoje, a mais profunda e a mais sábia.

     RE ; O que os espíritos benfeitores dizem do porvir, já que o mundo está virado do avesso?
     D.F. ; Eles são optimistas. Este é o momento da grande transição em que a Terra deixará de ser um mundo de provas para passar a ser um mundo de regeneração. Kardec fazendo análise do período de luta, na "Revista Espírita", diz que este é o quinto período, é o período que seria nomeado de intermediário. O sexto período será o da renovação social. Quando nos amarmos como verdadeiros irmãos, a dor lentamente baterá em retirada por desnecessidade evolutiva.

  Cordialmente,
   Luís  Almeida
(PORTO - Portugal)
luis.almeida@mail.telepac.pt


Caro Jaime, (Boletim 390)

        Colarei abaixo um trecho do livro: "Obsessão/Desobsessão", de Suely Caldas Schubert, uma espírita muito responsável no trato da desobsessão. Vejamos:

        "Nunca será demais enfatizar-se a seriedade de que se deve revestir um labor dessa natureza. Motivo pelo qual ele não é um trabalho para principiantes, visto que exige dos participantes a exata noção da gravidade dos momentos que ali serão vividos e que estejam preparados, através de um longo período de adestramento, a fim de corresponderem às expectativas do Alto da melhor maneira possível. Por isso é que JAMAIS DEVEM SER ABERTAS AO PÚBLICO.." (Grifos do original)

        E vejamos o que nos diz o próprio Kardec: "(...) Tais os motivos que nos forçam a não admitir, em nossas sessões experimentais, senão quem possua suficientes noções preparatórias, para compreender o que ali se faz, persuadido de que os que lá fossem, carentes dessas noções, perderiam o seu tempo, ou nos
fariam perder o nosso." (Allan Kardec, livro "O Livro dos Médiuns", Parte II, Capítulo III "Do método", item 34, edição FEB)

        Uma reunião de desobsessão, amigo, e disso partiremos para a apreciação de sua correspondência, é uma reunião em que não devem participar senão pessoas capazes de compreender e interagir positivamente com as entidades que ali se manifestam, requisitando ajuda e amparo. Razão pela qual a PRESENÇA DO OBSEDADO É QUASE SEMPRE CONTRA-RECOMENDADA. Primeiro, porque essa presença física em nada facilita a presença do Espírito - a equipe espiritual da casa buscará
pelas referências do endereço, em atendimentos À DISTÂNCIA. O obsedado deve ser orientado a participar de reuniões doutrinárias e de passes espíritas, mas muito mais importante, orientado que uma obsessão é um ato de AFINIDADE, muito mais do que OPRESSÃO. Sendo assim, deve procurar melhorar-se nas atitudes íntimas da vida, de modo que o seu panorama mental auxilie ao invés de
subjugar-se à influência dos Espíritos ignorantes.

        Comecei pela questão mais grave, mas acredito que seria interessante percorrermos todas as etapas do processo de triagem até à desobsessão para termos mais material ao estudo.

        O processo de recebimento do irmão à Casa Espírita deve ser feito em ambiente de silêncio, sem interrupções e dedicado a esse mister. Em Casas Espíritas pequenas utiliza-se a sala de passes ou algum salão vazio. Esse recebimento chama-se Atendimento Fraterno. A(s) pessoa(s) dedicadas ao atendimento procurarão atender o paciente em seus problemas, detectando, com o auxílio da intuição espiritual, se o caso necessita de interferência desobsessiva. Não há necessidade alguma de que a pessoa tenha essa orientação por via mediúnica ostensiva, o treinamento dos atendentes se fará de modo que percebem a influenciação.

        No dia da desobsessão, as sessões devem ser fechadas. Dela só devem participar um grupo de aproximadamente 2 doutrinadores, que se revezarão no atendimento aos desencarnados, 4 ou 5 médiuns psicofônicos e 2 a 3 médiuns passistas, todos treinados mediunicamente e estudados no Espiritismo.

        As reuniões nunca contarão, salvo casos raros (obsedado mostrando subjugação e com conhecimento doutrinário, por exemplo, em que a desobsessão seja útil tanto a ele como ao Espírito), com a presença dos obsedados. A reunião deve iniciar com a orientação do mentor espiritual sobre os atendimentos da noite, e depois ser atendido - como no caso em que relata de casas espíritas pequenas - uma a um, citando nomes e endereços, os casos levados ao grupo. Uma secretária previamente designada anotará as orientações
espirituais e o resumo do acontecido, de modo a dar um retorno ao paciente.

        Importante: DETALHES DAS COMUNICAÇÕES devem ficar ENTRE O GRUPO. Tudo o que é dito pelos Espíritos em sofrimento é parte ardente de seu coração em lutas, e não deve ser partilhado com quem quer que seja. O paciente deve receber somente uma orientação geral de procedimento, baseada nas comunicações vistas.

        Em nenhum tipo de comunicação mediúnica o contato físico tem qualquer tipo de influência na comunicação. Serve tão somente para gerar no médium um vício desnecessário e, talvez, uma abertura mística que poderá levar o grupo a aceitar teorias ditadas por Espíritos que estejam procurando fasciná-lo a longo prazo.

        Portanto, caro Jaime, é necessário muita cautela. O mister desobsessivo é muito sério e importante. Não admite que brinquemos com os sentimentos dos outros. Amanhã seremos nós lá - quem sabe?

        Recomendo que proponha ao grupo, antes das reuniões, 10 a 15 minutos de leitura do livro "Desobsessão", de André Luiz, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, editora FEB. São pequenas lições que dizem tudo o que disse acima, que aliás, foi inspirada nele.

        Livros onde os participantes encontrarão material doutrinariamente respaldado e vastíssimo sobre o mister desobsessivo:

        1) "Desobsessão", André Luiz, pelo lápis de Chico Xavier / Waldo Vieira
        2) "Obsessão/Desobsessão", Suely Caldas Schubert
        3) "Diálogo com as Sombras", Hermínio Corrêa de Miranda
        4) "Histórias que os Espíritos contaram", Hermínio Corrêa de Miranda
        5) "Orientações ao Centro Espírita", Federação Espírita Brasileira

        Caso o amigo tenha interesse, tive a oportunidade de realizar pelo IRC-Espiritismo (http://www.irc-espiritismo.org.br) uma palestra virtual sobre o tema: "Evangelização dos Espíritos - Desobsessão", que está disponível no site supra citado, de livre distribuição.

        Espero que sua empreitada seja coroada de êxito.

        Muita paz,

       Pedro Vieira
   pvieira@celd.org.br



    Após ler as levantadas pelo Amigo Jaime, lembrei-me que existem alguns livros sobre o assunto, Obsessão e desobsessão (Francisco Candido Xavier e Valdo Viera), serve de muito boa orientação.
    Assim, comento que, durante muitos anos participei de sessões de desobsessão, e invariavelmente me deparava  com as mesmas indagações do nosso amigo Jaime. E observando, cheguei a seguintes conclusões: grande maioria dos médiuns utilizados para este mister não estão devidamente preparados, apresentam comunicações viciosas, freqüentemente umas iguais a outras, resultante da falta de educação mediúnica.
    Veja o livro "Educação Mediúnica, teoria e Prática - Edgard Harmond", corrija se eu estiver errado.
Com certeza, trata-se de pessoas de boa-vontade, que querem colaborar no bem, assim, os espíritos encarregados dos trabalhos procuram utiliza-los da melhor maneira possível, mesmo que imperfeitos. "É preferível um toco de lápis que esboce um rascunho, do que uma caneta de ouro que não escreva." Assim é o plano espiritual, aproveita aqueles que se dispõem a trabalhar, mesmo que imperfeitos, "eles" fazem o resto que não vemos e nem ouvimos. Há muitos trabalhos a serem "unificados", veja a proposta da UNIFICAÇÃO proposto por Bezerra de Menezes. Porém, é somente com pessoas capazes de analisar criticamente, mas com espírito voltado para o bem, que será possível corrigir estas distorções entre a teoria e a prática do Espiritismo.

Saudações Cordiais.

Paulo Eduardo Castaldi
Sorocaba.
castaldi@cruzeironet.com.br



Aplausos,Orson Carrara, Dante Zech e Raul Franzolin, Brasil

A propósito da dúvida do leitor Etelvino Cyriaco (Boletim 391), sobre as tres questões apresentadas, posso apresentar a seguinte argumentação:

1- A Doutrina Espírita prima pela razão e pelo raciocínio. Qualquer atitude ou comportamento distante da lógica, do bom senso, do raciocínio e do bem, está distoante com a boa prática espírita. E neste caso, deixa de ser Espiritismo, pois este solicita coerência e bondade em sua prática.

2- Bater ou não palmas é decisão da circunstância, pelas pessoas envolvidas. Decisão pessoal ou coletiva que deve ser respeitada, pela opção racional que a Doutrina recomenda. Não há mal em bater ou omitir palmas. Que prejuízo isso pode trazer? Se as pessoas gostaram, que mal há em bater palmas? E se não aplaudirem, que mal há também? As palmas são manifestações humanas que demonstram carinho, aprovação, gratidão, emoção, alegria. Ora, o ambiente espírita deve caracterizar-se pela fraternidade. Esta lembra democracia, justiça, bondade.
Qualquer tipo de constrangimento, proibição, autoritarismo colide de frente com os postulados espíritas, todos de harmonia e entendimento. Quem somos nós para proibir alguma coisa? Se o público deseja aplaudir, quem somos nós para impedir? E repito, que mal há nisso?
    E quanto ao expositor, receba ou não palmas, ele está a serviço da Causa e não à busca de aplausos. Se seu comportamento ficar condicionado à busca de aplausos, esperando ou desejando aplausos, já está incoerente com a Doutrina. Porém, se recebê-las, deve creditá-las à força e lógica da Doutrina, que proporcionou-lhe este momento.

3- Quanto ao "abanar de mãos sobre a cabeça", evitando barulho, para aplaudir expositores, trata-se de prática absurda, incoerente, sem fundamentos e totalmente distante da prática espírita. Quais seus fundamentos? Por que teríamos que criar uma maneira primitiva de aplauso? Ora, pensemos bem! Onde a orientação espírita desta aberração?  Parece brincadeira de criança!

    A nosso ver, não há porque perder tempo com o assunto. Bater ou não palmas, é decisão do grupo, no momento. Não são as palmas que valem, mas sim o ambiente que se forma, em função de um trabalho apresentado. Palmas em si é atitude secundária.
    Tanto faz bater como não bater. Isto não altera o aproveitamento das pessoas e o ambiente onde estão.

Orson Peter Carrara
carraraorson@bionet.com.br



Caros confrades, tomo a liberdade de traçar alguns comentários sobre alguns assuntos do boletim 391, espero ser útil e se possível sanar algumas dúvidas, se estiver errado, agradeceria ser corrigido...
    No tocante aos aplausos (Etelvino) após o encerramento de uma palestra ou de uma manifestação artística, nada vejo de inoportuno demonstrar o contentamento com aplausos, entretanto, se esta palestra é preparatória para os passes como é de praxe em muitas casas espíritas, deixa de ser conveniente pois, por ser preparatória para os passes tem a finalidade de harmonizar o ambiente e as mentes das pessoas para tal e o ato de aplaudir poderia atrapalhar esta preparação, só por isso.

Dante Luiz Zech
dante@prograd.ufpr.br



  De fato, o ambiente espírita formado em qualquer reunião deve ser gerado de respeito, seriedade e felicidade. E o que representa a manifestação do aplauso? Se estou sentado no meio de centenas de pessoas e após ouvir algo que gostei, meu desejo seria cumprimentar o orador e dizer-lhe da minha satisfação em ouví-lo. Mas se todos fizessem isso, como seria em termos de organização do local? O aplauso é pura e simplesmente uma emanação fluidica da emoção que tivemos ao estarmos felizes. E isso é ruim? Evidentemente, não! Isso é um forte estímulo para a continuidade dos trabalhos na oratória. Não há nada de errado com isso, em qualquer lugar, e não poderia deixar de ser no ambiente espírita. Pelo contrário, o ambiente pode ficar até desagradável se após uma boa palestra não há nenhuma manifestação de agrado.
 Concordo também que em algumas situações podem não haver necessidade de aplausos, mas tudo depende do momento e não deve haver regras fixas, assim como, o espiristismo deve ser livre de qualquer forma de preconceito irracional e indesejável.
 Aproveitando a oportunidade, gostaria de manisfestar meu apoio a uma atitude que presenciei durante o 11 Congresso Estadual de Espiritismo, realizado recentemente na cidade de Bauru. Verifiquei que ao inicío de algumas palestras, houve um pequena prece de apenas poucos segundos, mas o suficiente para formar um ambiente de confraternização universal. Isso foi muito oportuno. Mas, acredito que uma longa prece de abertura em cada palestra é desnecessária e pode mesmo ser inconveniente. Creio que como lá foi feito, como alguém dizer, por exemplo: "vamos todos elevar o nosso pensamento para o Alto e solicitar a proteção Divina para o presente momento" é uma boa conduta, na minha opinião...

 Raul Franzolin Neto
 rfranzol@geae.inf.br



Suicídio infantil e homossexualidade, NEU-fundao, Brasil


Agenor vimos sua solicitacao no boletim GEAE.
Coincidentemente estamos disponibilizando o artigo SUICIDIO INFANTIL. VER ABAIXO.
Fraternalmente
NEU-Fundao - Núcleo Espírita Universitário do Rio de Janeiro -   http://zap.to/neurj

        Artigos:

  No Limiar da Transformação - psicografia do espírito Filipe, no C. E. Filhos de Deus, Hospital do Curupaiti, RJ. Traz a mensagem da Saúde Integral. Médium Marcelo Nazareth.

  Ética, Ensino e Pesquisa escrito para discussão na Pós-graduação em Microbiologia Clínica da Fac. de Ciências Médicas da UERJ. Questiona o aborto: "E se os espíritas estiverem com a razão? Eles advogam que são inúmeras as evidências científicas da imortalidade e da reencarnação."

  Metodologia Científica, Espiritismo e NEU-RJ adaptação publicada em Tendências do Trabalho, 309: 2-3, 2000, introduz artigo de Djalma Argollo, Visão Espírita 2(19): 8-10, 2000, Bezerra de Menezes artigo da graduanda Eva Patrícia Baptista, curso médico, apresentado em palestra espírita na Fac.de Ciências Médicas da UERJ.

  Suicídio Infantil é pouco encontrado na literatura espírita. Com base em uma tese de mestrado (UFRJ) o artigo descreve as condições e circunstâncias sócio-familiares relacionadas direta ou indiretamente: sexo, cor, local do acidente, escolaridade, profissão do pai e da mãe, número de irmãos, planejamento, perfil psicológico e religião.

     Campanha:    Hanseníase Tem Cura !    Ampliada

       A Química da Hanseníase" - Explicações sobre a doença e também sobre o fenômeno psico-social, para surpresa nossa, vieram de profissionais externos a área de saúde. Os dois esforços merecem ser divulgados. O primeiro, do MOHAN, relata a fundação de um Núcleo e oferece informações. O segundo é resposta, de um membro do GEPEH, a uma anedota, despreocupada com os efeitos colaterais, que poderia acabar reforçando o preconceito.

     Histórico do CENPES e fitas de vídeo

     Após o histórico do NEU-FUNDAO E CENPES você encontrará um aviso de como obter os vídeos. As fitas dos palestrantes duram em torno de 70min, com exceção de Raul Teixeira. Os interessados poderão escolhe-las e faremos a cópia. Pedidos pela Internet ou p/caixa postal. É necessário pegar as instruções na home-page http://zap.to/neurj .

Livro quarta edição ampliada. "As Drogas e Suas Conseqüências"

      - Direitos Autorais cedidos gratuitamente à Editora, objetivando a divulgação dos temas à luz do Espiritismo.

     "Faça da leitura um hábito diário. Escolha livros instrutivos, interessantes e sadios. Tanto quanto o corpo, o espírito também necessita de alimentar-se. Faça da leitura um hábito tão indispensável quando a respiração".
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Prezado Ismar, vimos seu mail no Boletim GEAE e tomamos a liberdade de entrar em contato para fornecer informacao solicitada.
Sobre Aborto existe uma apostila produzida por um membro do NEU-Fundao e que pode ser copiada do site:  http://zap.to/neurj

Clicar em CAMPANHAS  e depois em valorizacao da vida intra-uterina. Clicar em ANTES DE VOTAR PERGUNTE AO CANDIDATO SOBRE O ABORTO.
Se gostar do material ajude-nos a divulga-lo.

Sobre HOMOSSEXUALIDADE leia o capitulo "DISCUTINDO A SEXUALIDADE" do livro espirita intitulado "DORES, VALORES, TABUS E PRECONCEITOS" da CELD-Editora. Voce encontrara o endereco quando no aborto estiver lendo sobre o NVG.
Caso tenha dificuldade de encontrar o livro avise-nos que tentaremos enviar o capitulo para voce.
Fraternalmente
NEU-Fundao.



Transplantes de orgãos e Miséria, Dante Luiz Zech, Brasil


    Na questão da cremação e transplante de órgãos (gislene), interessantemente tivemos em nosso grupo de estudos a duas ou três semanas um debate sobre estes assuntos, e o que se discutiu foi que em
ambos os casos depende da consciência do indivíduo, do seu grau de entendimento, do seu apego à matéria, pois em ambos os casos se for alguém muito apegado poderá não estar "desligado" do corpo físico e
passar por uma experiência que poderia ser traumática, entendendo que no transplante seu corpo seria mutilado, o que realmente nunca aconteceria pois o transplante é do órgão material, nunca afetando o espirito, ou mesmo sentindo o fogo destruindo seu corpo e ter a sensação da dor. No entanto se for alguém desapegado da matéria, consciente que já desencarnou, e que teve uma vida regrada - no sentido espiritual, com certeza será amparado e conduzido pela espiritualidade para um local distante do seu corpo, desligado desta situação e a vida continuará normalmente, mas, isso tudo depende da preparação que cada um tem, do seu grau de entendimento, do merecimento, é uma questão que varia de indivíduo a indivíduo, em alguns casos, fomos informados, que os espíritos acompanham com naturalidade estes acontecimentos, poucos é evidente. Como em todas as situações cada um tem o desencarne de acordo
com seu modo de viver, as companhias que cativou enquanto encarnado e terá como destino o "céu ou o inferno" que criou para si...
    Quanto à miséria (Marcos), é uma condição puramente humana, do egoísmo que ainda esta enraizado na cultura, não se divide nada, mas, também serve a um propósito Divino, enquanto que muitos que estão na
condição de penúria material são necessitados dela, Deus se usa delas para ensinar ao avaro, ao glutão, ao orgulhoso, ou a portadores de muitos outros defeitos morais a humildade a paciência etc... outros ai
estão por prova, por testemunho, em uma condição que solicitaram para avançar mais rapidamente no seu processo evolutivo. A miséria deixará de ser um problema na terra, assim que sairmos da fase de transição em que estamos e entrarmos na fase de regeneração, passaremos a ter uma visão diferente dos bens materiais e haverá uma divisão mais justa deles, tudo a seu tempo.

dante@prograd.ufpr.br



Painel
Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec, França


Bonjour,

le Centre de Doctrine et de Sciences Spirites Lyonnais Allan Kardec a changé son intitulé pour : Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec.
De plus, serait-il possible de mettre le lien vers notre site : http://spirite.free.fr
Fraternellement,
Le Centre Spirite Lyonnais
mail : spirite@free.fr


Chá e Pintura Mediúnica em Guarulhos, Brasil


IFCC - Instituto Fraternal de Cromoterapia Dr. Castilho
Condomínio Sergipe bl. 5 Apto. E-31 - Pq. Cecap - Cep: 07190-913 - Guarulhos - SP - CGC: 00.260.345/0001-84 - Filiado a FEESP

Caros Confrades,

Gostaríamos que fosse publicado o Evento Beneficente Chá e Pintura Mediúnica, a realizar-se no dia 09 de julho de 2000 às 14:00 hs. no Grêmio Recreativo Esportivo do Pq Cecap - Pq. Cecap - Guarulhos - SP, pela Médiun Valdelice Salum.
Informações: (11) 6440 79 27 ou  9105 4718 (Oswaldo) - ENTRADA FRANCA -   Este evento é em prol da construção do IFCC no município de Guarulhos.
 Fraternalmente,

Oswaldo Galvão
Pres. Cons. Deliberativo
Visite: www.ifcc.com.br
E-mail: cromoterapia@ifcc.com.br ou oswaldo.galvao@ig.com.br
 


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