GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS

Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Semanal de Distribuição Eletrônica



Ano 08 - Número 370 - 1999                         9 de novembro de 1999

Indíce
Textos Comentários Palestras Familiares de Além Tumulo Painel

Textos
A Empresa Kirlian, Silvio Correa, Brasil

 Introdução

    A «Empresa Kirlian» poderia ser o modelo de empresa ou de gestão para o 3° milênio, mas felizmente não é. Na  verdade é um conceito válido para todo sempre, sem qualquer restrição de uso.

    O nome kirlian deve-se à famosa fotografia com a máquina kirlian, que supostamente fotografa a aura ou a alma de, por exemplo, um dedo humano. O que não pode ser mais discutido é que o ser humano desprende uma «energia» que contagia, que plasma e pode modificar o ambiente onde se encontra.

    Quem nunca entrou em um ambiente depressivo e ficou tomado pelo mesmo estado ? E o inverso ?

    É uma realidade, sem sombra de dúvidas.

    Esse é um dos pilares da «empresa kirlian», o alto astral, a motivação das pessoas . Se pudéssemos fotografá-la com uma máquina kirlian, a energia emitida seria o equivalente ao somatório das energias emitidas pelas pessoas que atuam na empresa. Essa energia, que chamaremos de «energia empresarial» também tem a capacidade de modificar a realidade. Para melhor ou para pior.

    Um outro pilar da «empresa kirlian» é o uso do bom senso e da simplicidade. São tantas técnicas e modelos de gestão existentes, aparecendo à todo momento uma nova, que fica difícil saber o que, quando, como usar e quanto vai custar. Via de regra, o modelo não funciona ou funciona no início e volta-se a estaca zero. Claro que, como boa regra, tem suas exceções; Mas será devido aos modelos e técnicas ou ao efeito kirlian ?

    Na realidade, se pegarmos as diversas histórias de sucesso empresarial, veremos que as pessoas, desde à época de Henry Ford, individualmente e coletivamente tinham um nível alto de entusiasmo.

    Por favor, não vão dizer que uma empresa para ter sucesso, basta que tenha pessoal com um alto astral. Mas é mais fácil para um «empresa kirlian» com um produto excelente do que para uma empresa que tenha um excelente produto, mas um baixo nível de coletividade.

    Por muito tempo, desde que adotei a doutrina espírita de Kardec, procuro por um modelo de gestão que coadune com a doutrina espírita ou baseado nela. Nunca encontrei ! Cheguei mesmo a perguntar, durante uma palestra espírita, como o espiritismo poderia auxiliar o "business" e recebi a resposta de que a doutrina não tem qualquer ligação com o mundo dos negócios.

    Depois de estudar durante algum tempo, ler atenciosamente os livros do nosso irmão André Luiz, pesquisar alguns casos de sucesso e fracasso, concluí que a doutrina espírita pode fazer muito pelo mundo dos negócios. Pode contribuir de forma valiosa nos modelos de gestão. De que forma ? É exatamente o que vamos ver!

  Os Alicerces

    Antes mesmo de me aprofundar na doutrina de Kardec, eu já trabalhava com formas de gestão, qualidade total e conscientização organizacional. Nessa época, eu chamava a Lei de Causa & Efeito de Lei de São Francisco de Assis.

    Preparando um curso de conscientização, cheguei a um ponto do projeto em que era necessário determinar uma base sólida, de modo que as pessoas tivessem em mãos, fundamentos para alicerçar as decisões que temos de tomar no nosso dia a dia. Surgiram os 4 Princípios Fundamentais.

    Na realidade é um único e imutável Princípio, enxergado através de ângulos diferentes. "Amai ao próximo, como a si mesmo". Esse é o Princípio que norteia os demais.

    Os princípios fundamentais são:

    Princípio da Honestidade, Princípio da Humildade, Princípio da Humanidade e Princípio da Honra.

    Outro ponto que foi importante na minha decisão de projetar uma palestra e um curso de gestão, baseados na doutrina espírita, foi o reconhecimento de que em uma comunidade, composta de diversas e variadas individualidades espirituais, existe uma também uma unidade.

    Quando li, pela primeira vez, o Evangelho Segundo o Espiritismo eu ficava intrigado com o fato de Kardec sempre fazer comparações com a nossa vida diária para explicar passagens do Evangelho. Com os livros de André Luiz descobri o óbvio, ainda que para mim, até aquele momento, não o fosse. Entendi que nossa vida é única, independente da etapa em que estamos. Que existe uma relação direta entre passado, presente e futuro.

    Percebi que o nosso aprendizado é necessário para que possamos subir os degraus da nossa evolução e da humanidade e não só, para ascender nessa vida.

    Comecei a notar, através dos relatos de André Luiz, que a vida em outras dimensões mantém uma semelhança direta com a vida na Terra ( na realidade os habitantes da Terra é que buscam, inconscientemente, aplicar os conhecimentos adquiridos em esferas superiores) e uma semelhança muito grande, quando enfocamos o mundo empresarial. A filosofia de resultados, a parceria, o trabalho em grupo, a descentralização, o "pagamento" por habilidades; utilização constante do trabalho de conscientização, resolução de problemas através de dois enfoques: o bom senso ( baseado no conhecimento adquirido) para as soluções imediatas e planejamento para soluções não imediatas, aumentando a produtividade. Hierarquia baseada em lideranças e estas, baseadas na evolução espiritual ("profissional"), o sentimento apurado da importância de cada "profissional" dentro do contexto maior onde cada um é responsável pela sua evolução, a filosofia do profissional generalista mas que detêm alguma especialidade. A conscientização do eterno reaprendizado.

    Existem outros diversos enfoques que podemos explorar, mas o mais importante é sabermos que o nosso trabalho, e aqui eu me refiro ao trabalho em todas as áreas da nossa existência na Terra, tem sempre um significado na nossa evolução espiritual. Seja de resgate ou auxílio, na falta ou na abundância de bens materiais, estaremos sempre evoluindo.



El Hogar de la Familia, Mentor, España

(Da lista usuarios-hispano do Canal #Espiritismo/España - http://www.irc-espiritismo.org.br/espana)

    La causa que más contribuye al desencanto y enfriamiento en las relaciones conyugales, son las discusiones o disputas que enardecen o excitan la emotividad. Si queréis mantener siempre ese encanto, esa atracción mutua, esa admiración, ese deseo de acercamiento que os llevó al matrimonio a aquellos de vosotros que estáis casados, y que también llevará a las jóvenes parejas a unirse para la formación de un hogar que añoran pleno de felicidad, es indispensable evitar la discusión en el comienzo de cualquier divergencia, por pequeña que ésta sea. Tomar esta decisión es importantísim; pues, es en el comienzo cuando hay que atajar el mal, antes que tome cuerpo.

    Las discusiones o disputas en el hogar, son altamente perjudiciales en todo sentido; porque excitan la emotividad, y ésta incide en la mente que presiona magnéticamente sobre la facultad de la razón, ofuscándola. Y las personas muy emotivas, llegan a perder el control de sí mismas, con los consiguientes perjuicios. Pero, a más de eso, ese estado psíquico de descontrol produce una desarmonía psíquica y gran derroche de energías, y un gran desequilibrio en el sistema glandular o glándulas de secreción interna, como el hígado, páncreas, bazo y otras, alterando su funcionamiento, con el consiguiente perjuicio para la salud. Además afecta en alto grado al sistema nervioso, ya que el magnetismo generado en esos momentos de discusión, incide en las neuronas, con la consiguiente pérdida de energías nerviosas.

    Como en las discusiones o disputas la mayoría no sabe controlarse, suelen salir palabras ofensivas o frases (y generalmente acontece, aunque mucho depende de la educación de las partes), que lastiman la sensibilidad de las personas sensibles, porque las frases hirientes y palabras duras, hacen impacto en la facultad emocional del alma humana, que poco a poco va matando el amor conyugal, tan neceario para la vida en común y para su progreso espiritual. Y cuando hay niños, esas escenas, así como las palabras y frases pronunciadas en esos momentos fuera de control, se graban intensamente en la psiquis de los niños e influirán mucho en su vida. Ante esta responsabilidad, meditad aquellos que sois padres.

    Todas o casi todas las discusiones desagradables y enfados en las relaciones de familia, comienzan por pequeñeces de la vida diaria en común. Y es ahí, en el comienzo, donde hay que controlarse, no dando a las cosas más importancia de la que realmente tienen. Nunca habrá discusión si cada una de las partes está determinada a evitarla. Y la parte más inteligente, la más sensata, será la que sepa ceder en el comienzo, evitando con ello males mayores. y en las jóvenes parejas, las discusiones y enfados caprichosos van produciendo un desencanto que, poco a poco, van matando el amor conyugal. No hay hogar feliz donde los esposos tengan el hábito de discutir. La grandísima mayoría de las separaciones conyugales, se deben a la funesta costumbre de discutir.

     ¿Habéis visto el aspecto desagradable que ofrecen dos o más personas discutiendo cuando lo hacen acaloradamente?

    Penoso, ¿verdad?

    Pues, en ese espejo debemos mirarnos.

    Variados son los aspectos y motivos que pueden llevar a la discusión y ésta a degenerar en disputa acalorada, si las partes no se controlan en el comienzo. Las causas principales suelen ser: educación deficiente, vulgaridad, falta de delicadeza, quisquillosidad, amor propio, orgullo, falta de control sobre la emotividad y... egoísmo. Porque, el egoísmo es exigente, absorbente, dominante, amargando la vida de quein lo alimente y de quienes están a su lado. Las personas egoístas son incomprensivas e intransigentes con todo aquél que no piense y actúe como ellos quieren, con lo cual van creando un estado mental de egocentrismo y aislamiento psíquico que irá amargando sus vidas. En toda divergencia de opinión, necesario es razonar. Y para razonar, imprescindible es mantener la calma. Controlarse en el momento mismo del comienzo de cualquier divergencia. Repito, la parte más sensata, la más prudente, deberá ceder, evitando con ello males mayores. Ni importa que considere tener razón; quien la tenga, se verá después. Pero, quien aprenda a ceder, mantendrá la armonía en el hogar, que es lo más importante. Puede que alguno crea que ello va en menoscabo de su personalidad; muy por el contrario, irá adquiriendo superioridad por la fuerza moral que en sí va desarrollando.

    Controlarse en el comienzo o cuando ve venir el problema, es la técnica más efectiva a emplear por toda persona sensata, de todo aquél que se tenga por civilizado, de quien espere gozar de paz mental-emocional y salud. Para razonar en todo diálogo, es necesario mantener la calma. Controlar la impaciencia, comenzando por desarrollar la calma.

¡CALMA!

¡¡CALMA!!

      Esta palabra, pronunciada o mentalizada lentamente, al comienzo de cualquier incomodidad o contratiempo, tiene una fuerza mágica que la mente imparte a la facultad emocional y actúa como un freno sobre los impulsos. Y aplicándola con frecuencia se establece el hábito, con lo que se consiguen resultados sorprendentes. No lo dudéis. Ponedla en práctica en todo momento de impaciencia o preocupación, y pronto apreciaréis sus magníficos efectos. Todo está en adquirir el hábito, éste actuará automáticamente. Propongamos con determinación firme a no enfadarnos y controlar los impulsos, haciendo uso de ese vocablo mágico: C A L M A, muy pronto comprobaremos los resultados.



Uma simples homenagem ao Chico, Gilberto Valle, Brasil

Nos 72 anos de Mediunidade de Chico Xavier

    8 de julho de 1927. Data memorável. É noite de sexta-feira em Pedro Leopoldo, pacata cidadezinha mineira, próxima à capital, Belo Horizonte. No recente grupo "Luís Gonzaga", fundado a menos de um mês, eis que um jovem de seus 17 anos é convidado a tomar lápis e papel, pela mediunidade de dona Carmem Perácio. Um espírito deseja escrever por seu intermédio. Este jovem é Francisco de Paula Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier. Então o Chico, obediente, toma do lápis e grafa, ou melhor, psicografa, 17 páginas conselheiras e esclarecedoras. É o início de uma "carreira", de um "combate", de uma tarefa árdua, e mais que tudo isto, uma missão gloriosa.

    Os dias se passaram, os anos se sucederam, e estamos já no ano de 1999, no mês de julho, quando comemoramos 72 anos do ocorrido. O jovem Chico começou e não mais parou. Qual lavrador incansável, fez do lápis seu instrumento de trabalho. E quantos lápis já lhe serviram ao trabalho ? Quantas páginas já não foram grafadas ? Ninguém poderá precisar os números exatos. Só sabemos que são milhares, milhares,... Mas, com certeza, Deus, em sua contabilidade suprema, conhece, não só a quantidade, mas também a qualidade do trabalho realizado por este homem.

    A trajetória mediúnica de Francisco Cândido Xavier é realmente de nos deixar sem fôlego, só de pensar. As mensagens recebidas, publicadas em forma de livros, já somam mais de quatrocentos exemplares. O primeiro livro publicado foi "Parnaso de Além Túmulo", um grito de imortalidade, provindo dos poetas do além. Depois foram se sucedendo, um após outro. Com o passar do tempo, com o aperfeiçoamento da mediunidade abençoada do Chico, os espíritos passaram a escrever em maior quantidade e com qualidade sempre mais aperfeiçoada. Desde que Emmanuel assumiu a orientação da mediunidade do médium, em 1931, o trabalho impregnou-se de características eminentemente evangélicas e evangelizadoras.

    Manuel da Nóbrega retornava ao seu posto de catequese, não mais dos seus amados indígenas, a quem ele tão carinhosamente chamava "meus brasis". Agora era preciso evangelizar um povo descendente de raças miscigenadas. Um povo sofrido e simples, na sua generalidade. A missão se ampliou. Como ele próprio, Emmanuel, afirma, "é preciso criar espírito para o gigante", se referindo à tarefa de espiritualização do Brasil.

    Chico Xavier se fez o servidor incansável, sob a orientação de Emmanuel, seu constante benfeitor. Ambos trabalharam incansavelmente, dentro da mais absoluto obediência o Senhor da Vinha. Fiéis a Jesus, continuaram o trabalho do codificador Allan Kardec, como se o próprio mestre lionês se lhes houvesse incorporado ao espírito, num trabalho de perfeita complementação da obra iniciada no século passado.

    Caminharam "A Caminho da Luz", "Falando a Terra" "Novas Mensagens", sobre aquele que é o "Caminho, Verdade e Vida" para todos os séculos. "Luz Acima" seguiram os "Missionários da Luz", trazendo-nos a "Boa Nova" de Jesus, a nós, "Os filhos do Grande Rei".

    Imaginamos o início deste grandioso trabalho, realizado pelo Chico e seus Iluminados Mensageiros. A programação, o começo difícil, a persistência, a paciência,... Quanta humildade não teve que testemunhar este coração. Coração de médium também sofre. E como o coração deste médium já sofreu, para sustentar a responsabilidade do compromisso que assumira com Jesus, de serviço à humanidade.

    Mas o Chico, hoje está feliz. Ele alcançou a felicidade cristalina da consciência em paz, pelo dever fielmente cumprido. Nós próprios, o ouvimos dizer, certa feita, que trabalhava muito e se sentia cansado, mas se sentia muito feliz.

Chico Xavier, assim como Paulo de Tarso um dia afirmou (1), poderá dizer, com propriedade, quando houver concluído seu intenso labor: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé."

    Aquele jovem simples, da pacata Pedro Leopoldo, foi à luta e está vencendo. Vencendo o bom combate. Lutou pela implantação definitiva do Evangelho de Jesus em nossos corações. Lutou como um gigante.

    Quando partir, sua herança ficará conosco: sua obra, fruto deu sua vida. Este homem extraordinário, a serviço de Jesus na Terra, está legando-nos, como médium dos Espíritos do Senhor, esta obra monumental. Compete-nos descobrir seu valor.

    Seus livros vieram para ficar conosco pelos séculos vindouros, pois o conteúdo dos mesmos reflete a mensagem eterna do Evangelho do Cristo. Estudemos e divulguemos, aprendamos e exemplifiquemos estas "Palavras de Vida Eterna".

    Ao Chico desejamos muita paz. Que Jesus o abençoe em seu Reino de Amor e Luz.

    Nossas preces se elevam a Deus por ti, Chico, como sinceras manifestações de gratidão.

    Parabéns Chico, pelo seu trabalho. Louvado seja Deus, por ter concedido sua existência entre nós.

    Gilberto Costa Valle



(1) Paulo, em sua 2a Carta a Timóteo, Cap. 4, versículo 7. (retorna ao texto)




Comentários
Qual é o nosso Paradigma, Silvio Correa, Brasil

    Prezados confrades,
    Que Jesus nos abençoe em nossa caminhada. Assim seja.

    Não resta dúvida o quão importante é o assunto. Excelente o artigo do 343 bem como do 368 .

    É importante percebermos as aplicações que podem ser feitas da Doutrina Espírita e do conhecimento passado pelos nossos abnegados Amigos Espirituais, nas diversas áreas dos conhecimento humano, gerando conhecimentos. Caso contrário, serão apenas informações que não trarão benefícios para o crescimento espiritual nosso e da humanidade.

    O IPEPE e os IPEs que vem surgindo abrem realmente uma nova visão dentro da Doutrina Espírita.

    Eu já coloquei o assunto em pauta na lista do IPEPE, mas ainda não chegou o momento da discussão. Entretanto, fiquei muito contente em saber que o Gezler, coordenador da lista do IPEPE, está preocupado com o assunto, bem como, o Carlos Yassu.

    É um assunto polêmico nos dois lados da moeda. Não são muitos os que conseguem visualizar a aplicação da Doutrina, no mundo dos negócios. Já cheguei a receber como resposta, de um conhecido palestrante e escritor de livros espíritas, durante uma palestra, que a Doutrina não tem nada em comum com o mundo dos negócios. Da mesma forma, homens de negócios, alguns espíritas, acham a abordagem, no mínimo, inconseqüente.

    Existe um equívoco, no meu ponto de vista, quando é abordada a função social da empresa. Eu também a considero como sendo o primeiro foco. Mas qual é a função social da empresa ? Atuar na comunidade, agir em prol do bem-estar comum, condições para que seus funcionários tenham uma vida digna, remunerações justas (de acordo com os resultados), princípios (não valores**) de humanidade, humildade e honra, benefícios que atendam as necessidades mínimas de seus funcionários e familiares, treinamento e chances de crescimento espiritual e profissional. Mas eu pergunto? Como atingir essa função social, sem o lucro?

    O lucro não é o problema e sim a forma como é conseguido e como é utilizado.

    As empresas tem que dar lucro sim, para exercerem sua função social cada vez mais.

    Mas as empresas não agem assim (com algumas exceções)? É isso que devemos mudar !!

    É, com certeza, um trabalho de conscientização violento. Não só quanto aos empresários, mas também quanto aos empregados, que também têm sua função social a cumprir. Por isso o trabalho deverá ser meticuloso, planejado e iniciado em empresas que tenham uma forte ligação com a Doutrina, afim de que se ganhe credibilidade junto ao mercado.


    (**) Esclareço com um exemplo: E=mc² (fórmula da relatividade de Einstein). Princípio: A energia E é diretamente proporcional a massa m do corpo. Valores: Para cada valor de m, temos um valor diferente de E. O princípio é sempre imutável, enquanto os valores, são variáveis para pessoas distintas, ainda que dentro do princípio. Segue anexo um esboço de uma metodologia (vide seção Textos - A Empresa Kirlian), aberta por excelência, que já postei em alguns grupos de discussão. (retorna ao texto)



Espiritismo em Movimento, Carlos Iglesia, Brasil

Caros Amigos,

    Um tema bastante importante, e que as vezes cai no esquecimento, é a discussão do próprio movimento espírita. Discussão de suas caracteristicas e  perspectivas; da forma com que reflete na prática os conhecimentos espíritas e como materializa as aspirações dos seus adeptos.

    Vez por outra tivemos debates a respeito no Boletim, o que também ocorre na imprensa espírita e nos encontros patrocinados por federações e grupos.  Parece-nos que há uma concordância geral na necessidade de uma unificação de propósitos, principalmente no propósito de mantermos a doutrina viva e dinâmica,  fortemente embasada na liberdade de pensamento e no respeito mútuo.

    Liberdade consagrada no critério de universalidade do ensino dos espíritos e na autonomia de cada espírita em particular para exercer o uso da razão. Liberdade consagrada também no princípio de que "fora da caridade não há salvação", descartando qualquer intermediação entre o homem e seu destino futuro além do resultado de suas próprias obras. Nem sacerdotes, nem rituais, nem organizações com poderes espirituais, somente o homem e sua consciência perante Deus.

    Liberdade que traz como consequência a obrigação do estudo sério e prolongado da Doutrina, pois sem ele não há como ter critério.  Não se pode falar do que não se sabe, ou ter fé naquilo que não se conhece, menos ainda praticar algo que não se tem idéia do que seja.

    Procurando aclarar minhas idéias - que reconheço bastante incompletas a respeito desse tema - é que, acatando sugestão de amigos residentes na Bahia,  coloquei-me a ler o livro "Espiritismo em Movimento" (Deolindo Amorim/médium Elzio Ferreira de Souza - ed. Circulus). Estou lendo-o vagarosamente, dando tempo para a reflexão, pois o conteúdo me surpreendeu bastante. Imagino que se poderia até sugerir ao autor espiritual que colocasse um subtitulo "Análise do movimento espírita" ou talvez, sendo mais exato, "Análise do comportamento dos espíritas na aplicação da Doutrina, o que resulta no movimento espírita".

    O artigo publicado no Boletim 355 - Novas Idéias e a Doutrina - que efetivamente é o primeiro capítulo do livro, dá uma boa idéia da profundidade e seriedade com que o tema é tratado na obra.

    Fica assim a nossa recomendação, aos que tenham interesse no tema, para que leiam o livro.

    Atenciosamente,
    Carlos Iglesia



Redefinição do vocábulo "espiritismo" na Enciclopédia Britânica, Brasil


Amigos do GEAE,

    Com referência aos comentários dos companheiros de Doutrina Mattos, Boletim 355, e Lolita, Boletim 368, acredito que precisamos considerar o seguinte:

    Quando Kardec criou a palavra espiritismo, dando-lhe significado claro, neste momento já eliminou qualquer mal entendido com relação a sua interpretação. Quem quer que seja a mudar-lhe o significado original só pode fazê-lo por dois motivos:

    a) Não conhece nada da Doutrina dos Espíritos, e, na ignorância, ao usar o vocábulo não segue sua significação original. Neste caso, que fazer ?

    b) Embora conhecendo seu significado, trabalha contra os preceitos espíritas, intencionalmente, criando confusão com o propósito de impedir a difusão da Doutrina Espírita.

    E agora, que fazer ? Parece-me que como espíritas cabe-nos estar atentos e preparados para quando formos solicitados aos esclarecimentos necessários, instruindo-nos, como orientou o Espírito de Verdade no prefácio do Evangelho Segundo o Espiritismo.

    Vemos no dia-a-dia, várias vezes a palavra espiritismo sendo empregada fora do seu significado original. Sejamos,entretanto, pacientes e deixemos a cada um o cumprimento de sua parte. Que a Britânica, para refletir seus bons propósitos educativos corrija seus erros espontaneamente, e ainda, todos aqueles que irrefletidamente causaram confusão trabalhem por esclarecer os mal entendidos. Ora, quando a Britânica ou qualquer outra publicação séria vai falar sobre Astronomia, procura informações nas academias de ciências; quando for falar sobre Espiritismo, é justo que procure informações nas instituições espíritas que certamente saberão encontrar, se dispuserem-se a isso.

    Abraços fraternos,
    Euclides Lourenço da Silva Junior



Papel de Jesus fora do Ocidente, Edisson Morgado, Brasil

Sobre os comentários acerca do "Papel de Jesus fora do Ocidente" no Boletim no. 355*, gostei do questionamento levantado por Valério Melo e principalmente dos apartes esclarecedores do Carlos Iglesia e Elzio Souza. Por outro lado, gostaria de focalizar a questão da posição de Jesus, como espírito excelso na Terra,  na visão da Doutrina Espírita, o que não me parece ter sido respondido ao Valério.

    A pergunta, colocada em outros termos, procede: Por que no Ocidente coloca-se Jesus (e o Espiritismo também o faz) como o exemplo de perfeição máxima relativa dos terráqueos ? Essa pergunta já me fiz há algum tempo atrás, e acabei por concluir o seguinte. De fato, em nosso estado de imperfeição e evolução inferior, se convivêssemos com Jesus, Buda, Confúncio, Ghandi ou Chico Xavier, prossivelmente não seríamos capazes de discriminá-los quanto ao grau de elevação moral e espiritual. Todos seriam perfeitos (ou até mesmo imperfeitos) para nós, dado o nosso atraso e falta de discernimento moral apurado.

    Com os registros da História, certamente também não podemos fazer qualquer inferência nesse particular e assim, não tenho dúvida de que Jesus tornou-se modelo de perfeição para o católico e para o protestante por um condicionamento dogmático. O Espiritismo, no entanto, além da profunda similaridade doutrinária que apresenta com a Doutrina do Cristo em sua essência primitiva (livre dos ranços posteriormente impostos pelos homens), também nos trouxe, através da mediunidade, a notícia de que este mesmo Ser que reencarnou entre nós há dois mil anos trata-se do Governador Espiritual do Planeta desde a sua gênese. Não falamos de uma revelação isolada. Referimo-nos ao princípio da Universalidade dos ensinamentos empregado por Kardec. Até hoje, após inúmeras comunicações mediúnicas trazidas a este Mundo, incluindo as fontes mediúnicas não espíritas e de países do Oriente, verificamos uma coincidência de relatos confirmando a mesma revelação.

    Entretanto, não há qualquer vantagem em glorificarmos no Ocidente o Governador Espiritual do Planeta. A verdadeira ligação que nos aproxima do Criador (e por consequência do nosso tutor planetário) é a iluminação que se opera dentro de nós e independe de crença, religião, cultura ou região geográfica.

    Um grande abraço,
    Edisson Morgado Jr.



nota do editor - Vide também o artigo de Rogério Coelho, "A Genêse das Crenças Religiosas e a Revivescência do Cristianismo",  no Boletim 369. (retorna ao texto)




Palestras Familiares de Além-túmulo
Caminho da Humanidade, Fenelon, Brasil

    Quanto tempo foi necessário para que nós da Espiritualidade Maior pudessemos sempre tornar todos os bons amigos como grupo de apoio para nossas preces e nosso trabalho profícuo.

    A situação que de vez em quando somos designados a percorrer, em outros tempos não foi totalmente desenvolvida, mas muito foi produzido graças aos esforços de muitos.

    Novos tempos seguirão sem cessar e cada vez mais irão desencadear a grande cadeia de vibrações bondosas e sinceras fluindo nos corações humanos.

    Tudo caminha para um desfecho saudável e bom passando novos tempos tão sonhados por aqueles que sempre desejaram os passos da felicidade caminhando juntos em comunidade próximos dos lares mais belos existentes no universo.

    A vida se traduz na boa vontade de fazer sempre o bem. A vida não é o passo incompleto e indesejável. É o laço de união; é a vida em comunidade; é a beleza da natureza em harmonia; é a sombra que alivia as armaguras de um sol incessante; é o sol que ilumina e aquece nosso planeta; é a lua branda e serena que atua gerando bons fluidos em composição aos existentes sobre a crosta terrestre. Enfim, é a nossa vontade de descubrir o amor verdadeiro e eterno que sempre procuramos desenvolver.

    A esperança de novos tempos está certamente marcada em nosso mundo. É preciso, entretanto, que cada um cumpra com seu verdadeiro papel, procurando crescer junto com esses belos e profícuos fluidos iluminando todo o Centro Espiritual.

     Que todos recebam sempre aqueles nossos bondosos e caridosos laços de união completando o círculo infinido do amor.

    A paz verdadeira sempre existiu em cada um de nós. Mas, agora, a união de todos promoverá o seu desmembramento para toda a comunidade terrena.

        Fenelon.


Nota do Editor (GEAE)

    A mensagem acima nos foi enviada por um grupo espírita do interior de São Paulo (Brasil) e, do mesmo modo que a publicada no último Boletim, parece ter por objetivo tranquilizar os membros do grupo quanto as inquietudes dos tempos em que vivemos. Inquietudes caracteristicas de uma época de transição.

    Um detalhe interessante da mensagem é a identificação do espírito que a assina. Não sabemos dizer se o autor espiritual foi questionado a respeito, mas o nome pode ter sido adotado como uma homenagem a um dos espíritos que participou da codificação. Também não se pode descartar a priori que se trate do mesmo espírito ou de um que lhe seja próximo. A mensagem é curta, sua linguagem agradável e seu conteúdo não entra em contradição com o nome que a assina.

    Reparem que se o espírito tranquiliza o grupo informando que tudo caminha para um desfecho saudável, não deixa de alertar corretamente que é preciso, entretanto, que cada um cumpra com seu verdadeiro papel. Que a vida se traduz na boa vontade de fazer sempre o bem.

    Fénelon -  François de Salignac de la Mothe - foi um prelado frânces, nascido em 1651 e desencarnado em 1715. Deixou muitas obras, em geral sobre assuntos políticos, de educação e de religião. Tendo participado da controversia sobre o quietismo(1) , defendendo-o, teve que se exilar em sua diocese. Como desencarnado participou da codificação espírita, contribuindo com mensagens e esclarecimentos que foram publicados nas obras básicas e na Revue Spirite(2).

    Como exercicío de comparação, sempre lembrando que não nos foram passados maiores detalhes sobre a identificação do autor espiritual da mensagem acima, apresentamos abaixo o trecho final de uma mensagem publicada na Revue Spirite de janeiro de 1865 assinada por Fénelon. A mensagem foi recebida na Sociedade de Antuérpia em 1864:

    "É preciso provar pela união que todos os adeptos sérios trabalham de concêrto na vinha do Senhor, que vai estender seus ramos sôbre o mundo inteiro. Quanto mais se reunirem os obreiros, mais depressa será formada a grande cadeia espírita e, também, mais depressa a família humana será inundada pelos eflúvios divinos da fé e da caridade, que regenerarão as almas sob o poder do Criador.

    Cada um de nós leva sua pedra ao edifício na medida de sua fôrças; mas se cada um quiser construir à sua vontade, sem levar em conta as instruções que temos dado e que formam a sua base; se não houver entendimento entre vós; se não tiverdes ligação, então fareis uma torre de Babel. Nós vos mostramos êste ponto: cada um dêle faça o seu objetivo único; nós vos demos êste sinal; que cada um o inscreva em sua bandeira; então vos reconhecereis todos e vos estendereis as mãos. Mas Deus dispensará os presunçosos que não tiverem escutado sua voz; cegará os orgulhosos, que se julgam bastante fortes por sí-mesmos; e os que se afastarem do caminho que lhes é traçado perder-se-ão no deserto.

    Espíritas, sêde fortes de coragem, de perseverança e de firmeza, mas humildes de coração, segundo o preceito do Evangelho e Jesus vos conduzirá através das tormentas e abençoará os vossos trabalhos.

    Cada luta enfrentada corajosamente sob o olhar de Deus é uma prece fervorosa, que sobe a êle como o incenso puro e de odor agradável. Se bastasse formular palavras para se dirigir a Deus, os inoperantes apenas teriam que tomar um livro de preces para satisfazer a obrigação de orar. O trabalho, a atividade da alma são a única boa prece que a purifica e a faz crescer." (Revista Espírita, trad. de Julio de Abreu Filho para  coleção com as obras completas de Kardec publicada pela EDICEL).


(1) Do dicionário Michaelis:

qui.e.tis.mo   sm   (quieto+ismo)
1 Sistema místico de alguns teólogos, condenado pela Igreja Católica, que defende a inutilidade do esforço humano para a salvação e para a santificação; segundo essa doutrina, a pessoa deve conservar-se em estado de absoluta passividade contemplativa, indiferente a tudo. 2 Apatia, quietação, quietude, sossego, tranqüilidade.

(retorna ao texto)

(2) Vide Boletim 281(retorna ao texto)



Painel
Matrimônio e Divórcio, Apolinario Mello, Brasil

    O arquivo é uma apostila com 67 páginas que trata do assunto matrimônio e divórcio, coletânea de mensagens dos espíritos sobre o assunto. Os colegas que quiserem cópia do documento, para imprimir e divulgar - pois é muito comum conhecermos alguém com dificuldades no casamento - podem solicita-lo através do e-mail apomel@zipmail.com.br



Peça Espírita "Lições de Amor", Luciano Pereira, Brasil

    Espetáculo inspirado nas obras básicas de Allan Kardec, aborda o homem como ser imortal a caminho da evolução espiritual. Utilizando-se do lirismo, através de um texto limpo e de fácil entendimento, o autor Luciano Pereira traz ao palco as questões da vida, do ser, do destino e da dor, os diferentes estágios do espírito perante a eternidade e a justiça de Deus. Quem somos? De onde viemos?  Para onde vamos?  São indagações que nos acompanham através dos tempos no recôndito de nossa alma.

    Lições de Amor é baseada em fatos, mostra em diferentes quadros temas tais como: aborto, mediunidade, suicídio, almas afins, reencarnação,drogas, desdobramento da alma durante o sono...

    A peça que já está em cartaz há seis anos, apresentou-se em vários estados do país, a saber: Espírito Santo, Rio de Janeiro,   São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, emocionando platéias independentemente de idade, religiosidade ou crença. Estreiou em 24 dabril de 1993, sendo assistida por mais de 80.000 expectadores, apresentando-se em diversas cidades do país, totalizando um número superior a 800 apresentações.

    Surpreendentemente os espetáculos com temática espírita vêem conquistando uma platéia selecionada de expectadores, que vão aos teatros no intuito de assistirem a montagens profissionais e de nível. Devido a grande procura por esse tipo de trabalho artístico, as peças espíritas geralmente ficam muitos anos em cartaz, a maioria delas sem patrocínio, sustentando-se apenas com o movimento da bilheteria. O público forma caravanas de diferentes regiões da cidade lotando, quase sempre, as Casas de Espetáculos. Acreditamos dessa maneira que hoje em dia, as pessoas não buscam tão somente ao entretenimento apenas por um momento de lazer, mas por motivos que satisfaçam também ao espírito e à  intelectualidade, já que as montagens com temas espiritualistas levam ao questionamento e à reflexão, sem impor qualquer forma de opção religiosa e espiritual.

    Através de pesquisas nos próprios teatros, onde nos apresentamos, constatamos que a maior parte do público que nos assiste completou o 3º  Grau e atua nos diversos ramos profissionais tais como: Odontologia, Medicina, Psicologia, Direito e Legislação, Magistério, Comunicação, Comércio, Engenharia, assim como Estudantes, Aposentados.
 

    TEXTO E DIREÇÃO: LUCIANO PEREIRA
    ELENCO:

  • ALICE MEDEIROS
  • LUCIANO PEREIRA
  • LUCIANA MENZ
  • MARLON XAVIER
  •    APRESENTAÇÃO PREVISTA NO RIO DE JANEIRO:

        TEATRO GALERIA
        RUA SENADOR VERGUEIRO, 93 - FLAMENGO
        SEXTAS E SÁBADOS ÀS 19:00 E DOMINGOS ÀS 17:30

        INGRESSOS: R$ 10,00

        ESTRÉIA DIA 05 DE NOVEMBRO EM CURTA TEMPORADA.
        INFORMAÇÕES: (0xx21) 458 3540

       CONTATO COM A PRODUÇÃO:

        TELEFAX: (0xx21) 458 3540
        E-MAIL: l.a@imagelink.com.br



    Campanha por empregos do IPEPE, IPEPE, Brasil


    Amigos,

        Há algum tempo atrás, era iniciada  a campanha por empregos do IPEPE (vide Boletim 348). Atualmente, temos 30 (trinta)  curriculum sendo expostos na Home Page do IPEPE ( http://www.ipepe.com.br  na seção "novo" e depois em empregos) e já foram gerados 03 (três) empregos, que significa 10% dos candidatos. Foram empregadas uma pessoa em São Paulo, outra no Rio de Janeiro e a terceira em Pernambuco. Continuamos contando com a colaboração de todos vocês e, aparecendo um emprego, passem antes uma "olhadela"  nos curriculum situados na Home Page do IPEPE. Todos os atuais candidatos participam do Movimento Espírita dos seus respectivos estados.

        Muita paz,

        Gezsler Carlos West
        Coordenador Geral do IPEPE

    GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS