GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS
Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Semanal de Distribuição Eletrônica

Ano 07 - Número 335 - 1999                           9 de março de 1999

 Indíce

Textos

Painel

Textos
Espiritismo, Ética e Conhecimento, Luiz Signates, Brasil

    Sempre ouvimos que o Espiritismo não tem uma autoridade central, não tem hierarquias estruturadas, mesmo os Grupos Espíritas são associações formadas livremente por seus participantes. A definição do que é "Espírita" ou "não é Espírita" vem do consenso dos Espíritas, sua conformidade com os princípios estabelecidos por Kardec na Codificação Espírita e da uniformidade dos ensinamentos transmitidos pelos Espíritos. Informações lançadas por Espíritos ou grupos isolados são hipóteses ou opiniões pessoais até que o consenso se estabeleça a respeito.

    Contudo tenho dificuldades, e já reparei não ser o único, de entender como isso funciona - ou deveria funcionar na prática. Consigo ver que a comunicação (principalmente a escrita) desempenha um papel importante na manutenção da unidade do movimento espírita - evitando que ele se decomponha em uma infinidade de "seitas", mas não consigo visualizar as regras dessa comunicação. O consenso é uma realidade prática ou uma utopia ? A comunicação continuará funcionando bem dentro de uma comunidade Espírita cada vez maior ? Não corremos o risco de alguns poucos grupos espíritas melhor estruturados absorverem a função de definir o que é Espirita e o que não é (dando nascimento a hierarquias e poderes religiosos)? – Carlos Alberto Iglesia Bernardo

    Acho que a discussão a respeito do consenso ultrapassa o interesse demarcatório, que é onde se encontra a idéia da pureza doutrinária e da fidelidade a Kardec, não raro fundante de mecanismos de exclusão em nosso meio. Allan Kardec postulava o consenso intersubjetivo interexistencial como critério epistemológico, isto é, como critério de verdade. Gilberto Guarino, contudo, enfatiza com razão os problemas metodológicos desse critério, pois sua aplicabilidade é muito difícil, senão impraticável. A saída que tenho pensado a respeito é observar o consenso a partir de uma perspectiva ética, buscando uma solução em que conhecimento e fraternidade se unam como uma ética da construção do saber espírita. O que significa isso, na prática? Significa que a idéia de consenso intersubjetivo se estabelece como vínculo de fraternidade em busca de um conhecimento conjunto. A razão, contudo, nesse caso, não é a da conformidade com conteúdos, e sim a dos princípios de relacionamento. Em lugar do interesse demarcatório (definição sociocultural do que é e do que não é espírita, para fazer emergir um suposto “Espiritismo puro”, sem as influências afro ou orientais, por exemplo), a idéia é a de buscarmos a construção pragmática da fraternidade vivida, justamente pela aceitação da diversidade e o relacionamento pacífico entre as diferenças e, somente a partir daí, tornarmos válida nossa busca por conhecimento. Tal idéia não procede de mim: é de Jesus Cristo, quando afirmou, peremptoriamente: “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”, pontuando que “quem não é contra mim, é por mim”.

    Os postulados fundamentais dessa proposta são, primeiro, o de que “é espírita todo tipo de procedimento que esteja em conformidade com a ética de Jesus Cristo” e, segundo, o de que “somente dentro de tal ética de procedimento, poderemos construir o Espiritismo como conhecimento válido”. Os critérios demarcatórios, entretanto, têm trabalhado pelo inverso: primeiro define-se o Espiritismo a partir de um conjunto de idéias até certo ponto dogmatizadas e, somente depois, é que se erige uma relação de fraternidade, não raro condicionada à aceitação daquele conjunto de idéias. Por isso se briga tanto no movimento espírita em torno de questões que, no fundo, não têm importância alguma, como o corpo fluídico de Jesus ou a reencarnação de Allan Kardec... Tal como nos negros períodos da história do cristianismo, embora sem os mesmos mecanismos de violência, passamos a justificar novos tipos de guerra santa, desta vez em defesa da verdade e da pureza doutrinárias, rompendo constantemente com a fraternidade em seu nome.

    Segundo minha humilde forma de pensar, o que expressa o Espiritismo – e, por conseguinte, aquilo que define o espírita – são justamente as formas fraternas de vida que esse conhecimento desencadeia, e não um sistema de crenças que, no caso do Espiritismo, arrisca-se às vezes a erigir determinados supostos do positivismo e do racionalismo francês do século passado como verdades insofismáveis. E, para isso, como você muito bem pontua, erigem-se sistemas institucionalizados de poder com o privilégio de definir o que é e o que não é espírita, sistemas esses que passarão a disputar entre si a hegemonia de tais definições. Desencadeado o processo de disputa de poder, perde-se o essencial da ética cristã e, uma vez mais, Jesus Cristo volta para as ruas, a fim de começar de novo a construção do amor no mundo, do ponto onde ela parou...

    Tal é o motivo pelo qual tenho por mim que nossa missão não é a de converter as pessoas para as coisas que pensamos, mas de estabelecer com elas uma relação de fraternidade autêntica. A proposta do Espiritismo, penso eu, é fundar no mundo a sociedade das pessoas que se amam – e o amor só é possível na diversidade. Antes da relação de conhecimento (o “instruí-vos”) está a relação de fraternidade (o “amai-vos”), sendo que aquela somente é espiritamente válida se for fundada nesta. O movimento espírita, portanto, para ser espírita de fato, denomine-se ou não desta forma, é aquele que relativiza as pretensões de conhecimento e funda o diálogo fraterno entre elas. Esse argumento, inclusive, tem base kardequiana: o Espiritismo foi pensado pelo codificador como progressivo; ora, o progresso do conhecimento espírita (que se daria pela revelação dos espíritos em constante confronto com os métodos e postulados da ciência de cada época) só é possível em regime de diálogo cognitivo, e jamais pela fundação de um conjunto de conteúdos tidos por inamovíveis. Nesse sentido, e para não cairmos no relativismo moral, define-se a busca espírita do conhecimento pela sua ética, esta sim, consensualizada e consensualista por natureza: a ética da fraternidade, a partir da qual os conhecimentos humanos relativos a respeito das coisas espirituais encontrariam sempre um caldo de cultura onde pudessem mostrar suas diferenças sem se estranharem e, sobretudo, sem o soerguimento de muros de preconceito e autoritarismo, dispensando, portanto, os movimentos de exclusão que vêm se tornando tão comuns entre nós.

    Luiz Signates



Alguns argumentos contra o Suicídio (IV), Rubens Santini, Brasil

Continuação do texto iniciado no Boletim 332. Já foram publicados:
 

 I Parte - Boletim 332

2 Parte  - Boletim 333 3 Parte - Boletim 334
Suicida não é obsessor(9)

    “Suicida não é obsessor, é um doente necessitado que as Casas Espíritas devem tratá-lo com repeito; que eles recebam de Deus e Jesus cuidados mais que especial; que o homem precisa prevenir-se contra o suicidio, pois dias virão em que irão aumentar, por causa da fome, do desespero, da droga, da miséria, do abandono, dos vícios e da traição.

    O Brasil é um país onde o número de suicidios ainda é baixo, mas se não contivermos o desemprego, a miséria e a fome, ele ser á daqui algum tempo o campeão mundial de suicídio. Os Espiritas precisam urgentemente orientar a população com folhetos nos logradouros públicos, falando e orientando sobre o suicidio. O homem deve ficar ciente de que não existe a morte e que ninguém é dono de seu corpo; a veste física é um empréstimo da natureza e teremos de devolvê-la um dia, queira Deus intacta. Ninguém pode rasgá-la, nem violentá-la, ela é obra divina emprestada para permanecermos na Terra. O homem não se conhece. No dia em que ele se preocupar com seu corpo, ganhará paz, pois se sentirá no seu ombro o peso da responsabilidade e sorrirá feliz por se sentir eterno. A ignorância e a falta de fé levam ao suicídio. O corpo físico é um veículo indispensável para se transitar no plano terreno; destruí-lo é retardar a chegada aos braços de Deus. O suicida sofre antes, durante e depois do ato impensado, pois leva a dor como bagagem. Nossas preces e o nosso respeito são bálsamos para o seu sofrimento. Gostaria que toda a humanidade se conscientizasse do valor da oração aos suicidas, o quanto eles são beneficiados através das nossas preces. (...)

    Ele sofre ante do suicidio por estar enfrentando muitas vezes imensa dor, e qual não é sua surpresa quando, com o ato, sente seus padecimentos se agravarem. Nas primeiras horas em que ele percebe que não conseguiu morrer, e continua preso à dor moral e à física, sente-se confuso porque está vivo, o sangue jorrando, a ferida doendo e ele ali, inteiro. Embora tenha adormecido por segundos, o despertar é cruel. O enterro, a arma, o povo falando, e ele ali, junto ao corpo físico; o ar lhe falta, o odor é fético; busca a ferida, ela é sangrenta e dolorida. Agora sofre, além da dor moral, e ainda mais, a dor física. Depois do suicidio, busca outra vez a morte e, em desespero, constata que aumentou a sua dor. Muitas vezes o suicida não larga o corpo físico e, junto às vísceras putrefatas, não compreende por que cheira mal, e conclui que o túmulo agora ‚ sua prisão; antes era a tristeza. Quando consegue se ver livre da cova, leva-a gravada na mente. É a dor, o desespero de um suicida. Como ignorá-lo? Como condenar um irmão em sofrimento? O mais acertado a fazer é orar por ele, abraçá-lo nas nossa preces para que se renove e encontre a paz.”


Tatiana - Um amor dividido (9)

    “Julgava eu que agora nos dirigíamos para o Vale do Brilho, em busca de Celso e do Gino, mas logo compreendi o porque do Rayto no vale se encontrar: ele buscava uma garota de seus treze anos que se debatia em convulsões: havia desencarnado ingerindo vários comprimidos. Ao nos aproximar-mos, percebemos que Tatiana, mesmo com o seu corpo perispiritual bem distante do cemitério, sentia tudo o que se passava com o seu corpo físico em decomposição; estava solidadamente unida a ele pelas leis naturais da afinidade, que a morte forçada não destrói. O espírito eterno e sua veste perispiritual permaneciam ligados ao corpo físico chagado pelos vermes; e o espírito de Tatiana sofria em desespero este martírio.

    - Mas ela ‚ uma criança!O que a levou a isso? indaguei.

    - Os pais, respondeu Karina.

    - O quê? Os pais?

    - Sim. Tatiana foi criada com um amor incontrolável dos pais, Celina e Clodoaldo, recebendo educação esmerada e ganhando tudo o que desejava. Mas veio a separação dos dois e com ela iniciou-se o descontrole da garota, começando sua agressividade, para chamar a atenção dos pais. Depois, sentiu-se dividida, não sabia a qual deles agradar. Se se demorava junto da mãe, Clodoaldo reclamava, dando-se o mesmo que com Celina. No meio desse desajuste, só encontrou um caminho: a morte.

    Lá estava ela, a criança disputada como um objeto e não amada. Diz Francisca Theresa: “o ciúme é um amor sem asa”. Aquele casal matou os sonhos e a esperança de sua filha. Agora, jogada ali, nossa Tatiana debatia-se num mar de sofrimento. Enoque a tomou no colo para levá-la. O seu olhar, antes de pânico, logo se acalmou ao fitar o semblante do oriental. Cerrou os olhos e suspirou. Sem uma palavra, nós o seguiamos. Ao chegar à porta de uma das tendas, foi recebida pelo Irmão Angelo e este companheiro deitou Tatiana em uma cama toda banhada de azul. Ele iniciou o tratamento da garota. Primeiro tentou limpar a sua mente - nela estava impregnado o momento dramático que retratava, sem parar, o episódio. Notamos que no corpo espiritual se encontravam fragmentos do cordão luminoso, arrebentado, à semelhança de fios elétricos despedaça-dos, dispersando os fluidos que a equipe ia logo organizando. Esses fluidos foram trabalhados pelos médicos, pois neles estava o desequilibrio do espirito de Tatiana.

    Observei atentamente aqueles fios despedaçados e com-preendi a importância dos fios magnéticos para um espirito, são eles que ligam o espirito à matéria física e lhe ofere-cem a vida. Na morte natural, ele é desatado com amor por equipes divinas. Com o suicidio, ele é partido e não desatado, violentamente arrancado, estraçalhado, quando ainda está com toda força magnética. É nele que estão concentrados os fluidos vitais para uma longa vida terráquea. Não é Deus que castiga um suicida, é ele mesmo o que mata suas oportunidades de vida; ao explodir o cordão fluídico ele está destruindo a asa que o alçaria ao mundo espiritual sem as dores da matéria. Ao desatar o nó do cordão fluidico, a equipe divina dá condição ao espirito de decolar. E ele se vê livre da matéria. No suicidio inconsciente, ou no consciente, o laço não se desfaz, rompe-se, e a separação não se processa facilmente. Com a morte clínica do corpo físico, neste mesmo corpo torna-se para o espirito uma cruz de ferro que pesa e fere, mas que o suicida terá de suportar por um bom tempo.

    A jovem sofria, pois na sua mente estavam bem vivos ainda os últimos acontecimentos terrenos: a morte, o enterro, o túmulo e o corpo em decomposição. Sentia a dor e o asfixiamento da tumba fechada. Tatiana, dos braços do Rayto, passou para uma confortável cama onde se iniciou o tratamento, sendo submetida a vários exames. O estômago foi recebendo cuidados, depois tomou um banho de ervas medicinais e, logo após, seu corpo foi alvo de tratamento com os mais modernos aparelhos, que me pareceram cauterizadores.
Tatiana fora socorrida, mas outros ali no Vale ficaram. Oramos por todos, pedindo que cada um busque o tratamento divino.”


Fuga comprometedora(7)

    “Sem dúvida, a mais trágica de todas as circunstâncias que envolvem a morte, de consequências devastadoras para o desencarnante, é o suicidio. Longe de enquadrar-se como expiação ou provação, no cumprimento de desígnios divinos, o auto-aniquilamento situa-se por desastrada fuga, uma porta falsa em que o individuo, julgando-se libertar-se de seus males, precipita-se em situação pior.

    “O maior sofrimento da Terra não se compara ao nosso” dizem, invariavelmente, suicidas que se manifestam em reuniões mediúnicas.

    Tormentos indescritíveis desabam sobre eles a partir da consumação do gesto lamentável. Precipitados violentamente na Espiritualidade, em plena vitalidade física, revivem, ininterruptamente, por largo tempo, as dores e emoções dos últimos instantes, confinados em regiões tenebrosas onde, segundo a expressão evangélica, “há choro e ranger de dentes”.

    Um dos grandes problemas do suicida ‚ o lesionamento do corpo perispiritual. Aqueles que morrem de forma violenta, em circunstâncias alheias à sua vontade, registram no perispirito marcas e impressões relacionadas com o tipo de desencarne que sofreram. São, entretanto, passageiras e tenderão a desaparecer tão logo ocorra sua plena reintegração na vida espiritual.

    O mesmo não ocorre com o suicida, que exibe na organização perispiritual ferimentos correspondentes à agressão cometida contra o corpo físico. Se deu um tiro no cérebro terá grave lesão na região correspondente; se ingeriu soda cáustica experimentará extensa ulceração à altura do aparelho digestivo; se atirou-se diante de um trem exibirá traumas generalizados.

    Tais efeitos, que contribuem em grande parte para os sofrimentos do suicida, exigem, geralmente, um contato com nova estrutura carnal, na experiência reencarnatória, para serem superados. E fatalmente se refletirão nela. O tiro no cérebro originará dificuldades de raciocinio; a soda cáustica implicará em graves deficiências no aparelho digestivo; o impacto violento sob as rodas do trem ensejará complexos quadros neurológicos...

    Como ocorre em todos os casos de morte violenta, o suicida experimentará inexitável agravamento de seu padecimentos na medida em que a familia mergulhe no desespero e na inconformação, exacerbados, não raro, por complexos de culpa.

    “Ah! Se tivéssemos agido diferente! Se lhe déssemos mais atenção! Se procurássemos compreendê-lo!”
Inútil conjecturar em torno de fato consumado. Diante de um ferido, em grave e inesperado desastre, seria contraproducente estarmos a imaginar que poderia não ter acontecido se agissemos diferente. Aconteceu! Não pode ser mudado! Imperioso manter o equilibrio e cuidar do paciente.
 
    O mesmo ocorre com o suicida. Ele precisa, urgentemente de auxilio. Indispensável que reajamos ao desespero e cultivemos a oração. Esta é o bálsamo confortador, o alento novo para seus padecimentos no Além, o grande recurso capaz de reerguê-lo.

    E se nos parece desalentador atentar às prolongadas e penosas experiências do companheiro que partiu voluntariamente, consideremos que seus sofrimentos não serão inúteis.  Representarão para ele um severo aprendizado, amadurecendo-o e habilitando-o a respeitar a Vida e a voltar-se para Deus.”


O sofrimento pós-morte

    O verdadeiro sofrimento começa no momento do suicidio. Todas as narrativas das vítimas são unânimes nas descrições das dores ligadas ao gênero de morte escolhida:
 

    Tudo isto porque a mente edifica e produz. O pensamento é criador, e portanto fabrica, corporifica, retém imagens por si mesmo engendradas, realiza o que passou e, com poderosas garras, conserva-o no presente até quando desejar. O suplício toma vulto maior no pensamento. O Espírito perde a noção do tempo e tem a impressão de que vai sofrer eternamente.


Consequências para uma futura reencarnação

    “O Espírito de um suicida voltará a novo corpo terreno em condições muito penosas de sofrimento, agravados pelas resultantes do grande desequilibrio que o desesperado gesto provocou em seu corpo astral, isto é, no perispirito. E para o seu próprio benefício, terá que repetir o programa terreno que deixou de executar. (...)

    Na Espiritualidade raramente o suicida permanecerá durante muito tempo. Em alguns casos, os considerados mais graves são encaminhados para a reencarnação imediata, onde completará o tempo que lhe faltava para o término da existência que cortou. Conquanto muito dolorosas, mesmo anormais, tais reencarnações serão preferíveis às desesperações de além-túmulo, evitando grande perda de tempo ao paciente. Veremos então homens deformados, mudos, surdos, com problemas mentais,... É um caso de vibrações, tão somente. O perispírito não teve forças vibratórias para modelar a nova forma corpórea, a despeito do auxilio recebido dos técnicos do mundo invisivel. Assim, concluirão o tempo que lhes faltava para o compromisso da existência prematuramente cortada, corrigirão os distúrbios vibratórios e, logicamente, sentir-se-ão aliviados”.(5)


Suicídio: A covardia moral(8)

    “A calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicidio. (...)

    Aquele que está certo de não ser infeliz senão por um dia, e de serem melhores os dias seguintes, tem facilmente paciência; ele só se desespera se não vê termo para seus sofrimentos. Que é, pois, a vida humana em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas para aquele que não crê na eternidade, que crê que tudo nele se acaba com a vida, se está oprimido pelo desgosto e pelo infortúnio, não vê seu termo senão na morte; não esperando nada, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar suas misérias pelo suicidio.

    A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialistas, numa palavra, são os maiores excitantes ao suicidio: elas dão a covardia moral”.




Painel
"Vade Mecum Espírita" na Internet, Luiz Guimarães, Brasil

    Com prazer, divulgamos a todos os confrades que a partir de 03/03/99 o nosso livro "Vade Mécum Espírita" já esta disponível na Internet. O endereço é  http://www.vademecumespirita.com.br  pedimos que a divulguem a todos os conhecidos para que possamos servir ao maior numero de usuários possíveis. Sugestões sempre serão bemvindas. Para aqueles que ainda não conhecem, o livro já se encontra na 6ª edição. Um abraço fraterno.

    Luiz Pessoa Guimarães.



"Minutos de Sabedoria" versão digital, Ivo Maioli, Brasil

 http://www.geocities.com/Augusta/4858/

    Versão digital do famoso compêndio de C. Torres Pastorino. Download do programa que quando executado sorteia de forma aleatória uma das 288 mensagens. Inclui um módulo com + 280 mensagens intitulado "Gotas de Luz". São mensagens breves retiradas do Livro dos Espíritos, Evangelho segundo o Espiritismo e outras obras Espíritas.



"Ciencia, Información y Espíritu 1999" - San Petersburgo, Rusia


Caros amigos

    Junto envio um e-mail recebido de um investigador russo, no campo da fluidoterapia, o Dr. Konstantin Korotkov, cientista. caso estejam interessados neste congresso inscrevam-se. Ele não se afirma espírita, mas
conhece a obra de Kardec e tem experiências bem interessantes .

    Um abraço amigo
    José Lucas
    (Portugal)


Ciencia, Información y Espíritu 1999
Universidad Técnica de San Petersburgo SPIFMO
Universidad Electrotécnica de San Petersburgo
Kirlionics Technologies International
el 29, 30, 31 de Mayo, el 1 de Junio de 1999

Objetivos del Congreso:

    Intercambio de ideas, logros y técnicas. Discusión de nuevos conceptos científicos en biología, ciencias de conciencia, GDV, bioelectrografía, kirliónica

Temas principales de discusión:

    La naturaleza de conciencia, su influencia en los procesos del mundo psíquico, su relación con los procesos de trastorno de la salud; actividad de la razón, concepto mundial de la persona individual, grupos de personas, los países y la humanidad;

    Conciencia como un poder causal, el apartamiento  de la comprensión de la conciencia como un producto de la actividad del cerebro;

    La conciencia individual como una fuente y parte de la Conciencia colectiva global;

    Dinámica de relaciones: procesos mentales  - conciencia - estructura energético-informativa - cuerpo (soma);

    Información como una base de la actividad de los entes biológicos;

    El papel de los campos electromagnéticos (EM) tecnogéneos (ordenador, teléfonos, microondas, etc.), ambiente EM artificial (transmisión de radio en la amplia banda de frecuencias), influencias geoespaciales en la salud personal;

     El desarrollo de nuevos métodos en la diágnosis y tratamiento de la condición del hombre, basado en las ideas holísticas orientales con el uso de los logros de la medicina convencional occidental, así como logros prácticos de la  medicina complementaria/alternativa;

    Aplicación de métodos de información y formas de influencia finos en el organismo del hombre: homeopatía, terapía de sonido, hierba y aire, medicina alternativa.

    La técnica de la visualización de descarga de gas basada en el efecto Kirlian como un medio poderoso para el estudio de los procesos cuántico-informativos en la naturaleza, logros y prácticas de esta técnica;

    El papel de la espiritualidad en la salud y desarrollo; la influencia de la percepción del mundo en el desarrollo individual;

    Ideas y métodos de la biología cuántica y de la biofísica informativa;

    El desarrollo de los métodos técnicos de comunicación inversa de la diágnosis y el curamiento por la reducción del nivel del estrés y la tensión;

     Nuevas direcciones de los estudios psicológicos que revelan la estructura de los procesos inconcientes.

    Esta lista no está completa. Un pequeño cambio en las posiciones a?adiría nuevas ideas a la lista dada y su reorientación. El problema no es tanto el de clasificar e introducir tesoros, yendo nosotros a cambiar  nociones y posiciones durante mucho tiempo. Lo importante es intercambiarnos de resultados y opiniones en el momento corriente del desarrollo.

    El momento nos da una única posibilidad para erigir puentes entre ciencia y espiritualidad, lo que crearía  nuevos espacios vítales para las futuras generaciones y moverá la humanidad hacia una nueva etapa del desarrollo.

    Ciencia, educación, cultura, todo el estilo de vida occidental necesita un enfoque más espiritual. En particular, el diálogo médico necesita métodos de complejo, de sistema, y de enfoques holísticos hacia la persona en total, así como renovación de la idea del tratamiento del cuerpo-y-espíritu como un acto sagrado.
 
    Estas ideas atraen cada vez más la atención de la comunidad científica, círculos políticos y del público.

    El nuevo estudio científico en los límites del cuerpo - la conciencia  - el espíritu, incluyendo efectos de meditación, coherencia cuántica, tratamiento, así como la carga de la comida y el agua a distancia, amor abnegado y plegarias, inspira a los investigadores a que estudien sútiles procesos informativos en la vida, ejerciendo éstos la  influencia en todos los procesos del desarrollo humano. Esto ayudará a la Humanidad restaurar el arte perdido de vivir una vida feliz en harmonía con la naturaleza y con sí misma.

    Somos testigos de un gran interés hacia el misticismo, fenómenos psíquicos, redescubrimiento del enfoque holístico hacia la salud y tratamiento y, lo que no es menos importante, la fuerte conciencia feminista. La idea del papel del hombre como la fuerza espiritual del Universo está creciendo y desarrollando en la comunidad científica occidental. El movimiento en esta dirección dará inevitablemente nuevos resultados sobresalientes y ayudará resolver muchos problemas actuales prácticos.

    Es una gran oportunidad para ver una de las más bellas ciudades del mundo en su mejor tiempo, las Noches Blancas, cuando no hay noche en absoluto. Vistas de los lugares de interés de la ciudad están
incluídas  en el programa.

    Esperamos encontrarle a Ud. en San Petersburgo para que participe en las discusiones científicas interesantes y pasée por los espléndidos lugares de la Capital norte del Imperio Ruso. (...)

    Tel/Fax. en San Petersburgo: (7-812)164 8369;
    E-mail: korotkov@mail.admiral.ru
    Post mail: Korotkov., 19140,
    San Petersburgo, box 752, Russia
    http://www.psy.aau.dk/bioelec

                                 GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS