GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS
Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Semanal de Distribuição Eletrônica

Ano 07 - Número 329 - 1999                           26 de janeiro de 1999

 Indíce

Textos

Comentários Perguntas Painel

Textos
O Programa de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Rogério Coelho, Brasil


 
“O Espiritismo é doutrina fácil de ser assimilada,
simples na sua estrutura para ser compreendida,
mas    não    vulgar    para   ser    interpretada.”
- Dr. Bezerra de Menezes
 
 
    Na manhã do dia 27 de novembro de 1983, o caroável Médico dos Pobres, em mensagem psicofônica recebida durante a reunião do Conselho Federativo Nacional, na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília (DF), através da abendiçoada mediunidade de Divaldo P. Franco, inserida no capítulo vinte e nove do livro “Compromissos Iluminativos”, alerta-nos para a importância do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) e, ao mesmo tempo, conclama a todo servidor do Cristo a se empenhar em sua implementação, nos seguinte termos:

    “(...) Hoje, um século e um quarto depois da publicação de “O Livro dos Espíritos”, é imprescindível mergulhar o pensamento na água lustral da Revelação, para melhor penetrar o “espírito” do Espiritismo e encontrar as respostas aos magnos problemas da Vida.

    Na atualidade, depois das experiências realizadas em toda parte, para melhor facilitar a compreensão do Espírito pelo estudo correto, é necessário que "O Programa de Estudo Sistematizado" seja oferecido sem o elitismo que levaria as mentes à condição antiga dos ocultistas, selecionando os esoteristas dos exoteristas, os iniciados dos profanos, mas, reunindo todos na mesma programação, em que cada qual haurirá o conhecimento dentro das suas possibilidades intelecto-morais, daí extraindo o indispensável para estabelecer no íntimo o Reino dos Céus.   Isto porque, o Espiritismo é doutrina fácil de ser assimilada, simples na sua estrutura para ser compreendida, mas não vulgar para ser interpretada.

    É fácil, porque se encontra nas leis naturais; é simples porque vivencia a Lei do Amor; mas é profunda, ao mesmo tempo, na sua complexidade, porque tem origem divina.

    Nem uma tarefa programada para um grupo de acadêmicos, nem um programa trabalhado pela ingenuidade, senão, linhas mestras direcionadas num compromisso que à semelhança de um leque, abrirão perspectivas para todos os recursos da inteligência e do sentimento.

    Os Espíritas que hoje mourejamos nesta faixa de vibrações, compreendemos a urgente necessidade de oferecer às gerações novas um programa capaz de as equipar para enfrentar o materialismo, na sua multiface, de maneira hábil, com recursos que possam coagular as expressões deletérias que invadem os múltiplos arraiais da Terra, levando ao suicídio, à loucura, à violência...   O Espiritismo prossegue sendo o antídoto contra esse mal, nas suas várias expressões.

    É certo que tornar o homem espiritualista é a tarefa inicial; fazê-lo espiritista é o passo a seguir.

    Como o pensamento de Allan Kardec pode ser comparado às sete notas musicais da divina sinfonia da Vida, ao homem cabe utilizar-se delas no campo da Doutrina Espírita para compor as melodias que enriqueçam a Terra de beleza, promovendo o espírito humano.

    A Codificação Espírita é o alfabeto da Nova Era sobre o qual se erguerá o templo da paz, quando a mensagem da Terceira Revelação atingir todas as criaturas do Orbe, realizando o fanal da imensa revolução social que modificará as estruturas do Planeta.

    Um Programa de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, sem nenhum demérito para todas as nobres tentativas que têm sido feitas ao largo dos anos, num esforço hercúleo para interessar os neófitos no conhecimento consciente da Nova Revelação, é o programa da atualidade sob a inspiração do Cristo.
 

ESPÍRITAS,  AMIGOS  E  IRMÃOS!
 
    Estais chamados a uma definição irrevogável: a de eliminar o mal que ainda reside em vós e que domina os quadrantes do mundo, combatendo-o em vós próprios como primeiro passo, para que a vossa claridade interior não seja colocada sob o módio das paixões, senão no velador, apontando os rumos para os pés andarilhos que vêm depois...

    Não temais a luta!  Ponde-vos de pé!...

    É instante de definição de tarefas.   Dificuldades são testes de avaliação das vossas conquistas; sofrimentos são aferições de valores em torno do que fizestes e do que sois.   A luta é o nosso campo de alto aprimoramento e os esforços são o nosso clima aplicado no progresso da Humanidade.

    Ontem éramos informados; mas, não conhecíamos a Verdade.   Hoje sabemos, porque intercambiamos convosco, como mantendes conosco o intercurso espiritual.

    Convocados para auxiliar os construtores do Orbe, neste processo de transição, não há outra alternativa:  Segui adiante, conscientes das vossas responsabilidades com Cristo e Kardec, no cérebro e no coração a escorrerem pelas vossas mãos, edificando a Humanidade melhor, num mundo mais feliz por que todos anelamos.

    Estudemos o Espiritismo e melhor viveremos o Cristianismo.

    Penetremo-nos no conhecimento Kardequiano para melhor sentirmos a palavra viva de Jesus.

    Cristo e Kardec estão erguendo o homem do caos em que jaz para os píncaros da Imortalidade e saudamos esta Era Nova que se inicia com o Programa de Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita, com o nobre esforço de iluminar o homem dos séculos futuros.”



Vidência e Clarividência, Jáder Sampaio, Brasil

Uma Revisão Compreensiva dos Termos na Obra de Kardec

1. Introdução

    Estávamos lendo o livro "No Invisível", de Léon Denis, em nosso grupo mediúnico, quando o texto nos remeteu a uma questão recorrente: afinal, qual é a diferença entre a faculdade dos médiuns videntes e a clarividência?

    O presente trabalho é um esforço para responder a esta questão a partir de algumas premissas:

    Este artigo é um excerto de um trabalho maior que publicaremos ainda este ano, nos anais de nosso grupo de estudos,  mas estamos enviando a parte referente a Allan Kardec ao GEAE em função da pergunta que o leitor Néventon Vargas publicou no boletim número 319.

2. Definição e Fenômenos de Clarividência

    O termo clarividência surge pela primeira vez com seu sentido próprio na parte de "O Livro dos Espíritos" que trata da emancipação da alma. Na questão 402, Kardec trata de uma "espécie de clarividência" que acontece durante os sonhos, onde a alma tem a faculdade de perceber eventos que acontecem em outros lugares. Neste ponto, portanto, ele emprega o termo como uma faculdade de ver à distância sem o emprego dos olhos. Os sonâmbulos seriam capazes deste fenômeno devido à faculdade de afastamento da alma de seu respectivo corpo seguida da possibilidade de locomoção da mesma. (q. 432)

    Pouco depois, na questão 428, ele indaga aos espíritos sobre a "clarividência sonambúlica". Ele certamente se refere à faculdade já bastante descrita na literatura que trata do sonambulismo magnético, que, na questão 426, os espíritos consideraram equivalente ao sonambulismo natural, com a diferença de ter sido provocado. Os espíritos lhe respondem que as duas faculdades possuem uma mesma causa: a percepção visual é realizada diretamente pela alma do clarividente. Logo a seguir, Kardec pergunta sobre os outros fenômenos da clarividência sonambúlica (q. 429) como a visão através dos corpos opacos e a transposição dos sentidos. Os espíritos reafirmam que os clarividentes vêem afastados de seus corpos, e que a impressão que afirmam de estarem "vendo" por alguma parte do corpo, reside na crença que possuem que precisam deste para perceberem os objetos. A existência da faculdade sonambúlica não assegura a veracidade de todas as informações obtidas neste estado, com o que concordam os espíritos (q. 430).

    Dando continuidade à linha de indagações sobre o sonambulismo, Kardec pergunta de onde se originam os conhecimentos apresentados pelos sonâmbulos que eles não possuem em estado de vigília e que não se explicam diretamente pela percepção sonambúlica. Os espíritos argumentam que em estado de emancipação, os sonâmbulos podem acessar conhecimentos que lhes são próprios, originários de existências anteriores, ou de outros espíritos com quem comunicam-se (q. 431). Faz sentido, então, questionar se todos os sonâmbulos são médiuns sonambúlicos, distinção esta que Kardec aprofundará em "O Livro dos Médiuns". Ainda em "O Livro dos Espíritos", afirma-se que a maioria dos sonâmbulos vê os espíritos, mas que muitos deles podem crer que se trate de pessoas encarnadas, por lhes ser estranha a idéia de seres espirituais.

3. Êxtase e Clarividência

    Kardec distingue os fenômenos sonambúlicos do êxtase e da dupla vista. O êxtase seria um sonambulismo profundo. Neste estado ocorreria o contato com espíritos etéreos, o que causa as impressões geralmente registradas pelos santos. Na questão 455 encontra-se a seguinte descrição:

    "Cerca-o então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar da eternidade. No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo. Fica-lhe somente, pode-se dizer, a vida orgânica. Sente-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão. Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que constitui a essência mesma do nosso ser imaterial "

    Kardec, entretanto, admite que muitas vezes o extático é vítima da sua própria excitação, fazendo descrições pouco exatas e pouco verossímeis, podendo chegar a ser dominados por espíritos inferiores que se aproveitam da sua condição.

    Êxtase, portanto, é um estado sonambúlico profundo caracterizado pela perda ou extrema redução da consciência dos eventos que acontecem ao redor do extático, alterações emocionais e um certo sentimento de "sagrado", onde o mecanismo básico é a emancipação da alma.

4. Lucidez e Clarividência

    No livro "Definições Espíritas", Kardec define a clarividência como a "faculdade de ver sem o concurso da visão" e logo depois como "percepção sem o concurso dos sentidos". Posteriormente Kardec distingue clarividência de lucidez, da seguinte forma:

    "A palavra clarividência é mais genérica; lucidez se diz mais particularmente da clarividência sonambúlica." (KARDEC, 1997. p. 85)

5. Dupla Vista e Clarividência

    A dupla vista, ao contrário, seria a faculdade de perceber pelos olhos da alma, sem que para tal, seja necessário o estado sonambúlico, em outros termos, sem que o percipiente entre em transe profundo.
A dupla vista seria uma faculdade permanente das pessoas que a possuem, embora não estejam continuamente em exercício da mesma. (q. 448) É uma faculdade que se manifesta de forma espontânea, embora a vontade de quem a possui tenha um papel em seu mecanismo e possa desenvolver-se com o exercício. Da mesma forma que a mediunidade, há organismos que são refratários a esta faculdade, e a hereditariedade parece desempenhar algum papel na transmissão da mesma. Kardec fez uma descrição das alterações psicofísicas que o portador da dupla vista ou segunda vista costuma apresentar (q. 455):
"No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a sua fisionomia reflete uma como exaltação. Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno, pelo fato de a visão persistir, mau grado à oclusão dos olhos. Aos dotados desta faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver. Consideram-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem excepcionais. De ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, tornando-se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a de um sonho. O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes."

    Kardec, em suas "Obras Póstumas" (1978, p. 101) faz uma afirmação preciosa para a distinção entre dupla vista e clarividência, que consideramos por bem transcrever:

    "No sonamabulismo, a clarividência deriva da mesma causa; a diferença está em que, nesse estado, ela é isolada, independe da vista corporal, ao passo que é simultânea nos que dessa faculdade são dotados em estado de vigília."

    É importante frisar que em Kardec o sonambulismo natural, o sonambulismo provocado ou magnético, o êxtase e a dupla vista são faculdades que possuem o mesmo mecanismo: a emancipação da alma. A clarividência seria um fenômeno passível de ocorrer nos dois primeiros estados. Embora a clarividência seja um fenômeno predominantemente anímico, há a possibilidade de ocorrerem percepções do mundo dos espíritos, ou seja, de sua associação com faculdades mediúnicas. Para evitar confusão, consideramos adequado o emprego do termo clarividência mediúnica.

6. Médiuns Videntes e Dupla Vista

Em "O livro dos médiuns" (parágrafo 167), Kardec considera como médiuns videntes as pessoas dotadas da capacidade de ver os espíritos. Nesta categoria temos os médiuns capazes de ver os espíritos em estado de vigília e os que apenas a possuem em estado sonambúlico ou próximo deste. A faculdade não é permanente, estando quase sempre associada a uma crise passageira. Podemos substituir o termo crise por transe, entendendo que por crise passageira o autor se refere aos chamados estados sub-hipnoidais ou de transe superficial.

    As pessoas dotadas de dupla-vista podem ser consideradas médiuns videntes, as que percebem os espíritos durante os sonhos, não. As aparições acidentais e espontâneas não configuram a existência desta faculdade, que permite ver qualquer espírito que se apresente. Kardec afirma que este tipo de médiuns julga ver os espíritos com os olhos, mas tanto os vêem com olhos fechados quanto com olhos abertos.

    A faculdade pode ser desenvolvida, mas Kardec recomenda que não se provoque este tipo de faculdade, para que o suposto médium não se torne joguete da sua imaginação. Ele considera prudente não dar crédito senão ante provas positivas, como " a exatidão no retratar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encamados". Ao advogar a possibilidade de desenvolvimento da faculdade, entendemos que Kardec se refere às pessoas já dotadas da mesma, e não da errônea idéia de desenvolvimento da mediunidade em quem quer que seja.

7. Médiuns Sonambúlicos e Clarividência

    Curiosamente, Allan Kardec distingue em duas classes de médiuns os médiuns videntes e os médiuns sonambúlicos. Ele justifica esta classificação dizendo que sonambulismo e mediunidade são "duas ordens de fenômenos que freqüentemente se acham reunidos". (parágrafo 172)

    ...o Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo; dá-se mesmo que, muitas vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os médiuns videntes.

8. Conclusões: Vidência e Clarividência em Allan Kardec

    Com as informações até então encontradas, concluímos que a distinção entre vidência e clarividência na obra de Allan Kardec pode ser explicada a partir do esquema abaixo:
 
Estado de Consciência Transe Profundo (estado sonambúlico e de êxtase, em terminologia kardequiana) Transe Superficial (crise passageira, em terminologia kardequiana)  
 
Fenômenos Anímicos  Clarividência sonambúlica ou lucidez Dupla vista 
Fenômenos Mediúnicos Clarividência mediúnica Vidência mediúnica
Mecanismo Geral Emancipação da alma Emancipação da alma 
 
    Concluímos, portanto, que a chave da distinção entre a clarividência e a vidência mediúnicas, encontrada na obra kardequiana, reside na extensão do transe mediúnico.

    O leitor da obra de Kardec deve cuidar-se também para não confundir clarividência com mediunidade, uma vez que ele emprega o termo em sentido amplo, podendo referir-se a fenômenos anímicos como a visão à distância sem o emprego dos olhos, visão através de corpos opacos e "transposição de sentidos" (que seria uma impressão do sonâmbulo, e não uma descrição do mecanismo do fenômeno, que é, em última ordem, a emancipação da alma). A relação entre clarividência e mediunidade fica bem ilustrada com o auxílio da figura abaixo:
 
                      Clarividência                          Mediunidade                                    Dupla Vista  
   
   

        Clarividência Sonambúlica     Clarividência Mediúnica        Vidência Mediúnica  ou Lucidez  
  
  

9. Fontes Bibliográficas

AMADOU, Robert. Parapsicologia. São Paulo: Mestre Jou, 1966.
ANDRADE, Hernani G. Parapsicologia experimental. São Paulo: Pensamento, s.n.
ANDRÉ LUIZ. Mecanismos da mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1977. [Psicografado por XAVIER, Francisco Cândido]
______ Nos domínios da mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1979. . [Psicografado por XAVIER, Francisco Cândido]
DELANNE, Gabriel. O espiritismo perante a ciência. Rio de Janeiro: FEB, 1993.
______ A alma é imortal. Rio de Janeiro: FEB, 1978.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. [online] Rio de Janeiro: FEB, edição eletrônica, 1995.
______ O livro dos médiuns. [online] Rio de Janeiro: FEB, edição eletrônica, 1996.
______ Definições espíritas. Niterói - R.J.: Lachâtre, 1997.
______ Obras póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 1978. ["Causa e natureza da clarividência sonambúlica" e "A segunda vista"]
MIRANDA, Hermínio. Clarividência in: Diversidade dos carismas. (vol. 1). Niterói - RJ: Arte e Cultura, 1991. [Atualmente publicado pela Lachâtre]
PERALVA, Martins. Clarividência e clariaudiência. In: Estudando a mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1981.
PIRES, J. Herculano. Parapsicologia hoje e amanhã. São Paulo: Edicel, 1987.
RUSH, Joseph. Parapsychology: a historical perspective. In: EDGE, Hoyt et al. Foundations of parapsychology. Boston: Routledge & Kegan Paul, 1986.
SANTOS, Jorge Andréa. Nos alicerces do inconsciente. Rio de Janeiro: Fon Fon e Seleta, 1980



Origem da Frase "Nascer, Morrer..", Carlos Pires, Brasil


(Com referência a pergunta publicada no Boletim 325 sobre a Origem da Frase "Nascer, Morrer, ..." )

Caros amigos,

    Quanto à pergunta acima relacionada, à respeito da frase "Nascer, morrer...", venho complementar a brilhante explanação do Raul Franzolino Neto, com uma foto do túmulo de Kardec, situado no cemitério de
Pére Lachaise, Paris. A foto pode ser encontrada no endereço abaixo, que é uma pequena página de Internet, feita por mim, com o propósito de auxiliar a todos aqueles que têm vontade de conhecer o jazigo de Allan Kardec. Como foi muito bem explicado, os dizeres se encontram no túmulo que, segundo fui informado quando lá estive, segue um formato Druída.

    Como foi muito bem explicado, os dizeres se encontram no túmulo que, segundo fui informado quando lá estive, segue um formato Druída.

    http://www.pessoal.bridge.com.br/principe/tumulo.htm

    Atenciosamente,
    Carlos Pires.

NAITRE, MOURRIR, RENAITRE ENCORE
ET PROGRESSER SANS CESSE
TELLE EST LA LOI




Comentários
Sobre Carlos Mirabelli, Marcio Alonso, Brasil

 
    Sobre CARLOS MIRABELLI - pergunta de Flávio Sgarbi - boletim GEAE/311;

    Livros que citam  o médium de efeitos fisicos:

    Provavelmente só encontrado em livrarias “sebo” - trata-se de autor que realizou excelente trabalho de pesquisas, juntamente com o IBPP (Instituto Basileiro de Pesquisas Psicobioficas- do Dr. Hernani Guimarães de Andrade); vale a pena tentar encontrar o livro !     O autor , teve à època dos fatos que cita no livro, experiências diretas com o médium. Imbassahy, o pai , e seu filho, são considerados excelentes pesquisadores  de temas ligados ao espiritismo.
 



Perguntas
Suicidio e Loucura, Luciana, Brasil

    Gostaria de tirar uma dúvida que fiquei ao ler a pergunta 944 do LE:
 
    O louco seria resopnsável aos olhos de Deus ao cometer o suicídio? Tal qual uma criança que  ao olhar de uma janela e, se joga sem saber  que vai se machucar, seria responsável?
 
    Na minha maneira de entender a loucura, poderia ser dividida em três  partes:

    O obsidiado, a mediunidade em desiquilíbrio e o deficiente mental.

    A minha pergunta é ligada ao deficiente mental. Tendo ele reencarnado nesse estado, por dívidas pesadas, pode em estado de vigília naõ ter  consciência, mas, no sono, quando seu espírito se liberta, pode ele tomar conhecimento de suas limitações, ser perseguido por seus obsessores e guardar essas impressões ao acordar, sendo levado ao suicídio.

    Estou certa?  Espero a opinião dos amigos!
    Luciana



Painel
Societo Lorenz publica "Memórias de um Suicida" em Esperanto, Carlos Iglesia, Brasil

     O Espiritismo é sabidamente um poderoso antídoto contra as idéias suicidas, pois ao apresentar de forma lógica e precisa os principios da imortalidade do ser e das leis que regem sua evolução, mostra que a auto-destruição não só é uma saída covarde como falsa. Se o desventurado suicida procura dar término aos seus sofrimentos,  tem a surpresa de continuar a existir e de descobrir que seus problemas só aumentaram.

     Dentro da literatura espírita, rica em depoimentos contra tão desesperada atitude, merece destaque o livro "Memórias de um Suicida"*. Obra do espírito Camilo Castelo Branco, sob o pseudônimo Camilo Cândido Botelho, através da médium Yvone A. Pereira, conta em forma de autobiografia o destino do ilustre autor após sua tentativa de fuga da miséria e da cegueira através do suicidio.

    Como recomenda o Boletim Komunikoj de out/dez 1998:  "Se você tem um parente ou amigo, que sofre muito e está falando em suicidar-se, oferte-lhe um exemplar de Memórias de um Suicida".

    Eis porque nos causa tanta satisfação poder trazer a notícia da publicação em Esperanto desse valioso livro. A tradução de Affonso Soares, "Memorajxoj de Sinmortiginto", foi lançada pela Spirita Eldona Societo F. V. Lorenz no final do ano passado.

    Para os amigos que quiserem maiores detalhes sobre a obra, recomendamos entrar em contato com a editora:

        Spirita Eldona Societo F. V. Lorenz
        Caixa Postal 3.133
        BR-20001-970
        Rio de Janeiro - RJ - Brasil

OBS: A versão em Português é publicada pela Federação Espírita Brasileira e teve sua primeira edição lançada em 1954.

 
 
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