Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec
Um acontecimento corriqueiro, desses que todos os dias nos passam despercebidos, me impressionou profundamente e ainda não saiu de todo de minhas preocupações. Digamos que senti um certo puxão de orelhas e, como consequência direta, me fez renovar esforços nas atividades assistências do grupo ao qual sou ligado e repensar algumas atitudes ...
A sede da empresa na qual trabalho se localiza em uma das avenidas mais prósperas e movimentadas de nossa cidade, diria que boa parte da riqueza do estado se concentra em alguns de seus quarteirões. Curiosamente, também lá se concentra uma imensa multidão de infelizes, distribuidos por seus fárois e calçadas. Tantos são, e tão costumeiros seus pedidos, que de certa maneira já se integraram a paisagem, quase que passando desapercebidos a atenção de quem por lá trafega. Mendigos verdadeiros ou falsos, tentam, interrompendo o caminhar apressado costumeiro dos transeuntes, ganhar algumas moedas que lhes garantam o sustento.
Há, entre essa anônima multidão, duas crianças que já tinha visto sem prestar muita atenção, uma menina de seus quatro ou cinco anos e um menino um pouco maior. Carregam uma muleta, que para dizer a verdade, não sei bem a qual dos dois atende. A honestidade me obriga a dizer que costumo driblar seus pedidos, como dos outros.
Pois bem, voltava eu tranquilamente do almoço, por uma das travessas da citada avenida, quando casualmente direcionei a vista para uma famila de mendigos encolhida ao abrigo de uma porta fechada. Um raio não teria me abalado tanto, vi as duas crianças se aproximando dos pais e nas mãos da pequenina um prato de comida, desses que se servem para viagem. O olhar da menina ao trazer o prato e o modo como todos se acercaram dele não deixava margem de dúvidas - Era um prato de comida para quatro!
Bem que ouvi - Dizes Senhor, Senhor e é desse modo que praticas o que ele ensinou ?
Um Amigo Paulistano
Tentaremos, com este estudo, mostrar que esta questão é de suma importância para nós os Cristãos.
Se tivermos a Jesus como o próprio Deus é-nos difícil seguir seus ensinos, exemplificados em suas ações, pois tudo o que fez não servirá para nós como modelo de como fazer ou agir, visto ter partido de um ser que tudo pode, seria algo inatingível para nós os mortais. Por outro lado, com o conhecimento que vamos adquirindo através de estudos vemos, como iremos demonstrar, uma perfeita consonância com os missionários divinos de religiões não cristãs, e com isto a crença em nossa religião fica bem abalada. E se ao contrário o colocarmos na condição de homem, ficaria muito mais fácil seguir seus exemplos, pois de igual para igual encontraremos forças para aplicar os seus ensinos.
Mas afinal quando Jesus foi considerado Deus? Desde o início do cristianismo? O que pensavam seus discípulos sobre o assunto? O que o povo e Ele mesmo pensava?
Para respondermos estas perguntas, primeiramente, iremos recorrer ao Evangelho.
a) O que o povo pensava
Na passagem de Jo. 14,. 12-13, ele diz: Eu vos afirmo e esta é a verdade: quem crê em mim fará as obras que eu faço. E fará até maiores, porque vou ao Pai, e o que pedirdes ao Pai em meu nome eu farei, para que o Pai seja glorificado no filho.
Se seguirmos a linha de raciocínio que Ele seja Deus, nós também seríamos deuses, pois segundo suas próprias palavras, poderíamos fazer o que ele fez e até mais. Vemos que não há como considerá-lo Deus.
A base central desta linha de pensamento, que ele era Deus, basicamente vamos encontrá-la em Jo. 10, 30: Eu e o Pai somos um.
Com isto chegaram à conclusão de que se o Pai é Deus e Jesus sendo um com o Pai por conseguinte também seria Deus. Conclusão digamos apressada e incoerente, pois não pegaram o sentido da frase, apegaram-se à letra. Mas porque não tiveram a mesma linha de pensamento nesta outra passagem de Jo (17, 20-23): Não rogo somente por eles, mas também por todos aqueles que hão de crer em mim pela sua palavra. Que todos sejam um! Meu pai, que eles estejam em nós, assim como tu estás em mim e eu em ti. Que sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e que os amaste como tu me amaste. Não seria o caso de dizer então que os discípulos eram deuses?
Em outras passagens Jesus se coloca na condição de subordinação à Deus, prestando-lhe obediência e cumprindo-lhe a vontade, ora quem é subordinado está sob ordens de alguém que lhe seja superior, vejamos:
A questão da divindade de Jesus, rejeitada por três concílios, dos quais o mais importante foi o de Antioquia (269) foi, em 325, proclamado pelo de Nicéia. Após a declaração de que Jesus era Deus, vem para encaixá-lo o dogma da Santíssima Trindade. Mas somos levados a crer, que esta trindade nada mais foi que uma cópia da base fundamental de outras religiões, bem mais antigas que o cristianismo. Podemos citar as que constam do Livro O Redentor de Edgard Armond:
Krischna, que alguns autores escreviam Christna ou Kristna, foi concebido sem pecado, seu nascimento foi anunciado por profecias numerosas e muito antigas. Sua mãe Devanaguy, o concebeu por obra de um Espírito, que lhe apareceu sob os traços de Vischnu, segunda pessoa da trindade Hindu. Segundo a tradição Hindu e o Bhagaveda-gita, anunciando uma profecia que ele destronaria seu tio, o tirano de Madura, este último mandou encarcerar sua sobrinha Devanaguy, que foi libertada por Vischnu; então o tirano mandou assassinar em todos os seus estados as crianças do sexo masculino nascida na mesma noite em que Krischna viu a luz (grifo do original). Mas o menino foi salvo por milagre, e, 3500 anos mais ou menos antes de nossa era, ele pregava a sua doutrina. Depois de converter os homens, morreu de morte violenta as margens do Ganges, segundo ordens de Brahma (Deus, o Pai), para realizar a redenção dos homens, como lhes fora prometido.
Parece que tudo se encaixa na tradição cristã a respeito de Jesus, talvez até fosse necessário, considerando a cultura da época, torná-lo um Deus para que as pessoas pudessem acreditar em seus ensinos, entretanto, achamos, que para os dias de hoje isto poderá causar mais incrédulos, por uma coisa bem simples é que o homem moderno coloca a razão e a lógica com base para acreditar ou não em algo, e agindo assim mesmo em relação à crença religiosa terá uma fé inabalável.
Com relação à Jesus poderemos afirmar com absoluta certeza é que era um ser superior a nós humanos, sem entretanto chegar a ser um Deus, principalmente pelos seus ensinos e exemplos de vida, virtudes essas que serão o nosso passaporte para o Reino dos Céus, pois somente através dele é que chegaremos ao Pai, conforme suas palavras: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão através de mim.
Paulo da Silva Neto Sobrinho
Abr/95
Caros companheiros,
somos participantes do centro espirita cristao bezerra de menezes em belo horizonte,ainda nao cadastrado junto a voces mas gostariamos de reunir informacoes de todo tipo sobre bezerra de menezes. Interessamo-nos por livros,jornais,etc que tenham citacoes sobre dr. Adolfo e para tal gostariamos de contar com a ajuda de voces.
Contando com a colaboracao dos interessados no assunto,
desde ja somos gratos.
jrei@gold.com.br
Caros irmãos, muita paz!
Não tenho tido muito tempo de dar uma olhada nos boletins.
Mas sugiro aos confrades uma problematização em torno da pedagogia espírita:
Não esqueçamos que o codificador deixou registrado que a educação é a chave do progresso moral da humanidade.
Tchau.
Vinícius lousada
Realizou-se em Lisboa, nos passados dias 30 de Abril e 1 de Maio, o XVII Encontro Nacional de Jovens Espíritas, organizado pelas associações Centro Espírita Amor e Caridade e Associação de Beneficência e Solidariedade Eduardo de Matos. Presentes jovens de Norte a Sul do país, desde Chaves a Lagos, passando pelo Porto, Caldas da Rainha, Leiria, Lisboa e Portimão, para estudar o tema "Ser jovem, ser espírita".
O Encontro teve início na tarde de 30 de Abril com uma reflexão sobre o tema, feita pelo Dr. Alberto de Almeida. Após esta pequena introdução, na qual o juventude foi caracterizada como o Verão de uma nova encarnação, os jovens dividiram-se em dois grupos por faixa etárias: o primeiro dos 12 aos 16 anos e um segundo a partir dos 16 anos de idade. Assim, ambos os grupos estavam aptos para estudar os seguintes temas: Sexualidade Responsável, Comportamentos de Risco, e, no dia 1 de Maio, Projecto de Vida. Assim, o primeiro grupo estava dividido em três minigrupos relativamente às faixas dos 12 anos, dos 13/14 e dos 15/16 anos. Cada minigrupo tinha duas orientadoras, que ajudaram a desenvolver os subtemas citados de uma forma adequada às mentalidades e aos problemas de cada idade. Os temas foram por isso tratados não de uma forma demasiada formal, mas sim como se de uma conversa tratasse. Conversa esta muito actual e educativa à luz do espiritismo.
No meio de algumas actividades, os jovens tiveram oportunidade de trocar as suas próprias ideias com outros jovens que compartilhavam as mesmas situações, com oportunidade de esclarecimentos que às vezes não encontra no seu lar, ou fora dele.
Já o segundo grupo, orientado pelo Dr. Alberto de Almeida, partiu do primeiro tema, tendo em conta a mentalidade do jovem actual para, a partir daí, tratar os outros dois temas. Devido à falta de tempo, não se pôde fazer um estudo mais aprofundado.
Deste modo, ficou-se a saber que menos de 5% dos jovens presentes falam sobre sexualidade com os pais, mesmo quando estes são espíritas. No que toca à fase do namoro, os jovens demonstraram não terem ainda uma ideia formada à luz da doutrina espírita, verificando-se, portanto, alguma falta de informação e conhecimento.
Porém, nada melhor do que um adulto-jovem - Alberto de Almeida - para esclarecer e tirar as dúvidas existentes dando a conhecer que a posição espírita é de síntese, sem tabus, mas com ética, com liberdade e com responsabilidade, tendo em conta que o abuso das relações sexuais tem consequências a nível fisiológico, psicológico, espiritual e patológico, sendo assim um comportamento de risco.
Por outro lado, se o centro genésico tem como funções revitalizar o afecto e a reprodução da espécie, é de relembrar que o sexo implica energias que podem ser transportadas para a criações beneméritas da sensibilidade e da cultura. E são estas acções no bem e na caridade, tendo em conta o melhor para o próximo e para o próprio jovem, que devem ser o projecto de vida dos futuros adultos.
A noite do dia 30 de Abril foi reservada ao espaço cultural, onde apenas seis das 13 associações inscritas para o Encontro apresentaram teatralizações, recitaram poemas, tocaram e cantaram músicas do agrado de todos, deixando profundas marcas de amor e união no coração dos presentes.
São de louvar os belos passeios que foram realizados na cidade lisboeta beijada pelas musas águas do Tejo, pelos deliciosos lanchinhos que a organização teve a preocupação de oferecer, mas sobretudo por todo conhecimento que mais um Encontro proporcionou para o enriquecimento espiritual da ainda pequena bagagem dos jovens.
O Encontro terminou com breves palavras do Alberto de Almeida, que incentivou os jovens a abrir os olhos para o que o mundo lhes apresenta e a fechá-los não só para um autoconhecimento, mas também para a espiritualidade interior. De seguida, também o presidente da FEP disse algumas palavras, recordando os primeiros Encontros, não só em nome da Federação, como em nome dos jovens de Viseu que não estiveram presentes neste evento, mas que já estão a preparar o XVIII ENJE cujo tema será "Jesus: modelo e guia para a juventude", com data ainda indefinida. Ficou já decidido que o Encontro em 2002, realizar-se-á nas Caldas da Rainha.
Liliana Santos e Maíra Diniz
Caro (a) Irmão (ã),
Tomamos conhecimento desse curso e achamos por bem
dividir essa boa nova:
CURSO DE ESPERANTO
INÍCIO: 02/05/2000
(TODAS AS TERÇAS)
LOCAL: FEERJ - RUA CEL.
GOMES MACHADO, 140 CENTRO, NITERÓ/ R.J.
HORÁRIO: DE 19:00
ÀS 20:30
INSCRIÇÕES
NA BIBLIOTECA DA FEERJ COM A SRA. ÉDINA
MAIORES INFORMAÇÕES:
(21) 605 8135 COM O PROFESSOR ALCEBÍADES
Esperamos que você aproveite e precisamos q vc divulgue onde e como puder!!!
Abraço Fraterno,
Casa de cultura Espírita
P.S. Se vc quer mais informações sobre esse assunto é só acessar:
http://orbita.starmedia.com/~amorimleandro/
http://members.tripod.com/~espero/index.html
http://orbita.starmedia.com/~esperanto-klubo/
http://www.svn.com.br/abe/
Estimados Amigos do geaein, atraves do expediente de pesquisa em seus boletins, colocando as palavras letra e hanseniase constatamos que apenas tres ocorrencias sao listadas. Como o Brasil ocupa posicao de destaque no numero de doentes de Hanseniase (segundo lugar no mundo) achamos que seria pertinente informar aos assinantes do geaein que o Nucleo Espirita Universitario do Rio de Janeiro colocou informacoes na sua home-page:
La o leitor encontrara o caso do Sr Francisco, curado a quatro decadas, mas que ainda se defronta com o leproestigma.
Votos de Paz
Neu-uerj
É com muito carinho que transmito-lhe a presente mensagem. Primeiramente, felicito-vos, bem como os demais confrades que possibilitam a manutenção do geaein, pelos esforços destinados à divulgação da doutrina espírita, por meio de importante canal que é a internet.
Isto posto, venho tentar trazer a minha parcela de colaboração, encaminhando-vos um possível tema a ser abordado, ou reapresentado, como sugestão, em edições futuras.
Participo do movimento espírita de Campo Grande (MS), ao qual estou vinculado à Sociedade Espírita Fraternidade Francisco Thiesen.
Essa entidade, formada por uma maioria de jovens trabalhadores da seara cristã, está desenvolvendo, permita-me enfatizar, esforços hercúleos para prosseguir na consecução de seu objetivo principal: a criação de um educandário espírita, qual seja, o Complexo Educacional Blaise Pascal.
Tal empreendimento visa oferecer, dentro de alguns anos, um projeto de educação integral às crianças e aos jovens da periferia desta capital. Serão cerca de mil alunos assistidos, da pré-escola ao ensino fundamental, contando com o auxílio de laboratórios, oficinas, hortas, enfim, uma série de atividades subsidiárias, envolvendo-os pelo trabalho e pelo estudo, sob a coordenação de um grupo espírita, e, portanto, sob o enfoque espiritista.
Todo este preâmbulo serve para ressaltar as dificuldades, que sabíamos ser muitas, encontradas, principalmente, no meio espírita local.
Notamos uma resistência enorme em boa parte dos companheiros de ideal espírita no que tange ao trabalho prático, na assistência social espírita, na caridade vivenciada, no amor direcionado a um sujeito concreto, isto é, no que concerne ao alargamento das fronteiras da casa espírita. Tentamos aglutinar trabalhadores, colaboradores, haja vista a envergadura do referido projeto, mas muitos não conseguem sair do templo, o que nós respeitamos. Não conseguem ir ao encontro das carências materiais e espirituais que existem, também e, talvez, em maior número, nas periferias, daí serem chamadas de áreas carentes.
Enfim, por vivenciarmos uma experiência concreta no campo da assistência social espírita, se é que assim podemos denominá-la, gostaríamos de sugeri-la como tema de edições futuras, cabendo a cada um a reflexão devida.
Muito obrigado pela atenção.
Muita paz.
Marco Nascimento